terça-feira, 31 de maio de 2011

Estudar dá futuro a alguém?



Você estudou? - BEM FEITO!!!!!

É TRIUNFO DAS NULIDADES:
O Brasil vai bem, obrigado, para os parasitas, os que nada produzem e os políticos...

Ronaldinho Gaúcho : R$ 1.400.000,00 por mês. - "Homenageado na Academia Brasileira de Letras"...
Tiririca : R$ 36.000,00 por mês, fora os auxílios e mordomias; - "Membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...
Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00...

Moral da História:
Os professores ganham pouco, porque só servem para nos ensinar coisas inúteis como: ler, escrever e pensar.

Sugestão:
Mudar a grade curricular das escolas, que passaria a ter as seguintes matérias:

- Educação Física: Futebol

- Música: Sertaneja, Pagode, Axé

- História: Grandes Personagens da Corrupção Brasileira, Biografia dos Heróis do Big Brother, Evolução do Pensamento das "Celebridades"

- História da Arte: De Carla Perez a Faustão

- Matemática: Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha, Cálculo Percentual de Comissões e Propinas

- Português e Literatura :  ?????????????????????? Para quê ?

- Biologia, Física e Química :
Excluídas por excesso de complexidade

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A Justiça nos Estados Unidos e no Brasil: comparem!



Nascido no Piauí, Francenildo Costa era caseiro em Brasília. Em 2006, depois de confirmar que Antonio Palocci frequentava regularmente a mansão que fingia nem conhecer, teve o sigilo bancário estuprado a mando do Ministro da Fazenda.
Nascida na Guiné, Nafissatou Diallo mudou-se para Nova York em 1998 e é camareira do Sofitel há três anos. Domingo passado, enquanto arrumava o apartamento em que se hospedava Dominique Strauss-Kahn, foi estuprada pelo diretor do FMI e candidato à presidência da França.
Consumado o crime em Brasília, a direção da Caixa Econômica Federal absolveu liminarmente o culpado e acusou a vítima de ter-se beneficiado de um estranho depósito no valor de R$ 30 mil. Francenildo explicou que o dinheiro fora enviado pelo pai. Por duvidar da palavra do caseiro, a Polícia Federal resolveu interrogá-lo até admitir, horas mais tarde, que o que disse desde sempre era verdade.
            Consumado o crime em Nova York, a direção do hotel chamou a polícia, que ouviu o relato de Nafissatou. Confiantes na palavra da camareira, os agentes da lei descobriram o paradeiro do hóspede suspeito e conseguiram prendê-lo dois minutos antes da decolagem do avião que o levaria para Paris e para a impunidade perpétua.
Até depor na CPI dos Bingos, Francenildo, hoje com 28 anos, não sabia quem era o homem que vira várias vezes chegando de carro à "República de Ribeirão Preto". Informado de que se tratava do Ministro da Fazenda, esperou sem medo a hora de confirmar na Justiça o que dissera no Congresso. Nunca foi chamado para detalhar o que testemunhou. Na sessão do Supremo Tribunal Federal que julgou o caso, ele se ofereceu para falar. Os juízes se dispensaram de ouvi-lo. Decidiram que Palocci não mentiu e engavetaram a história.
Depois da captura de Strauss, a camareira foi levada à polícia para fazer o reconhecimento formal do agressor. Só então descobriu que o estuprador é uma celebridade internacional. A irmã que a acompanhava assustou-se. Nafissatou, muçulmana de 32 anos, disse que acreditava na Justiça americana. Embora jurasse que tudo não passara de sexo consensual, o acusado foi recolhido a uma cela.
   Nesta quinta-feira, Francenildo completou cinco anos sem emprego fixo. Palocci completou cinco dias de silêncio: perdeu a voz no domingo, quando o país soube do milagre da multiplicação do patrimônio. Pela terceira vez em oito anos, está de volta ao noticiário político-policial.
Enquanto se recupera do trauma, a camareira foi confortada por um comunicado da direção do hotel: "Estamos completamente satisfeitos com seu trabalho e seu comportamento", diz um trecho. Nesta sexta-feira, depois de cinco noites num catre, Strauss pagou a fiança de 1 milhão de dólares para responder ao processo em prisão domiciliar. Até o julgamento, terá de usar uma tornozeleira eletrônica.
Livre de complicações judiciais, Palocci elegeu-se deputado, caiu nas graças de Dilma Rousseff e há quatro meses, na chefia da Casa Civil, faz e desfaz como "Primeiro-Ministro." Atropelado pela descoberta de que andou ganhando pilhas de dinheiro como traficante de influência, tenta manter o emprego. Talvez consiga: desde 2003, não existe pecado do lado de baixo do equador. O Brasil dos delinqüentes cinco estrelas é um convite à reincidência.
Enlaçado pelo braço da Justiça, Strauss renunciou à direção do FMI, sepultou o projeto presidencial e é forte candidato a uma longa temporada na gaiola. Descobriu tardiamente que, nos Estados Unidos, todos são iguais perante a lei. Não há diferenças entre o hóspede do apartamento de 3 mil dólares por dia e a imigrante africana incumbida de arrumá-lo.
Altos Companheiros do PT, esse viveiro de gigolôs da miséria, recitam de meia em meia hora que o Grande Satã ianque é o retrato do triunfo dos poderosos sobre os oprimidos. Lugar de pobre que sonha com o paraíso é o Brasil que Lula inventou. Colocados lado a lado, o caseiro do Piauí e a camareira da Guiné gritam ao contrário.
           Se tentasse fazer lá o que faz aqui, Palocci não teria ido além do primeiro item do prontuário. Se escolhesse o País do Carnaval  para fazer o que fez nos Estados Unidos, Strauss só se arriscaria a ser convidado para comandar o Banco Central. O azar de Francenildo foi não ter tentado a vida em Nova York. A sorte de Nassifatou foi ter escapado de viver num Brasil que absolve o criminoso reincidente e castiga quem comete o pecado da honestidade.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Corrupção dos remédios: Prefeito e Secretário são coroinhas de Igreja!





Corrupção: Sobrinho e Pimentel são inocentes


Professor Nazareno*


       Com a divulgação no programa Fantástico da rede Globo do escândalo sobre a compra superfaturada de medicamentos por várias prefeituras do país, recomeçaram com toda a força, principalmente na mídia eletrônica local, as insinuações e mentiras contra Roberto Sobrinho, prefeito de Porto Velho e seu secretário de Saúde, Williames Pimentel. Muito longe de figurarem na condição de pivôs de qualquer escândalo, duas das maiores autoridades da nossa cidade são vítimas de meras especulações e sem provas de que tenham qualquer tipo de envolvimento em coisas ilícitas. A empresa Sulmedi fica numa cidadezinha localizada no interior do Rio Grande do Sul de nome Barão de Cotegipe. Lugar onde, talvez nem o Prefeito nem o seu Secretário jamais estiveram presentes ou sabiam de sua existência. Sobrinho é um dos únicos Prefeitos do Brasil que tem remédio para a corrupção. Quase nenhum outro tem esta qualidade.
Uma verdadeira infâmia falar mal de Roberto Sobrinho e de sua administração à frente da Prefeitura de Porto Velho. Líder inconteste, ele tem se esmerado em fazer a vontade de todos os eleitores porto-velhenses que lhe confiaram o voto. Não há dentro dos limites deste município qualquer voz destoante que possa enfraquecer o seu árduo trabalho e a sua ilibada competência. De Calama a Extrema de Rondônia, passando pelos distritos e bairros mais afastados da periferia, não se ouve outra coisa senão a voz inconfundível dos menos assistidos e da população em geral a gritar em uníssono que Sobrinho é uma espécie de “pai dos pobres” só comparado a um Winston Churchill quando liderou os ingleses durante os dias difíceis na Segunda Guerra Mundial. A mídia local deve ser orientada a não repetir, sem provas, estas sandices, essas injustiças. Estão até plantando pessoas de outros municípios para prejudicar Porto Velho.
Uma pequena observada na cidade de Porto Velho e se percebe facilmente o porquê destas afirmações. Nunca a nossa cidade teve um ritmo tão intenso de obras como está tendo agora. O dinheiro do PAC e das compensações pela construção das hidrelétricas está sendo empregado de forma organizada e dentro das prioridades. A participação popular, marca registrada do PT, sempre foi nesta administração de Porto Velho um item seguido à risca pelas cartilhas petistas, por Sobrinho e seus colaboradores. Na capital de Rondônia é o povo quem decide tudo e traça o seu próprio destino. A Secretaria Municipal de Saúde, com Pimentel à frente, é uma experiência única que devia ser copiada por todos os municípios do país. Não seria um empecilho deste que mudaria o rumo dos trabalhos. Pimentel esnoba competência e arrojo.
Além do mais, a Operação Hygeia deflagrada pela Polícia Federal em abril do ano passado pode ter sido um grande equívoco e uma injustiça maior ainda contra Williames Pimentel. Se culpado fosse, como explicar o fato de que das grades ele seguiu direito para despachar em seu gabinete? Se houve desvio na Funasa ou prejuízos na ordem de milhões de reais aos cofres públicos, o fato é que ninguém provou nada contra ele. Pimentel ensina ética ao povo além de ser um fiel defensor do dinheiro público. Um mestre. A PF errou ao prender um “homem do povo”, um líder que continua exercendo o poder.  Amigo de primeira hora do Senador Valdir Raupp e de sua esposa, a Deputada Federal Marinha Raupp, ele quase assumira a Secretaria de Saúde do Estado na atual administração. Os problemas do João Paulo Segundo e outras mazelas desta delicada área já tinham sido resolvidos em suas competentes mãos. Culpá-lo agora de qualquer coisa seria um crime contra o próprio Estado de Rondônia. Uma traição. Raupp não apoiaria um embuste e faz Rondônia dar lição de lisura.
Falar mal de Roberto Sobrinho é uma covardia sem tamanho. Se alegarem sobre os tais buracos nas ruas da cidade, pergunto: alguém já viu o Prefeito ou algum assessor dele com picareta na mão cavando-os? Embora defendamos a liberdade de expressão, é bom que articulistas como João Paulo Prudêncio e Valdemir Caldas repensem seus bons textos: o nosso Prefeito não merece tanta pressão. Tenho medo de que esta moda pegue e daqui a pouco vão querer falar mal também do nosso Governador Confúcio. Desvio de dinheiro e superfaturamento na compra de medicamentos são fatos a que ninguém dá credibilidade. Quem de bom senso acreditaria em tais boatos? A culpa só pode ser do povo que insiste em adoecer para dar mais trabalho às nossas autoridades. O povo é o pivô de tudo. O povo deveria ser extinto para não atrapalhar nossos líderes. Por isso, um internauta resumiu tudo num singelo comentário sobre o fato: “Estou chocado. Isso é mentira, Porto Velho é uma cidade modelo com ruas perfeitas e belos viadutos, saúde exemplar, transporte coletivo barato, confortável e pontual, segurança impecável e uma administração parabenizada até pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas. O quê é isso? Moramos num paraíso administrado por um santo!”. Alguém discorda?





*É Professor em Porto Velho

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O João Bento da Costa pede socorro!



Quem é contra a Educação no Brasil?


Professor Nazareno*

      
      Ninguém de bom senso ou que agisse politicamente correto hoje em dia seria contra a Educação ou diria alguma coisa que não a colocasse como meta prioritária de qualquer cidadão, pai de família ou mesmo Governo. Mas no cotidiano o que se vê no Brasil é uma sucessão de absurdos, abusos e agressões contra toda e qualquer prática educacional. Somos orgulhosamente a sétima potência econômica do mundo e em Educação já amargamos a 53ª posição entre as nações. Ao contrário das sociedades mais evoluídas do planeta, não valorizamos o saber, não damos o valor que a Educação merece. Nossa sociedade nunca em momento algum valorizou o ensino. Nossos governantes e políticos sabidamente fazem o mesmo. Entra ano e sai ano e as nossas escolas estão no mesmo patamar de séculos atrás. Educação de péssima qualidade, ensino retrógrado e anacrônico, profissionais desvalorizados, infra-estrutura física das escolas públicas caindo aos pedaços, esse é o cenário dantesco da Educação em nosso país.
        Em Rondônia não é muito diferente. A exemplo de outros Estados da Federação, aqui a Educação também sempre viveu maus bocados. Dos ex-territórios até o Estado, a verdade é que nenhum governante nunca deu a importância devida para este sofrido setor. Até o todo-poderoso e aplaudido ex-governador Jorge Teixeira não plantou a semente da Educação para que pudéssemos, três décadas depois, colher os frutos. E parece que os nossos governantes sempre tiveram, numa incompreensível ironia, a aceitação da sociedade. Professor geralmente só é lembrado quando faz greve. Só tem sua importância reconhecida quando “algumas crianças estão sem aulas” e só. Inebriada, essa mesma sociedade, que não valoriza o saber e o conhecimento, padece com a falta de mão-de-obra especializada e se vê envolta numa espiral de violência que é fruto e conseqüência da falta de uma Educação de qualidade. “No passado não construímos boas escolas; Hoje, não devíamos nos envergonhar de construir presídios”.
        Há mais de dez anos trabalho na Escola João Bento da Costa na Zona Sul de Porto Velho. Junto com um grupo de colegas professores ajudei a fundar o Projeto Terceirão na escola pública. Os resultados positivos obtidos com esta ação dispensam quaisquer comentários. Mas o João Bento está, talvez a exemplo de muitas outras escolas públicas deste país, caindo aos pedaços. As salas de aulas carecem de ventilação, estão sujas, extremamente quentes e sem nenhuma condição de se ter aulas. A rede elétrica da escola está totalmente danificada o que leva todos nós, professores, funcionários e alunos, a trabalhar sob fortes riscos de morrer vítimas de um incêndio de grandes proporções. Não sei se providências estão sendo tomadas para resolver algo no João Bento. O que sei é que nunca vi ninguém  chegar lá para propor melhoras na situação. Nunca vi um pai de aluno sequer ir à escola para reclamar do problema. Desconheço se alguma autoridade já demonstrou preocupação com o fato. No país inteiro, hoje, para ver o fundo do poço, muitos brasileiros têm de olhar para cima.
       O pior é que a falta de infra-estrutura compromete o pouco que se tem em resultados positivos. As aulas estão com o tempo reduzido já que na escuridão não se trabalha. Em vez de sete horas da noite, as aulas do turno da tarde só podem ir até as cinco ou menos. Não estou querendo culpar este ou aquele Governo nem a sociedade, mas diante dos bons resultados da escola, entendo que o João Bento da Costa merece um melhor ambiente de trabalho. Não sei se há verbas e disposição para que isto aconteça ou se providências já estão a caminho. O fato é que não se pode deixar que coisas que dão certo se acabem sem nenhuma explicação. Às vezes me sinto culpado e tenho vergonha de trabalhar em meio a tanta sujeira e lixo, mas ao mesmo tempo em que me deprimo entendo que quem tem de sentir vergonha não sou eu apenas. Do final do Governo Bianco até agora, a quantas reformas esta escola foi submetida? E as outras? E a população beneficiada, já se manifestou alguma vez para resolver o problema? Hoje, até o outrora combativo Sindicato dos Professores, o Sintero, vê a Educação “de outra forma”.
       No entanto, a crise da Escola João Bento da Costa de Porto Velho deve ser a mesma da maioria das escolas públicas do país. A sociedade não cobra, o Governo não faz e todos se acomodam. A máxima de que “o Estado finge que paga, o professor finge que dá aulas e o aluno finge que aprende”, remete todos nós a um fim trágico onde todos, fingindo ou não, seremos os perdedores e vamos pagar um preço muito alto, pois estamos comprometendo o nosso próprio futuro. Aqueles que podem, tentam se proteger do caos colocando seus filhos na rede particular de ensino, os que não podem se submetem às circunstâncias do momento. E todos fingem estar felizes, já que “o problema não é meu”. Educação não é isso. É compromisso, é empenho, é dedicação, é participação. Se o JN no ar tivesse vindo a Porto Velho, a nossa vergonha teria sido ainda maior. Mas se uma catástrofe acontecer por lá certamente teremos “mídia de sobra” a noticiar sobre cadáveres. E a participação dos pais não é somente para consertar o prédio: Muitos alunos em fase de concluir o Ensino Médio ainda não conseguem se expressar por meio de um simples texto escrito em Língua Portuguesa. É preciso que haja participação de todos para encarar a problemática. A mobilização da comunidade é necessária para ajudar os filhos a fazerem um texto, entender números, compreender a História, raciocinar com clareza, participar da política ou a não querer assistir aulas em uma espelunca arriscando suas próprias vidas já que todos dizem e juram ser a favor da Educação.



           

*É Professor em Porto Velho.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

CARACA! A professora que calou a hipocrisia do BRASIL!


"Amanda Gurgel é professora de Português na rede pública do Rio Grande do Norte e seu discurso é o sopro de consciência em um país onde tem muita gente morrendo de fome nas ruas, morrendo sem atendimento médico em portas e corredores de hospitais e vivendo de carnavais, comemorando os roubos, os estupros, a violência e as mentiras diárias, anestesiados pelo histórico e conveniente descaso público com a Educação. Mas todos estão muito mais preocupados com a  construção dos estádios bilionários para a Copa de 2014. Um tapa na nossa cara…"

                              

Você é Hipócrita?


Hipocrisia na Grande Rede 

 
Professor Nazareno* 


          Um dos piores sentimentos da humanidade, a hipocrisia está se tornando uma prática comum no dias de hoje. Com o recente escândalo da WikiLeaks e o advento da Internet, ficou mais fácil entender por que muitos governos e autoridades em geral no mundo inteiro têm usado frequentemente este asqueroso sentimento para propagar suas políticas. "A hipocrisia é o ato de fingir, ter crenças, virtudes, idéias e sentimentos que a pessoa não possui". Nem é preciso buscar nos dicionários o significado de hipócrita. É uma mistura de falso, invejoso, maquiavélico, puxa-saco, medroso, cínico e até deselegante. Lao-Tsé, filósofo chinês, afirmava que as palavras verdadeiras nem sempre são agradáveis e as palavras agradáveis geralmente não são verdadeiras. 
             No Brasil, um indivíduo negro que nasceu na década de 50 tinha a cor preta. Na década de oitenta lhe disseram que "preto era tinta" e que ele era "negro", pois tinha suas origens na raça negróide; De 2003 para frente, após a introdução do politicamente correto, afirmaram que "quem tem raça é cachorro" e que os negros não deviam se auto-afirmar como negro e sim como "afro-descendentes"; Muitos tiveram dificuldades para se familiarizar com a expressão. Passado um tempo, os entendidos afirmaram que não era mais afro-descendentes e sim afro-brasileiros. Outra luta para que os coitados se acostumassem com a nova mudança. No último censo aparece uma moça e diz que todos já voltaram a ter cor preta de novo. Como entender tantas mudanças? 
          Questão de nomenclatura, hipocrisia ou vontade de agradar? O mesmo acontece com as pessoas que não são heterossexuais. Antes eram bichas, veados, baitolas, frescos e muitas outras palavras de baixo calão. Depois mudou para homossexual, evoluiu para gay e hoje o politicamente correto é homoafetivo. Já as mulheres que trabalhavam de doméstica eram chamadas de peniqueiras. Mudou para empregada doméstica, doméstica, funcionária do lar e hoje é apenas funcionária. Tantos nomes diferentes e tantas nomenclaturas escondem a importância destes segmentos da população para o nosso desenvolvimento. Tolice falar da grandeza e da contribuição de cada um deles, negros, homossexuais e domésticas para o nosso país.  
            Mas a nossa hipocrisia mascara tudo. Nomeamos e depois mudamos de acordo com as nossas conveniências. Na política é quase a mesma coisa. A lei da ficha limpa, por exemplo, existe coisa mais hipócrita? O sujeito que é corrupto, ladrão, desonesto, facínora e patife agora pode não se enquadrar na determinada lei. "Pode" foi apenas uma questão de interpretação jurídica, já que muitos, sanguessugas e mensaleiros, perderam os maus adjetivos, tiveram milhares de votos e foram eleitos, reeleitos e até diplomados pelos tribunais. Mais uma lei que foi criada para não punir efetivamente e apenas "fazer de conta", ou seja, mais hipocrisia. Já o preço da passagem dos coletivos em Porto Velho aumentou e só quem protestou foi quem tem carro e é rico. Hipócrita também é aquele que diz sofrer pelos outros. As prostitutas sofreriam menos se fossem chamadas apenas de profissionais do sexo? As palavras Puta, rapariga, quenga, biscate, vadia não são mais politicamente corretas. Aluno que antes era burro, estúpido, cavalo e tapado hoje apresenta dificuldades de aprendizagem. Ladrão é infrator do artigo 171. E já se cogita beneficiar as amantes em caso de morte do co-parceiro. Cadeia de onde os bandidos comandam suas atividades ilegais e criminosas agora se chama Penitenciária de Segurança Máxima. Incompetência e irresponsabilidade para administrar o tráfego aéreo de um país são chamadas de overbooking, caos aéreo ou outro eufemismo qualquer. Favela agora se chama comunidade e a violência urbana é culpa dos traficantes de drogas e não dos viciados. Reeleição de político se dá pelo relevante trabalho que ele prestou e não pelo seu poder financeiro. Ou seja, mudou-se tudo para ficar tudo do jeito que sempre esteve: no caos. 


É Professor em Porto Velho.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Os EUA acertaram ou erraram?



Osama Bin Laden, a Amazônia e o Onze de Setembro


Professor Nazareno*


        Os Estados Unidos anunciam ao mundo que, enfim, mataram o inimigo público número um do país: o mega-terrorista Osama Bin Laden. Dez anos após os espetaculares atentados terroristas que dizimaram as torres gêmeas do World Trade Center e danificaram parte do Pentágono provocando a morte imediata de quase três mil pessoas em pleno solo norte-americano, o Governo dos EUA, capitaneado agora por um negro de origem muçulmana, tenta convencer a opinião pública mundial de que o fim desta caçada e a conseqüente vitória dos americanos foi um dos maiores feitos do atual Governo. Ledo engano. A forma de como foi obtido este propalado êxito, apenas dá a certeza de que os métodos ainda vigentes na Casa Branca estarrecem o mundo globalizado e não ensina nada a ninguém. O ex-terrorista foi assassinado da maneira mais cruel e desumana possível.
         As Forças Armadas dos Estados Unidos invadiram um país soberano para assassinar a sangue frio um homem já velho, cansado, desarmado e vivendo pacificamente no seio de sua família. Sem nenhum tipo de clemência, homens bem treinados e fortemente armados dispararam na cabeça do velho saudita decretando a sua morte imediata, conforme dizem os relatórios. Além do mais, a forma absurda de como conseguiram pistas e informações do velho terrorista é de espantar o mundo: foi por meio de torturas a inimigos, pessoas suspeitas e presos na base de Guantánamo e em cadeias comuns dentro do próprio país que eles chegaram ao paradeiro numa remota cidade do Paquistão. Trocando em miúdos: o desrespeito às leis internacionais e aos mais consagrados códigos de postura ética foi violado constantemente pela maior potência da atualidade para atingir os seus sórdidos objetivos.
         Os Estados Unidos fizeram por merecer o episódio de dez anos atrás. Sua política externa nunca poupou a vida de ninguém. Desde as duas grandes guerras mundiais, passando pela Guerra Fria, Guerra do Vietnã, Guerra da Coréia, Golpe de 1964 no Brasil, Guerra ao Terror, Guerra do Golfo e tantas outras guerras em que sempre estão ou estiveram envolvidos, os norte-americanos jamais demonstraram qualquer sentimento de culpa ou de solidariedade a qualquer povo ou nação. O onze de setembro foi apenas uma das colheitas malditas que eles próprios semearam. Uma guerra pelo menos por ano é a cota de que a poderosa indústria bélica daquele país precisa para continuar vendendo seus modernos armamentos. Por isso praticamente todo presidente eleito dos EUA, mesmo os que ganharam o Nobel da Paz, “inventa” a sua guerra. Exemplo disso é a atual intervenção militar internacional na Líbia.
         Mas se no atual mundo globalizado não deve haver mais espaço para uma política externa francamente agressiva como a dos Estados Unidos, também não se pode conviver nem tampouco aceitar o fundamentalismo islâmico e a sociedade pregada pelos radicais do Talibã. As massas pedindo democracia no Mundo Árabe são um exemplo claro de que as coisas podem estar mudando e para melhor. Um escândalo absurdo o Secretário Geral do ONU, Ban Kee-Moon, comemorar o feito assim como os norte-americanos saírem às ruas para enaltecer a morte do inimigo. Neste caso não houve Justiça, apenas vingança. Foi esta a lição. E não se podem plantar as bases para uma sociedade mais justa se as ações forem apenas baseadas na lei de Talião. Para evitar massacres como os temíveis carros-bomba que fatalmente já estão explodindo mundo afora e matando centenas de inocentes, o bom senso determinaria que o terrorista devesse ter sido capturado vivo, tivesse o amplo direito de defesa, fosse levado a julgamento, condenado e finalmente executado pelos Estados Unidos. Tudo dentro da lei.
         A tortura deve ser um instrumento amplamente condenado por todas as nações livres do mundo. No Brasil, por exemplo, é crime hediondo, embora tenha sido amplamente ensinada a nós pelos Estados Unidos durante a Ditadura Militar. Assim como toda e qualquer forma de preconceito, discriminação e intolerância para com o próximo deve ser também exterminada do convívio social nas nações modernas. Agindo assim, os Estados Unidos deram uma péssima lição ao mundo globalizado. E talvez tenham deixado claro que por tolos motivos podem intervir em qualquer lugar do planeta se assim julgar conveniente. As queimadas na Amazônia durante o verão podem servir de desculpa para os Tomahawk caírem por aqui. Esta região sempre foi alvo da cobiça internacional e pode ser o ovo da serpente, que se bem adubado, terminaria em tragédia para nós. Por isso, erraram os Estados Unidos e erraram também os radicais islâmicos. Foi a clássica história do sujo falando do mal lavado. O mundo globalizado não precisa de mais guerras e bombas, mas de uma convivência pacífica e harmônica. Difícil será ensinar esta lição aos nossos primos do Norte. Ou então para os extremistas islâmicos.





*É Professor em Porto Velho.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Viva o Prefeito! Viva Porto Velho!



Roberto Sobrinho, o JK da Amazônia

Professor Nazareno*

            Não gosto muito da política partidária e nem tenho procuração para falar bem ou mal de qualquer político. Principalmente dos que estão em pleno exercício do cargo. Por isso entendo que falar qualquer coisa contra a atual administração de Roberto Sobrinho, atual prefeito de Porto Velho, seria uma das maiores incoerências além de se configurar como uma grande injustiça. Eleito de forma absolutamente democrática em 2004 com uma das maiores votações da História desta cidade e depois reeleito pelo povo para mais outro mandato, Sobrinho soube, neste curto período, imprimir de forma coerente e inteligente a sua marca como um grande administrador público. Desde o Major Fernando Guapindaia no distante 1914 até 2003, a população de Porto Velho nunca tivera conhecimento de como se administra uma cidade para o bem de todos.
            Coerente, arrojado e com uma visão de lince, essa “raposa karipuna” soube se cercar dos melhores administradores e colaboradores para mudar de vez a cara da capital de Rondônia. Não há um único bairro, uma única rua, uma única avenida que não tenha a marca de sua competente administração. Um visitante pouco observador que aqui esteve no início da década passada e retornou por estes dias, notaria “de cara” todas as inovações que ora vivenciamos. Vindo do aeroporto pela Avenida Jorge Teixeira em direção ao centro, não há como não perceber as inúmeras árvores plantadas neste trajeto. Em pouco tempo, uma verdadeira floresta urbana se erguerá ali. Poucos ou nenhum dos administradores de Porto Velho teve tanta preocupação com o meio ambiente. Sobrinho não só teve como também apostou no futuro de forma ousada.
            Há mais de cinco anos que o preço do IPTU não sobe. Exemplo claro de como se administra com respeito ao cidadão, a Prefeitura de Porto Velho acaba de lançar Internet grátis para quem estiver em dia com o fisco municipal. Não são todas as capitais avançadas de países de Primeiro Mundo que têm esta regalia. O fato lamentável deste episódio é que justamente nesta parcela da população, os que têm Internet, é que ressoam as mais contundentes e injustas críticas à administração petista. “Conviver com as críticas é algo salutar e absolutamente aceitável em qualquer administração pública”, vaticinou certa vez, com bastante sabedoria e espírito público de aceitação do contraditório, o Prefeito Roberto Sobrinho. A doação das Avenidas Jorge Teixeira e Imigrantes ao Governo Federal com isenção do IPTU local foi uma jogada de mestre.
            Falar das inúmeras obras que se espalham pela cidade é “chover no molhado”. Se algumas estão ainda inacabadas é a coisa mais compreensível do mundo: afinal uma obra de grandes proporções não se faz da noite para o dia ainda mais numa cidade onde, se não há total escassez, a mão-de-obra disponível está quase toda “emprestada” para a construção das usinas do Madeira. E por mais que não se aceitem as desculpas devido ao rigoroso inverno amazônico, pergunta-se: quem em sã consciência trabalharia na reforma de sua casa em meio a uma chuva torrencial tão comum em nossa região? A abertura da Avenida Pinheiro Machado, da Sete de Setembro, da José Vieira Caúla e as ligações para a Zona Leste da cidade são obras que merecem destaque. E o que falar da ligação do bairro Nacional com o centro da cidade via Avenida Farquar?
            A revitalização do complexo Madeira-Mamoré será certamente um marco histórico na administração de Sobrinho. Quantas famílias não são vistas aos domingos e feriados passeando com seus filhos naquela praça que é uma espécie de marco zero da nossa capital? Há mais de 30 anos que moro aqui e só agora posso orgulhosamente dizer que temos um teatro de verdade. Nenhum administrador se prontificou a fazer isto em toda a História desta cidade. E o mercado cultural? E o mercado do quilômetro um? E o mercado central? E a construção do porto “rampeado” lá no Cai Nágua? E o asfaltamento de quase todo o bairro Nova Porto Velho? Há buracos nas ruas? Quem nunca viu a operação tapa-buracos da Prefeitura?  E o corredor só para ônibus da Avenida Sete de Setembro? E o remanejamento das famílias vítimas das enchentes do Madeira? Porto Velho hoje tem maternidade municipal. Já tivera antes?
            O preço da passagem de ônibus urbano está caro? Se o Prefeito defendeu a atual tarifa é porque tinha razões de sobra. Ou então a Justiça não tinha dado ganho de causa às empresas do setor. A obra dos viadutos está paralisada, é verdade, mas a culpa não é do Roberto Sobrinho. A empresa desistiu da obra e depois simplesmente faliu. Rápido, o nosso mandatário já encaminhou o processo licitatório para continuar o trabalho. Devemos entender que administrar uma cidade não é apenas construir viadutos. Milhares de obras são muito mais importantes do que apenas uma só. Além do mais, a população devia entender que a atual administração municipal teve de conviver com pelo menos seis anos de má vontade do Governo do Estado durante o “Império da Roça” de Ivo Cassol. Oposição e torcida “pelo quanto pior melhor”. Em todos os níveis da administração pública, as autoridades devem sempre governar unidas.
O nosso Prefeito deve ter paz para poder continuar suas obras em prol desta cidade, uma vez que conta agora com o apoio das autoridades estaduais e do Governo Federal. Nestes quase oito anos de mandato, quantas vezes a Câmara Municipal, por exemplo, teceu críticas ferozes à administração municipal? Quais dos vereadores são contrários ou foram contrários ao trabalho empreendedor de Roberto Sobrinho à frente da Prefeitura do município? Até o recente aumento concedido aos funcionários municipais foi quase quatro vezes maior do que o concedido pelo Governador Confúcio Moura. Guardadas as devidas proporções, Roberto Eduardo Sobrinho pode ser comparado a um Pereira Passos na administração da cidade do Rio de Janeiro no início do século passado, a um Jaime Lerner em Curitiba ou mesmo a um Juscelino Kubistchek com o seu “cinqüenta anos em cinco”. Uma pena que não exista a re-reeleição. A atual administração petista de Porto Velho deve continuar para o bem do povo deste lugar. Alguém já viu “uma Porto Velho melhor para todos” igual a esta?


*É Professor em Porto Velho.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Você tem uma religião?


Amigo(a)s,

Independentemente de sua crença religiosa, ou de não tê-la, dedique um pouco do seu tempo à leitura deste artigo, escrito por um Pastor Evangélico – Igreja Batista – que nos proporciona uma excelente reflexão acerca das diferentes posturas religiosas.

Parece mentira, mas foi verdade.

No dia 1°/Abr/2010, o elenco do Santos, atual campeão paulista de futebol,  foi a uma instituição que abriga trinta e quatro pessoas. O objetivo era distribuir ovos de Páscoa para crianças e adolescentes, a maioria com paralisia cerebral.
Ocorreu que boa parte dos atletas não saiu do ônibus que os levou.
Entre estes, Robinho (26a), Neymar (18a), Ganso (21a), Fábio Costa (32a), Durval (29a), Léo (24a), Marquinhos (28a) e André (19a). Todos os ídolos super-aguardados pelas crianças.
O motivo teria sido religioso: a instituição era o Lar Espírita Mensageiros da Luz  de Santos-SP, cujo lema é Assistência à Paralisia Cerebral.
Visivelmente constrangido, o técnico Dorival Jr. tentou convencer o grupo a participar da ação de caridade. Posteriormente, o Santos informou que os jogadores não entraram no local simplesmente porque não quiseram.
Dentro da instituição, os outros jogadores participaram da doação dos 600 ovos, conversaram e brincaram com as crianças. Entre eles, Felipe (22a), Edu Dracena (29a), Arouca (23a), Pará (24a) e Wesley (22a).
Eis que o escritor, conferencista e Pastor (com P maiúsculo) ED RENÉ KIVITZ, da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), fez uma análise profunda sobre o ocorrido e escreveu o texto No Brasil, futebol é religião, que abaixo tenho o prazer de compartilhar.


No Brasil, futebol é religião
                                                       
Por René Kivitz

          "Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.
          A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.
          Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno; ou se Deus é a favor ou contra a prática do homossexualismo; ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.
          O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.
          Mas, quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se dêem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.
          Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina  ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental."


Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequenininho.



segunda-feira, 2 de maio de 2011

1.802.042.156,57 (Quase dois bilhões de reais foi quanto Rondônia "pegou" do Brasil em 2009.

O seu Estado é um pagador ou um recebedor de impostos federais?
por Leandro Roque, terça-feira, 11 de maio de 2010

Mapa-Brasil-Estados1.jpgA tabela a seguir mostra quanto cada Estado pagou de impostos federais em 2009 e quanto cada Estado recebeu do Governo Federal a título de transferência de recursos (dinheiro destinado ao Governo do Estado e aos municípios desse Estado) também em 2009.
Os impostos federais calculados são: imposto sobre exportação, imposto sobre importação, IPI, IRPF, IRPJ, IRRF (retido na fonte), IOF, ITR, CPMF, COFINS, PIS/PASEP, CSLL, CIDE-combustíveis, contribuições para o FUNDAF e outras receitas administradas.




Quanto paga ao Governo Federal

Quanto recebe do Governo Federal
Resultado final
Acre
244.750.128,94

2.656.845.240,92

2.412.095.111,98
Amazonas
6.283.046.181,11

9.918.321.477,20

-- 2.364.724.703,91
Amapá
225.847.873,82

2.061.977.040,18

1.836.129.166,36
Pará
2.544.116.965,09

9.101.282.246,80

6.557.165.281,71
Rondônia
686.396.463,36

2.488.438.619,93

1.802.042.156,57
Roraima
200.919.261,72

1.822.752.349,69

1.621.833.087,97
Tocantins
482.297.969,89

3.687.285.166,85

3.204.987.196,96
Alagoas
937.683.021,32

5.034.000.986,56

4.096.317.965,24
Bahia
9.830.083.697,06

17.275.802.516,78

7.445.718.819,72
Ceará
4.845.815.126,84

10.819.258.581,80

5.973.443.454,96
Maranhão
1.886.861.994,84

9.831.790.540,24

7.944.928.545,4
Paraíba
1.353.784.216,43

5.993.161.190,25

4.639.376.973,82
Pernambuco
7.228.568.170,86

11.035.453.757,64

3.806.885.586,78
Piauí
843.698.017,31

5.346.494.154,99

4.502.796.137,68
Rio Grande do Norte
1.423.354.052,68

5.094.159.612,85

3.670.805.560,17
Sergipe
1.025.382.562,89

3.884.995.979,60

2.859.613.416,71
Goiás
5.397.629.534,72

5.574.250.551,47

176.621.016,75
Mato Grosso
2.080.530.300,55

3.864.040.162,26

1.783.509.861,71
Mato Grosso do Sul
1.540.859.248,86

2.804.306.811,00

1.263.447.562,14
Espírito Santo
8.054.204.123,9

3.639.995.935,80

-- 4.414.208.188,1
Minas Gerais
26.555.017.384,87

17.075.765.819,42

-- 9.479.251.565,45
Rio de Janeiro
101.964.282.067,55

16.005.043.354,79

-- 85.959.238.712,76
São Paulo
204.151.379.293,05

22.737.265.406,96

-- 181.414.113.886,09
Paraná
21.686.569.501,93

9.219.952.959,85

-- 12.466.616.542,08
Rio Grande do Sul
21.978.881.644,52

9.199.070.108,62

-- 12.779.811.535,9
Santa Catarina
13.479.633.690,29

5.239.089.364,89

-- 8.240.544.325,4
Os Estados em vermelho dão prejuízo. Em azul são os que sustentam o Brasil.
 

Atualização: o Distrito Federal, por pura displicência deste que vos escreve, ficou de fora da lista.  Eis os dados:
Quanto paga ao governo federal: 50.454.719.368,50
Quanto recebe do governo federal: 7.356.318.744,45
O que dá um déficit de -- 43.098.400.624,05
O resultado parece estranho?  Mas não é.  Trata-se de uma enorme distorção.  O DF, como é sabido, possui a maior concentração de funcionários públicos federais -- incluindo-se aí os nobres membros do congresso e dos ministérios -- por quilômetro quadrado.  Quando o dinheiro do salário deles (que vem de todo o Brasil) cai em suas contas bancária, o imposto de renda retido na fonte é contabilizado como arrecadação federal.  O mesmo é válido para o imposto de renda pago por todas as estatais, inclusive BB e CEF, que possuem sede em Brasília.
Ou seja, o dinheiro que é espoliado de todo o resto do Brasil vai para o DF, cai na conta dos funcionários públicos e políticos e, em decorrência do IR que estes pagam, uma parte desse mesmo dinheiro é contabilizada como carga tributária que o DF paga ao governo federal.  Bonito.
Ainda assim, os repasses federais para o governo do DF são vultosos (maiores que os de Santa Catarina, por exemplo), o que mostra o quão privilegiada é a região.
 
Fontes:
Quanto cada estado paga ao governo federal:  http://www.receita.fazenda.gov.br/Historico/Arrecadacao/PorEstado/2009/default.htm
Quanto cada estado recebe do governo federal:  http://www.portaltransparencia.gov.br/PortalTransparenciaListaUFs.asp?Exercicio=2009&Pagina=1