Frio no Fiofó do Mundo!

Frio no Fiofó do Mundo!

 

Professor Nazareno*

 

            Engana-se redondamente quem pensa que em Porto Velho, capital de Roraima, não faz frio. Faz, sim! E muito. Neste final de junho de 2021, as temperaturas locais despencaram para inacreditáveis 23°C graus durante a madrugada. Em Vilhena, no sul do Estado, os termômetros chegaram a incríveis 21°C graus nas primeiras horas da manhã. É muito frio para este rincão subdesenvolvido, atrasado e incivilizado onde o calorão abafado o ano todo é típico da região. E o pior: embora seja inverno em todo o hemisfério sul do planeta, em Rondônia bisonhamente é verão. A poeira sufocante da capital e o calor asfixiante são provas desta aberração climática. E não tem nada a ver com o determinismo geográfico: o “frio” chegou até forte a este fim de mundo, mesmo o lugar tendo os piores índices de IDH e de vida saudável. A África subsaariana é aqui.

Porém, muito antes dessa onda de “frio polar” chegar às terras karipunas, o Coronavírus já estava cumprindo o seu papel devastador. Já são mais de seis mil mortos pela pandemia e o poder público local quase nada fez além de prescrever Cloroquina e Ivermectina para os infectados daqui. Nem se sabe por que iniciaram a vacinação contra a Covid-19, já que o tratamento precoce virou moda neste lugar “sem eira nem beira”. “Rondonha” tem o menor índice de vacinados do Brasil com apenas oito por cento da população imunizada com a segunda dose. Neste ritmo, lá pelos idos de 2030 ou 2040 todos os pouco menos de 2 milhões de habitantes estarão devidamente vacinados. Isso se não morrerem antes pela ação do vírus. Por aqui, até advogado que trabalha em home office pertence a grupo prioritário. Aliás, “gente prioritária” é só o que há na província.

Só falta agora Rondônia começar a vacinar os políticos antes dos cidadãos honestos e trabalhadores. O frio extemporâneo certamente deve ter encontrado nestas “paragens do poente” deputados que usam sacos de lixo para esconder propinas e não serem vistos pelos colegas que deviam puni-lo. Todos eles deviam se vacinar, pois fazendo mais uma “lambança” talvez não fossem descobertos. Fazer frio em terra de político ladrão não combina com os novos tempos. A catinga de naftalina, barata e mofo das roupas molambentas doadas aos porto-velhenses não “bate” também com a falsa promessa feita pelos políticos de 1,4 milhão de doses de imunizantes que nunca viriam. Frio também não “casa” com falta de esgotos, avenidas sujas e lixo urbano. Vento frio traz mau cheiro da podridão de ruas esburacadas cheias de carniça, lixo, ratos e tapurus.

As árvores frondosas da Avenida Tiradentes em Porto Velho, que a SEMA e o prefeito mandaram exterminar antes das eleições de 2020, bem que poderiam aumentar a sensação de frescor na capital durante esta friagem rápida. Mas nem isso se tem mais por aqui. Tudo muito diferente do romântico Parque Barigui em Curitiba, do eterno Lago Negro em Gramado na Serra Gaúcha ou mesmo do Parque Farroupilha em Porto Alegre. Porto Velho, a acanhada, suja e quente “capital das sentinelas avançadas” nada tem a oferecer a quem tiver coragem de visitá-la nestes dias de “inverno de 23 graus”. A mais bolsonarista das capitais do Brasil tem só a Praça da EFMM, sempre inacabada, lotada de bosta humana e muito lixo nas redondezas. Isso aqui é terra de gente boa, mas enganada e iludida. Se até as andorinhas cagonas caíram fora, duvido que o frio torne a voltar: ficou com vergonha de Rondônia e da imundície. Pobre dessa gente “friorenta”!

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

Lázaro Barbosa em Rondônia

Lázaro Barbosa em Rondônia

 

Professor Nazareno*

 

            Lázaro Barbosa é um criminoso comum e foragido da Justiça que está fazendo um sucesso estrondoso ao fugir da polícia no interior do Estado de Goiás já há 20 dias. O aparato militar para prender Lázaro é de fazer inveja aos participantes da Guerra do Golfo em 1991. Na cinematográfica caçada são usados potentes drones com visão noturna e sensores de movimento, modernos telefones celulares, binóculos com luz infravermelha, rádios comunicadores com alcance de 30 quilômetros, armas de última geração com miras telescópicas e muitos cães farejadores. Além de tudo isso, há uma força-tarefa de quase 300 homens fortemente armados que está “batendo cabeça” para prender ou matar um único indivíduo. A humilhação que o facínora impõe às forças do Estado está criando manchetes e questionando qual é o verdadeiro papel dos militares.

            O que muita gente não sabe, no entanto, é que o perigoso e agora “glamoroso bandido” pode estar morando em Rondônia já há algum tempo. Os sinais do fugitivo são vistos por aqui desde anos anteriores. Quem garante que não foi ele, quando ainda jovem, que metralhou o ex-senador Olavo Pires no meio da rua em Porto Velho? Perigoso como é, pode ter sido ele, sim! Se o meliante engana um batalhão inteiro lá no Centro-Oeste, ludibriar a polícia de Rondônia seria a coisa mais simples do mundo. Caso Lázaro estivesse em Corumbiara, por exemplo, a história teria sido outra bem diferente. O famoso criminoso, se fosse mesmo um justiceiro, não permitiria construir uma hidrelétrica no rio Madeira só para produzir energia boa e barata para os outros enquanto os rondonienses ficaram pagando uma das mais altas tarifas que se conhece.

            Além do mais, duvido que ele tivesse deixado vender a Ceron por micharia e ainda ter permitido que a Energisa faça o que está fazendo com  os pobres consumidores de Rondônia. Outra coisa: como gosta do mato e das árvores, o celerado bandoleiro jamais teria mandado a SEMA e o prefeito da cidade arrancar as frondosas árvores da Avenida Tiradentes em Porto Velho com a desculpa de que era para não entupir as redes de esgotos que sequer existiam naquela área. O mato e as árvores protegem o marginal e também toda a população honesta que paga IPTU e gosta das sombras. Muitas pessoas acham que o delituoso transgressor também jamais deixaria de reconhecer qualquer um cidadão que fosse flagrado tentando esconder dinheiro sujo em sacos de lixos comuns. Esperto, o bandoleiro não quis nunca pertencer ao MST, pois já teria sido aniquilado.

            Lázaro Barbosa também não gostaria jamais de morar numa favela como a do Jacarezinho no Rio de Janeiro. Lá, bastava só meia dúzia de policiais para “resolver” qualquer problema. Parece que o malfeitor gosta mesmo é de emoções fortes. Com as 1,4 milhão de vacinas contra o Coronavírus prometidas para Rondônia, e que nunca chegaram, é bem possível que o famoso delinquente já tivesse sido vacinado mesmo sem pertencer a nenhum grupo de risco. Lázaro Barbosa, infelizmente, tem recebido apoio dos fazendeiros da região do cerrado goiano e pode nunca ser encontrado, uma vez que seus protetores despistam as forças de segurança e o escondem em lugar seguro. Para muitos, infelizmente, o cangaceiro fugitivo erroneamente virou herói. Porém, trata-se apenas de um assassino psicopata e frio que deve ser preso e não morto para que assim possa prestar contas com a Justiça. E é isso que determina a legislação do país.

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

Cala a boca, Bolsonaro!

Cala a boca, Bolsonaro!

 

Professor Nazareno*

           

Até agora, pouco mais de um ano depois, a pandemia da Covid-19 já matou mais de meio milhão de brasileiros. E o presidente Jair Bolsonaro tem uma parte da culpa por este número tão elevado de mortes no Brasil. Pesa contra ele o fato de não ter comprado imunizantes dos laboratórios quando lhe foram oferecidos no ano de 2020. Se tivesse comprado vacinas com bastante antecedência, talvez tivesse evitado pelo menos uns 100 mil óbitos. Porém, o maior erro do “Bozo” não foi somente este. As suas declarações absurdas e desrespeitosas durante as entrevistas o colocam na berlinda e aumenta o ódio das pessoas, principalmente as que perderam entes queridos pela ação do Coronavírus. Se durante esta pandemia, o presidente do Brasil fosse o líder Mahatma Gandhi ou até mesmo Jesus Cristo, o total de óbitos também teria sido grande. Umas 400 mil mortes.

Países como os Estados Unidos e grande parte da Europa desenvolvida e civilizada tiveram também números bastante elevados de mortos pela Covid-19. A diferença, no entanto, se dá pela reação de seus líderes. É muito pouco provável que Gandhi ou Jesus Cristo desdenhasse da morte de seus conterrâneos como faz descaradamente o presidente do Brasil. Com exceção de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, seria também muito difícil um líder europeu tratar os mortos pela pandemia em seus países com total desrespeito e falta de sensibilidade. Nos dias em que eu enterrava a minha sogra e o meu cunhado, que foram vítimas da doença, o presidente do meu país pedia em rede nacional para que os brasileiros parassem com frescura e mi mi mi. “Parem de ser maricas! A vida tem que continuar”, disse sorrindo e debochando.

Bolsonaro age de forma monstruosa quando fala e não respeita os muitos mortos pela pandemia. Não tem empatia com quase ninguém e quando abre a boca agride de forma desnecessária todos os que estão de luto e sofrendo. Grosseiro e mal educado diz que não é coveiro. Em recente entrevista no interior de São Paulo, por exemplo, agrediu uma repórter que lhe questionava por que não estava usando máscara. Na função de presidente de uma nação, o “Bozo” não tem a menor liturgia pelo cargo que ocupa, como dizia o ex-presidente José Sarney. Sempre nervoso, gritando muito, falando alto e acuado parece estar querendo se defender de alguma culpa. Ataca indiscriminadamente jornalistas, principalmente se for mulher e aos berros e se cuspindo todo, manda todos calarem a boca. Triste, mas é este tipo de gente que governa o Brasil para delírio geral.

Muitos dos cidadãos que perderam parentes nesta pandemia talvez não votem mais neste arremedo de presidente grosso e sem educação. E os seus seguidores não precisam mais defendê-lo, pois “escândalos já vêm à tona”. Até a falsa crença de que não há corrupção em seu desastrado governo está caindo por terra. Num momento em que o presidente demonstra total descontrole emocional, surgem denúncias de desvio de dinheiro na compra da vacina indiana Covaxin. Segundo o Jornal “O Estado de São Paulo”, o superfaturamento na aquisição do imunizante supera os mil por cento. Das duas uma: ou o presidente do Brasil não tem uma boa assessoria para lhe orientar nas suas falas e entrevistas ou simplesmente ele não aceita conselhos de ninguém. O fato é que o “Bozo” devia se calar para não se comprometer ainda mais na sua busca pela reeleição. Calado, não nos envergonharia tanto e seus fãs ficariam bem mais aliviados.

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

“A Covid-19 não existe”

“A Covid-19 não existe”

 

Professor Nazareno*

 

   Toda a humanidade desnecessariamente vive há um ano e meio dias tenebrosos e muito tensos por causa de uma invenção tola, uma conversa fiada, um boato fajuto que foi potencializado pela mídia. Trata-se de uma “gripezinha” que sempre existiu e com o passar do tempo nunca deixou de matar pessoas, principalmente as mais velhas. Os novos mensageiros do caos não só creem como também divulgam a crença equivocada: “é uma doença nova, um vírus muito grave com alto poder de infecção e que pode levar à morte milhões de pessoas em todo o mundo”. Erroneamente, até a Organização Mundial da Saúde declarou que se tratava de uma pandemia e espalhou de forma irresponsável pelos quatro cantos do mundo as suas teorias alarmistas. No Brasil, a tal da pandemia praticamente nem chegou. Aqui se continua morrendo de causas naturais.

            Para toda doença existe um remédio. Claro que para essa patologia “inventada pelos meios de comunicação” não seria tão diferente. Cloroquina, Azitromicina e Ivermectina são remédios que devem ser ingeridos com os primeiros sintomas que a pessoa sentir em qualquer patologia de caráter respiratório. Há casos de pessoas que ao sentir incômodo, tomaram vinagre com um dente de alho e foi “tiro e queda”. Curaram-se em poucas horas. Vírus não existe! Alguém já viu um, por acaso? Em Manaus, capital do Amazonas, algumas pessoas com sintomas gripais foram submetidas a um tratamento rigoroso e precoce que em muitos casos deu certo. O problema é que muita gente não pode sentir nada que já quer ir a um hospital para se consultar. E pode se aglomerar à vontade que não há risco nenhum de se contrair doença. Tudo é crendice.

            Em Rondônia o governador Marcos Rocha, homem inteligente e de profundos conhecimentos em microbiologia e infectologia, já liberou tudo e todos. O “Bolsonaro karipuna” mostra a que veio para delírio e alegria de seus seguidores. O comércio funciona normalmente. Festas podem acontecer, só que com 999 pessoas. Se colocar mil, a “puliça” intervém. As escolas, que não deveriam jamais ter paralisado as aulas, vão reabrir naturalmente. As pessoas andam tranquilas e descontraídas pelas ruas. O “açougue” até já voltou a ser “açougue”. A Covid-19 é mais uma invenção humana para conseguir dinheiro. Vendem-se máscaras e álcool em gel para os tolos. Ah! Mas já morreram mais de meio milhão de brasileiros na pandemia. “E daí? Eu não sou coveiro. Chega de frescura e de mi mi mi. Vão ficar chorando até quando? Bando de maricas!”.

            Além do mais, essas universidades e laboratórios mundiais que inventaram as tais vacinas para “a doença que não existe” são um blefe. A OMS está nas mãos dos comunistas. Tomar vacina como experimento pode fazer o sujeito virar um jacaré ou outro bicho. E quem nos garante que esses imunizantes não têm um chip escondido para nos espionar? Os comunistas querem dominar o mundo e por isso não perdem tempo. Usar máscara, fazer distanciamento social, higienizar as mãos com álcool e outras baboseiras é pura perda de tempo. Deve-se sair imediatamente às ruas, confraternizar com os amigos e parentes, voltar a trabalhar e iniciar a produção de riquezas. Sem trabalho não há progresso. Para se ter uma ideia, o Paulo Guedes até já encontrou uma saída honrosa para essa crise: os ricos vão doar todo o seu lixo para os pobres. No Brasil não existe Covid-19 e nem nunca existiu. Até quando seremos vítimas dessas fakenews?

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

Uma CPI desnecessária

Uma CPI desnecessária

 

Professor Nazareno*

 

            O STF, Supremo Tribunal Federal, determinou que o Senado instalasse uma CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito, para investigar as ações do governo federal no enfrentamento da pandemia do Coronavírus no Brasil. Dentre estas ações, a falta de oxigênio em Manaus com a consequente morte por asfixia de vários cidadãos amazonenses e a prescrição pelo governo Bolsonaro de remédios sem nenhuma comprovação científica para combater a doença. A investigação dos senadores se concentraria também na suspeita criminosa de que as autoridades de Brasília estavam buscando a “imunidade de rebanho” assim como na formação de um possível “gabinete das sombras” que funcionaria de forma paralela ao Ministério da Saúde. Este gabinete auxiliaria Bolsonaro com informações baseadas em crendices tolas, sem comprovação.

            A CPI investigaria também as muitas recusas do “Bozo” em comprar vacinas dos laboratórios internacionais para imunizar a população. Só que essa CPI é uma tolice sem tamanho. Tudo são bobagens. Tudo é gasto desnecessário de dinheiro público. O Brasil inteiro, assim como grande parte do mundo, sempre soube muito bem qual é o posicionamento do atual governo em relação à crise da Covid-19. O negacionismo explícito do presidente e de seus apoiadores é conhecido por todos desde o início das infecções. Aliás, ele nunca negou isso quando disse que o Coronavírus se tratava de uma “gripezinha” sem maiores consequências. Seus assessores disseram que o número de mortos não chegaria a mil ou a duas mil pessoas. Hoje já são quase meio milhão de óbitos pela doença. Além disso, prescrever remédios inúteis continua tranquilamente.

O Tratcov, uma espécie de tratamento precoce para “evitar” a infecção pelo vírus, sempre foi propagado aos quatro cantos por Bolsonaro e sua gente. E todos os senadores integrantes desta CPI sabem disto. A cidade de Manaus infelizmente foi usada pelo governo Bolsonaro e seus seguidores como “cobaia” durante a pandemia da Covid-19. Cloroquina, Ivermectina e outros remédios foram testados vergonhosamente na população manauara. Sem vacinas suficientes e com o negacionismo em alta, o número de mortos não para de crescer. O “Mito” pode ser responsabilizado hoje pela morte de mais de cem mil cidadãos brasileiros. Só que esta CPI não vai dar em nada. Nada! O presidente da comissão e o relator são políticos de oposição “enrolados” até o pescoço em maracutaias. Portanto, cadê a ética para cobrar algo do chamado genocida?

Enquanto isso, o ignorante presidente do Brasil continua alheio a tudo e a todos. E tranquilo provoca aglomerações, recomenda o não uso de máscaras, fala mal das vacinas para combater o vírus e continua a prescrever Cloroquina para os incautos e idiotas. Até o momento ele não se vacinou e diz abertamente que não vai se vacinar. E ninguém faz nada para detê-lo. Um país inteiro está vergonhosamente refém de um mandatário que pode apresentar resquícios de psicopatia. O ex-governador do Rio de Janeiro, o bolsonarista Wilson Witzel, que foi cassado por corrupção, disse na CPI que Bolsonaro deixou todos os brasileiros “à mercê da desgraça que viria”. Ou seja, temos um presidente infantilizado e estúpido sem a menor noção do cargo que ocupa e de como se comportar nele. Só que infelizmente ainda é defendido por muitas pessoas. E Arthur Lira e Augusto Aras da PGR jamais vão permitir que ele seja expulso do poder.

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

O comunismo nos salvará

O comunismo nos salvará

 

Professor Nazareno*

 

            Com toda a certeza, não existe no planeta um regime social e político melhor do que o comunismo. Supera em tudo o capitalismo, o feudalismo, o socialismo e todos os outros regimes já implantados no mundo em todos os tempos. Elaborado e definido por Karl Marx, Friedrich Engels e tantos outros teóricos, sociólogos, antropólogos e demais estudiosos, este inigualável regime social, no entanto, jamais fora empregado em uma sociedade. Nem na extinta União Soviética, China, Cuba, Coreia do Norte ou mesmo na vizinha Venezuela tivemos o comunismo muito menos o socialismo como prática de Estado. Nestes países o que se observaram foram apenas regimes ditatoriais de partido único, autoritários, que menosprezaram e extinguiram a democracia e perseguiram, exploraram e escravizaram sem tréguas o seu povo condenando-o ao sofrimento total.

            Lênin, Stálin, Mao Tsé-Tung, Fidel Castro e tantos outros ditadores sanguinários e genocidas confiscaram propriedades particulares em seus países sempre em nome do comunismo ou do socialismo e depois exilaram, mandaram para campos de trabalhos forçados ou simplesmente assassinaram milhões e milhões de pessoas. Só que jamais implantaram um regime igualitário para acabar com as injustiças sociais que tanto denunciavam em suas pregações. Resumindo: nunca, jamais, em momento algum na história da humanidade existiu um só país que tenha vivido o comunismo de Estado em sua perfeita definição. Muitas nações sempre foram e alguns das atuais ainda o são ditaduras ferozes que impõem ao seu povo a exploração escancarada. E quem não concorda com os privilégios da elite governamental simplesmente é descartado e morto.

            O capitalismo também é outra porcaria. É, portanto, um regime político injusto, agiota, maquiavélico e explorador. E é tão igual ou até pior do que o “comunismo fake” e da mesma forma usa e explora ao máximo os seus cidadãos além de produzir a fome, a desigualdade social e a miséria em grande escala. Em muitos casos também aniquila a democracia dentro das sociedades onde atua. O presidente Jair Bolsonaro, sem nenhum conhecimento de política ou de sociologia, se diz um defensor do capitalismo e crítico do comunismo, cuja adoção na atualidade mata seus opositores e não cuida do bem-estar deles. Durante uma pandemia como esta do Coronavírus, por exemplo, não compra vacinas para imunizar sua gente, nega a ciência e gosta de prescrever remédios sem comprovação científica para combater as patologias. Tudo é baseado na ignorância.

            Muitos militares do Brasil também não gostam do comunismo. Golpearam a democracia brasileira em 1964 só para defender os interesses e o patrimônio dos ricos e poderosos e assim afastar a “ameaça” comunista. Se fosse adotado em sua essência, o comunismo seria um regime político muito bom, pois acabaria com as desigualdades sociais, as lutas de classes e a injustiça social entre os povos de uma mesma nação. Se o comunismo real existisse no Brasil, toda a produção de alimentos seria para matar a fome do povo carente e não somente para vender. E ninguém teria lucros absurdos em detrimento da miséria e das necessidades dos outros. Bancos, hospitais, estradas, portos e aeroportos. Tudo estatal. Todos trabalhando e produzindo riquezas para o usufruto do conjunto de cidadãos. Com democracia, não teria partido único ou elite privilegiada. Nada de pobres e miseráveis. Ninguém aviltado. Em tese, todos seriam iguais. E felizes.

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

Viemos mesmo da selva?

Viemos mesmo da selva?

 

Professor Nazareno*

 

            O atual presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse numa conferência recentemente que os brasileiros vieram da selva, os mexicanos vieram dos índios e eles, os argentinos, vieram de barcos da Europa. Segundo a declaração xenófoba de Fernández, os “hermanos” são uma espécie de gente superior, ou seja, são europeizados. Uma tolice falar estas asneiras, pois tanto mexicanos como brasileiros e até mesmo os argentinos são, no geral, uma mistura entre povos de todas as partes do mundo. Os livros de Antropologia ensinam que o Brasil, por exemplo, é uma mistura de negros escravizados, de índios autóctones e brancos de origem portuguesa. O problema é que a declaração beira o preconceito puro e simples. Mas pensando bem, se nós brasileiros não saímos da selva, por que na maioria das vezes nos comportamos como selvagens?

            Selvageria pura: a sociedade brasileira é uma das mais ricas do mundo, mas a qualidade de vida por aqui é sofrível. A fome, a miséria, a falta de uma boa educação, a violência social e a exploração de seres humanos sempre fizeram parte da nossa cruel realidade. Como teria dito Charles de Gaulle, “o Brasil não é um país sério”. Realmente isso aqui é um “cu do mundo” desprezível sem eira nem beira. E nem civilidade. Comparados a nós “civilizados”, muitos povos da selva são superiores em vários aspectos. Por isso, o presidente argentino tem certa razão. Duvido que um índio escolha seus representantes como nós o fazemos. Um “selvagem raiz” jamais teria votado em Jair Bolsonaro, um cara sem escrúpulos, acusado de genocídio e totalmente contrário às aspirações dos povos indígenas. E nunca chamaria um “Zé Mané” como ele de “Mito”.

Na maioria dos casos, o chefe da tribo é o cacique. Um cidadão responsável, de caráter, de rara inteligência, amado e idolatrado pela maioria dos índios. O pajé também é muito respeitado nas aldeias, pois busca a cura das doenças. Já Bolsonaro sequer comprou vacinas na hora certa e assim a morte por Covid-19 só aumentou entre os brasileiros. É muito pouco provável que um chefe indígena, um silvícola que saiu da selva, desdenhe ou faça galhofa quando morre alguém na tribo. Lá, o ritual de morte é sério e os “selvagens” se entristecem e choram muito com cada óbito. E o Bolsonaro, desumano e insensível, não só faz pouco caso com quase meio milhão de mortos pela pandemia do Coronavírus como também até chamou publicamente seus compatriotas que perderam parentes de maricas e que parassem com tantas “frescuras” e “mi mi mi”.

Desde quando um índio raiz votaria em representantes canalhas, patifes, hipócritas, desonestos e ladrões para compor muitas das Assembleias Legislativas, um Congresso Nacional ou as Câmaras de Vereadores como se faz de quatro em quatro anos no Brasil? O único erro do argentino foi tentar comparar pessoas tão idôneas como os índios com vira-latas como os brasileiros. Se nós saímos mesmo do meio da selva, então de onde terão saído os rondonienses? Rondônia talvez seja uma mistura esdrúxula e bizarra de tudo que de pior existe no Brasil. Esta pode ser uma verdade que muitos insistem em não querer ver. Além de ter votado em massa no “Mito”, aqui se devasta o meio ambiente como ninguém e ainda se entrega “de mão beijada” todas as riquezas do Estado a quem é de fora. Em Rondônia e em Porto Velho, a sua podre e imunda capital, quase só se elegem candidatos de fora. Fernández não conhece “Rondônia”. Ainda bem!

 

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

Notas de Esclarecimento

Notas de Esclarecimento

                                                                                                                                          

Professor Nazareno*

 

Existe uma “associação” muito famosa que é repleta de ladrões e malfeitores. É a Associação dos Ladrões Especializados. E todas as pessoas que dela “participam” sabem disso. E toda a população e as autoridades também sabem. Roubar é obviamente a sua maior especialidade e se for dinheiro público a coisa pode ganhar contornos de profissionalismo. Quase todos os integrantes dessa maldita “associação” são pessoas que já têm alguma posse, algum recurso. E apesar de viverem bem, se comparados ao  restante da população, não se acanham em roubar e desviar recursos que certamente melhorariam a vida de toda a coletividade. E o pior é que essa mesma coletividade que passa necessidades é que escolhe essa gente para lhe roubar. Lá, um defende o outro num corporativismo imoral e promíscuo. E quem fica no prejuízo é sempre a sociedade.

Porém, não há nenhum problema com as infames decisões ali tomadas. Se o que sobrou da opinião pública ainda tiver o topete de reclamar de alguma coisa, basta fazer uma pequena nota de esclarecimento e está tudo certo. Nela pode-se mentir à vontade, e adotar tudo o que for politicamente correto. O perdão não só ficará garantido como também todos os membros serão de novo reconduzidos aos seus cargos. E se a Justiça, o Ministério Público ou qualquer outra instituição “marcar em cima” basta ir lá e mentir sempre, na maior cara de pau. Mesmo que seja uma CPI. Aliás, as notas de esclarecimentos servem também para isso: “estamos à disposição dos órgãos fiscalizadores para esclarecer todos os equívocos”. Diz o ditado que “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”. E quem inocenta o outro ladrão já pode ser perdoado?

Até mesmo as Forças Armadas, em alguns casos, age como essa “associação”. Num país cujo governo é chegado ao negacionismo e ao ódio a tudo que reflita ciência e conhecimento, transgredir o sisudo RDE, regulamento disciplinar, já pode ser superado com uma notinha qualquer de esclarecimento. Durante esta pandemia de Coronavírus, por exemplo, vários Estados e municípios já usaram as suas notas de esclarecimento. Há Estados que apesar de terem recebido vacinas suficientes para terem imunizado mais de metade de sua população, não vacinaram nem dez por cento de sua gente. Nenhum problema que uma nota de esclarecimento não possa explicar. Mesmo que tenha de morrer muita gente por falta de imunizantes. Pior: essas notinhas toscas servem até para políticos mentirosos se desculparem por vacinas “compradas” e não entregues ao povo.

É uma nota de esclarecimento que vai nos explicar em detalhes o fato de hoje o povo precisar de vacinas e só ter a promessa de Copa América. Temos futebol e não temos UTI, nem médicos ou hospitais decentes para enfrentar a pandemia. Mas, nenhuma nota de esclarecimento vai poder explicar, no entanto, se toda a festa nos estádios será para comemorar os 15 milhões de desempregados ou os quase 500 mil  mortos pela Covid-19. Ou mesmo para piorar a situação de uma terceira onda mais letal do vírus assassino. Se essas notas explicam até denúncias de assédio sexual na CBF, então para explicar roubos, ladrões que foram inocentados e falta de vergonha na cara é até mais fácil. Muitos “jornalistas” com suas letras “tortas” já até se especializaram em defender o arbítrio, os golpes e as falcatruas. Malditas notas de esclarecimento que tentam explicar e até justificar e-mails que rejeitaram 110 milhões de doses de vacinas.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

Copa América em Rondônia

Copa América em Rondônia

 

Professor Nazareno*

 

            A edição da Copa América de futebol ano 2021 seria realizada na Colômbia. Mas por causa dos problemas sociais que o país enfrenta e também devido à pandemia do Coronavírus, o torneio foi transferido para a Argentina. Porém a Covid-19 só tem aumentado entre os “Hermanos” e por isso os argentinos também desistiram. Alguns países como Chile e Paraguai já abriram mão e não querem nenhum campeonato em seus territórios. Aí o Brasil apareceu como uma espécie de plano D para realizar a competição. Com mais de 465 mil mortos e às vésperas de enfrentar uma terceira onda do vírus mortal, vários Estados do país já disseram que não querem esses jogos. Aí só resta mesmo Rondônia para sediar um dos mais importantes torneios de futebol do continente. As razões para que esse evento aconteça nas terras de Rondon são inúmeras.

Os jogos desse certame não terão público. Igual ao futebol de Rondônia, que já tem larga experiência neste aspecto, pois os campeonatos de futebol daqui nunca tiveram público em seus acanhados campos de futebol. E nem precisou ter pandemia para isso. Além do mais, parece que o Coronavírus nunca existiu por aqui. Tudo aberto, tudo funcionando, tudo “as mil maravilhas”. Porto Velho, Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná e Vilhena seriam as sedes. Mesmo sem público nos “estádios” o turismo local teria um impulso jamais visto nestas redondezas. A Copa América funcionaria como uma vitrine e Rondônia mostraria ao mundo a podridão de sua suja e imunda capital. O planeta inteiro conheceria certo “açougue” da zona sul da cidade e também a hipocrisia dos que fingem naturalidade pelos 1,4 milhão de doses de vacinas prometidas para Rondônia.

Já pensou o mundo civilizado saber da existência de uma Assembleia Legislativa cujos membros não veem dinheiro dentro de sacos de lixo? E a cura da Covid-19 com fumaça e faísca de solda elétrica? Autoridades distribuindo Cloroquina para curar o Coronavírus seriam o máximo de atração. Imaginem como o mundo da arte não ficaria encantado ao saber que Darth Vader de Guerra nas Estrelas pode ter vivido nestas terras de “sentinelas avançadas” e melhor, até gostava de Carnaval. Apesar de ser evangélica e bolsonarista, “Rondonha” tem todo o direito de sediar uma Copa América para delírio de seu politizado e intelectualizado povo torcedor. A “Arena Guaporé” ou Aluisão não só entraria para a História como também deixaria encantados craques como Lionel Messi, Luis Suárez e Cavani. Gabi Gol dando entrevistas à mídia local seria o êxtase.

Com essa Copa América sendo realizada na “terra dos destemidos pioneiros” ou mesmo em outros Estados do Brasil, o governo Bolsonaro pode estar buscando um de seus objetivos: infectar o maior número possível de brasileiros pelo Coronavírus e dessa forma, atingir a tão sonhada imunidade de rebanho. Não muito diferente, portanto, de Lula e do PT, cujo objetivo maior sempre foi roubar o Erário e afundar nosso país na corrupção, quando trouxeram a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas para o Brasil. E os petistas conseguiram seu intento, pois nunca houve tantos estádios e tantas obras superfaturadas. Nunca se roubou tanto na organização daqueles eventos. Com os jogos sendo realizados como quer o “Bozo” e o Brasil ganhando mais uma taça, a cortina de fumaça estaria lançada e muitos esqueceriam as mortes pela pandemia e também a CPI do Senado. Brasil campeão e o caos triplicado pela Covid-19. Bolsonaro vai conseguir?

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.