segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Cazuza foi um ídolo ou um marginal?

Cazuza 0 X 10 Psicóloga


É ...DEVIAM COLOCAR ISSO NUM OUTDOOR LÁ NA PRAÇA CAZUZA , NO LEBLON ...

Psicóloga x Cazuza !

Estas verdades precisam ser retransmitidas para todas as FAMÍLIAS!

Uma psicóloga que assistiu ao filme Cazuza, escreveu o seguinte texto:

- 'Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora. As pessoas estão cultivando ídolos errados.

Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível.

Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado. No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.

São esses pais que devemos ter como exemplo?

Cazuza só começou a gravar pois o pai era diretor de uma grande gravadora.

Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante.

Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.

Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.

Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria?

Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.

Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido ..

Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem NÃO quando necessário?

Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor .

Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser 'amigo'

de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre.'

Karla Christine
Psicóloga Clínica

Leu ? Concorda com a psicóloga?

Então faça a sua parte e divulgue.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Alguém ainda se lembra do AI 5?


Quatro décadas do AI 5: a ideologia do nada


Professor Nazareno*

Há exatos quarenta anos, os militares brasileiros mostram ao mundo a sua face mais brutal e desumana: foi durante o governo de Arthur da Costa e Silva - 15 de março de 1967 a 31 de agosto de 1969 - que o país conheceu o mais cruel de seus Atos Institucionais. O Ato Institucional Nº 5, ou simplesmente AI 5, que entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968, era o mais abrangente e autoritário de todos os outros atos institucionais, e na prática revogou os dispositivos constitucionais de 67, além de reforçar os poderes discricionários do regime militar. O Ato vigorou até 31 de dezembro de 1978.
Foi a partir deste ato que os ‘milicos’ começam de fato ‘a fazer a festa’ sobre os poucos opositores e a cercear toda e qualquer possibilidade de reação da tímida oposição do país. Era o início dos “anos de chumbo” da cruel e covarde Ditadura Militar que se abateu sobre a nação até meados da década de 1980. E o pior de tudo é que toda esta perseguição, afronta, desrespeito, assassinatos, torturas, falta de lógica foram cometidos em nome de uma pseudo Segurança Nacional e não serviu para muita coisa. A exemplo dos assassinos nazistas, os nossos militares estupraram e brutalizaram a consciência nacional em busca do nada.
Realmente: defendendo os princípios do capitalismo selvagem capitaneados pelos Estados Unidos, a Ditadura Militar no Brasil torturou e assassinou pacatos cidadãos para proibir dentre outras coisas, por exemplo, que o PCB (Partido Comunista Brasileiro) não tivesse sua legalidade e nem participasse da política nacional. Não conseguiram, pois hoje em dia não só o ‘partidão’, mas tantas outras siglas similares fazem parte do jogo político atual e o mundo ainda não se acabou por causa disto. Os militares brasileiros se especializaram em fazer o que mais sabem: censurar revistas de mulher pelada e torturar cidadãos indefesos.
Muitos ainda crêem que o pesadelo fardado já acabou e faz parte do nosso passado. Mas é sempre bom lembrar que a elite que sustentou ‘os gorilas da caserna’ é quase a mesma que ainda dá as cartas no jogo político e econômico do nosso país. E muito provavelmente ainda reina dentro dos nossos quartéis a mentalidade golpista, tacanha e retrógrada que incentivou os militares na aventura tresloucada de 1964 e da decretação do AI- 5. Em Porto Velho, recentemente, o episódio da tomada do terreno do nosso teatro pela soldadesca da Brigada de Infantaria e Selva, numa ridícula missão de ópera-bufa, é um exemplo disto.
Alguém deveria ensinar aos nossos militares que defender a Segurança Nacional seria não ter permitido que os bolivianos tivessem invadido as nossas refinarias de Petróleo ou então vigiar melhor as nossas fronteiras, que mais se parecem um queijo suíço, e dessa forma evitar a entrada clandestina de armas e drogas. Por tudo isso, não há absolutamente a menor possibilidade de se lembrar de forma cômoda neste 13 de dezembro de que há quarenta anos tivemos nossas consciências invadidas e fomos levados ao limbo. A imagem do país ficou manchada internacionalmente durante um bom tempo para absolutamente nada.

*É professor em Porto Velho – profnazareno@hotmail.com