quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Fuja de Porto Velho, mano!

Fuja de Porto Velho, mano!

 

Professor Nazareno*

 

            Finalmente, depois de mais de dez anos ganhando dinheiro dos rondonienses e de ter estuprado e destruído o que de mais bonito nós tínhamos de natureza, a Santo Antônio Energia fez uma coisa boa para os porto-velhenses. Instalou, só para cumprir uma lei federal, várias placas de advertência nas partes mais baixas da cidade explicando que os moradores devem fugir imediatamente do lugar. A desculpa inicial foi que esta ação se referia a algum possível problema de rompimento da barragem situada a apenas sete quilômetros do centro da “capital das sentinelas avançadas”. Antes, a Santo Antônio tinha doado um porto rampeado para a capital, mas a incompetência, o pouco caso e a inoperância das autoridades fizeram com que aquele “trambolho imprestável” fosse abandonado e hoje está enferrujando na beira do rio. Mas o que significam essas placas?

            Espera-se que essa recomendação não tenha sido mais um “presente de grego” para os habitantes daqui como está sendo o porto lá no rio Madeira. Essa ação, embora tardia, pode ser um aviso para todos os moradores da cidade: fujam de Porto Velho enquanto é tempo, amigos! A cidade, suja e imunda, não oferece absolutamente nada de bom para os seus moradores. Sair daqui, por exemplo, é a única solução para se assistir à artista Roberta Miranda. Se você conseguiu chegar a esta incivilizada cidade, mesmo sem ter opções de passagens aéreas, fuja daqui enquanto é tempo. Não! A barragem construída no rio Madeira não romperá tão facilmente assim. O problema são outras questões. Aqui todos sabem que não tem um só hospital de pronto-socorro. O governo do Estado até que tentou construir um. Seria o HEURO, “Built to Suit”, mas já virou até um “beiju de caco”.

            Não há o que falar da Santo Antônio Energia. Essa empresa é uma verdadeira “mãe” para todos os porto-velhenses e rondonienses, inclusive aqueles “de coração”. Por causa dela, aqui se paga uma das mais “baratas” taxas de energia elétrica do país. Além do mais, a enchente histórica de 2014, que quase acaba com o pouco que restava de Porto Velho, não teve nenhuma participação dela. Assim como essa seca histórica de 2023. A Santo Antônio Energia e Porto Velho são duas entidades como “carne e unha”. Uma vive para beneficiar a outra. E como a capital de Rondônia hoje vive dias de “Faixa de Gaza”, não custava nada alertar à tola população de um perigo iminente. Não há nada mais insalubre do que viver nessa “currutela fedida” que tem menos de três por cento de saneamento básico e só 35% de água tratada. Precisamos sair desse inferno rapidamente!

            Obrigado, Santo Antônio Energia, pelo aviso e pelas placas salvadoras! Vocês foram supimpas, competentes! Foram até melhores do que a Enel Brasil de São Paulo, que deixou, até agora, os paulistanos à míngua depois de um forte temporal na capital paulista. E como em Rondônia e em Porto Velho não há temporais... Se por acaso romper a barragem do rio Madeira, a Santo Antônio Energia evacuará na população afetada em tempo recorde. Sim, pois no Brasil geralmente as empresas e os empresários sempre evacuam “nas pessoas” em vez de evacuar “as pessoas”. Porém, não mande os miseráveis atingidos para o aeroporto da cidade. Pode ser que por lá não haja voos nem passagens disponíveis para se sair deste purgatório na terra. A Santo Antônio foi, por isso, a primeira empresa a alertar os toscos habitantes daqui, pois eles insistem em viver “acomodados” nas terras karipunas. E se essa barragem rebentar mesmo? Seríamos arrastados para onde?

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

sábado, 25 de novembro de 2023

Israel não é Estado terrorista!

 

Israel não é Estado terrorista!

 

Professor Nazareno*

 

            Segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, terrorismo é o modo de agir, ameaçar ou influenciar outras pessoas, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático do terror. É também uma forma de ação política que combate o poder estabelecido mediante o emprego da violência. O que o Hamas fez em Israel no dia 7 de outubro de 2023, quando matou friamente mais de mil e quatrocentas pessoas, a maioria civis inocentes e desarmados foi um ato brutal de terrorismo. Velhos já doentes, jovens, mulheres e principalmente crianças foram trucidados por homens do Hamas fortemente armados. Pelo menos uns 240 cidadãos judeus foram levados como reféns pelos ensandecidos membros do grupo islâmico. A reposta de Israel veio em grande estilo, mesmo se sabendo que essa nação não pode se enquadrar no conceito de Estado terrorista.

            O Hamas teria matado mais de 40 crianças israelenses. Bebês foram mortos e mulheres estupradas. Uma barbárie! Um crime de terrorismo inaceitável. Mas o Hamas é um grupo terrorista. Já Israel, que não é um Estado terrorista, matou até agora quase 14 mil pessoas inocentes em Gaza. Três mil eram estudantes, 56 jornalistas, 200 médicos umas três mil mulheres e mais de 5.500 crianças. Muitos eram bebês recém-nascidos. Mas Israel não estuprou ninguém. Várias famílias foram despedaçadas pelas bombas israelenses. Pacatos pais de família, seus filhos e esposas viraram “carne moída” em minutos. Casas e apartamentos dos palestinos foram destruídos em Gaza. Mas Israel não é um Estado terrorista! Nunca foi nem será. Nem mesmo com o seu ex-primeiro-ministro Menachem Begin com suas milícias Irgun e Haganah. Mas o mundo chorou pelos judeus.

            A família Hassan ainda era nova. O senhor Mohamad Hassan era casado há pouco tempo com a senhora Khadija Hanine. O casal tinha três lindos filhos pequenos e morava em Gaza. O filho mais novo era um lindo bebê gordinho de apenas 5 meses. Os bracinhos dele foram arrancados do corpinho depois que uma bomba israelense atingiu em cheio o apartamento do casal. “Havia terroristas escondidos ali”, disseram as autoridades de Israel, o país que não é terrorista. A cabecinha do filho deles foi arrancada do corpo como se faz num açougue com animais. Os outros dois filhos também foram despedaçados. Perninhas, braços, mãos, cabeças e pedaços de corpinhos ensanguentados “adornaram” as paredes que restaram. Dois dias depois, a dona Hanine morreu num hospital de Gaza vítima dos ferimentos que sofreu. Operada sem anestesia, não resistiu. O seu mundo ruiu.

            Israel, o “Estado da paz, da empatia e da prosperidade”, já bombardeou vários hospitais na Faixa de Gaza e atacou depósitos de medicamentos, de alimentos, de água e de combustíveis. As bombas caem indiscriminadamente sobre os civis indefesos. Ali não há defesa antiaérea nem tropas. A carnificina, no entanto, encanta a muita gente fora dali. Cada bomba que arranca a cabeça de uma criancinha gorda, é lucro para a indústria bélica, principalmente a dos Estados Unidos, que fomenta aquele horror em pleno século XXI. Enquanto isso, multidões saem às ruas em várias partes do mundo para apoiar Israel e as suas Forças “de Defesa”. A punição coletiva contra um povo não é terrorismo. Assassinar jornalistas e funcionários da ONU também não é. Terrorismo é o que Vladimir Putin está fazendo na Ucrânia, por exemplo. Terrorismo é o que o Hamas fez com os “pobres” dos israelenses. “Israel não é terrorista, mas negocia com grupos terroristas como o Hamas”.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

RO: bravos ex-governadores!

RO: bravos ex-governadores!

 

Professor Nazareno*

 

            O Supremo Tribunal Federal decidiu que alguns dos vários ex-governadores de Rondônia e/ou seus dependentes voltarão a ter direito à aposentadoria vitalícia que fora suspensa tempos atrás. Uma vitória para Rondônia e para o povo rondoniense. Pelo menos 35.462,22 reais a dinheiro de hoje é o salário mensal que cada um deve embolsar. Entre 1975 e 2010 quem se sentou na cadeira principal do Palácio Getúlio Vargas em Porto Velho voltará a ter direito a essa “pequena quantia”. A lista dos beneficiados é extensa. Começa com o ex-governador Humberto Guedes do ainda ex-território de Rondônia e termina com João Cahulla, que assumiu o mandato no lugar de Ivo Cassol por nove meses. Todos eles merecem receber esta “irrisória” verba pelo resto das suas vidas, tendo em vista o que fizeram por Rondônia e por toda a sua sofrida gente. E Rondônia é muito rica.

            Quem não se lembra do saudoso ex-governador Humberto da Silva Guedes e principalmente de sua esposa, Dona Gilsa Guedes, a “mãe dos pobres”? Ela criou o bairro Meu Pedacinho de Chão e tirou muitas famílias pobres das alagações constantes do rio Madeira. Uma Madre Tereza de Calcutá em terras karipunas. Depois veio o Teixeirão, com nome de estádio de futebol e sem nunca ter tido um só voto dos rondonienses, esse preposto da Ditadura Militar em Rondônia é até hoje um verdadeiro Deus para o povo daqui. O Coronel teria dito que a derrubada de árvores e a fumaça na floresta eram sinais de progresso e de desenvolvimento no Estado. Quase tudo em Porto Velho e em Rondônia leva hoje o seu nome. Se esses dois merecem aposentadoria vitalícia, imaginem só a Dra. Janilene Vasconcelos, uma paraibana que substituiu o Teixeirão por só 42 dias em 1984.

            A doutora Janilene Melo foi a primeira mulher, até hoje, a assumir o cargo de governadora de Rondônia. Falam as más línguas que foi nessa época que levas e mais levas de “paraíbas” desempregados chegaram a Rondônia para morar. Mas foi ela que viabilizou o Polonoroeste. Depois, em 1985, tivemos um governador com nome de dupla caipira: Ângelo Angelim, já falecido. Ele foi escolhido pelo PMDB como governador-tampão, e apenas aguardou as primeiras eleições diretas para governador do novo Estado. Foi um baita estadista! O governador seguinte foi Jerônimo Garcia de Santana, o Bengala. Depois do Teixeirão, o Bengala foi talvez o mais popular dentre os governadores de Rondônia. Dinamizou o Estado e abriu as portas para o desenvolvimento que vemos até hoje. Todos devem receber seus proventos. Sem eles, não seríamos a potência que somos.

            A seguir tivemos Osvaldo Piana, que governou Rondônia a partir da “Casinha da Barbie” e dizem que foi o único que nasceu nessas terras abençoadas. Depois veio Valdir Raupp, o do sotaque caipira. Raupp dinamizou o Estado e até hoje nos faz lembrar do banco BERON. Todo final de ano ele fazia uma festa de confraternização com a imprensa marrom. José Bianco, o “amigo dos funcionários públicos”, assumiu depois de Raupp e implantou o neoliberalismo karipuna, que deu só alegrias a dez mil servidores públicos. Foi sucedido por Ivo Cassol, o do “Império da Roça”. Devia entrar também nesta “divina” lista os ex-governadores Daniel Pereira, Confúcio Moura e o atual, o Coronel Marcos Rocha. Sendo que quem governou por dois mandatos devia receber dobrado: 70.924,44 reais. Rondônia é um paraíso: tem bons hospitais como o João Paulo II, produz tudo, tem estradas, hidrelétricas e boas universidades. Tem é que pagar mesmo! Não vai fazer falta.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

sábado, 18 de novembro de 2023

Metade do Amapá seria Israel

 

Metade do Amapá seria Israel

 

Professor Nazareno*

 

            O atual Estado de Israel foi criado em 1948. Tem pouco mais de vinte e dois mil quilômetros quadrados e uma população superior a nove milhões de pessoas. Judeus e árabes em sua grande maioria. Praticamente todos os cristãos já saíram de lá. Só que havia na região quase meio milhão de palestinos que ali moravam há mais de dois mil anos. Não deu outra: as guerras e os desentendimentos com os moradores locais começaram já no dia seguinte. Pelo menos quatro guerras entre Israel e os países árabes vizinhos foram verificadas em menos de 30 anos. Os dois povos nunca se entenderam e os combates, a carnificina, o colonialismo, o terrorismo e as agressões mútuas podem ser verificados quase todo dia, mês e ano naquele lugar que, ironicamente, tem o nome de “Terra Santa”. Só que tudo poderia ser diferente do que é. Israel poderia ter sido criado muito longe dali.

            Após o Holocausto na Segunda Guerra Mundial, os judeus mereciam ter uma pátria só para eles. Poderia ter sido em Madagascar na África, na Sibéria ou mesmo em plena Amazônia brasileira. No Amapá, por exemplo. Em qualquer um desses lugares, todos semidesérticos na época, seria com certeza um país 4 vezes maior do que é hoje o Estado de Israel. Mas os judeus não quiseram. Queriam voltar para ali, no Oriente Médio. O lugar que “Deus apontou para Moisés” que seria o lar definitivo dos judeus. E aqui pra nós: esse Deus foi muito cruel, escroto e até sacana com os hebreus. Levou-os para um lugar onde não há petróleo e nem água potável. Só areia, calor e muito deserto. Se o Brasil tivesse vendido metade do Amapá para os judeus seria um louvor até hoje. Tanto para os raros amapaenses como para os judeus. Na foz do rio Amazonas há água doce em excesso.

            E ali também não havia muitos habitantes. Apenas uma meia dúzia de índios “selvagens” que não iam fazer diferença nenhuma para ninguém. O Brasil mesmo já cometeu um Holocausto matando mais de seis milhões desses índios e ninguém nunca percebeu. Se percebeu não deu a menor importância. Israel tirava de letra conviver com esses selvagens. Além do mais, ficava bem mais próximo dos Estados Unidos e bem ali em frente ao oceano Atlântico. Os judeus iriam desenvolver aquela região inóspita e seriam hoje uma das maiores potências econômicas do mundo. Só metade do Amapá não faria falta nenhuma ao Brasil. Assim como não fariam falta, e nem fazem ainda hoje, lugares atrasados como Rondônia, Acre, Roraima e algumas das outras inúteis unidades da federação, que só dão prejuízos. Aliás, o Acre foi trocado com a Bolívia por um cavalo.

            Duvido que se Israel fosse ali vizinho ao Amapá se haveria tantas guerras. O novo país não precisaria ter Força Aérea, Marinha e nem Exército como tem hoje. Terrorismo seria inexistente. E ninguém iria querer “afogar o último judeu no mar” e nem “incendiar metade do Estado judeu”. O muçulmano mais próximo estaria muito distante dali. E como fazemos alguns de nós cristãos, todos os anos os judeus iriam à “Terra Santa” visitar os seus lugares sagrados. Com a venda de metade do Amapá, o Brasil poderia ter investido em outras regiões do país e garantiria dessa forma uma paz definitiva para as três maiores religiões monoteístas da atualidade. Israel gasta hoje horrores para dessalinizar água do mar e para produzir alimentos no deserto. No Amapá, não precisaria de nada disto. Mas hoje é impossível tirar Israel de onde ele está. E também não é viável dividir o Amapá em dois. E Moisés, Maomé e Cristo deveriam mediar brigas entre irmãos. Chega de guerras!

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

FAP, a Força Aérea da Palestina

FAP, a Força Aérea da Palestina

 

Professor Nazareno*

 

         Membros do Hamas, grupo político que controlava a Faixa de Gaza, atacaram cidadãos israelenses no dia sete de outubro de 2023 e cometeram as maiores barbaridades de que se tem notícias. Pelo menos 1400 cidadãos israelenses inocentes foram trucidados covardemente com essa ação totalmente deplorável e condenável. Só que a resposta de Israel não veio contra esses terroristas do Hamas, mas contra toda a população civil da Faixa de Gaza. Ajudadas pelos Estados Unidos e por grande parte da União Europeia, as Forças Armadas de Israel desfecharam um dos maiores ataques contra populações civis e estão matando crianças, mulheres e velhos indiscriminadamente. Os mortos acontecem aos milhares e o que é pior: o mundo civilizado não faz nada para acabar com essa terrível carnificina em andamento. O povo palestino está sendo morto e esmagado como insetos.

      E como na época de Adolf Hitler e dos nazistas, um outro genocídio pode estar a caminho. Os palestinos não têm Força Aérea. Não têm Marinha de Guerra e não possuem tanques e tropas de infantaria para pelo menos se defenderem dos ataques que o seu povo está sofrendo. Se você ouvir falar da guerra entre Israel e os palestinos não acredite nessa lorota. Não é guerra! Não existe guerra nenhuma! É apenas um massacre de um povo com o aval das grandes potências econômicas e militares do mundo. É tudo um genocídio que está se permitindo apenas para vender armas. O povo palestino vai deixar de existir em pouco tempo. Serão exterminados assim como o foram os índios do Brasil e tantos outros povos. O que o Hamas fez é deplorável sob todos os aspectos, mas como disse o Secretário-geral da ONU: nada é por acaso. Isso é uma resposta ao colonialismo sofrido.

Sem nenhum MIG pela frente para combater de igual para igual e com um céu de brigadeiro, os pilotos da Força Aérea de Israel não têm nenhum problema para despejar toneladas de bombas sobre populações civis em Gaza. Assim, até eu entraria numa guerra! Abandonados à própria sorte, os palestinos não têm o que comer. Sofrem como muitos dos índios brasileiros e de grande parte das pessoas que moram nas favelas do nosso país. A Faixa de Gaza é muito pior do que foi o Gueto de Varsóvia durante a Segunda Grande Guerra. A diferença é que os palestinos ainda conseguem, a duras penas, criar os grupos que tentam enfrentar os judeus, como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica. Já no Gueto de Varsóvia as vítimas aceitaram o horror nazista de forma pacífica e sem lutar. Como expulsar “numa boa” famílias cujos ancestrais vivem ali há mais de dois mil anos?

Os homens do Hamas cometeram crimes de guerra contra indefesos cidadãos de Israel e devem ser punidos, mas Israel também comete os mesmos crimes de guerra contra os civis palestinos. “Olho por olho?”. São bombardeios sem critérios. E Israel não será punido. No Líbano, os judeus usam até bombas de fósforo branco contra membros do Hezbollah. O que é proibido pelas leis internacionais. E bombardear alvos civis e contra materiais como água, combustíveis, ambulâncias e medicamentes na Faixa de Gaza é crime de quê? Um erro não conserta o outro. Os pilotos da Força Aérea de Israel e os militares judeus de um modo geral devem se sentir como super-homens nesta carnificina que estão cometendo contra os indefesos palestinos. Se Israel tivesse tratado os palestinos bem e sem nenhum colonialismo desde 1948 nada disso estaria acontecendo, pois Israel é um país de gente boa. Mas a Palestina também o é. Sem antissemitismo ou islamofobia.

 

*Foi Professor em Porto Velho.

domingo, 12 de novembro de 2023

A Revolução dos Índios

A Revolução dos Índios

 

Professor Nazareno*

 

            Todo mundo sabe como é a nossa História. Quando Cabral chegou ao Brasil no ano de 1.500, encontrou por aqui pelo menos uns seis milhões de índios já vivendo tranquilamente em terras tupiniquins. Não se sabe até hoje se esta viagem foi por acaso ou de forma já antes planejada. O fato é que eles tomaram posse de tudo isso aqui em nome da Coroa Portuguesa e, aos poucos, os portugueses, dos quais descendem a maioria dos brasileiros, foram logo tomando conta das terras, das riquezas e exterminando todos os povos originários. Assim foi feito também em Israel. Os portugueses encontraram índios, já os judeus encontraram os palestinos. Israel reivindica direitos religiosos, históricos e culturais para expulsar o povo palestino de suas terras. Já os portugueses não reivindicaram nada. Apenas chegaram, invadiram, tomaram tudo e fincaram o pé até hoje.

            Os verdadeiros donos do Brasil são os índios que aqui já estavam muito antes da chegada desses “descobridores”. Assim como os donos da Terra Santa são os palestinos, que há mais de dois mil anos estavam morando por lá. Para expulsar e matar os donos da terra recém “descoberta”, Portugal levou bem mais tempo do que os israelenses. Os colonialistas lusitanos ainda trouxeram levas de negros escravizados da África, enquanto os judeus recebiam do mundo inteiro pessoas convertidas à fé judaica para ajudar na ocupação das novas terras. Hoje Israel bombardeia hospitais, escolas, mesquitas e creches para exterminar os palestinos. Já Portugal criou por aqui uma elite fascista e retrógada, que na maioria dos casos se encarregou de aniquilar “um por um” todos os indígenas. No Oriente Médio os invasores são chamados de sionistas. No Brasil chama-se agronegócio.

            Tecnologicamente, os palestinos são bem mais evoluídos do que os índios do Brasil. Por isso, resistem como podem à agressão sofrida. Mas no final todos eles, palestinos e indígenas, serão exterminados pelos invasores. O mundo inteiro diz que “Israel tem o direito de se defender”. Só que ao bombardear instalações civis de pessoas inocentes, os sionistas não estão se defendendo. Estão é atacando. E pior: quem matou e trucidou mais de 1400 civis inocentes de Israel não foram mulheres grávidas, jovens, velhos, médicos, religiosos e crianças palestinas. Foram os terroristas do Hamas. Até agora, para cada judeu morto pelos terroristas, pelo menos 100 palestinos já perderam a vida. E como a matança continua, esse número monstruoso e absurdo só tende a aumentar. Já os índios do Brasil são hoje pouco mais de 1,5 milhão de indivíduos. E já aculturados.

            Se esses índios resolvessem e pudessem resistir, a primeira coisa que fariam era expulsar todos os invasores do agronegócio de suas propriedades. A seguir, fariam como Israel fez e tomariam todas as terras que perderam nesses mais de cinco séculos de exploração e de roubos praticados pelo homem branco. Os nossos índios deviam fazer uma revolução: não permitiriam reconstruir a BR-319, pois ela será o fim do que ainda resta da Amazônia, a sua terra ancestral. Não permitiriam derrubar a floresta nem tacar fogo nela como se faz todo ano. Proibiam também envenenar os seus rios com o mercúrio. Todo e qualquer minério retirado de suas terras deveria ser só com a sua autorização e a negociação deveria lhe render bons lucros. Se Israel tem direitos totais sobre a Terra Santa, os nossos índios deviam ter também esse mesmo direito sobre as terras do Brasil. Os palestinos moram lá há dois, três mil anos. Já nossos índios sempre viveram por aqui.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Não foi Deus que criou Rondônia

Não foi Deus que criou Rondônia

 

Professor Nazareno*

 

            O poeta e escritor português José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura de 1998 e autor do romance “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, disse certa vez que não poderia acreditar num Deus que criou o ser humano. Parafraseando Saramago, pode-se também dizer que Deus não criou o Estado de Rondônia. Muito menos ainda essa sua imunda e podre capital Porto Velho. Deus talvez até nem exista assim como muitos seres humanos creem. Ele estaria ligado à natureza e às coisas que compõem o Universo, segundo Baruch Spinoza em “O Deus de Spinoza”. Deus estaria, portanto, dentro de cada um de nós. Pensando bem: como pode um ser tão poderoso, onisciente, onipresente, onipotente, justo, correto e bom em todos os aspectos ter criado aberrações como este Estado e esta cidade? Porto Velho só pode ser, com toda certeza, obra do Satanás e de seus assessores.

            Não cabe na minha cabeça entender que o Todo Poderoso criou um Estado cujos eleitores, pobres e miseráveis em sua maioria, são da direita e da extrema-direita. Deus é da esquerda. Todo mundo sabe disto. A direita e a extrema-direita geralmente destroem o meio ambiente, acumulam riquezas, incentivam a desigualdade social, ajudam no extermínio aos povos originários, pregam o garimpo ilegal, negam a ciência, falam mal das vacinas, exploram os pobres e geralmente utilizam a religião para encobrir as suas maldades. Já a esquerda é outra “vibe”. Como Jesus Cristo, boa parte dos esquerdistas tenta combater a fome e a miséria, prega a igualdade entre as pessoas, incentiva a ciência e o conhecimento, combate a fome e semeia o amor fraterno entre as pessoas. Já as duas ideologias, pelo menos aqui no Brasil, roubam os cofres públicos sem a menor cerimônia.

            Deus não pode ter criado Rondônia, já que somos um Estado fruto direto da devastação ambiental. Isso é coisa do Belzebu, óbvio! Até uma ferrovia o Diabo já teve aqui em Porto Velho. E por causa desse ataque sistemático à natureza, estamos vivendo uma das maiores secas já vistas nessa região. Além do mais, enfrentamos diariamente todo tipo de problemas sem soluções à vista. A classe política desse Estado só pode estar a serviço do Cramunhão. Vive-se uma crise aérea única dentre todas as unidades da federação e ninguém faz nada. Recentemente um show da cantora Roberta Miranda, por exemplo, foi cancelado em Porto Velho, que segundo a IR Produções foi “por problemas na malha aérea do Estado”. Ninguém em sã consciência quer vir para cá. A empresa também citou um “desacordo comercial”. O fato é que nada dá certo neste distante rincão.

            Se foi o Pai Eterno que criou isso aqui, há uma dívida muito grande d’Ele para com os moradores desta aberração regional. Porto Velho, uma capital, não tem água tratada, não tem rede de esgotos, não tem árvores, o lixo e a catinga campeiam por toda parte, e mesmo assim, o povo da cidade continua satisfeito e feliz. A construção de um hospital para tratar a saúde das pessoas devia ser um ato vindo de uma divindade. Mas o novo e badalado hospital de pronto-socorro de Porto Velho, o HEURO, “Built to Suit”, parece que já deu com os burros n’água. Só pode mesmo ter sido o “Pé Rachado”, protetor maior da cidade e dos seus miseráveis habitantes, que interveio e ficou torcendo para esse novo “açougue” não dá certo. Tudo bem que “quando Deus criou o homem”, deu-lhe o livre arbítrio. Mas no caso de Rondônia e Porto Velho, ele cruzou os braços para sempre ou simplesmente entregou os destinos disso aqui ao Anjo Mau. Precisamos de sal grosso!

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Punido por falar verdades

Punido por falar verdades

 

Professor Nazareno*

 

            Um inusitado crime aconteceu em uma fazenda de Sapezal, cidade localizada a 480 quilômetros de Cuiabá no Mato Grosso. Um rapaz, provavelmente rondoniense, foi esfaqueado pelos amigos por que estaria falando mal de Rondônia. Não há detalhes desse absurdo caso de xenofobia às avessas, mas certamente nada justificaria tamanha violência e crueldade. E até por que a vítima não estava falando mal de Rondônia, lugar de origem de todos eles. Talvez estivesse até reclamando, e com alguma razão, que o Estado “mais a oeste” é tão rico e tem no agronegócio a sua base econômica, mas mesmo assim eles estavam trabalhando em outro Estado. Devia ter falado também da origem de Rondônia e do grande desastre ambiental, que desmatou grande parte da floresta amazônica, para abrir a BR-364 e até hoje não produzir riquezas suficientes para matar a fome dos pobres.

            Deve ter falado também que a sua terra natal é quase toda da direita e da extrema-direita bolsonarista, apesar da fome e da miséria que existem no Estado. “São mais de 18 milhões só de cabeças de gado, mano!”. “E por que há tanta fome e tanta gente pobre?”. Provavelmente a vítima falou, e não muito bem, da Assembleia Legislativa do seu Estado e também da Câmara de Vereadores de Porto Velho. “Como pode dos 21 vereadores, todos serem a favor do prefeito da cidade? Que putaria é essa?”, pode ter questionado. “Rondônia tem muito político ladrão. Uns até são filmados contando dinheiro em sacos de lixo de plástico e mesmo assim são eleitos e reeleitos sem nenhum problema”, observou. “E eles gostam também de aumentar os impostos dos pobres e miseráveis”. Se falou da corrupção, pode ter despertado a ira de seus colegas de trabalho. Isso é perigoso.

            Tomara que este pobre rapaz não tenha falado nada sobre a insólita Porto Velho, capital de Roraima. Já pensou que raiva ele não iria despertar nos rondonienses e também nos “rondonienses de coração?”. Uma cidade porca, imunda, podre, suja, fedorenta, mal planejada, feia, malcheirosa, quente, sem árvores, largada, longe, abandonada, xexelenta, sem esgotos, sem água tratada, sem planejamento urbano, violenta, repleta de favelas, sem mobilidade urbana, sebosa, dentre outros adjetivos nada abonadores não pode mesmo ter elogios de ninguém. Ainda assim, muitos otários elogiam a “capital dos destemidos pioneiros” e por isso deram uma facada no pobre rapaz. Espero que o infeliz trabalhador esfaqueado não tenha falado da rua torta nem da nova rodoviária enviesada e horrorosa que estão construindo para ser inaugurada durante as eleições do próximo ano. Um horror.

            Será que ele falou do “açougue” João Paulo Segundo e do novo HEURO, “Build to Suit”, do governo do Estado? Se fez isso, livrou-se de ter levado um tiro de bazuca ou até mesmo de canhão. Muitos dos pobres de Rondônia não gostam de ouvir essas coisas. Já levar uma facada por falar as verdades sobre a Zona Leste da cidade de Porto Velho pode não ser um ato raro nestes dias tensos... Porém, um assunto tabu mesmo é a possível recuperação da BR-319 ligando Porto Velho ao Careiro, próximo a Manaus. Se ele disse que essa desnecessária estrada será o fim de toda a Amazônia, “cutucou a onça com vara curta”. Dizer que a 319 vai trazer a miséria, o garimpo ilegal, o desmatamento, as invasões de terras é autodestruição. Falar sobre a ponte do suicídio seria “chover no molhado”. E se ele falou da UNIR, uma universidade sem hospital universitário? Vamos torcer pela recuperação deste cidadão. E eu? Será que eu já me livrei de algumas facadas?

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

A cidade dos quatro açougues

A cidade dos quatro açougues

 

Professor Nazareno*

 

            Porto Velho, a capital de Roraima, nunca teve um hospital de pronto-socorro honrado. Há quase 40 anos funciona na zona sul da cidade um arremedo de clínica de urgência e emergência que tem feito as vezes de uma instituição pública de saúde. Sempre viveu lotado e nunca deu conta totalmente das demandas que ali chegam. O João Paulo Segundo de Porto Velho parece com o Al-Ahli Arab, um dos hospitais da Faixa de Gaza. O velho açougue porto-velhense é como um campo de concentração daqueles da Segunda Guerra Mundial. Só que em vez de matar judeus, mata os pobres. Em Gaza, por exemplo, os hospitais públicos de lá, mesmo em tempos de guerra como agora, cuidam quase sempre de palestinos, árabes e também de cidadãos judeus. O velho pronto-socorro daqui foi criado por acaso e até hoje já desafiou oito governadores, prefeitos e todos os políticos.

            Mas os otimistas dizem que os problemas podem estar mais perto do fim. Como estamos em um ano pré-eleitoral as promessas para sanar o caos já começaram. Há uma possibilidade de esta capital ter em um futuro muito próximo “uma penca” de hospitais de pronto-socorro para atender aos seus pobres e miseráveis pacientes. Fala-se em três ou até mesmo em quatro novas unidades de atendimento por aqui que surgirão “assim do nada”. Só que a tão badalada construção do HEURO, Hospital de Emergência e Urgência de Porto Velho, pelo governo do Estado, parece que vai terminar mesmo em “beiju de caco”. Inventaram até um nome pomposo em inglês só para enganar os trouxas: “Built to Suit”, que numa tradução livre pode significar “construído para se adequar”. Só que até agora não se adequou a absolutamente nada e sua construção pode até parar. Né incrível?

            Outra possível enganação política aos pacientes desassistidos de Porto Velho pode já estar a caminho: é o pronto-socorro municipal. A prefeitura da cidade já canta aos quatro cantos que tem pelo menos 50 milhões de reais para iniciar a construção do novo logradouro público de saúde. Dizem que deve ser construído ali perto da maternidade municipal no bairro Embratel. Uma prefeitura que em oito longos anos desarborizou quase toda a cidade, não construiu nada de esgotos e saneamento básico, não limpou a cidade da imundície característica, não entregou a EFMM aos moradores, deixou o porto rampeado enferrujar a céu aberto, não construiu uma praça sequer, fez na zona Norte uma rua toda torta, sem árvores e diz que vai entregar uma nova rodoviária durante as eleições de 2024, não é nada confiável. O eleitor de extrema-direita continua sendo alvo de lorotas.

            O terceiro açougue de Porto Velho poderia ser o João Paulo Segundo mesmo ali na Avenida Campos Sales. Com o HEURO na zona Leste e o pronto-socorro municipal próximo ao centro, a zona Sul da imunda cidade poderia ficar com o seu antigo hospital. Afinal de contas muita gente já está devidamente acostumada às humilhações, correrias, mortes e privações vividas naquele lugar. Mas por incrível que pareça, há uma quarta opção de açougue para Porto Velho. O ex-governador Confúcio Moura começou a construção de outro ali por trás do Hospital de Base na zona Norte. Toda a fundação com inúmeros pilares e algumas plataformas estão abandonados no tempo testemunhando a incompetência e a má vontade dos nossos políticos em atender aos pobres e necessitados. Porto Velho tem vários palácios suntuosos, fóruns judiciais, há ricas instituições públicas, Assembleia Legislativa, CPA, Ministérios Públicos. Mas não tem um só açougue decente.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Rondônia quer imitar a Paraíba

Rondônia quer imitar a Paraíba

 

Professor Nazareno*

 

            Rondônia e a Paraíba são duas províncias distantes, atrasadas, pobres e quase sem nenhuma importância na já lascada e tosca realidade nacional. Ambas praticamente sempre viveram das benesses e dos recursos de outros Estados mais desenvolvidos da federação através do FPE, Fundo de Participação dos Estados. Não sobreviveriam sem a “bondade” federativa e sem os repasses dessas verbas nacionais a que todos os entes federados têm direito. Com exceção dos Estados do Sudeste e do Sul do país, tanto Rondônia como a Paraíba, assim como várias outras províncias subdesenvolvidas, sempre deram prejuízos à nação. Eu tive o supremo azar de ter nascido em um e de até hoje viver em outro desses rincões do Brasil. Digamos que há 42 anos fugi da seca e da miséria nordestinas. Mas hoje vejo essas mesmas coisas em terras da “próspera” e boa Amazônia.

            Quando por aqui passava e resolvi ficar, ainda no início da década de 1980 do século passado, muitas pessoas “zoavam” comigo dizendo que eu era mais um retirante nordestino que passava sede e que comia calango. “Rondônia é a Meca do Brasil e do mundo, para onde muitos desempregados vêm matar a sede e a fome”, diziam de peito estufado, com desdém e empáfia, muitas pessoas que já viviam aqui. Óbvio que a Paraíba sempre foi uma porcaria sem eira nem beira. Um lugar conhecido apenas por “exportar” sua gente para outros lugares mais abastados como o Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo. Só que os motivos pelos quais saí de lá não eram ligados à sobrevivência. E Rondônia já foi um lugar até próspero e cheio de oportunidades. Foi, não é mais. Ambas incivilizadas províncias destruíram os seus fartos recursos naturais e hoje já estão pobres.

            A seca de 2023 que se abateu sobre as terras rondonianas fez até o poder público distribuir água mineral para os ribeirinhos. Não são mais carros-pipa que matam a sede das pessoas. São, por ironia, “barcos-pipa”. Não chove por aqui já faz muito tempo. E quando forma uma nuvem de chuva, pessoas vão rezar para que chova logo. Como se faz lá no Nordeste. Rondônia virou um sertão quente, só que úmido. Cidades inteiras, como Espigão do Oeste, estão à beira do caos sem água potável para os seus habitantes. A destruição da floresta amazônica com as respectivas nascentes dos pequenos rios fez secar tudo. O rio Madeira, outrora caudaloso e navegável, está morto, assoreado, sem peixes e cheio de pedras e barrancos de areia. Desmatamento cruel, fogo na mata, garimpo ilegal e o genocídio de povos originários mostraram o inferno a Rondônia. E também à Paraíba.

            Mas já ouvi dizer que o Estado nordestino, apesar de ter um território cinco vezes menor e uma população quase duas vezes e meia maior, estaria até um pouco melhor financeiramente do que esta unidade federativa do Oeste. Dizem também que os paraibanos investem no turismo por causa das águas quentes do Atlântico, que banha o minúsculo Estado. Em Rondônia nem turismo tem. Não há turismo, nem qualidade de vida. A única coisa que deve ter de sobra nas duas províncias são políticos ladrões e incompetentes. E povo otário. Aí o páreo é duro. Até a Praça da EFMM em Porto Velho já ficou esquecida e sem data para ser entregue à população. Fala-se que o Hospital de Traumas de João Pessoa é melhor do que o “Açougue” João Paulo Segundo daqui. Os paraibanos destruíram a mata Atlântica, mas conseguiram preservar sua capital como uma cidade verde. Pessoas pedindo esmolas ainda não há muitas por aqui, mas chegaremos lá.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.