Pandemia
e Fumaça: tudo a ver
Professor
Nazareno*
As
queimadas na Amazônia e a pandemia da Covid-19 têm muitas coincidências. As
duas desgraças assolaram o Brasil quase ao mesmo tempo e afetaram grandes
partes da população do país. As mortes até agora na Covid já passaram das 700
mil. Nas queimadas só se saberá quando o caos diminuir, mas já se sabe que não
chegará a tanto. As pessoas deviam usar máscaras o tempo todo e evitar, se
possível, o contato. Atividades físicas ao ar livre foram evitadas e os
organismos mais afetadas nos dois casos são das crianças e das pessoas mais
velhas assim como aqueles portadores de comorbidades. Nos dois casos também não
há remédios, só a prevenção mesmo. As comemorações do Sete de Setembro foram
suspensas em Porto Velho. Comemorar o quê? Uma pátria cheia de fumaça, de fuligem
de monóxido de carbono e também de desrespeito ao meio ambiente?
Porém o que mais
chamou a atenção foi, em ambos os casos, a inércia total das autoridades
para encarar o problema. A incompetência dos prefeitos, dos vereadores,
governadores, deputados, senadores e até do governo federal chamou a atenção de
todos no Brasil. Em Rondônia, por exemplo, o prefeito da capital e o governador
do Estado prometeram milhares de vacinas para o povo e falharam, óbvio. Ninguém
fez nada para chegar às soluções. Na Covid-19 os negacionistas poderiam dizer
que ela não existia, mas nas queimadas a fumaça é visível e está ali entrando
na casa de todos. A diferença: geralmente são os ricos do agronegócio que
incendeiam a Amazônia e o Pantanal, enquanto os pobres é que sofrem com a
ganância absurda desses produtores rurais ambiciosos. Nos dois casos, quase
ninguém foi punido por difundir mentiras e Fakenews.
*Foi Professor em Porto
Velho.
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