quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Aula de Mestre - a bananada da vovó (vale a pena ler)


O professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Weber Figueiredo, deu uma última aula para seus ex-alunos, em 13 de agosto de 2002. Diante de uma platéia de formandos, acompanhados de seus pais, o professor paraninfo da turma discursou sobre o Brasil.
Leia o que disse o Prof. Weber Figueiredo.

Ilustríssimos Colegas da Mesa, Senhor Presidente, meus queridos alunos, Senhoras e Senhores.Para mim é um privilégio ter sido escolhido paraninfo desta turma. Esta é como se fôra a última aula do curso. O último encontro, que já deixa saudades. Um momento festivo, mas também de reflexão.

Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de direito, talvez eu falasse a importância do advogado que defende a justiça e não apenas o réu. Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de medicina, talvez eu falasse da importância do médico que coloca o amor ao próximo acima dos seus lucros profissionais. Mas, como sou paraninfo de uma turma de engenheiros, vou falar da importância do engenheiro para o desenvolvimento do Brasil.

Para começar, vamos falar de bananas e do doce de banana, que eu vou chamar de bananada especial, inventada (ou projetada) pela nossa vovozinha lá em casa, depois que várias receitas prontas não deram certo.
É isso mesmo. Para entendermos a importância do engenheiro vamos falar de bananas, bananadas e vovó.

A banana é um recurso natural, que não sofreu nenhuma transformação.
A bananada é =
a banana +
outros ingredientes +
a energia térmica fornecida pelo fogão +
o trabalho da vovó...
e +
o conhecimento, ou tecnologia da vovó.

A bananada é um produto pronto, que eu vou chamar de riqueza.
E a vovó?
Bem, a vovó é a dona do conhecimento, uma espécie de engenheira da culinária.

Agora, vamos supor que a banana e a bananada sejam vendidas.
Um quilo de banana custa um real.
Já um quilo da bananada custa cinco reais.
Por que essa diferença de preços?

Porque quando nós colhemos um cacho de bananas na bananeira, criamos apenas um emprego: o de colhedor de bananas.
Agora, quando a vovó, ou a indústria, faz a bananada, ela cria empregos na indústria do açúcar, da cana-de-açúcar, do gás de cozinha, na indústria de fogões, de panelas, de colheres e até na de embalagens, porque tudo isto é necessário para se fabricar a bananada.

Resumindo, 1kg de bananada é mais caro do que 1kg de banana porque a bananada é igual banana mais tecnologia agregada, e a sua fabricação criou mais empregos do que simplesmente colher o cacho de bananas da bananeira.

Agora vamos falar de outro exemplo que acontece no dia-a-dia no comércio mundial de mercadorias.
Em média: 1kg de soja custa US$ 0,10 (dez centavos de dólar), 1kg de automóvel custa US$ 10, isto é, 100 vezes mais, 1kg de aparelho eletrônico custa US$ 100, 1kg de avião custa US$1.000 (10mil quilos de soja) e 1kg de satélite custa US$ 50.000.
Vejam, quanto mais tecnologia agregada tem um produto, maior é o seu preço, mais empregos foram gerados na sua fabricação.

Os países ricos sabem disso muito bem. Eles investem na pesquisa científica e tecnológica. Por exemplo: eles nos vendem uma placa de computador que pesa 100g por US$ 250.
Para pagarmos esta plaquinha eletrônica, o Brasil precisa exportar 20 toneladas de minério de ferro.
A fabricação de placas de computador criou milhares de bons empregos lá no estrangeiro, enquanto que a extração do minério de ferro, cria pouquíssimos e péssimos empregos aqui no Brasil.

O Japão é pobre em recursos naturais, mas é um país rico.
O Brasil é rico em energia e recursos naturais, mas é um país pobre.
Os países ricos, são ricos materialmente porque eles produzem riquezas.
Riqueza vem de rico. Pobreza vem de pobre.
País pobre é aquele que não consegue produzir riquezas para o seu povo.
Se conseguisse, não seria pobre, seria país rico.

Gostaria de deixar bem claro três coisas:
1º) quando me refiro à palavra riqueza, não estou me referindo a jóias nem a supérfluos. Estou me referindo àqueles bens necessários para que o ser humano viva com um mínimo de dignidade e conforto;
2º) não estou defendendo o consumismo materialista como uma forma de vida, muito pelo contrário;
3º) e acho abominável aqueles que colocam os valores das riquezas materiais acima dos valores da riqueza interior do ser humano.

Existem nações que são ricas, mas que agem de forma extremamente pobre e desumana em relação a outros povos.

Creio que agora posso falar do ponto principal.
Para que o nosso Brasil torne-se um País rico, com o seu povo vivendo com dignidade, temos que produzir mais riquezas.
Para tal, precisamos de conhecimento, ou tecnologia já que temos abundância de recursos naturais e energia.
E quem desenvolve tecnologias são os cientistas e os engenheiros, como estes jovens que estão se formando hoje.
Infelizmente, o Brasil é muito dependente da tecnologia externa.
Quando fabricamos bens com alta tecnologia, fazemos apenas a parte final da produção.

Por exemplo: o Brasil produz 5 milhões de televisores por ano e nenhum brasileiro projeta televisor. O miolo da TV, do telefone celular e de todos os aparelhos eletrônicos, é todo importado. Somos meros montadores de kits eletrônicos.
Casos semelhantes também acontecem na indústria mecânica, de remédios e, incrível, até na de alimentos.
O Brasil entra com a mão-de-obra barata e os recursos naturais. Os projetos, a tecnologia, o chamado pulo do gato, ficam no estrangeiro, com os verdadeiros donos do negócio.
Resta ao Brasil lidar com as chamadas caixas pretas.

É importante compreendermos que os donos dos projetos tecnológicos são os donos das decisões econômicas, são os donos do dinheiro, são os donos das riquezas do mundo.

Assim como as águas dos rios correm para o mar, as riquezas do mundo correm em direção aos países detentores das tecnologias avançadas.
A dependência científica e tecnológica acarretou para nós brasileiros a dependência econômica, política e cultural.
Não podemos admitir a continuação da situação esdrúxula, onde 70% do PIB brasileiro é controlado por não residentes.
Ninguém pode progredir entregando o seu talão de cheques e a chave de sua casa para o vizinho fazer o que bem entender.

Eu tenho a convicção que desenvolvimento científico e tecnológico aqui no Brasil garantirá aos brasileiros a soberania das decisões econômicas, políticas e culturais.
Garantirá trocas mais justas no comércio exterior.
Garantirá a criação de mais e melhores empregos.

E, se toda a produção de riquezas for bem distribuída, teremos a erradicação dos graves problemas sociais.
O curso de engenharia da UERJ, com todas as suas possíveis deficiências, visa a formar engenheiros capazes de desenvolver tecnologias.
É o chamado engenheiro de concepção, ou engenheiro de projetos.

Infelizmente, o mercado nacionalizado nem sempre aproveita todo este potencial científico dos nossos engenheiros.
Nós, professores, não podemos nos curvar às deformações do mercado.
Temos que continuar formando engenheiros com conhecimentos iguais aos melhores do mundo.

Eu posso garantir a todos os presentes, principalmente aos pais, que qualquer um destes formandos é tão ou mais inteligente do que qualquer engenheiro americano, japonês ou alemão.
Os meus trinta anos de magistério, lecionando desde o antigo ginásio até a universidade, me dá autoridade para afirmar que o brasileiro não é inferior a ninguém, pelo contrário, dizem até que somos muito mais criativos do que os habitantes do chamado primeiro mundo.

O que me revolta, como professor cidadão, é ver que as decisões políticas tomadas por pessoas despreparadas ou corruptas, são responsáveis pela queima e destruição de inteligências brasileiras que poderiam, com o conhecimento apropriado, transformar o nosso Brasil num país florescente, próspero e socialmente justo.

Acredito que o mundo ideal seja aquele totalmente globalizado, mas uma globalização que inclua a democratização das decisões e a distribuição justa do trabalho e das riquezas.
Infelizmente, isto ainda está longe de acontecer, até por limitações físicas da própria natureza.
Assim, quem pensa que a solução para os nossos problemas virá lá de fora, está muito enganado.

O dia que um presidente da República, em vez de ficar passeando como um dândi pelos palácios do primeiro mundo, resolver liderar um autêntico projeto de desenvolvimento nacional, certamente o Brasil vai precisar, em todas as áreas, de pessoas bem preparadas.

Só assim seremos capazes de caminhar com autonomia e tomar decisões que beneficiem verdadeiramente a sociedade brasileira.
Será a construção de um Brasil realmente moderno, mais justo, inserido de forma soberana na economia mundial e não como um reles fornecedor de recursos naturais e mão-de-obra aviltada.

Quando isto ocorrer, e eu espero que seja em breve, o nosso País poderá aproveitar de forma muito mais eficaz a inteligência e o preparo intelectual dos brasileiros e, em particular, de todos vocês, meus queridos alunos, porque vocês já foram testados e aprovados.

Finalmente, gostaria de parabenizar a todos os pais pela contribuição positiva que deram à nossa sociedade possibilitando a formação dos seus filhos no curso de engenharia da UERJ.
A alegria dos senhores, também é a nossa alegria.
Muito Obrigado."


Autoria: Prof. Weber Figueiredo.

Slide criado por: “Murmures”, por Richard Clayderman

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Deu na Revita ISTOÉ - publicado pelo rondoniaovivo (Leia, vale a pena)


ABAFA - Supostos partidários de Raupp e Donadon compram todas as revistas Isto É da capital

Uma grande operação “abafa” foi engendrada por supostos partidários do Senador Valdir Raupp e do deputado Natan Donadon, ambos do PMDB neste Carnaval. A operação diz respeito a uma matéria publicada pela revista Isto É. A maioria da bancas de revista de Porto Velho, logo na manhã de domingo receberam as visitas de enviados, que sem nenhum pudor, compraram todos os exemplares do semanário.
Leia abaixo o que os simpatizantes de Raupp e Donadon não querem que chegue ao conhecimento da população.

OS FICHAS - SUJAS DO CONGRESSO - REVISTA ISTOÉ


45 no banco dos réus

Sete senadores e 38 deputados respondem a processos no STF por crimes que vão de falsidade ideológica a sequestro e representam 7,5% do Congresso Nacional
Está nas mãos dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) o destino dos mandatos de 45 dos 594 parlamentares do Congresso Nacional. Eles são os chamados "fichas-sujas" do Parlamento. Levantamento realizado no STF pela reportagem de ISTOÉ revela que pesam contra eles crimes variados como sequestros, homicídios, formação de quadrilha e, lógico, corrupção. Para quem acredita que "todo político é ladrão", pode parecer pouco que 7,5% dos integrantes do Congresso estejam a ponto de perder o mandato. Mas eles não respondem por meras suspeitas, acusações de adversários políticos ou investigações preliminares - atendem ao último estágio da Justiça.
Os 45 parlamentares citados nas próximas páginas estão juridicamente no banco dos réus porque a Procuradoria-Geral da República encontrou, nos diversos casos que analisou, elementos suficientes para acusá-los. E um ministro da suprema corte do Brasil entendeu que nos processos havia um número necessário de provas para que eles sejam finalmente julgados. Isso significa que, a partir de agora, estes sete senadores e 38 deputados têm duas opções.
Na melhor das hipóteses, eles poderão ser inocentados pelos votos dos 11 ministros - e foi exatamente isso que aconteceu na tarde da quarta-feira 18 com o deputado Sérgio Moraes do PTB do Rio Grande do Sul. Moraes respondia por crime de responsabilidade em três processos. Quando foi prefeito de Caxias do Sul, ele proibiu os guardas de trânsito de multar os carros da prefeitura. Logo ele, que preside a Comissão de Ética da Câmara.
Na pior das hipóteses, eles serão condenados e assim, com base no que determina a Constituição, perderão imediatamente seus mandatos. Só que o STF nunca condenou um parlamentar. Em 2004, manteve, por exemplo, a sentença que cassou os mandatos do senador João Capiberibe e de sua mulher, a deputada Janete Capiberibe, ambos do PSB do Amapá. Mas eles, na verdade, foram condenados por compra de votos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Quem chegou mais perto de ser o primeiro parlamentar cassado por decisão originária do Supremo foi o ex-senador Ronaldo Cunha Lima (PSDBPB), processado pela tentativa de homicídio do ex-governador Tarcísio Burity. Mas, em outubro de 2007, ele renunciou na hora em que seu caso ia a julgamento. Perdeu o chamado foro privilegiado (parlamentares só são julgados pelo STF, mesmo em crimes comuns) e o processo voltou às instâncias inferiores, na Paraíba.
O foro privilegiado é apontado por muitos juristas como o maior estímulo à impunidade dos políticos. "Isso é uma excrescência brasileira, que não existe na maioria das democracias", diz o ministro Joaquim Barbosa, do STF. "Nos EUA, o presidente Bill Clinton foi indiciado e respondeu diante de um juiz de primeira instância", compara.
Como no sistema brasileiro o rito processual favorece o réu, resta naturalmente uma terceira via. É a chamada prescrição do caso, quando o processo se encerra pela demora em ser julgado. Graças ao uso de recursos protelatórios, os parlamentares poderão manter o mandato e voltar à condição de inocentes sem terem ido a julgamento. Essa tem sido a estratégia adotada, por exemplo, por muitos dos réus do mensalão.
O levantamento de ISTOÉ mostra que os 45 réus do Congresso respondem por 31 crimes eleitorais, 38 crimes de responsabilidade, 12 crimes contra o sistema financeiro, 104 peculatos, 16 crimes contra a ordem tributária, 18 contra a fé pública, 13 por formação de quadrilha, 11 crimes ambientais e um sequestro. Além disso, constam 20 casos protegidos por segredo de Justiça (quase sempre questões relativas à família e a menores).
Nas eleições do ano passado, o TSE foi pressionado por alguns juízes para apresentar o que eles chamavam de "lista dos políticos fichas-sujas" para informar ao eleitor quem eram os candidatos processados nas várias instâncias da Justiça. O TSE negou a divulgação na época, mas pretende iniciar na próxima semana um levantamento destes nomes. "É o TSE saindo da letargia, do faz-de-conta", diz o ministro Joaquim Barbosa.
A compilação dos processos produziu curiosidades surpreendentes. Para começar, fica claro que hoje o Senado, com 8,6% de seus integrantes colocados na condição de réu, é uma Casa em piores lençóis que a Câmara, que tem 7,4% de réus. Entre os partidos, o campeão é o Partido Progressista (PP), que tem 20% de seus 39 deputados respondendo a processos no STF. Ou seja, em cada cinco, um tem ficha-suja.
O PP tem em sua bancada um campeão - o deputado Neudo Campos (RR) - que responde a nove ações e ainda aguarda o resultado de outros dez inquéritos que poderão também se transformar em processos. Campos será julgado por formação de quadrilha, peculato e corrupção eleitoral, entre outros crimes. Procurado para se manifestar sobre as acusações, Campos está de férias, segundo sua assessoria. Seu desempenho no STF deixou para trás o correligionário mais conhecido, Paulo Maluf (SP), réu em três ações, que tratam de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. "Tive mais de 150 ações contra mim", diz Maluf. "Sou um campeão de processos, mas sou também um campeão de absolvições."
O vice-campeão na lista dos fichas sujas é o Partido da República (PR), do deputado Clodovil Hernandes (SP), que figura em quatro processos por crime ambiental. Dos 42 deputados da bancada do PR, sete (16%) são réus no Supremo. Clodovil é representante da Frente Ambientalista da Câmara e diz que foi um "boi de piranha" do Ministério Público de Ubatuba, onde foi acusado de agredir a natureza. "Tenho mais de duas mil plantas catalogadas em casa. Mesmo que eu tivesse invadido área verde, não prejudiquei a natureza", diz Clodovil. "Gasto de R$ 5 mil a R$ 6 mil por mês na floricultura, tenho uma horta grande, tenho 90 galinhas que põem ovos todos os dias, não tem sentido eu ser julgado."
Partido dos atuais presidentes do Senado e da Câmara, o PMDB tem 11 integrantes na condição de réu. É o quarto mais processado na Câmara e segundo no Senado. No topo da sua lista está o deputado Jader Barbalho (PA), que responde por crimes que vão de falsidade ideológica à formação de quadrilha, em quatro processos.

"Foro especial é concebido deliberadamente para assegurar a impunidade a certas classes de pessoas" - Joaquim Barbosa, ministro do STF

Muitos casos que ganharam notoriedade pública não constam deste levantamento porque eles ainda cumprem etapas preliminares no STF. Nesta situação vivem atualmente 127 parlamentares, cujos processos não evoluíram a ponto de os ministros concluírem que existem indícios fortes o suficiente para transformá-los em réus. É o caso do deputado Antônio Palocci (PT-SP), investigado em dois inquéritos. Um que apura supostas irregularidades em licitações quando foi prefeito de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e outro que investiga a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.
Entre as legendas fichas-sujas, o PT está em sétimo lugar. Da bancada de 78 deputados, quatro respondem a ações penais (5%). Nenhum dos 12 senadores petistas está sendo processado. Na corrida contra seu principal adversário, o PSDB leva a melhor. Um de seus 13 senadores é réu e Eduardo Azeredo (MG) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República na investigação do mensalão mineiro. Para virar réu, falta apenas o STF acatar a denúncia. Na Câmara, porém, o único tucano processado é Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES), ex-prefeito de Vitória, que responde por crime contra o patrimônio.

Sete senadores e 38 deputados respondem a processos no STF por crimes que vão de falsidade ideológica a sequestro e representam 7,5% do Congresso Nacional

O levantamento de ISTOÉ na contabilidade processual da suprema corte mostra que, na atual legislatura, dos 513 deputados federais e 81 senadores, um em cada cinco parlamentares está envolvido com algum tipo de investigação criminal ou administrativa. Uma das alternativas para cortar este mal pela raiz está na proposta de se proibir a candidatura de pessoas condenadas por tribunais estaduais. Se a regra já estivesse em vigor em 2006, Maluf, por exemplo, não poderia ter disputado a eleição que o levou ao Congresso, garantindo o foro privilegiado. "Defendo emenda constitucional proibindo candidatura dos políticos condenados em segunda instância", diz o presidente da Câmara, Michel Temer.
Segundo a ONG Transparência Brasil, que fiscaliz-a o comportamento ético dos homens públicos, a situação é pior quando se focaliza os parlamentares mais influentes. Entre as chamadas "cabeças" do Congresso, um em cada três líderes de bancada está sob investigação. "A política brasileira está sendo dominada por meliantes", afirma Cláudio Weber Abramo, coordenador da ONG. Para ele, o número de processos envolvendo políticos em todo o País passa de mil, se forem consideradas todas as instâncias da Justiça.
Os levantamentos de ISTOÉ e da Transparência Brasil são preocupantes, mas também desmentem a máxima popular de que "todo político é ladrão". Na realidade, os fichas-sujas não são nem a maioria. Isso pode ter a ver tanto com a alvissareira hipótese de que há muitos fichas-limpas na política quanto com a possibilidade, bem real, de que nem todos os fichas-sujas foram descobertos.
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, agiu com rapidez. Na quinta-feira 19, negou recurso do ex-governador da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB). Cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral na terça-feira 17, ele recorria ao STF pedindo para continuar no cargo até que todas as suas apelações estivessem julgadas. Mello nem entrou no mérito da questão e decidiu que a competência para julgar o ex-governador paraibano era unicamente do TSE.
Assim, sinalizou que esse deverá ser o mesmo destino dos outros quatro recursos que Cunha Lima planeja mandar ao Supremo. Ele foi acusado de ter comprado votos a partir da distribuição de cheques à população em um programa social. "Houve largo e franco abuso de poder econômico", decidiu o ministro Eros Grau, relator do processo. "Não há dúvida da vinculação do governador com a distribuição do dinheiro", completou. Cunha Lima perdeu. Saiu do governo. Na quartafeira 18, tomou posse como novo governador da Paraíba o segundo colocado nas eleições de 2006, o peemedebista José Maranhão.
A saída de Cunha Lima, no entanto, não significa que a Paraíba esteja respirando ares de estabilidade política. Assim como ele, o atual governador também será julgado brevemente no TSE acusado pela compra de votos. Ao decidir empossar Maranhão, a Justiça fez va ler o que está escrito na lei, mas a decisão não deixa de ser polêmica. Nos maiores colégios eleitorais, existe o segundo turno das eleições para que o vencedor seja aquele escolhido pela maioria dos eleitores. No caso da Paraíba, Maranhão não obteve o voto da maioria. Ou seja, a mesma Justiça que determinou o "perdeu saiu" para Cunha Lima, impôs o "perdeu entrou" para Maranhão.

NA FILA


Governadores que serão julgados pelo TSE

1-JACKSON LAGO (PDT-MA) - Abuso de poder econômico, abuso de poder político e compra de voto.
2-LUIZ HENRIQUE (PMDB-SC) - Abuso de poder econômico, abuso de poder político, abuso de autoridade e uso indevido de meio de comunicação.
3- IVO CASSOL (sem partido-RO) - Abuso de poder econômico.
4- JOSÉ DE ANCHIETA JÚNIOR (PSDB-RR) - Abuso de poder econômico, abuso de poder político, abuso de autoridade e compra de voto.
5-MARCELO DÉDA (PT-SE) - Abuso de poder econômico, abuso de poder político e abuso de autoridade
6-MARCELO MIRANDA (PMDB-TO) - Abuso de poder político, abuso de autoridade, uso indevido de meio de comunicação e compra de voto.
7-WALDEZ GÓES (PDT-AP) - Abuso de poder econômico, abuso de poder político, abuso de autoridade e uso indevido de meio de comunicação.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Você gosta de Carnaval?



E viva o Carnaval!


Professor Nazareno*


Não fui à banda-do-vai-quem-quer. Não queria ir mesmo, apesar do trocadilho. Já que todos os anos ela vai estar desfilando pelas ruas de Porto Velho, haverá um ano em que posso querer ir. Mas para participar do Carnaval tenho que me convencer primeiro de que tipo de festa é este tal de Carnaval. Não seria uma festa imoral, que corrompe os já falidos valores morais da família, onde homem se veste de mulher, mulher se veste de homem e todos, para o bem comum, se drogam escancaradamente no meio da rua e bem na frente de todos, e diga-se também, com a conivência das mais altas autoridades?
Pode até parecer exagero, mas quem observa as fotos do desfile da “Banda do Manelão” ou de qualquer outro bloco, troça, banda ou sabe-se lá o quê por este país afora não se sentirá surpreso ao ver um amigo, conhecido ou mesmo um familiar, embriagado ou drogado, feliz da vida, pulando e cantando como se a vida, o mundo, se resumisse apenas àquele momento. Ledo engano: os dias de Carnaval, pelo menos no Brasil, têm servido para anestesiar a dura realidade com a qual somos obrigados a conviver diariamente. A partir da quarta-feira de cinzas, os noticiários serão inundados com cenas de violência e aberração e muitos ainda vão ter coragem de reclamar.
E Carnaval às vezes é bom por isso mesmo: apesar de aumentar consideravelmente a violência, o consumo de drogas, o número de acidentes fatais nas esburacadas rodovias do país ninguém tem tempo para se lembrar disto. E nem poderia mesmo, pois o traficante está também festejando os dias de Momo juntinho ali da platéia. Nada mais democrático: consumidor e fornecedor brincando e ainda tendo as benesses de ter a polícia por perto para dar segurança a todos. Aumento no número de vítimas de acidentes de carro? Bobagem. São os efeitos colaterais da festa, devem pensar os mais otimistas foliões.
Além do mais para quê falar dos efeitos da crise internacional numa hora dessas? Guerra ao terror? Agressão ao meio ambiente? Volta da inflação? Corrupção na política? Educação pública de qualidade? Escândalo da compra de votos? Cassação de governadores? Terceiro mandato para Lula? As obras inacabadas do prefeito Roberto Sobrinho? Tenha-se a santa paciência. Haverá tempo para tudo. Depois dos dias de folia, claro. Parafraseando o personagem Caco Antibes do programa 'Sai de Baixo' da Rede Globo: “...Carnaval é a dança de acasalamento dos pobres...”. No nosso caso, também de muitos ricos (mas pobres de espírito) que estão na folia...
Carnaval é uma festa tão democrática e absurda que a grande maioria dos políticos (os corruptos e os poucos que não são) estão entrosados ali, pulando no meio da gentalha como se esta ação grotesca fosse parte do seu 'honroso trabalho'. Político não devia participar de Carnaval pois na nossa política é Carnaval o ano inteiro. O maior Carnaval do mundo, o maior bloco carnavalesco do Planeta. Claro, Carnaval deste jeito só se tem no Brasil mesmo. Talvez por isso, o mundo se acostumou a ter uma única imagem do nosso país e de quebra não querer copiá-la como fez com o futebol: a imagem de pessoas (mulheres, certamente) semi-nuas, drogadas na maioria das vezes, rebolando pelas ruas como se a vida, o mundo, a realidade se resumissem a esta sacanagem anual.


Texto também publicado no site de notícias www.rondoniaovivo.com.br


*É professor em Porto Velho

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O que é DEMOCRACIA?


Venezuela: a democracia 'rabo-de-cabra'

*Professor Nazareno

A recente eleição em forma de referendo que aconteceu na Venezuela para confirmar a vontade do seu líder maior Hugo Chávez deu ao mundo a falsa impressão de que há, de fato, no nosso vizinho, um regime de plena democracia. Realmente, mais de 54 por cento dos eleitores venezuelanos decidiram nesta oportunidade por algumas mudanças na Constituição do país que garantem entre outras coisas a possibilidade de reeleição ilimitada a todos os ocupantes de cargos populares, da Presidência da República para baixo, abrindo caminho para uma terceira eleição consecutiva, um novo período de seis anos, do atual presidente que já avisou que será candidato em 2012.
Vivendo um anacronismo político remanescente da extinta Guerra Fria, a Venezuela de Chávez ganhou notoriedade nos cenários político e econômico do mundo globalizado devido às constantes altas nos preços do petróleo, produto que os venezuelanos têm com uma certa abundância na região do rio Orinoco e faz do país um dos grandes produtores mundiais colocando-os como participantes da OPEP, o poderoso cartel mundial do qual fazem parte países como Irã, Iraque, Arábia Saudita, etc. O estrelismo de Hugo Chávez também se deve, em parte, à briga de retóricas que travou com o impopular ex-Presidente George W. Bush dos Estados Unidos.
Segundo o dicionário Aurélio, Democracia é a doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição equitativa do poder, ou seja, regime de governo que se caracteriza, em essência, pela liberdade do ato eleitoral, pela divisão dos poderes e pelo controle da autoridade. Em resumo, democracia é também a rotatividade do poder, o alto grau de consciência do eleitorado, a independência entre os poderes constituídos e principalmente o fortalecimento das instituições democráticas de qualquer país e não apenas a pura e simples realização de eleições.
Se a Venezuela, ou qualquer outro país do mundo, possui todos estes ingredientes na sua sociedade e na sua maneira de fazer política, trata-se evidentemente de uma país democrático. Caso contrário, ainda tem muito o que aprender nesta área. Por isso, não se pode dizer que o Brasil, por exemplo, com a relutância de alguns maus políticos em insistir no terceiro mandato para o atual Presidente Lula, após promover mudanças constitucionais, também não possa cair na tentação de solapar e estuprar a nossa jovem democracia.
Por isso, democracia é um regime extremamente importante para qualquer sociedade ocidental. E deve ser exercida na sua plenitude para o bem-estar e o conforto de todos. Não existe democracia relativa, como queriam nossos militares durante a famigerada ditadura militar, nem meia democracia como quer Chávez e os seus asseclas. Assim como também não pode existir democracia plena com corrupção e compra de votos que têm sido exemplos mais do que corriqueiros nos meios políticos brasileiros.

*É professor em Porto Velho

Com a palavra os erros absurdos


Numa escola pública do Brasil, ano de 2006, foi pedido para que os alunos da 3ª série do Ensino Médio fizessem uma Redação sobre o tema abaixo. Quase 90% dos textos escritos foram reprovados com nota ZERO. A seguir reproduzimos apenas três deles.

Tema: “Eu sou favorável (ou contrário) à possível adoção do sistema de cotas para ingresso na Universidade pública”. Por quê?

Texto 1
A possivel adoção do sistema de cotas para ingresso na Universidade pública. Certamente o Brasil e o campeão em desigualdade e dados mostram que de 22 milhões de brasileiros, 63% são negros e 53 milhões são pobres e todos tem o direito de fazer uma faculdade, por quê não e justo uma pessoa por ser negra e de baixa renda não poder fazer uma faculdade, por os brancos não querem se mistura com negros, todos sim merecem ingressa na universidade pública. Entretanto e injusto ser jugado por a cor, e pouca as universidades brasileira tem jeito para que isto mude, a maioria se calar diante deste problema, onde as prejudicados são os negros, índios e os pobres. (SIC)

Texto 2
O sistema de cotas favorece índios, negros e escolas búblicas nas universidade desfavorecer pessoas que não enquadram no perfil de cotas que tipo de preconceito a escondido por tras sistema de cotas se e para diminui discriminação so faz almeta mais devemos mostra para sociedade que não somos diferentes que todos somos iguais. não precisamos de sistema de cotas por que a educação e para todos que entra numa universidade. (SIC)

Texto 3
A possível emplatação dos sistema de cotas no Brasil que caso sejá colocado em vígor vai beneficiar estudantes da rede pública brasileira, negros e índios, encaminhando - os a engreçar nas universidades públicas brasileiras. Entretanto, está não e a possível solução para resolver os problemas abordados a rede de ensino superior e médio do Brasil. Com a emplatação da comunidade em geral. É necessário investimentos na área da educação para capacitar ma – is pessoas a terem uma oportunidade de engreçamento em uma universidade sem se julgar a grande desigualdade social existente no Brasil, todavia com a melhoria da educação brasileira possivelmente a comunidade poderá disputar sua vaga em prou de seu esforço e sua capacidade em busca de seu futuro profissional. (SIC)*

* SIC, expressão latina que significa “assim mesmo”, por mais absurdo que possa parecer. “Dessa forma mesmo, desse jeito mesmo”. “Está escrito assim”. Agora respondam bem rápido: de quem é a culpa por esta tragédia da educação pública brasileira? Dos pais? Dos professores? Da escola? Do sistema de Educação? Do Governo? Dos próprios alunos? Da sociedade? Da Seduc (Secretaria de Estado da Educação)? Do Papa? Aproveite o tema (possível adoção do sistema de cotas para ingresso na universidade pública) e desenvolva, você mesmo, uma redação (estilo Unir) mostrando a sua posição em relação ao que foi proposto.

TEMA: A possível adoção do sistema de cotas para ingresso na universidade pública brasileira vem sendo debatida em vários congressos e reuniões pelo país já há algum tempo. Produza um pequeno texto dissertativo comentando sobre a possibilidade de se adotar este sistema no Brasil. Aponte, se possível, pontos positivos e negativos.

Agora, vamos ver outro texto sobre o mesmo assunto (este sim, de nível bem diferente)

Adotar o sistema de cotas para o ingresso de alunos nas universidades públicas brasileiras em benefício, até então, dos negros, indígenas e alunos oriundos da escola pública, é a maneira cogitada para corrigir injustiças no sistema educacional do Brasil, tal como o descaso de mais de 500 anos de diferenças sociais e raciais que assolam o país. É provável que se esse projeto de lei for aprovado, ocorrerá a democratização do ensino superior, o que será muito benéfico para a sociedade.

Entretanto, agindo dessa forma ataca-se o efeito e não a causa do problema. Isso porque não seria “enchendo” as universidades de negros que a discriminação social e a racial iriam acabar; ao contrário, poderia até comprometer a qualidade de ensino superior, afinal, na maioria dos casos estes negros, indígenas e alunos da escola pública não tiveram ensinos fundamental e médio de qualidade, transferindo essa deficiência para o ensino superior e como consequência formam-se profissionais desqualificados que dificilmente serão absorvidos no mercado de trabalho, o que poderá comprometer a economia do país.

Assim, acredita-se que a melhor saída para ao menos minimizar essas desigualdades é investindo maciçamente na qualidade do ensino público principalmente, através da construção de escolas, ampliação e manutenção das já existentes e viabilizar recursos para que os professores possam desenvolver seus trabalhos com êxito, e também a capacitação dos mesmos.

Com isso, possivelmente os estudantes das diversas classes sociais e etnias, disputarão vagas em condições de igualdade com qualquer outro aluno sem haver a necessidade de adotar tais cotas.

Pesquisa sobre Educação no site 'G1' da Globo

Pesquisa:
Brasil longe das metas de educação

Publicada em 18/02/2009 às 00h25m

Demétrio Weber



BRASÍLIA - Em 22 das 27 capitais brasileiras, incluindo Brasília, os alunos de escolas públicas não atingiram as metas de aprendizagem de língua portuguesa na 4ª série do ensino fundamental. Os dados são de 2007 e foram divulgados ontem pelo Movimento Todos pela Educação, organização não-governamental que reúne empresários, gestores e entidades educacionais.

Além de não atingir a meta estabelecida para 2007, que levava em conta o desempenho dos alunos em 2005, o Rio ainda piorou nesse período. Em 2005, 33,05% dos alunos demonstraram nível de conhecimento de português adequado à série. Em 2007, o percentual caiu para 29,07%. A meta era 35,46%. As únicas capitais que atingiram as metas foram: Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Recife (PE), Florianópolis (SC) e Boa Vista (RR).

Em matemática, todas as redes municipais atingiram suas metas. Isso não significa, porém, que a maioria dos alunos esteja aprendendo. Em Macapá (AP), somente 8,52% dos estudantes sabiam os conteúdos esperados. No Rio, o percentual era de 23,20%. O melhor resultado foi o de Curitiba, com 35,26%.

Na 8 série do ensino fundamental, a proporção de alunos com aprendizagem adequada é ainda menor. Em Macapá, somente 2,55% dos concluintes do ensino fundamental dominavam o conteúdo adequado à série em matemática. Campo Grande tinha o maior percentual: $18,74%. Ou seja, em todas as capitais, menos de um quinto dos alunos aprendeu o que deveria. No Rio, foram apenas 12,07%.

O presidente-executivo do Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos, considerou os resultados preocupantes. Ele disse que as metas para cada cidade levam em conta o desempenho de 2005 e vão até 2022.

- Estas primeiras metas são bastante modestas. Mesmo assim, no caso da 4 série em português, só foram alcançadas por cinco capitais - diz Mozart.

Ele afirmou estar chocado com a realidade de Macapá, lamentando que o Norte e o Nordeste, de modo geral, tenham médias mais baixas do que o resto do país.

- É um pouco a cara do Brasil. Existem vários Brasis e isso se reflete na educação - diz.

Campo Grande também teve o melhor desempenho na 8 série em português: 25,80% dos alunos atingiram as notas esperadas. No Rio, foram 20,82%. Apenas Belém, com 12,01%, não atingiu a meta nessa série.

O Todos pela Educação analisou os resultados da Prova Brasil, teste de leitura e matemática aplicado pelo Ministério da Educação na rede pública urbana, em escolas com turmas de pelo menos 20 alunos.

(http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2009/02/17/brasil-longe-das-metas-de-educacao-754467438.asp)

Quem é contra a Educação?

A situação educacional brasileira é trágica. Poucos discordam dessa constatação. Muito poucos se perguntam por que isso é tão ruinoso e, ainda, por que é tão mais desastroso agora. A primeira e mais óbvia resposta seria: porque estamos privando uma enorme fatia da nossa população dos conhecimentos mínimos necessários para uma vida engajada, consciente, livre e produtiva. Mas basta notar que os cruzamentos de nossas grandes cidades se tornaram abrigos ou espetáculos circenses dos marginalizados para entender que qualquer apelo à solidariedade humana está fadado ao fracasso neste país cordial. Apesar da resistência que educadores e pedagogos têm à intromissão de economistas, empresários e afins em seu território, é neles que se encontrará a revolução educacional de que o país necessita. Porque esses grupos conseguem deixar de tratar a educação unicamente como um fim em si mesma para entender que ela tem um papel vital – e urgente – a cumprir no desenvolvimento do Brasil. Essas vozes dizem e dirão o que a sociedade precisa ouvir: com o nosso sistema educacional atual, estamos condenados ao atraso eterno. Se a fraternidade não o convence a cuidar de nossa educação, faça-o por interesse próprio, portanto.
É impossível a um país desenvolver-se no século XXI quando sua população ainda não resolveu problemas do século XIX. A comparação não é exagerada. Ainda não conseguimos ensinar nossas crianças a ler e a escrever, coisa que outros países já fazem há mais de 100 anos. O resultado final é termos só 26% de nossa população de 15 a 64 anos plenamente alfabetizada. A má qualidade do sistema – e não a falta de vagas – faz com que só 20% de nossos jovens cheguem à educação superior. Países como Coréia do Sul, Finlândia, Estados Unidos e Noruega já passaram dos 80% – quatro vezes mais, portanto. Os outros países desenvolvidos têm taxas próximas de 60%. Chile, Argentina e Uruguai estão na casa dos 40%. A China assusta ainda mais: foi de 6% em 1998 para quase 20% agora.
Essa comparação não é uma competição de vaidades, mas o indicador de uma capacidade fundamental de uma nação: produção de cérebros. Cérebro, hoje, é o patrimônio mais valioso que um país pode ter. Essa é a mudança fundamental que vem redesenhando o mundo e para a qual o Brasil ainda não acordou: a riqueza das nações não está em sua terra, seu clima, seus recursos naturais ou minerais. Em sua maioria, esses fatores já cumpriram seu papel. Hoje e daqui para a frente o progresso se dará pelo aumento de produtividade, pela geração de bens de alto valor agregado. O aumento de produtividade só vem com melhor instrução, com treinamento adequado, pelo desenvolvimento de novas tecnologias. A raiz de todos esses fenômenos é uma só: educação.
Nossas carências nessa área e seus impactos socioeconômicos se tornarão mais aparentes e agudos nas próximas décadas, mas já são visíveis. Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam o Brasil em 49º lugar em termos de produtividade – são necessários quatro trabalhadores brasileiros para produzir o mesmo que um americano. Estar mal posicionado é esperado para um país subdesenvolvido. O preocupante é estarmos piorando de um ano para o outro, como mostra a pesquisa da OIT. Dados do IBGE do ano passado indicam que mesmo dentro do Brasil estamos retrocedendo: a participação de indústrias de alta concentração tecnológica diminuiu sua participação no PIB no período de 2000 a 2003.
Os negacionistas empedernidos dirão que o Brasil está mal, mas que sempre foi assim. Que sempre estivemos distantes, tecnologicamente, dos países desenvolvidos e que, mesmo assim, conseguimos taxas invejáveis de crescimento econômico no século passado. Que, eliminados os problemas de juros, câmbio e infra-estrutura, o gigante adormecido acordará e tornar-se-á a potência com que todos sonhamos.
Infelizmente, não é verdade. O descompasso de qualificação entre o Brasil e os países de renda média e alta aumentou enormemente nas últimas décadas. Porque esses países perceberam a importância do capital humano e se esforçaram para massificar o conhecimento em seu nível mais alto, o universitário. De 1980 a 2000, por exemplo, a Malásia aumentou seu número de matrícula universitária em 539%, a Coréia em 429%, Portugal em 368%, o Chile em 202% e a média dos países da OCDE em 146%. O Brasil? Só 45%. É muito em termos absolutos, mas muito pouco ante o que acontece no resto do mundo. Vamos ficando para trás. E, em um período de enormes e rápidos avanços, cada etapa perdida torna a tarefa de equiparação exponencialmente mais difícil. Se persistirem as tendências recentes, em breve não estaremos batalhando pelo acesso ao Primeiro Mundo, mas, sim, para nos mantermos no estágio de subdesenvolvimento atual. Nas décadas de 70 e 80, fomos ultrapassados pelos Tigres Asiáticos. Nos anos 90 e atualmente, assistimos inertes ao forte crescimento de China, Índia, Chile e Europa Oriental. Onde estaremos daqui a vinte anos? Competindo com a África? Gabando-nos de que nosso maravilhoso solo é mais rico que o da Antártica?
Essa perspectiva sombria não diz respeito apenas à posição internacional do Brasil. Os efeitos são igualmente sentidos em nosso bem-estar interno, no dia-a-dia de todos. Estudos que analisam os fatores determinantes da desigualdade de renda brasileira, essa nossa chaga vergonhosa, são unânimes ao apontar a causa, que é disparada a mais importante: desigualdade educacional. Ela sozinha explica de 40% a 50% de nossa desigualdade de renda, enquanto outros fatores comumente apontados como vilões – diferenças de gênero, raça, região geográfica e ocupação – não aparecem com mais de 10% cada um.
Essas desigualdades de renda e educação, por sua vez, alimentam aquele que talvez seja hoje o maior pesadelo dos habitantes das grandes cidades: a violência. Estudos quantitativos nessa área começam a ser feitos no Brasil. Nos EUA, onde a literatura é mais robusta, os resultados são claros: o aumento de escolaridade – especialmente completar a high school, o ensino médio – tem impacto significativo sobre a redução da criminalidade. Uma pesquisa estimou que um aumento de 1% da taxa nacional de conclusão do ensino médio causaria 400 homicídios e 8.000 agressões a menos por ano, gerando uma economia de 1,4 bilhão de dólares. Um ano adicional de escolaridade traria uma diminuição de 30% de homicídios e agressões, 20% de roubo de veículos e 6% de furto de domicílios. Os autores do estudo concluíram que se obteria maior redução da criminalidade investindo na expansão da escola secundária do que na da força policial.
O filme Notícias de uma Guerra Particular traduz a frieza desses números para a realidade brasileira com uma pungência inescapável. Ao perguntar a jovens membros do tráfico de drogas o porquê de sua opção pelo crime, o diretor João Moreira Salles ouve alguns dizer não querer repetir a trajetória de seus pais e avós, que trabalharam de sol a sol por décadas por salários miseráveis, terminando a vida na mesma precariedade em que vieram ao mundo. O fato não justifica nem desculpa o crime, mas representa uma realidade. Só que, diferentemente do palavrório de alguns, os trabalhadores brasileiros não ganham pouco por ser vítimas de uma elite branca e má, mas por ser pouco produtivos. São assim porque a escola falhou com eles. Enquanto ela continuar como está, tendemos a seguir sendo um país irrelevante para o mundo e desalentador para os brasileiros

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Os erros nos Cadernos "Credeal"


Sou o Professor José do Nazareno de Porto Velho - Rondônia e estou trabalhando um texto em sala de aula sobre a fabricante de cadernos Credeal sob o título: " Cadernos Credeal trazem erros grosseiros em suas capas."
Há uma capa que mostra uma foto do encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Só que escreve: Encontro das águas do rio Negro e Solimões. Coloca a palavra 'rio' no singular, admitindo que só existe um rio cujo nome é Negro e Solimões. Um absurdo, um erro primário de Concordância Nominal já que havia duas possibilidades para se escrever esta frase de forma correta: 1 - Deixar a palavra rio no singular e acrescentar 'e do' antes do nome Solimões. 2- Colocar a palavra 'rios' no plural.
Há outro erro, em outra capa, também primário e inadmissível: diz que o Arquipélago das Anavilhanas fica no rio Amazonas. Erro imperdoável. As Anavilhanas, maior arquipélago fluvial do mundo, fica no rio Negro bem acima da cidade de Manaus, capital do Estado brasileiro do Amazonas (informação óbvia, mas se tratando da Credeal é bom ser correto, pois alguém desta empresa pode não saber). O engraçado é que a foto na capa do caderno mostra as águas do rio Negro que são escuras enquanto as águas do rio Solimões são barrentas (chamadas por aqui de águas brancas).
É possível também perceber um terceiro erro em mais outra capa: a Ilha do Marajó é uma ilha flúvio-marinha, isto é, localiza-se em um rio (o Amazonas, na verdade, em sua foz, e o Oceano Atlântico) e na citada capa afirma que é apenas no rio Amazonas. Erro grosseiro, portanto.
Comprei os dois cadernos e estou fazendo 'a propaganda' junto aos meus alunos, dos erros cometidos por quem não poderia errar, pois está se dirigindo a alunos. Já pensou o impacto negativo toda vez que 'o incauto' que comprou estes cadernos com erros vai levar sempre que for usar estes "materiais pedagógicos?"
E o pior é que o número de telefone que aparece na capa (0 800 704 1366) nunca atende. Será que é algum telefone da Europa ou de outro país? É possível, pois para ter tantos erros sobre a nossa Geografia...


Carta de um juiz de Direito ao Ziraldo e Jaguar


Juiz de Espumoso (RS) escreve a Ziraldo e Jaguar, comentando a aprovação da indenização e da aposentadoria em dobro paga pela Nação aos humoristas, que 'sofreram muito' por terem sido presos durante uma semana na época da ditadura militar brasileira, como represália pelas críticas que eles mesmos publicaram em 'O PASQUIM', na ocasião.
Prezados Ziraldo e Jaguar:
Eu fui fã número 1 do PASQUIM (em seguida saberão por quê). Por isto me sinto traído pela atitude de vocês (Ziraldo e Jaguar). Vocês, recebendo essa indenização milionária, fizeram exatamente aquilo que criticavam na época: o enriquecimento fácil e sem causa emergente da e na estrutura ditatorial. Na verdade, vocês se projetaram com a Ditadura. Vocês se sustiveram da Ditadura. Vocês se divertiram com a Ditadura. Está bem, vocês sofreram com a Ditadura, mas, exceto aquela semana na cadeia - que parece não foi tão sofrida assim - nada que uma entrevista regada a uísque e gargalhadas na semana seguinte não pudesse reparar. A cada investida da Ditadura vocês se fortaleciam e a tiragem seguinte do jornal aumentava consideravelmente.


Receber um milhão de reais e picos por causa daquela semana, convenhamos, é um exagero, principalmente quando se considera que o salário mínimo no Brasil é de R$ 480,00 por mês... Vocês não podem argumentar que a Ditadura acabou com o jornal. Seria a mais pura mentira, se é que a mentira pode ser pura. O 'O Pasquim' acabou porque vocês se perderam. O Pasquim acabou nos estertores da Ditadura porque vocês ficaram sem o motor principal de seu sucesso, a própria Ditadura. Vocês se encantaram com a nova ordem e com a possibilidade de a Esquerda dominar este país que não souberam mais fazer humor. Tanto que mais tarde voltaram de Bundas - há não muitos anos - e de bunda caíram porque foram pernósticos e pedantes. Vocês só sabiam fazer uma coisa: criticar a Ditadura e não seriam o que são sem ela. Eu vi o nº 1 de 'O Pasquim' num tempo em que não tinha dinheiro para adquiri-lo. Mais tarde, estudante em Florianópolis, passei a comprá-lo toda semana na rua Felipe Schmidt, próximo à rua 7 de Setembro, numa banca em que um rapaz chamado, se não me engano Vilmar, reservava um exemplar para mim. Eu pagava no fim do mês. Formado em Direito, em 1976 fui para Taió. Lá assinei o jornal que não chegava na papelaria do meu amigo Horst. Em 1981 vim para o Rio Grande do Sul e morando, inicialmen|e, em Iraí, continuei assinante.
Em fins de 1982 fui promovido para Espumoso e sempre assinante.. Eu tenho o nº 500 de O Pasquim, aquele que foi apreendido nas bancas e que os assinantes receberam... Nessa época, não sei se lembram, o jornal reduziu drasticamente seu número de folhas. Era a crise. Era um arremedo do que fora, mas ainda assim conservava alguma verve. A Ditadura estava saindo pelas portas dos fundos e vocês pelas portas da frente, famosos e aplaudidos. Vocês lançaram uma campanha de assinaturas. Eu fui a campo e consegui cinco ou seis. Em Espumoso! Imaginei que se cada assinante conseguisse cinco assinaturas, ajudaria muito. Eu era Juiz de Direito. Convenhamos: não fica bem a um Juiz sair vendendo assinatura de jornal. Mas fiz isto com o único interesse de ajudar o Pasquim a se manter. Na verdade, as assinaturas foram vendidas a amigos advogados aos quais explanei a origem, natureza e linha editorial do jornal. Uns cinco ou seis adquiriram assinaturas anuais. No máximo dois meses depois todos paramos de receber o jornal, que saiu de circulação. O Pasquim deu o calote... Eu fiquei com cara de tacho e, como se diz por aqui, mais vexado que guri cagado. Sofri constrangimento por causa de vocês. Devo pedir indenização por isto?
Não. Esqueçam! Mas agora que vocês estão milionários, procurem nos seus registros e devolvam o dinheiro dos assinantes de Espumoso que pagaram e não receberam a assinatura integral. Naquele tempo vocês não tinham como fazê-lo. Agora têm. Paguem proporcionalmente, mas com juros e correção monetária, como manda a lei. Caso contrário, além de traidores, serei obrigado a considerá-los também caloteiros.'
Ilton Dellandrea
Juiz de Direito
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Além da indenização milionária a dupla passa a colaborar com o déficit da previdência, pois como o Lula, passam a receber aposentadoria em dobro do limite estabelecido para quem contribuiu por 35 anos! Além do mais, os que contribuiram por 35 anos não têm direito ao reajuste integral da aposentadoria. Este episódio das indenizações milionárias aos jornalistas do Pasquim é só mais um da série de escândalos em cascata que o País produz.
Parece que está em nosso DNA o ataque despudorado aos cofres públicos, a concepção que o dinheiro público não é de todos, mas 'de ninguém', e que 'aos amigos' tudo... aos inimigos, a justiça.


ACRESCENTO:

Tudo limpinho, sem pagar Imposto de Renda

DOZE CONSELHOS PARA TER UM ENFARTO FELIZ


Dr. Ernesto Artur - Cardiologista
Quando publiquei estes conselhos 'amigos-da-onça' em meu site, recebi uma enxurrada de e-mails, até mesmo do exterior, dizendo que isto lhes serviu de alerta, pois muitos estavam adotando esse tipo de vida inconscientemente.
1.Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.
2.Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.
3.Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.
4.Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.
5.Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.
6.Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.
7.Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.
8.Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro. (e ferro , enferruja!!. .rs)
9.Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.
10.Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo.
11.Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.
12.E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis.

Repita para si: Eu não perco tempo com bobagens.

OS ATAQUES DE CORAÇÃO

Uma nota importante sobre os ataques cardíacos.
Há outros sintomas de ataques cardíacos, além da dor no braço
esquerdo(direito). Há também, como sintomas vulgares, uma dor intensa no
queixo, assim como náuseas e suores abundantes.

Pode-se não sentir nunca uma primeira dor no peito, durante um ataque
cardíaco. 60% das pessoas que tiveram um ataque cardíaco enquanto
dormiam, não se levantaram. Mas a dor no peito, pode acordá-lo dum
sono profundo.

Se assim for, dissolva imediatamente duas Aspirinas na boca e
engula-as com um bocadinho de água. Ligue para Emergência (193 ou 190)
e diga ''ataque cardíaco'' e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se
numa
cadeira ou sofá e force uma tosse, sim forçar a tosse pois ela fará o
coração pegar no tranco; tussa de dois em dois segundos, até chegar o
socorro..NÃO SE DEITE !!!!

Um cardiologista disse que, se cada pessoa que receber este mail, o
enviar a 10 pessoas, pode ter a certeza de que se salvará pelo menos
uma vida!

Atenção Calouros!


AS VERDADES SOBRE A FACULDADE


E O PIOR QUE É A MAIS PURA VERDADE, VOCÊ QUE É OU FOI,
VAI ENTENDER DO QUE ESTOU FALANDO, SE NÃO É AINDA VAI SABER
QUANDO FOR...)

COISAS QUE VOCÊ DEVE SABER ANTES DE ENTRAR NA
FACULDADE:

1. Não importa o quão tarde é a sua primeira aula, você vai dormir durante ela;
2. Você vai mudar completamente e nem vai notar;
3. Você pode amar várias pessoas de maneiras diferentes;
4. Alunos de faculdade também jogam aviões de papel durante as aulas;
5. Se você assistir às aulas calçado, todo mundo vai perguntar por que
você foi tão chique para a faculdade;
6. Cada relógio no prédio mostra um horário diferente;
7. Se você era inteligente no colegial... azar o seu!
8. Não importa tudo o que você prometeu quando passou no vestibular, você
vai às festas da faculdade,mesmo que sejam na noite anterior à prova final;
9. Você pode saber toda a matéria e ir mal na prova;
10. Você po de saber nada da matéria e tirar dez na prova;
11. A sua casa é um ótimo lugar para se visitar;
12. A maior parte da educação é adquirida fora das aulas;
13. Se você nunca bebeu, vai beber;
14. Se você nunca fumou, vai fumar;
15. Se você nunca transou, vai transar;
16. Se você não fizer nada disto durante a faculdade, não fará nunca mais na vida, a não ser que você faça uma nova faculdade;
17. Você vai se tornar uma daquelas pessoas que seus pais falaram para você não se meter com elas;
18. Psicologia é, na verdade, biologia;
19. Biologia é, na verdade química.
20. Química é, na verdade física;
21. Física é na verdade matemática;
22. Ou seja, que mesmo depois de estudar anos, você não vai saber nada;
23. Que sentir depressão, solidão e tristeza são frescuras de quem não tem
o que fazer;
24. Que você sempre vai prometer que no próximo semestre você vai estudar
mais, festar menos, mas sempre acontecerá o contrário;
25. As únicas coisas que compensam na faculdade são os amigos que você
fará lá;
26. Não verá a hora de terminar a faculdade;
27. E quando terminar, perceberá que foi a melhor época de toda a sua vida.

QUANDO A FACULDADE TERMINA OS SINAIS DE QUE VOCÊ NÃO
ESTÁ MAIS NA FACULDADE ACONTECEM QUANDO:

1. Fazer sexo em cama de solteiro é um absurdo;
2. Há mais comida do que cerveja na sua geladeira;
3. 6:00 h da manhã é quando você acorda, e não quando vai dormir;
4. Você escuta a sua música preferida num elevador;
5. Você carrega um guarda-chuva e dá a maior importância para a previsão
do tempo;
6. Seus amigos se casam e se divorciam ao invés de ficarem e terminarem;
7. Suas férias caem de 130 para 15 dias por ano;
8. Calça jeans e camiseta não são mais consideradas vestimenta;
9. É você que chama a polícia porque a mulecada do vizinho não sabe como
abaixar o som;
10. Você não sabe mais que horas os auto-lanches fecham;
11. Dormir no sofá te dá uma puta dor nas costas;
12. Você não tira mais aquele cochilo do meio-dia as 6 da tarde durante a semana;
13. Você a vai farmácia comprar um remédio para a dor de cabeça e
anti-ácidos ao invés de camisinhas e testes de gravidez;
14. Você come as comidas do café da manhã na hora do café da manhã;
15. Em mais de 90% do tempo em que você passa em frente a um computador
você está trabalhando de verdade;
16. Você não bebe mais sozinho em casa antes de sair para economizar
dinheiro antes da noitada;
17. E o mais importante.... Você não tem tempo nem se quer de ler este
e-mail e aproveitar para passá-lo para seus velhos amigos, para que eles
lembrem que também estão velhos e os bons tempos da faculadade já eram.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

"Quem semeia ventos...”

* Professor Nazareno

Edifícios em chama. Pessoas mortas às dezenas e espalhadas pelo chão. Sangue escorrendo no meio das ruas. Gritos de pânico. Horror instalado. Bombeiros, médicos e equipes de resgates às carreiras. Um frenesi. Não. Não é Nova Iorque nem Setembro de 2001. O horror a que nos referimos é a cidade portuária de Haiphong no golfo de Tonquin, verão de 1967, no Vietnã do Norte. Kragujevac, cidade de quase 200 mil habitantes encravada na República da Sérvia, atual República Federal da Iugoslávia. Aviões da OTAN, a aliança militar ocidental capitaneada pelos Estados Unidos, despejam toneladas de bombas produzindo tanto horror às pessoas quanto o pesadelo de Haiphong no distante Vietnã. Os mísseis balísticos completam o serviço aniquilando e mutilando milhares de pessoas. Civis inocentes na sua grande maioria. Também não era Nova Iorque nem a mesma data acima mencionada.
Nem é preciso falar do Iraque dominado e até hoje ocupado. Da Líbia ou do massacre ao povo palestino. Quem não se lembra das criancinhas vietnamitas sendo queimadas vivas com gás Napalm? E até para nós sobrou. Foi durante o regime dos generais de 64 quando aquele país apoiou os golpistas. É difícil hoje no mundo moderno quem não tenha sido vítima do tacão ianque. Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial são exemplos claros da falta de bons sentimentos da nação americana em relação ao resto do mundo. Por isso, esse Pearl Harbour moderno não aconteceu por acaso. E tudo indica que não foi obra só de terroristas internacionais. É sabido que o mal por si só se destrói. Timothy MacVeigh, cidadão norte-americano, mandou pelos ares há seis anos um edifício inteiro cheio de pessoas em Oklahoma City. Seita de lunáticos é o que não falta nos EUA. Os seus filmes não ensinam outra coisa senão destruição em massa. O feitiço agora está virando contra o feiticeiro.
A catástrofe está sendo festejada com muita euforia e estardalhaço na Palestina, na Iugoslávia, no Iraque, Irã, etc. Mesmo no Brasil, tradicional cupincha dos interesses norte-americanos, não há como negar um friozinho no pé da barriga. A outrora inexpugnável, indestrutível e invencível arrogância do povo e governo americanos foi ferida de morte. Eles terão que engolir seu orgulho e sua empáfia durante um bom tempo. Quem sabe se a paz e o equilíbrio no mundo não dependam de ações tão lamentáveis como esta?
Que ninguém se iluda. A retórica burlesca do pouco inteligente presidente George W. Bush de que terá retaliação não passa de uma reles pantomima apenas para consumo interno. Tudo isto não pode servir de pretexto para novas empreitadas nem para justificar novos massacres, invasões e agressões pelos “boinas–azuis” mundo afora. É apenas uma conseqüência do que plantaram neste mundo durante tantos anos o governo e o povo norte-americanos. Não se pode esperar muito de uma sociedade composta na sua maioria por ladrões, prostitutas e viciados em drogas. O World Trade Center é agora a Stalingrado dos nazistas. Cai o mito da invencibilidade americana. Eles podem ser derrotados. Como a camarilha de Hitler foi varrida da face da terra.