sábado, 26 de fevereiro de 2011

Isto é o Brasil, infelizmente!


Brasil: uma Nação de “Jecas”


Professor Nazareno*


A frase "Le Brésil n’est pas um pays sérieux" (O Brasil não é um país sério) foi atribuída ao presidente francês Charles de Gaulle quando surgiu uma crise política entre Brasil e França, nos anos 60. A apreensão de pesqueiros franceses que capturavam lagostas na costa brasileira teria irritado De Gaulle e o levado a dizer que o Brasil não era um país. Segundo a versão corrente, o então embaixador do Brasil em Paris, Carlos Alves de Souza, teria acrescentado o adjetivo sério, para amenizar a situação. A crise foi resolvida, mas o mal-estar sempre ficou, apesar do general De Gaulle negar até a sua morte ter dito tal frase. Mesmo sem saber, o estadista francês estava certíssimo uma vez que se o mundo fosse um corpo humano, já saberíamos qual a parte que caberia ao Brasil representar. Somos uma nação ridícula no cenário político internacional e ainda queremos participar do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Uma piada infame segundo alguns analistas políticos.

Apesar de ostentar um dos maiores PIB’s do mundo e de ter um mercado consumidor próximo aos 200 milhões de habitantes, o Brasil nunca foi destaque em absolutamente nada desde o seu descobrimento há mais de cinco séculos pelos malditos portugueses. Ainda hoje em pleno século XXI não podemos mostrar nada a ninguém que nos possa trazer orgulho. O maior produto de exportação do país ainda continua sendo bumbum de mulher, perna de jogador e meia dúzia de produtos agropecuários como soja, café, frangos e alguns derivados da carne bovina. Itens estes que não necessitam de absolutamente nenhum conhecimento de ponta para serem produzidos. Aqui não produzimos chips para computadores, armamentos sofisticados, carros, telefonia móvel ou qualquer medicamento para a cura de doenças. Até o nosso programa espacial explodiu e depois que um astronauta brasileiro foi ao espaço, Plutão desapareceu como planeta.

Somos uma nação de medíocres, analfabetos e idiotas em sua grande maioria. Nunca ganhamos um Prêmio Nobel. Nossos filmes jamais ganharam um Oscar. Nunca nos destacamos em tipo nenhum de pesquisa. Não temos a bomba atômica. O fracasso sempre foi a maior conquista desta nação. Nosso sistema educacional está falido faz tempo. A grande maioria dos nossos alunos mal sabe ler e escrever um texto e isto após doze anos de escolaridade, em média. A maioria dos nossos empresários na verdade são sonegadores de impostos que ficaram ricos à base do improviso e com muita sorte. Latifundiários é uma praga que sempre infestou os interiores da nação. Competência nesta terra de ninguém é uma mercadoria escassa e que sempre passou longe das nossas escolas e universidades. Incrível, mas se fosse possível mensurar, a nossa cultura também seria inferior. Nossa civilização é atrasada e decadente. Somos o sinônimo do fracasso, do absurdo, do jeitinho.

Além disso, grande parte dos nossos políticos são uns verdadeiros imbecis e ladrões e a maioria só sabe legislar em causa própria. Tapeiam o povo que dizem representar, e se elegem mesmo sendo comprovadamente mensaleiros, sanguessugas e outros adjetivos pouco cívicos. As Forças Armadas, que são comandadas por um civil, só se destacaram no cenário nacional quando golpearam as instituições democráticas entre 1964 e 1985 e mergulharam o país numa ditadura que manchou o nosso nome no exterior. Nossas fronteiras são extremamente vulneráveis e se parecem um queijo suíço. É por lá que passa a maioria das armas contrabandeadas e quase toda a droga consumida nas grandes cidades. Nossa Justiça é lenta, burocrática e elitista. “De cada dez juízes, sete acreditam que são Deus e os outros três têm certeza”, é uma frase muito comum nos meios jurídicos. O STF não moralizou a política do país quando pôde e o nosso Poder Judiciário é acusado de soltar corruptos toda vez que a Polícia Federal, nas suas incontáveis operações, os prende.

O Poder Legislativo do Brasil é uma piada: são 81 Senadores e pouco mais de quinhentos Deputados Federais que dispensam qualquer comentário. A Federação é composta por 27 unidades (Rondônia só podia ser uma delas). Todas com Justiça, Poder Legislativo, Governadores e gente, muita gente mesmo (ou gentinha). Aqui só se dá valor ao que é de fora. Desigualdade social é regra. O Hino Nacional, cuja letra quase ninguém entende, bem que poderia ser trocado por uma música qualquer, um pagode, por exemplo, que não se notaria a diferença. BBB, novelas, programas policiais e de sacanagens são o ópio do povo. Amor à Pátria por aqui é coisa rara. Então, poderíamos voltar a ser Colônia. Só que desta vez não seria de Portugal, mas dos Estados Unidos, do Japão ou de qualquer outro país europeu que tivesse cultura própria, nacionalismo, gente civilizada e acima de tudo cérebros, cabeças que produzem conhecimentos. Seríamos talvez um lugar muito mais respeitado e melhor do que esta terra de jecas, matutos e gente preguiçosa que nem amor têm a este pedaço de chão. Proíba-se o carnaval, o álcool e o futebol que isso aqui será extinto.


*Leciona em Porto Velho

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Obama em Rondônia?


As Lições de Rondônia para Obama e os EUA


Professor Nazareno*


O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve visitar o Brasil no próximo mês de março. Passará apenas dois dias no país e visitará Brasília e o Rio de Janeiro. Mas diante do convite que o Governador Confúcio Moura fez, é possível que esta visita se prolongue por mais tempo. O Departamento de Estado daquele país ficou extremamente entusiasmado com a possibilidade de o seu maior mandatário poder visitar terras Karipunas e aprender conosco algumas das muitas e boas lições para governar melhor o seu povo e consequentemente levar ao mundo a nossa experiência em várias áreas: tecnologia, transportes, política, educação e estratégia militar. O frenesi na Casa Branca era notório diante desta possibilidade já que o povo rondoniense e as autoridades daqui têm muito a ensinar a Obama e a todos os norte-americanos.

O Congresso Nacional dos Estados Unidos, por exemplo, poderia ter contatos extremamente importantes e produtivos com a nossa "prestigiada" Assembléia Legislativa e aprender dentre outras coisas como se deve devolver o "dinheiro do povo" ao poder Executivo mesmo que haja muitas obras para serem feitas. Os legisladores da maior potência econômica do planeta aprenderiam como se envolver em escândalos escabrosos, esquemas de corrupção, desvios de verbas públicas e ainda assim serem reeleitos, diplomados e exercerem tranqüilamente o mandato como se fossem pessoas probas e honestas. Hillary Clinton, a toda poderosa Secretária de Estado, certamente gostaria de saber como se legisla para que pessoas comuns possam defecar em terminais rodoviários sem precisar ter que pagar por isso. É Rondônia ensinando ao mundo...

Além do mais, a lição "como enganar o povo com propagandas mentirosas" poderia ser discutida com os legisladores norte-americanos. Se Obama trouxer muitos prefeitos das grandes cidades dos Estados Unidos, o que seria normal, poderia deixá-los sob a orientação de Roberto Sobrinho e seu "staf municipal". Os nossos visitantes teriam muito a aprender: como destruir um partido político de renome nacional, como iniciar obras públicas e não terminá-las, como presentear os outros com ruas e avenidas importantes da cidade, enfim, "como governar tão mal tão bem". A interminável crise nos transportes coletivos e como ser um Robin Hood às avessas (tirar dos pobres e dar aos ricos) poderiam ser também discutidos com os nossos atentos visitantes. A limpeza e a higiene nas ruas de Porto Velho deveriam ser mostradas também aos americanos.

Na área da saúde pública, os rondonienses são "fora-de-série". Obama, Hillary e toda a comitiva visitando o "açougue" João Paulo Segundo produziriam imagens que correriam o mundo. Já pensou como não seria o espanto do planeta ao saber que uma simples visita de uma emissora de televisão "resolveu" grande parte do problema de saúde do nosso povo mais humilde? Claro que o Presidente da nação mais poderosa da terra gostaria de saber como se faz para governar um povo usando apenas um blog. Nossos militares poderiam ensinar como se faz para guarnecer tão bem as nossas fronteiras. E óbvio que o Pentágono gostaria de fazer intercâmbio com a Brigada para aprender táticas de guerra. Poderíamos até vender nossa tecnologia aos "yankees". Temos muito a ensinar a eles, com certeza. Outra grande lição: usar de forma acintosa o erário público para pagar milionárias pensões e aposentadorias a ex-governadores.

Preocupado com as devastações em terras do norte, eles poderiam nos perguntar o que fazemos para proteger tão bem as nossas florestas. "Por que não há fumaças durante o verão de vocês?", seriam indagações compreensíveis. Haveria também intercâmbios na área da educação: a Unir, a nossa conceituada universidade pública, poderia ensinar aos americanos, por exemplo, como se faz para organizar de maneira tão eficiente um simples concurso vestibular. Os salários que os educadores recebem aqui serviriam de exemplo para o mundo inteiro, os norte-americanos ficariam entusiasmados. Problema: as autoridades rondonienses teriam tempo de recebê-los? Devido à importância dos dois povos no contexto mundial, eles poderiam nos visitar várias vezes ao ano. Poderiam até vir durante as comemorações do Arraial Flor do Maracujá. O Obama brincando a "Dança do Boi" com os nativos locais seria um espetáculo impagável. Mas há algumas dúvidas: os porto-velhenses criariam uma nova linha de ônibus urbano com o nome de Presidente Obama a exemplo do inexplicável nome da linha Presidente Roosevelt? E que destino daríamos aos espelhos, miçangas e quinquilharias que certamente os nossos visitantes ilustres trariam para nós?


É Professor em Porto Velho.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Como estão os nossos revolucionários?


Os Jovens da Praça Tahrir


Professor Nazareno*


A revolução popular que incendeia o Mundo Árabe derruba a ditadura de Hosni Mubarak no Egito e ameaça se expandir pela região. No mês passado, manifestantes depuseram o Governo da Tunísia. A Praça Tahrir, que fica no centro do Cairo, capital do país, foi literalmente tomada por multidões ensandecidas que exigiam mudanças no Governo e na sociedade e só se acalmaram quando finalmente o poder percebeu o óbvio e saiu de cena. Importante observar nas imagens enviadas ao mundo que grande parte destes revolucionários é jovem e certamente muitos deles foram influenciados pela Internet e pelos sites de relacionamentos pessoais. "Havia outras formas de vida além dos muros do fundamentalismo islâmico", perceberam. Ao contrário da fábula "As rãs e o pintassilgo" de Rubem Alves, eles não mataram o pássaro, apenas se uniram a ele.

Munidos de Lap Tops e computadores comuns, os jovens usaram a grande rede para marcar suas reuniões e passeatas. Orkut, Msn, Twitter e simples aparelhos de telefones celulares foram fundamentais para o sucesso do levante. O Governo, ao perceber a manobra, interrompeu totalmente o sinal da Internet. O Cairo, cidade com mais de oito milhões de habitantes, ficou parecendo Porto Velho em dias de apagão digital. Bloquearam também o sinal dos celulares. Tudo em vão. Os sinais vindos das ruas eram claros: ou Mubarak deixava o poder e se iniciavam rapidamente as mudanças sociais, políticas e econômicas ou ninguém deixaria a Praça Tahrir. Essa revolução em terras muçulmanas se não nos trouxer algum ensinamento, certamente nos dará excelentes lições de como, no Brasil, devemos agir para mudar o caos em que vivemos.

O Brasil não é o Egito nem o Mundo Árabe, mas vivemos uma revolução sem precedentes na nossa História. Muito antes dos militares usurparem o poder em 1964 e estuprarem a ordem democrática vigente, que se iniciou uma revolução silenciosa em nossa pátria e que se perpetua até hoje. É a revolução da imbecilidade geral, da estupidez coletiva, do enaltecimento do senso-comum. É a revolução que emudece vozes destoantes e cala os que ousam pensar de modo diferente. Nossos jovens, alienados em sua maioria, e muito diferentes dos egípcios, enchem os shopping centers e espalham a semente da burrice institucionalizada. Usam a grande rede para disseminar tolices e navegar pelos sites de inutilidade geral. Fazem uma revolução às avessas e se melhorarem e evoluírem chegarão ao fundo do poço, já que estão muito abaixo dele.

A burrice dos nossos jovens e da maioria do povo brasileiro de um modo geral beira a insensatez. Basta olhar os sites de relacionamento pessoal deles. Vi uma jovem dizer que "ao espirrar na frente do ventilador, ele lhe jogou água". Outro jovem se disse amante de música "MPB internacional". As comunidades que eles criam são de fazer inveja a um débil mental ou idiota. Os tópicos e os comentários, além de agredirem gratuitamente a Gramática Normativa da Língua Portuguesa, têm conteúdo de psicopatas e de pessoas complemente alienadas. Nossos jovens, em sua maioria, são filhos da Globo e do BBB. Estão fazendo uma revolução para ver quem chega primeiro à terra dos otários. Curtem carnaval fora de época, se drogam estupidamente, desprezam os estudos e a boa leitura e abrem mão da verdadeira música. Uns imbecis modernos.

Os poucos que se salvam desta maré de estupidez, deste oceano de mediocridade, estão fazendo a verdadeira revolução, a sua, pois crêem que mudando as suas vidas praticando a leitura crítica, ouvindo a boa música e investindo no seu futuro, mudam a triste realidade em que se vive. O Brasil moderno é isso: sanguessugas, mensaleiros, fichas sujas, corruptos e ladrões se dizem autoridades, ganham milhares e milhões de votos da massa ignara, participam de governos, vêem na Rede Globo a salvação nacional e enquanto surrupiam o nosso dinheiro e os nossos sonhos nos fazem acreditar que nos ajudam. Os jovens da Praça Tahrir no Egito derrubaram um governo de 30 anos movidos pela vontade de mudar, de conhecer o novo, de acreditar em dias melhores. Aqui os nossos jovens não derrubam nem Roberto Sobrinho, votam no Tiririca e filosofam espirrando em frente a ventiladores. E pensar que muitos deles são o futuro deste país. O Egito de hoje é a França de 1968, o Irã de 1980, a Palestina de sempre e o Brasil de nunca. Quando me aposentar, saio daqui. Vou morar na Bolívia.


*É Professor em Porto Velho.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Falaram mal de Rondônia. Pode?


Por que falam mal de Rondônia?


Professor Nazareno*


A atriz e cantora global Angélica em uma recente entrevista que deu à revista Veja falou muito mal da cidade de Ariquemes. Disse que o lugar fica situado no "fim do mundo à esquerda". Uma aberração, um acinte, uma declaração absurda que além de preconceituosa, demonstra o quanto muitas pessoas do Sul do país vêem de forma equivocada a nossa querida Rondônia. Por isso, de maneira bastante pertinente, todos nós que amamos esta terra devemos defender o nosso chão e dizer para essas figuras desinformadas os nossos reais valores. Devemos fazer uma corrente cívica e mostrar aos quatro cantos do Brasil toda a nossa pujança, todas as nossas qualidades, pois se falaram mal de Ariquemes, vão querer também falar mal de Porto Velho e do Estado como um todo. Por isso devemos ficar em alerta máximo e rebater qualquer crítica injusta.

Fiquem sabendo, senhores habitantes do Sul maravilha, que somos uma potência em expansão. Somos orgulhosamente a capital mais suja do Brasil. Em qual cidade deste país se encontram tantos cachorros e bichos mortos apodrecendo nas ruas? Qual é a capital deste país cujos habitantes conseguem sobreviver tranquilamente com apenas três por cento de saneamento básico e menos de 20 por cento de água encanada? Só nós. Falem qual é, dentre as capitais nacionais, aquela que tem mais viadutos e obras inacabadas. Batemos o recorde de construções abandonadas pelo poder público, esta é a grande verdade. Vocês estão com inveja de Porto Velho, isso sim. Além do mais temos uma das melhores coletas de lixo do Brasil. Somos certamente uma das cidades mais arborizadas do mundo. Acreditem: se Deus não for brasileiro, é rondoniense.

O nosso trânsito faz inveja a Rio de Janeiro ou São Paulo de tão organizado que é. Raciocinem com a razão, senhores habitantes do Sul maravilha, e respondam: qual a cidade da região de vocês que tem um Hospital como o João Paulo Segundo? A própria Rede Globo veio aqui e mostrou como os rondonienses sabem tratar a saúde pública. Vocês, em vez de falarem mal de nós, deviam copiar os nossos exemplos. Qual, dentre os Estados do Brasil, o que tem uma Assembléia Legislativa tão atuante quanto a nossa? Os nossos políticos são os melhores e mais honestos do mundo. Aqui não se elegem fichas sujas, incompetentes nem sanguessugas. Nós devíamos era servir de exemplo para o país inteiro. Nós pagamos sem problemas 15 aposentadorias e pensões a ex-governadores e gastamos 300 mil reais por mês. Nenhum Estado deste país faz isso.

Parem de falar mal de Rondônia, seus invejosos. Aqui é o verdadeiro paraíso na terra. A nossa Internet é de primeira qualidade e já estamos pensando em terabites e cabos de fibra ótica. Nem em São Paulo a grande rede é tão eficiente como em Porto Velho. A nossa energia é boa e barata e nunca nos falta. Os preços dos aluguéis aqui são de fazer inveja a qualquer lugar do planeta de tão baratos que são. Saibam vocês que já podemos ser comparados a São Paulo e para isso basta uma simples chuvinha de verão. Os mais perigosos bandidos e traficantes do país estão em nossas cadeias. O nosso futebol é um dos melhores do país. Onde se torce sentado em bares? A nossa cultura é ímpar. Nada se copia por estas terras. Curitiba, por exemplo, se orgulha de ser "isso e aquilo", mas copiou o nosso sistema de transporte coletivo, um dos melhores que há.

A imagem da nossa televisão em HD é a melhor do país, seus bobos. Os nossos jornalistas são os mais respeitados que se conhecem. Aqui há os que defendem Papai Noel, os que adoram hinos e aqueles que jamais se vendem a qualquer Governo. Dengue, Leptospirose e Malária são patologias quase extintas por aqui. Pode existir Aftosa, mas é no gado apenas. A nossa Universidade Federal, a Unir, vai ganhar um prêmio da UNICEF pela sua grande competência em organizar concursos vestibulares e é conhecida no mundo inteiro como "um ninho de intelectuais". Em todo o Brasil, seus tolos do Sul, não existe ensino superior melhor do que o nosso. Além do mais, Rondônia é a Meca dos eleitores conscientes já que reconhecemos "o grande trabalho" e reelegemos quase toda a atual bancada na Assembléia Legislativa. Por isso, parem de falar mal de nós. Vocês não têm moral para isso e inveja mata. Podíamos, por causa disso, boicotar a Globo e decretar a falência total dessa emissora. Gostaria de saber qual é o lugar que fica no fim do mundo à direita. Seria a nossa querida Porto Velho ou Jaru?


É Professor em Porto Velho.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O João Bento da Costa dispara em 2010


Projeto Terceirão do Colégio João Bento: só neste ano, quase 200 alunos aprovados em várias universidades do país


Suamy V.Lacerda de Abreu, ex-Diretor da Escola João Bento da Costa, em mais um ano se diz satisfeito com as aprovações de aproximadamente 65% de seus alunos do Projeto Terceirão de 2010 na primeira chamada da UNIR, SISU e PROUNI no JBC. Acredita que, com o decorrer dos dias e nas próximas chamadas tanto das Universidades Federais quanto do PROUNI e SISU, esse número aumentará e poderá chegar aos 80 ou 90% de aprovações. Até o momento, já foram contabilizadas pelo menos 176 aprovações em vários vestibulares no Brasil. "Há alunos do João Bento aprovados nos mais variados cursos superiores", informa o ex-diretor daquela escola pública.

Juntamente com a ex-Diretora Elba Cerquinha parabenizam aos Educadores de sua equipe e, em especial aos Professores do Projeto Terceirão - José Arimatéia, José do Nazareno, Walfredo Tadeu, Mônica, Soniamar, Carlos Moreira, Décio, Serginho, Geane, Russymeire, Adriana, Betãnia, Ariadne e Doralice que estiveram à frente no dia a dia com estes alunos. Agradece também aos educadores que ajudaram com aulas extras, supervisores, orientadores e psicólogos que colaboraram nesse desenvolvimento, e claro, PARABENIZA os alunos, quase duas centenas só neste concurso vestibular da Unir e outras universidades do Brasil, pois eles eram a meta e o objetivo principal, mostrar a cada um que quando se tem um objetivo, pode-se alcançar com muita garra.

Os números do Colégio João Bento são grandiosos. Em Administração são nove os aprovados. Um em Artes Visuais, dois em Agronomia, quatro em Arqueologia, seis em Ciências Biológicas, três em Direito, oito em Enfermagem, três em Engenharia Civil, um em Engenharia Civil na Universidade de Tecnologia Federal do Paraná, cinco em Engenharia Florestal sendo um na UFAC e outro na UFMT, uma aluna foi aprovada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em Engenharia Agroindustrial Agroquímica, dois alunos aprovados em Engenharia Elétrica, um em Engenharia de Alimentos, pelo menos 11 alunos do João Bento vão cursar, este ano, Educação Física na Universidade Federal de Rondônia. Há alunos aprovados em Informática, pelo menos doze deles e também em História com uma dúzia também. Um aluno foi aprovado em Medicina Veterinária na UFAC e pelo menos cinco alunos foram aprovados em Medicina sendo que dois ex-alunos foram aprovados na Unir, dois na Facimed em Cacoal e um na Faculdade São Lucas. Oito alunos foram aproados em Fisioterapia na São Lucas, três em Psicologia e muitos outros alunos conseguiram a sua tão sonhada aprovação em vários outros cursos como Teatro, Pedagogia, Música, Licenciatura em Química, em Física, Saúde Coletiva, Fonoaudiologia, Direito na FARO, Nutrição, Gestão Pública,Marketing e Odontologia. Quase impossível citar todos os alunos aprovados neste ano no Colégio JBC.

Por tudo isso, a ex-Direção do Colégio João Bento já enfatizou em várias ocasiões que o "dever estar cumprido", e espera que esta excelência em aprovações possa continuar nos próximos anos letivos. "As notícias ruins de Rondônia são manchetes no Brasil inteiro, mas temos notícias boas, só que não são tão divulgadas assim", enfatizou o ex-diretor daquela instituição de ensino. "Há a necessidade de se apoiar projetos vitoriosos como este e, por isso, a comunidade não pode medir esforços para ajudar também já que o Projeto Terceirão do Colégio João Bento da Costa não é uma iniciativa de governos: nasceu dos professores, alunos e da comunidade há quase uma década e hoje já se pode dizer que já é um Projeto de Estado", enfatizou o Diretor Suamy. Ele informou também que durante toda a sua gestão pelo menos mil alunos foram "mandados" para o Ensino Superior nos mais variados cursos e Universidades.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O dilema do "Mundo Árabe"


"Revoluções no Mundo Árabe"


Professor Nazareno*


O mundo árabe está em polvorosa. Do Marrocos até a Arábia Saudita há o temor de que haverá fortes conflitos sociais. O povo está muito insatisfeito com os sucessivos governos nestes países. O caos é geral. Na Tunísia, a insurreição popular já derrubou o Governo local. No Egito, há várias manifestações de inquietação por parte da população insatisfeita. O Exército está nas ruas. Os enfrentamentos são diários. O número de mortos e feridos aumenta a cada dia. Os confrontos se sucedem e as manifestações se espalham como rastilho de pólvora. Desde as revoltas populares do Leste Europeu no final da década de oitenta e a conseqüente extinção da Guerra Fria, o mundo nunca tinha visto nada igual. Massas ensandecidas saem às ruas com um único objetivo: derrubar as ditaduras e tentar instalar democracias. A população, insatisfeita, enfrenta o poder e clama por liberdade. Por causa do petróleo, muitos países estão atentos e preocupados.

A situação é pior no Egito. O povo tem demonstrado muita insatisfação com o atual presidente do país Hosni Mubarak. Em vez de governar a nação com seriedade, ele é acusado de ficar brincando na internet. O "Blog do Mubarak" traz diariamente mensagens virtuais que dão a tônica do seu infantil Governo. Dizem que ele está há trinta anos no poder, porém muitos juram que esta situação de caos total faz muito mais tempo. Mubarak cercou-se de muitos assessores impopulares, incompetentes e corruptos que sempre "mamaram nas tetas" do Estado. O Egito poderia ser uma nação muito mais próspera do que é, mas as roubalheiras e trambicagens dos sucessivos Governos devastaram esta nação árabe do norte da África. Dinheiro não falta. A produtividade nunca foi interrompida, os egípcios trabalham feito burros, mas a pobreza campeia. A patifaria na política tem transformado os egípcios num povo faminto e sofredor.

O Dr. Abdul Azim Wazir é o prefeito do Cairo, a capital do país. Ex-sindicalista e sempre ligado às massas é considerado hoje como um verdadeiro imbecil. É acusado de trair suas origens e todos afirmam que quando deixar a prefeitura da capital será um homem rico. Fala-se, dentre outras coisas, que ele não repassa corretamente o dinheiro dos servidores da cidade para o Instituto de Previdência do Município. Gosta muito de viajar para o exterior e por isso já conhece vários países da Europa. Dizem que seus assessores diretos são os amigos mais chegados da época dos sindicatos. Sua administração na capital do Egito é um desastre total. Embora seja uma cidade "meia boca", o Cairo tem muitas construções ainda inacabadas. Ninguém sabe o que se faz com tanto dinheiro que entra diariamente nos cofres públicos. Nem prestígio político o infeliz tem, já que não conseguiu emplacar o seu candidato nas últimas eleições.

A bagunça é tão grande no Egito que o atual presidente da Assembléia Nacional Popular, Ahmad Fathi Sorour, tomou posse com o propósito de moralizar aquela casa de leis. "A ANP e os seus membros nunca fizeram nada em benefício do povo egípcio", acusam muitos manifestantes. Outros mais exaltados vão mais além: "noventa por cento dos parlamentares da ANP são cínicos, desonestos e corruptos", dizem. "Se a ANP não existisse que falta faria aos egípcios?", perguntam. O pior é que as propagandas veiculadas por aquela "casa da mãe Joana", pagas com o suado dinheiro dos impostos, afirmam cinicamente que o povo do país só reelegeu muitos dos atuais deputados por causa do "grande trabalho" prestado por eles. No Judiciário egípcio a situação também não é das melhores. Farouk Soultan, presidente deste poder, foi à televisão pedir desculpas pela morosidade no andamento de processos e também pelos altos salários que o Estado paga a muitos de seus integrantes. Uma infâmia, um escândalo nacional.

O Cairo, cortada pelo rio Nilo, é uma cidade destroçada. Na Avenida Al-Arabyia, que dá acesso ao centro comercial, existem carcaças de vários viadutos inacabados. Uma simples chuva de verão que a cidade vira um mar de lama e imundices. A água contaminada invade as residências. Restos de animais mortos enfeitam a paisagem urbana. A fedentina é geral. O símbolo do país, a "Praça das Três Pirâmides", embora adorado pelo povo, é feio e sem sentido e o Prefeito gastou doze milhões de libras egípcias só para reformá-la. Desde a morte do ex-presidente Anwar- el.-Sadat que o país ficou praticamente sem cultura própria. Tenta-se copiar a cultura de outros lugares, mas nada dá certo. A educação está sucateada e os professores totalmente desprestigiados. A Universidade Federal Egípcia, a UFE em Português, é uma porcaria e foi acusada de não saber nem organizar um simples concurso vestibular. Na área da saúde o transtorno também é visível. No maior hospital público da cidade, o Hospital Profeta Maomé, que mais se parece um açougue, os pacientes estavam esparramados pelo chão sem atendimentos e foi preciso que uma emissora de televisão da Europa, dizem que paga com o dinheiro dos próprios egípcios, denunciasse o fato ao mundo para que o escândalo fosse parcialmente resolvido. Por tudo isso, o Egito precisa da ajuda dos brasileiros. Vamos fazer uma corrente para ajudar os nossos irmãos árabes. Alguém sabe o endereço ou o telefone da embaixada egípcia em Brasília?


*O Professor Nazareno leciona em Porto Velho.