domingo, 23 de outubro de 2011

Quase acerto o tema da Redação do ENEM/2011 (De novo)



O tema que eu propus:

          MSN, Orkut, twitter, blogs, downloads, e-mail, Hotmail: novas formas de comunicações no mundo tecnológico.  As conseqüências para o jovem que usa a internet. Escravidão tecnológica: por que não conseguimos mais viver sem a internet e o telefone celular?


O tema que caiu:

"Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado".

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Por que o Poder é tão cobiçado?




“Todo Poder emana do Açúcar e do Mel...”


Professor Nazareno*


           
Está escrito no Artigo Primeiro, parágrafo único, da nossa Constituição que todo poder emana do povo e em seu nome será exercido. Pode até ser, mas tem-se visto ultimamente, aqui e no mundo inteiro, que se trata de mais uma frase estéril e sem nenhum efeito prático. O poder deve ser muito doce, pois quem chega a ele não quer deixá-lo jamais. O fascínio exercido por ele encanta a quase todos. Saddam Hussein, ex-mandatário do Iraque poderia estar vivo até hoje. Vivo e muito rico vivendo como exilado político em qualquer um dos vários países que lhe propuseram abrigo antes da invasão norte-americana ao seu país em 2003. Claro que teria que deixar o Governo para gozar de todas essas regalias. Muammar Kadafi, ex-ditador da Líbia, morto recentemente, também rejeitou a mesma proposta. Ele, a fortuna que pilhou dos seus cidadãos e toda a sua família poderiam ter ido para o exterior após abdicar o poder. Como Saddam, rejeitou e preferiu lutar até o fim. Foi fuzilado. Saddam, enforcado.
Viver uma vida de nababo em um país distante e com toda a proteção possível deve ser o sonho de qualquer ser humano que tenha um mínimo de bom senso. Saddam e Kadafi, inebriados pelo poder e na ânsia de ganhar sempre mais, trocaram essa maravilhosa idéia pela morte. Morreram como ratos escondidos em buracos. Não estavam satisfeitos com as suas fortunas. Queriam mais poder e mais dinheiro. O ex-ditador iraquiano disse certa vez que só deixaria o cargo depois de um banho de sangue, pois foi isso que fez para ser o dirigente maior do seu povo. Na Líbia, o coronel Kadafi disse que tinha três opções para resolver o problema dos protestos da Primavera Árabe em seu país: “ficar na Líbia, ficar na Líbia e ficar na Líbia”. Para eles, “nem mel, nem cabaça”. No restante do mundo a situação parece não ser muito diferente quando o poder está em jogo. Ninguém quer largá-lo facilmente. No Brasil, por exemplo, a elite mandou durante 502 longos anos. E para ter o poder, “fez acordo até com o diabo”.
          Agora, quem manda no Brasil é o PT, que para conseguir o domínio também fez alianças com tudo e com todos. O escândalo do Mensalão foi uma tática, saída das entranhas do Partido dos Trabalhadores para conseguir mais força. Já faz nove longos anos que a “estrela vermelha” manda em nós e deve continuar assim por mais uns três anos pelo menos. O PMDB, aliado de primeira hora dos petistas e que nunca deixou de ser poder, até durante a Ditadura Militar era quem mandava no Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, através do Chagas Freitas, parece que jamais deixará de mandar no país. É sempre assim: quem chega ao poder, jamais quer sair dele. Em Rondônia não é diferente: no topo, tudo é válido para não largar a “boquinha”. Quando o Governo do Estado anunciou que faria eleições para a escolha dos novos diretores de escolas estaduais, os olhos de muitos professores começaram a brilhar de forma muito estranha. A possibilidade de chegar a mandar, mesmo em escolas sujas, desorganizadas, totalmente desvalorizadas e caindo aos pedaços, encanta a muitos. É a chance do poder.
A recente crise na Unir, Universidade Federal de Rondônia, exemplifica muito bem esta tese. Por que o reitor José Januário não quer deixar o danado do poder? Claro que ele foi eleito democraticamente e pelos meios legais, mas tem muita gente que está muito insatisfeita com a sua desastrada administração. Comenta-se “à boca larga” que há todo tipo de irregularidades e desmandos na única universidade pública de Rondônia. Para o bem de todos e felicidade geral do meio universitário, ele deveria renunciar ao cargo imediatamente. Mas a sede de poder é tamanha que, por enquanto, não está disposto a fazer isso. No Sintero, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Rondônia é a mesmíssima coisa. A atual diretoria está encastelada no poder há mais de vinte anos. Seus membros se revezam na Presidência do Sindicato como se fossem uma dinastia daquelas verificadas no Iraque ou na Líbia. Se pudessem, nem eleições eles permitiam por lá. Aliás, tem muito sindicalista em Rondônia que não sabe o que é trabalho há muito tempo. Perder “a mamata” que o poder proporciona, jamais. Isto está comprovado nas eleições que acontecem. A baixaria é tanta que muitas vezes é a Justiça quem decide o imbróglio. Uma vergonha para quem chegou ao auge defendendo a democracia e a rotatividade de cargos. Não termos fuzilamentos ou forca é muita sorte.





*É Professor em Porto Velho.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Feliz dia de nós! De novo!


Ser Professor: mais do que um Sacerdócio


Professor Nazareno*

            
            Eu sou professor e disso quase todo mundo sabe. O que muita gente ainda não sabe é que estou ministrando aulas há mais de 35 anos ininterruptos e que, por incrível que possa parecer, sou muito feliz com a profissão que escolhi. As razões são as mais variadas possíveis. A começar pelo alto salário que recebo pela minha faina diária. Confesso que às vezes, no final do mês, nem sei o que fazer com tanto dinheiro em minha conta corrente. Já pensei em fazer aplicações na Bolsa de Valores, investir pesado na compra de imóveis, adquirir fazendas, iates de luxo, carros importados, ações e outros mimos oferecidos pelo Capitalismo. A valorização do professor hoje é uma realidade no Brasil. Profissão amplamente reconhecida pelos mais variados setores da nossa sociedade, estar dentro de uma sala de aula é algo extremamente recompensador para quem não escolheu ainda uma boa profissão para seguir. Deve ser por isso que nos vestibulares há uma concorrência muito grande para os cursos da área do Magistério.
            Ser professor não é só ensinar aos outros e todo mundo sabe disto. Como dizia o mestre Paulo Freire: “aprendemos muitas coisas diariamente com os nossos alunos”. Zelosos, higiênicos, compreensivos, dedicados, inteligentes e sempre muito bem educados, os meninos, cujos nomes de muitos parecem ser retirados de latas de goiabada, sempre estão prontos para cooperar conosco. O respeito é fundamental e por isso a obediência é um destaque. É uma profissão que não apresenta ossos do ofício, por incrível que pareça. Outro fator muito importante na nossa labuta é a cooperação dos pais. “Com pais tão dedicados e participativos assim e também altamente interessados pela educação dos filhos, trabalhar nas escolas públicas do Brasil se tornou uma agradável rotina” comentou outro dia um professor que não conseguia esconder o largo sorriso de tanta felicidade. Porém, só presidiário mesmo é que gosta de professor. Político também, mas só no dia 15 de outubro para tecer loas hipócritas “aos mestres”.
            Dar aulas no Brasil é uma dádiva dos céus e em Rondônia é melhor ainda. Aqui temos um Sindicato, o Sintero, que dispensa quaisquer comentários. Com dirigentes muito bons, probos e competentes (eles competem todas as vezes em que há eleições, no Sindicato e fora dele) os mestres rondonienses se sentem no paraíso. Esses dirigentes são tão bons e politizados que até já se tornaram, por conta própria, amigos do patrão, o Governo do Estado. Para eles, continuísmo é renovação: afirmam que mudarão o sindicato e sempre são candidatos. As escolas de Porto Velho, por exemplo, são limpas, asseadas e todas muito bem organizadas. É uma segunda casa para nós professores. Só para ampliar ainda mais o já concorrido mercado de trabalho, muitos professores trabalham na escola pública e matriculam seus filhos nas escolas particulares. Além do mais, os mestres se esmeram em fazer amizades e incentivar uns aos outros quando o assunto é melhoria na qualidade da Educação. São tão bons que muitos serão candidatos a Diretor das escolas só para ganhar mais experiências em seus currículos. Que bom!
            O bom professor, agora transformado em profissional da educação, ou seja, mais um proletário, sabe muito bem o que fazer para manter suas qualidades: não fala mal da profissão na frente dos alunos, incentiva todos eles a seguir a nobre carreira, evita ir à sala de professores para não se contaminar com pessimismos, não come a merenda servida pelo Estado, elogia sempre o Governo de plantão, cumpre suas tarefas, jamais leva trabalhos para corrigir em casa, obedece ao Diretor, mantém sempre os diários atualizados e tem um bom humor que ninguém sabe de onde vem. Professor também sabe como comemorar a sua data: sempre que pode, antecipa em um dia ou dois as homenagens só para não ter que trabalhar. Estudar para outros concursos durante as aulas, jamais. Nenhum professor faz isso. Assim como também não junta as salas para liberar os alunos mais cedo, não adianta aulas, chega sempre dez minutos antes dos alunos e só os libera depois de tocar o sinal e tem total controle sobre as suas turmas. Somos uns “zeróis”. Ser professor é tão bom e prazeroso que qualquer técnico de futebol hoje em dia faz questão de ser chamado também de professor. Como no Japão, devíamos receber reverência das nossas autoridades. O Governo faz zelosamente a sua parte “incentivando a profissão e valorizando a Educação”. As autoridades, espertas, sempre fizeram esta ação no Brasil. Por isso, pelo menos hoje, parabéns para todos nós.






*É Professor em Porto Velho.

sábado, 8 de outubro de 2011

Cuidado: a censura pode estar de volta!



“Censura: Ovo de Serpente em Ninho de Aves”


Professor Nazareno*

                
                Estou com medo: o espectro da censura volta a rondar perigosamente o país. Mesmo não sendo algo oficial e que por isso não goza de nenhum respaldo moral uma vez que a própria Constituição Brasileira, no seu artigo quinto, não permite, há várias escaramuças nesse sentido vindo exatamente das entranhas do próprio Governo do PT e de parte de uma opinião pública alienada e manipulada por interesses escusos. Como se não bastasse a absurda tentativa de se criar uma espécie de Conselho Regulatório da Imprensa, idéia acalentada pelo ex-presidente Lula, eis que agora surge com mais força ainda o desejo de calar à força as poucas vozes destoantes numa democracia que foi conquistada no Brasil “há pouco tempo e a muito custo”. A volta da censura só interessa a dois tipos de pessoas: logicamente para aqueles que se beneficiam dela e os ingênuos, a grande maioria dos brasileiros, que ainda acreditam que o Estado só a usaria para alguns poucos fins. Vários casos, no entanto, foram verificados no país inteiro nas duas últimas semanas e que justificam o presente temor.
                A Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, órgão do Governo Federal, enviou há poucos dias uma carta de apoio ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo, que pediu que a TV Globo tirasse do ar o quadro “Metrô Zorra Brasil”. A mesma Secretaria, da Ministra Iriny Lopes, anteriormente pedira a suspensão de um comercial em que Gisele Bundchen aparece de lingerie. O sinistro documento “parabeniza a iniciativa e endossa a necessidade de ações como estas que visam desconstruir discursos de uma cultura que, até camuflada no humor, perpetua a violência simbólica contra as mulheres”. Por sua vez, os metroviários paulistas acusam o programa humorístico de incentivar o assédio sexual nos vagões de trens paulistanos e por isso o país inteiro ficaria proibido de ver o quadro de humor exibido pela emissora. O que chama a atenção em ambos os casos é que é uma ínfima parcela da população que quer decidir o que a maioria deve ou não assistir na televisão. Censura pura e simples sem maiores delongas. Será que eles sabem para que foram inventados os controles remotos?
                Ainda no Século Dezoito, Voltaire, famoso iluminista francês, deu uma lição sobre Liberdade de Expressão que, parece, não foi aprendida por muitos brasileiros deste século. Ainda vivemos num tempo bem anterior ao Iluminismo. O episódio Rafinha Bastos demonstra muito bem a questão. Nunca assisti ao programa CQC, nem iria a nenhum show protagonizado pelos seus apresentadores, mas jamais, por questões éticas, censuraria o programa. Num dos textos mais lúcidos sobre o assunto, o jornalista rondoniense Sérgio Pires comentou: “A censura ao humorista colocou, no seio da coletividade brasileira, o ovo da serpente. A semente da censura. Porque quando ela emana das ditaduras, até se compreende. Os ditadores a usam como primeira arma para calar os seus opositores. Mas quando ela nasce entre as pessoas comuns, aí sim, o risco é enorme. Porque a pressão para calar na marra um humorista, por pior que seja sua piada, é um caminho tortuoso para se pensar em censurar tudo: o filme que pareceu agressivo; a novela com cenas picantes; o político que faz oposição; o texto que critica desmandos de autoridades. Começa-se aceitando, como sociedade, que um dos seus membros seja censurado, seja calado. Depois, não há mais como conter as conseqüências desse ato”.
                Porém, muitos rondonienses e brasileiros torcem para que ela volte. Até jornalistas parecem gostar dela: oito imbecis metidos a jornalistas, contados a dedo, já propuseram censura a meus textos bobos. Eu os chamo simplesmente de “jornalistas capitão-do-mato”, aqueles negros que eram pagos para assassinar outros negros no tempo da escravidão. Não se pode usar o argumento tolo de que “nasci nesta terra e ninguém pode falar mal dela” para se defender a excrescência, a imoralidade, o cerceamento ao direito de se falar. Se minhas palavras atingirem a honra de alguém, que se busquem na Justiça, como manda a lei, os reparos, mas garanta a qualquer um o direito de se expressar.  Jornalista que defende a censura não é jornalista, é picareta que nunca estudou jornalismo numa faculdade de renome. A censura no Brasil nunca acabou, esta é a grande verdade. Por que em alguns sites eletrônicos de Porto Velho, por exemplo, não se vêem notícias contra a administração de Roberto Sobrinho à frente da Prefeitura? Lisura, mau jornalismo ou simples "cala-boca" mesmo? Por que a bancada de evangélicos no Congresso Nacional foi contra a distribuição do Kit anti-homofobia e censurou a sua distribuição nas escolas públicas do país? Por que muitos comentaristas se insurgem contra as piadas sem graça do Rafinha Bastos e lhe propõem apenas o silenciamento? Por que alguns religiosos ainda hoje defendem o índex?
                É como diz Sérgio Pires no seu texto: “... as piadas do Rafinha Bastos são horríveis, mas pior do que elas é a tentativa de censurá-lo...” . Para muita gente, a Ditadura Militar foi uma dádiva dos céus e que devia retornar à sociedade brasileira. Por isso não é de se estranhar quando senadores da República, desconhecendo que o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos ainda defendem publicamente chicotadas e todo tipo de maus-tratos para presos comuns e recebem aplausos ao proporem este e outros retrocessos medievais. Engraçado nisso tudo é que a grande maioria dos brasileiros acha o Estado incompetente, mas defende a pena de morte, a censura e o controle estatal sobre as pessoas como se verifica nas sociedades mais atrasadas e anacrônicas do mundo. “Ninguém precisa nos dizer o que devemos ou não assistir ou ouvir”. Tenho medo da censura porque com ela serei obrigado a achar as Três Caixas d’Água, o horroroso símbolo de Porto Velho, bonitas. À força, terei que admitir que Porto Velho é uma cidade limpa, organizada e cheirosa e que o Carnaval é uma invenção divina e todos ganham com ele. Para não morrer sob torturas direi também que todo político é honesto, não rouba e que trabalha sempre em benefício do povo. Na marra, vou deixar de produzir meus textos por causa de meia dúzia de otários que dizem não gostar deles, mas sempre os lêem. Tenham santa paciência. 





*É Professor em Porto Velho.

sábado, 1 de outubro de 2011

Parabéns, querida Porto Velho pelos 97 anos!




Porto Velho, 97 anos: o Paraíso Existe


Professor Nazareno*
           

      Dos 192 milhões de brasileiros, uma pequena parte de aproximadamente 400 mil habitantes tem a extrema e suprema sorte de morar no melhor lugar do país: a cidade de Porto Velho, capital do Estado de Rondônia. Com 97 anos muito bem completados neste dia dois de outubro, o lugar acaba de ganhar o seu melhor presente de aniversário. O Instituto Trata Brasil informa a todo o país as razões por que os porto-velhenses devem se orgulhar de morar nesta magnífica cidade. Dona de um excelente padrão de vida, a capital de Rondônia é um verdadeiro jardim a céu aberto. Uma espécie de paraíso inatingível. Onde quer que se vá, a inconfundível fragrância de perfume francês delicia as pessoas. Praças, muitas árvores, lugares de lazer, tudo isto é comum por aqui. Até o clima de Alpes suíços que a cidade possui, contribui para o aumento do já alto IDH. Apesar de ser ainda muito jovem, as experiências urbanas copiadas por várias outras capitais do Brasil, têm entusiasmado e é o orgulho de todos os moradores locais.
Não há um único item que não seja destaque em Porto Velho. O sistema de transporte coletivo, por exemplo, é perfeito. Ônibus sempre limpos, climatizados e com um dos menores preços tarifários do país, circulam pelas largas e arborizadas ruas. As paradas, também com alto padrão de eficiência, têm até cronômetros para marcar o horário dos coletivos que jamais atrasaram. Como nunca houve assaltos dentro dos veículos, as câmaras ali existentes foram retiradas para dar mais conforto aos usuários. No cais do Porto, a limpeza é o destaque principal. O luxo visto por lá é de “colocar no chinelo” a infra-estrutura de qualquer cidade da Escandinávia ou mesmo outro lugar da Europa e do mundo. Barcos sempre limpos, cheirosos e pontuais cortam o imponente rio Madeira fazendo o tradicional banzeiro para delírio dos muitos turistas. Em qualquer horário do dia ou da noite, para o passageiro é possível desembarcar nas imediações sem ser importunado por ninguém. Tudo é muito bem iluminado e a segurança é total.
Na área da política, a felicidade reina na capital dos rondonienses. Recentemente o número de vereadores da cidade foi aumentado em cinco cadeiras. Claro que o povo, extremamente satisfeito por mais este ato cívico vindo dos políticos, aplaudiu o aumento de quase 30 por cento verificados na Câmara de Vereadores. E o raciocínio é simples: aumentará também, na mesma proporção ou mais, o trabalho dos legisladores municipais em benefício de todos nós. A cidade é um verdadeiro canteiro de obras. O prefeito petista, Roberto Sobrinho, imprimiu uma rotina de trabalho jamais vista por estas bandas. Até o Major Fernando Guapindaia, primeiro mandatário da cidade, ficaria espantando e feliz com tanto zelo da atual administração municipal. “Desde 1914, nunca houve ninguém que se preocupasse tanto com a imagem desta capital como a administração petista”, comentam “à boca larga” os moradores que não conseguem esconder o sorriso de tão satisfeitos e felizes. E completam: “Sobrinho é o nosso herói”.
Morar em Porto Velho é como morar no céu. Talvez por isso o número de pretensos candidatos a prefeito no próximo ano não para de crescer. De político aposentado a vendedor de carros, passando por comunista enrustido e todo tipo de gente querendo “uma boquinha”, a lista é muito grande. Violência, a cidade quase não tem. O trânsito é de encantar qualquer um de tanta organização. O cidadão típico da cidade é intelectual, muito educado e boa gente. Alguns jornalistas locais (muitos formados em beira de barranco) adoram a liberdade de expressão, sempre rejeitaram a censura e falam sobre os mais variados temas. O símbolo da cidade são as Três Caixas D’água, ou Três Marias, um monumento de rara beleza que devia estar sendo exposto em algum museu da Europa e que muitos porto-velhenses juram, por causa da época, ter sido Rodin, escultor francês, o seu criador. A rodoviária é um esmero de limpeza e comodidade e seus limpos e asseados banheiros são referência nacional. Parece um Shopping Center de Milão ou Geneve de tão limpa. É cortada por um igarapé de águas cristalinas onde é comum se observar crianças acompanhadas de seus pais matando a sede em seu límpido líquido que mais se parece néctar. Flores abundam por todos os cantos da cidade. A felicidade mora na capital dos rondonienses. Parabéns, querida Porto Velho, pelos seus 97 anos tão bem vividos. Viva bem mais. Somos muito felizes.





*É Professor em Porto Velho.