segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Proponha a paz, Netanyahu!

 Proponha a paz, Netanyahu!


Professor Nazareno*

 

            Desde a criação do Estado de Israel pela ONU em 1948 que a paz deixou de existir na região onde antes moravam os palestinos. No outro dia em que os judeus ganharam o seu país, várias nações árabes da região iniciaram a primeira guerra. Depois outras três guerras aconteceram. E todas elas vencidas no campo de batalha pelos israelenses com a ajuda dos países ocidentais. Partes da Palestina foram entregues aos judeus, que hoje ocupam quase todo o território. Assim, eles “espremeram” os palestinos em duas áreas descontínuas: a Cisjordânia, ocupada e totalmente controlada pelos judeus e a Faixa de Gaza, onde vivem mais de 2,3 milhões de pessoas em condições miseráveis e subumanas. Hoje são mais de cinco milhões de palestinos e uns 9,5 milhões de habitantes no lado de Israel. Os conflitos e o ódio pela região nunca mais tiveram fim. E as guerras explodiram.

            Como Israel chegou à “Terra prometida” com mais de dois mil anos de atraso, deveria ter lutado intransigentemente pela paz. Afinal de contas, teria de conviver com os seus vizinhos palestinos, que já estavam morando ali há um bom tempo. Ninguém discorda dos direitos culturais e históricos do povo judeu. Mas certamente uma das piores coisas que existem é ter um mau vizinho. E Israel, portanto, repetiu a História. Quando terminou a Primeira Guerra Mundial, os países vencedores como França, Reino Unido e Estados Unidos, por meio do Tratado de Versalhes, humilharam a Alemanha. Fizeram os germânicos pagarem pesadas indenizações de guerra. Os alemães também tiveram que ceder partes de seu território e viveram por isso, uma brutal recessão econômica. Diante de tanto sofrimento e de humilhações da nação alemã, surge Adolf Hitler com o Nazismo.

            Hitler nem alemão era. Nasceu na Áustria, que fora depois devidamente anexada à Alemanha. O conceito de superioridade da raça ariana, aliado a outros conceitos cruéis e estúpidos levantou o ânimo de quase todo o povo alemão rumo à Segunda Guerra e à vingança das cláusulas abusivas de Versalhes. E deu no que deu: mais de 60 milhões de mortos e prejuízos incalculáveis em todos os continentes. Isso sem falar no Holocausto, que dizimou mais de seis milhões de judeus. No Oriente, os Estados Unidos venceram a guerra e detonaram duas bombas atômicas sobre o Japão, que fizeram o país asiático se render incondicionalmente. Mas nem na Ásia nem na Europa se repetiu o Tratado de Versalhes. Pelo contrário: foram criados os planos Marshal e Colombo para reconstruir esses países devastados e assim evitar futuras vinganças por parte dos povos derrotados.

            Pare de semear o ódio, Netanyahu! Deixe de matar velhos, crianças e mulheres com a sua vingança. Cace o Hamas sem tréguas e destrua só essa organização radical, poupe os inocentes! Entre em Gaza e distribua o amor entre aqueles pobres cidadãos, que muitas vezes nada têm a ver com o radicalismo desses grupos. Lembre-se de Jesus Cristo, que enfrentou e venceu todo um império só com o amor. Destruir Gaza e muitas famílias palestinas inocentes para quê? Assim, o ódio nunca vai acabar. Terminados esses ataques insanos de agora, Israel deveria anexar, reintegrar e sustentar todos os cidadãos dali. Dinheiro para isso existe. Há muitos cidadãos judeus pelo mundo. Só nos Estados Unidos são mais de seis milhões. Na Europa há outro tanto. E há também muitos países ricos que podem ajudar nessa tarefa, mas sem doar armas. Se Israel ajudar os palestinos, não haverá motivos para que se queiram destruir os judeus. Sem isso, as guerras nunca vão terminar!

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Os “benefícios” da BR-319

Os “benefícios” da BR-319

 

Professor Nazareno*

 

          Com a seca histórica do rio Madeira em 2023, renasceram de novo as esperanças de que a BR-319 entre Porto Velho e Manaus, capital do Amazonas, volte a ser asfaltada. Inaugurada no ano de 1976, em pleno governo ditatorial-militar, com a lorota “integrar para não entregar”, a fatídica rodovia foi na época um dos maiores desastres ambientais do mundo e que quase levou ao fim total da Amazônia. Felizmente, no final da década seguinte a estrada, imprestável e totalmente desnecessária, foi, até os dias atuais, quase riscada do mapa e deu, dessa forma, mais algumas poucas décadas de sobrevivência à já devastada e explorada região de florestas e um dos biomas mais importantes de toda a Humanidade. Várias são as desculpas para se reconstruir o trecho de mais de 890 quilômetros da BR. “Vai tirar Manaus do isolamento”, dizem os destruidores da natureza.

       Se Manaus quisesse mesmo sair desse tal “isolamento” não teria gastado um bilhão e 300 milhões de reais em 2007 para construir uma ponte no rio Negro para ligar a capital amazonense ao Cacau Pirera em vez de ligá-la à BR-319 no Careiro. Além do mais, essa ideia de asfaltar pela segunda vez a velha 319 só atende aos apelos dos devastadores do meio ambiente. A estrada é o coração da Amazônia ainda preservada. Sua construção é o tiro de misericórdia no que resta de floresta e de povos originários. E pior: não leva a desenvolvimento nenhum, pois quando se destruíram partes do Cerrado e da Amazônia ocidental para se pavimentar a BR-364, o resultado maior que se obteve foi Rondônia. E com certeza, este Estado incivilizado, pobre e distante não é nenhum exemplo de respeito ao meio ambiente e nem de qualquer resquício de desenvolvimento.

        Será que quando existia a BR-319 totalmente asfaltada, havia esse progresso em abundância na região? Óbvio que não! E por que agora com a construção da estrada essa tal melhoria surgirá assim do nada? Fato: seus defensores querem é substituir a densa mata preservada por pastagens para alavancar o agronegócio e com isso, ficarem mais ricos e poderosos. Reconstruída, a rodovia teria pelos menos uns 150 quilômetros de cada lado para desenvolver atividades ligadas ao agro assassino e totalmente contrário ao meio ambiente. Devem ser criados também órgãos para extinguir de uma vez por todas os povos originários. Como foi feito com os Yanomamis, a “prosperidade” logo abre mão dessa “gente selvagem” que só serve para turbinar as ONG’s. O rio Madeira foi morto pela ganância do homem. O que custa agora matar também o que ainda resta da floresta?

         Manaus e Porto Velho não têm nenhuma importância dentro da tosca realidade nacional. São cidades pobres, desarrumadas, sujas e imundas. Ligá-las por terra não trará, portanto, nenhum benefício ou serventia para ninguém. As duas cidades sempre foram ligadas pelo velho Madeira sem nenhum problema. Aí assorearam e depois mataram o rio com duas hidrelétricas só para justificar novas agressões ao já combalido meio ambiente. Com a BR-319 rasgando a Amazônia ao meio, a floresta não durará nem mais cinco anos e cidades inteiras com levas de gente pobre e miserável podem ir surgindo aos poucos onde antes havia a densa e preservada mata. Favelas, invasões, violência, fome, pobreza e miséria serão uma rotina, infelizmente. Com o desmatamento desordenado, as secas e os desastres ambientais virão com mais força e a região inteira pode se tornar inabitável em pouco tempo. Grileiros, invasores de terras, garimpeiros serão os donos da Amazônia.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

domingo, 22 de outubro de 2023

Dor na “Faixa de Porto Velho”

Dor na “Faixa de Porto Velho

 

Professor Nazareno*

 

           A Faixa de Gaza, minúsculo território localizado entre Israel e o Egito, perto da Península do Sinai, onde foram confinados mais de dois milhões de palestinos, vive dias tenebrosos com a eclosão da guerra entre Israel o grupo radical Hamas. Após os atentados terroristas que esse grupo cometeu contra cidadãos israelenses matando mais de 1400 pessoas entre velhos, mulheres e crianças, a reação do Estado judeu em busca dos radicais tem levado o terror para as famílias palestinas residentes em Gaza. Bombardeios diários, cortes de energia, de água potável, de combustíveis e até de alimentos tem levado o pânico para a população civil, que em muitos casos, nada tem a ver com as atrocidades praticadas no sul de Israel. Guardadas as devidas proporções, Porto Velho, a insólita capital de Roraima, tem vivido dias parecidos com os da Faixa de Gaza. Também temos “bombas”.

            A rivalidade entre judeus e muçulmanos é milenar, mas somente nos últimos 75 anos é que se intensificaram os conflitos entre os dois povos. Já Porto Velho foi criada há 109 anos e de lá para cá o sofrimento em “nossa faixa” tem sido constante apesar de que a capital dos “destemidos pioneiros” deu tudo o que tinha para quem é de fora e recebeu em troca somente a dor, a tristeza e o sofrimento. Para começo de conversa, nem hospital de pronto-socorro e nem porto fluvial a suja e imunda cidade tem. Há décadas que funciona na zona sul um velho “açougue”, imundo e sujo, que faz as vezes de um hospital. E como lá em Gaza, ninguém faz nada para resolver o caos. Num dia de muita procura, esse velho e único hospital público de Porto Velho é bem pior do que os poucos hospitais de Gaza, que está vivendo uma sangrenta guerra. Mas essa guerra parece que é por aqui.

            Porto Velho tem muitos prédios e palácios suntuosos para abrigar a Justiça, o governo estadual, procuradorias, ministérios públicos e muitas outras instituições, mas na hora de beneficiar o pobre e infeliz do contribuinte com um simples hospital de pronto-socorro, a coisa se arrasta por vários anos e depois simplesmente emperra. Como em Gaza, até a água potável deve ficar escassa por aqui durante essa seca histórica no rio Madeira. As hidrelétricas construídas em seu leito moribundo, só para beneficiar o sul do país, podem ter contribuído para aumentar esse caos. Nossos bombardeios são os políticos que insistem em aumentar os impostos, que asfixiam ainda mais o pobre e miserável contribuinte. A população de Gaza sofre com os ataques dos israelenses, com bombas e mísseis, já em Porto Velho sofremos com o descaso sem fim dos governantes e políticos.

            Porto Velho não tem nem porto. A Faixa de Gaza tem, embora já tenha sido bombardeado por Israel. O nosso porto, doado pela Santo Antônio Energia, não sofreu o impacto das bombas, mas já está inoperante, enferrujando e apodrecendo lá na beira do rio. Gaza tinha saneamento básico. Uns 15 a 20 por cento, mas tudo está destruído e esburacado pelos bombardeios. Sem ter sequer bombas juninas, Porto Velho tem algo em torno de apenas 2,9 por cento de esgotos. Aqui é desmatamento, lama no inverno, poeira e fumaça no verão. Mas no próximo ano, os políticos se mobilizam para buscar os votos cativos dos tolos porto-velhenses, muitos dos quais alegremente vivem na miséria e se orgulham de votar na direita e na extrema-direita. A Faixa de Gaza tem apoio e até alguma solidariedade de partes do mundo. Já a “Faixa de Porto Velho” é esquecida, explorada e condenada ao sofrimento. Quem se importa com nossa dor e agonia? Nem Deus nem Alá.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Quem é o dono do C.P.A?

Quem é o dono do C.P.A?

 

Professor Nazareno*

 

       A sigla CPA significa Centro Político-Administrativo e se localiza em Porto Velho, a suja e imunda capital de Roraima. Foi idealizado e construído pelo ex-governador de Rondônia Ivo Cassol, aquele do “Império da Roça”, entre os anos de 2008 e 2010 e foi inaugurado por volta do ano 2011 já por Confúcio Moura e teria custado na época aos cofres públicos a bagatela de 175 milhões de reais. Algo em torno de uns 350 milhões de reais em dinheiro de hoje. O dono do CPA é, portanto, todo o povo de Rondônia, uma vez que foi erguido com o dinheiro dos impostos pagos por todos os contribuintes do Estado. Não pertence a nenhum governador nem a nenhum governo de plantão, que são passageiros. Esta semana, assim que eclodiu a guerra entre Israel e o Hamas lá no Oriente Médio, o CPA apareceu com uma imensa bandeira do Estado judeu.

            Não se sabe, por enquanto, quem mandou hastear aquele “pavilhão estranho” aos rondonienses e também aos brasileiros de um modo geral. A bandeira de Israel é muito bonita e até combina com as cores dos prédios do CPA. Mas está errado fazer isso. É completamente fora de propósito uma simples, pobre e incivilizada província de um país qualquer hastear a bandeira de uma nação estrangeira em um prédio público. E os palestinos? Por que também não foram agraciados com a sua bandeira sendo hasteada no CPA de Porto Velho? Nada contra Israel e muito menos contra os palestinos, mas assuntos internacionais e política externa são temas que devem ser tratados pelo governo federal através do Ministério das Relações Exteriores. Além do mais, quando um governo, ainda que regional e sem nenhuma importância, toma partido numa guerra pode ferir interesses.

       O governo de Rondônia não pode apoiar Israel nem a Palestina nessa guerra insana. Até porque esse Estado tem o privilégio de ser a “pátria” de vários descendentes de judeus e também de muitos “árabes-libaneses-palestinos”. Todo rondoniense devia se orgulhar, e muito, das famílias Gorayeb, Roumiê, Toufic Matny, da família Hijazi (do restaurante Almanara), da família Esber (da Gráfica Imediata) e de tantos outros como por exemplo a família Hussein da professora Magda lá de Vilhena. Muitos judeus também deram infinitas contribuições a Rondônia, ao Brasil e ao mundo. Os dois povos são muito importantes no conturbado momento em que vivemos. Cabe a qualquer governo, regional ou nacional, prezar pela paz entre eles e contribuir para isso. Mas hastear uma bandeira de apenas um lado pode incitar a violência desnecessária e ser injusto com o outro lado.

      Tomara que esta insanidade não seja ainda resquícios do Bolsonarismo enrustido em algumas pessoas radicais e inconvenientes. “O Hamas não é a Palestina. O Hezbollah não é o Líbano. Al-Qaeda não é o Paquistão. O Talibã não é o Afeganistão. As FARC’S não são a Colômbia. O Boko-Haran não é a Nigéria. O Estado Islâmico não é o Iraque, assim como o Bolsonarismo não é o Brasil”. Pela lógica e em nome da paz e do respeito, aquela bandeira hasteada no CPA de Porto Velho deveria ser retirada dali imediatamente. Já não chega a vergonha que Rondônia e todos nós daqui passamos quando a Assembleia Legislativa do Estado, do nada e sem nenhum critério, deu o título de cidadão honorário a Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel? Como disse o cristão Papa Francisco: “em uma guerra, devemos tomar apenas um lado, o da paz”. Diálogo, paz, respeito e fraternidade deviam ser seguidos pelos governantes corretos. Chega de guerras e de ódio!

 

 


*Foi Professor em Porto Velho.

terça-feira, 17 de outubro de 2023

Cidadão de Rondonha, mano!

  Cidadão de Rondonha, mano!

 

Professor Nazareno*

 

            Benjamin “Bibi” Netanyahu é o primeiro-ministro de Israel. Ele acaba de receber o importante, inigualável e insubstituível título de cidadão honorífico de Rondônia. Isso mesmo. E não é piada não, mano! A Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, a necessária, poderosa, influente e honradíssima casa de leis de todos os rondonienses, concedeu no último dia 11 de outubro de 2023 a imprescindível comenda ao mandatário judeu pelos relevantes serviços que ele tem prestado ao povo karipuna. Com alguma pontinha de inveja, alguns órgãos noticiosos disseram que talvez ninguém daqui saiba o que isso signifique. Óbvio que sabe! O letrado, intelectual e inteligente povo de Rondônia, que acompanha passo a passo todo o noticiário internacional, tem como um de seus maiores líderes ninguém menos do que o atual premiê de Israel. Título mais do que justo!

            Disseram até que Benjamin Netanyahu não conhece Rondônia. Meu Deus, quanta desfaçatez! Claro que ele conhece e muito bem. Ele já deve ter vindo a Porto Velho várias vezes e como dizem, deve ter até bebido água do Madeira. Consta inclusive que ele só bombardeou a Faixa de Gaza depois que se certificou se não havia nenhum cidadão rondoniense visitando um daqueles lugares. E isso é possível, pois eu mesmo estive por lá em 2022 com a minha esposa visitando a Terra Santa. Falar que esse prêmio é injusto também não convence a muita gente. Afirmaram, só de inveja, que o anúncio feito pela Assembleia karipuna não detalhou o motivo pelo qual Netanyahu recebeu a comenda ou como os seus serviços impactaram esta província incivilizada e atrasada. Ora, basta olhar as ruas de Porto Velho para se lembrar logo de como ele deixou as ruas da Faixa de Gaza.

            O que Benjamin Netanyahu está fazendo com as ruas de Gaza lembra muito bem a cidade de Porto Velho. Na Faixa de Gaza não tem água encanada, não tem esgotos, não tem arborização, muitas ruas estão tortas e o único hospital de pronto-socorro do lugar se parece mais com um “açougue” de tanta gente gritando, morrendo à míngua e esperando por um tratamento. Netanyahu merece esse prêmio de todos os rondonienses, sim! Ele transformou Gaza na Porto Velho do Oriente Médio. Vejam o que ele fez com o porto dos palestinos, por exemplo. Inspirou-se certamente no porto que a Santo Antônio Energia deu aos porto-velhenses. Isso é que é homenagem de respeito, mano! Ele só não vai entender como em Rondônia não se gastou uma única bomba nem um só míssil para desativar toda a infraestrutura de um porto de passageiros. Por aqui a tecnologia é ímpar.

            Além do mais, tenho a certeza de que essa guerra ainda não terminou porque a importantíssima e competente Assembleia Legislativa de Rondônia ainda não participou das negociações diplomáticas com os envolvidos. António Guterres, secretário-geral da ONU, Antony Blinken e Joe Biden dos Estados Unidos, Olaf Scholz da Alemanha, Emanuel Macron da França, Wladimir Putin da Rússia, Recep Erdogan da Turquia e o próprio Netanyahu devem estar esperando alguém da ALE de Rondônia para dar início às negociações de paz. O mundo precisa de Rondonha, mano! Por que os poderosos deputados desta magnífica casa de leis não mandam logo um de seus inúmeros emissários ao Oriente Médio para participar das conversações e encerrar de uma vez por todas com tantas mortes e sofrimento? Só não entendi uma coisa: dizem que Benjamin Netanyahu estaria envolvido em corrupção. Mas o que isso tem a ver com a Assembleia Legislativa?

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

sábado, 14 de outubro de 2023

Podemos ser bombardeados?

Podemos ser bombardeados?

 

Professor Nazareno*

 

            Depois que explodiu a guerra entre Israel e o grupo radical Hamas, a pergunta que mais intriga os porto-velhenses é se os acontecimentos lá no distante Oriente Médio podem influenciar Rondônia e a sua suja e imunda capital. Será que os grupos Hamas, Hezbollah e Jihad Islâmica podem, de uma hora para outra, direcionar a sua ira para esta província atrasada e incivilizada do Brasil? Claro que não! Esta possiblidade está totalmente fora de contexto, mas motivos não faltam para que os radicais muçulmanos deem uma lição em nosso povo e também em nossas autoridades. “Como pode uma capital de Estado ser tão suja e mal cuidada como é Porto Velho?”, devem pensar os muçulmanos mais intransigentes. “Uma cidade que não tem sequer um hospital de pronto-socorro para seu povo mais pobre tinha que ser riscada do mapa”, pensam outros.

            Um daqueles líderes barbudos disse que esta cidade jamais vai ter um hospital de verdade. Até a construção do novo hospital, que fez muita gente ganhar as eleições, já foi paralisada. “Era de se esperar”, disseram. “As autoridades desta cidade e também do Estado são muito incompetentes e gostam de enganar a população pobre durante as eleições e por isso todas elas deveriam ser castigadas”, argumentam os jihadistas. Além do mais, não existe nem na cidade nem na província inteira qualquer resquício de oposição. Todos os vereadores e quase todos os deputados estaduais fecham sempre com o seu Poder Executivo inviabilizando dessa maneira a possiblidade de qualquer crítica ao governante de plantão. Mas aumentar impostos como ICMS, IPVA, IPTU, dentre muitos outros, é a coisa mais fácil que se vê por estes confins sem eira nem beira. Haja deboche!

            Uma cidade que não tem rede de esgotos, não tem água tratada, nunca teve saneamento básico e também não tem mobilidade urbana e cujas ruas são tortas não deveria ser atacada de jeito nenhum. O caos já impera por aqui há muito tempo. Atacá-la com mísseis e bombas seria castigá-la duplamente. Porto Velho já está destruída e bombardeada há décadas. Além do mais, toda vez que a prefeitura coloca asfalto em uma rua, a CAERO, Companhia de Água e Esgotos de Rondônia, destrói tudo com a intenção de levar conforto para o contribuinte. Esse sim, que é um bombardeio de verdade. Vejam, por exemplo, a rua torta chamada de Santos Dumont lá na zona norte da cidade. Não plantaram uma única árvore nela apesar do calor infernal que faz na cidade. Pior: eles fazem ruas por aqui só com o asfalto e sem a menor esperança de ter saneamento básico.

            Um daqueles chefes radicais disse que um povo tão tosco como o rondoniense, que presenteia os forâneos com energia boa e barata em detrimento de sua grande riqueza ambiental, merece ser punido com rigor tanto por Deus como por Alá. O problema é que bombardear o que já está destruído e acabado é pura perda de tempo. Esse povo também matou o maior rio que tinha para “ter o prazer” de poder pagar uma das contas de energia mais caras do país. Se Porto Velho fosse bombardeada espalharia muita fumaça pela cidade, só que não faria tanta diferença assim, pois os moradores já estão acostumados com a fumaceira e também com a poeira de muitas de suas esburacadas ruas. Não há a menor necessidade de se atacar essa província longe e incivilizada só porque ela é da extrema-direita apesar de ter só eleitores pobres. Essa guerra no Oriente não chegará aqui, pois a nossa batalha já está perdida. E mesmo sem o HEURO vamos continuar resistindo.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Querem destruir Israel, por quê?

Querem destruir Israel, por quê?

 

Professor Nazareno*

 

            Do rio que tudo arrasta se diz que é violento, mas não dizem nada das margens que o comprimem”. Esta frase de Bertolt Brecht pode explicar um pouco do que está acontecendo mais uma vez no Oriente Médio quando, na surdina, o grupo palestino Hamas invadiu o sul de Israel e perpetuou uma das maiores barbaridades já vistas em tempos modernos. A carnificina desse grupo radical contra cidadãos pacatos não tem comparação nem no Holocausto. Mas por que o povo judeu tem sofrido tantos massacres, assassinatos, invasões, hecatombes, exílios, torturas, guerras e perseguições? Desde a primeira diáspora dos judeus com Nabucodonosor na antiga Babilônia passando pela segunda diáspora com os romanos e também na quase extinção deles com Adolf Hitler no Holocausto que esse povo é vítima de matanças. Por que o Hezbollah, Jihad e Hamas?

            Logo após o genocídio que os judeus sofreram na Alemanha nazista, foi criado o Estado de Israel. Depois de mais de dois mil anos os judeus têm finalmente o seu país e voltam a se estabelecer na “Terra prometida”. A nova nação foi criada em 1948 e teve o aval das principais potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial. Mas e o povo palestino, que estava morando ali há mais de dois milênios? Sem suas terras, sem suas casas, sem seus patrimônios, eles não aceitaram, na época, a criação de um Estado só para eles. E as confusões na região já começaram no dia seguinte com a primeira guerra dos países árabes contra os judeus. Outras três guerras eclodiriam mais tarde: a Guerra de Suez em 1956, a dos Seis Dias em 1967 e a do Yom Kippur em 1973. Todas vencidas por Israel com a ajuda do Ocidente. Desde 1948 a paz nunca mais voltou para aquela região.

            Os palestinos foram confinados em duas áreas descontínuas: a Cisjordânia, ocupada por Israel até hoje e a Faixa de Gaza, onde vivem quase 2,5 milhões de palestinos sob condições desumanas e onde a miséria, a pobreza, o medo e o abandono fazem parte do cotidiano. A Faixa de Gaza é uma prisão a céu aberto sem nenhuma qualidade de vida. Já Israel é uma potência econômica e sua qualidade de vida é comparável à de muitos países europeus. Tem democracia plena, tem boas universidades e uma máquina de guerra de fazer inveja a qualquer país desenvolvido. Mas não soube tratar adequadamente os palestinos e por isso paga um preço alto por essa péssima convivência. Os EUA jogaram duas bombas atômicas no Japão e massacraram a Alemanha, porém os planos Marshall e Colombo reconstruíram seus antigos inimigos. O mal deve ser sempre freado com o bem.

            Os israelenses são um povo bom, alegre, amigo, parceiro. Afirmo isso, pois estive lá em 2022.  Os palestinos deveriam ser melhor tratados. Assim como também os vizinhos árabes de Israel. As relações entre países no Oriente Médio são muito estranhas. O Irã só sossegará “quando afogar o último judeu no Mediterrâneo” e Saddam Hussein jurou por Deus (Alá) que incendiaria metade do Estado Judeu. A convivência pacífica entre povos é possível, sim! Os muçulmanos são um povo também ordeiro e bom. Judeus, cristãos e muçulmanos devem viver em harmonia sem carnificinas, genocídios nem perseguições. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, é o maior culpado por esta guerra. Com arrogância, prepotência e empáfia ele lidera um governo de extrema-direita, antiárabe e que promove anexações e desapropriações contra os palestinos. E isso levou a esta reação violenta. Moisés, Jesus Cristo e Maomé devem estar muito tristes com mais esta matança.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

terça-feira, 10 de outubro de 2023

As “guerras” de cada um

As “guerras” de cada um

 

Professor Nazareno*

 

            O outrora todo poderoso Estado de Israel se viu, de uma hora para outra, perdido em mais uma das intermináveis guerras contra o seu costumeiro inimigo: os palestinos e seus grupos políticos radicais chamados no Ocidente de terroristas. Na surdina e sem quase ninguém perceber, o Hamas atacou o Estado judeu neste início de outubro de 2023 e matou centenas de seus cidadãos. Israel foi reconhecido como a nação independente do povo judeu somente em 1948, mas paga até hoje um preço muito alto por ter se instalado na “terra prometida”, onde palestinos muçulmanos estavam residindo a mais de dois mil anos, muito antes, portanto, das diásporas dos judeus. Durante a segunda guerra mundial, Hitler teria assassinado mais de seis milhões de hebreus e por isso, o mundo do pós-guerra resolveu criar uma pátria judaica. Só que parece que se esqueceram dos povos palestinos.

            Confinado na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada, esse povo palestino praticamente não tem reconhecimento internacional. Muitos deles vivem subalternos aos israelenses e não veem a hora de expulsar todos os judeus de “suas” terras. Embora seja uma nação próspera e com amplo reconhecimento no mundo, Israel tem que conviver com pessoas que por muitos milênios sempre residiram no “domínio histórico” judeu. Por isso, são várias as guerras entre os dois povos. Enquanto Israel tem o apoio de quase todo o mundo ocidental incluindo a União Europeia e os Estados Unidos, os palestinos têm apoio de vários países vizinhos e muçulmanos como Líbano, Síria, Irã, Iraque e Jordânia. Há espaço para dois Estados na região: um palestino e outro judeu tendo Jerusalém como cidade neutra. Mas ninguém abre mão da cidade, que é sagrada também para os cristãos.

E o Brasil também tem as suas guerras. Milícias armadas do Rio de Janeiro, por exemplo, mataram três médicos que participavam de um congresso mundial da categoria. Por causa disso, o Estado interveio e exatamente nesta segunda-feira, dia 9 de outubro, investiu contra os bandidos armados. Dois helicópteros foram alvejados com tiros de fuzil. Além do mais, quase 60 mil cidadãos brasileiros são mortos todo ano pela violência que sempre “correu solta” no país. Outra guerra praticamente perdida em nosso país é a corrupção na política. Porém, quase todos os brasileiros convivem normalmente com a roubalheira. Elegeram um presidente que já fora preso por se meter em negócios escusos e muitos ainda cultuam um outro que além de corrupto também é fascista e tentou dar um golpe de Estado para se perpetuar no poder. Nossas guerras são cruéis, mas ninguém vê.

Israel luta contra os grupos Hamas, Jihad Islâmica e Hezbollah, além de ter outras nações arqui-inimigas como o Irã e a Arábia Saudita, por exemplo, que tentam destruí-lo a todo custo. Já o Brasil tem o ex-presidente Jair Bolsonaro, o bolsonarismo, a fome, a impunidade, a pobreza, a miséria, a desigualdade social, a violência urbana e o PT como as suas guerras particulares. E precisa vencer todas elas, se quiser ter paz. Toda nação ou país tem a sua “guerrinha” particular. Rondônia, apesar de não ser um país, também tem a sua. E a guerra deste longe, atrasado e incivilizado rincão do Brasil é contra o meio ambiente. Todo ano, durante o verão, a fumaça criminosa das queimadas empesta o ar que todos nós respiramos e ninguém nunca fez nada para combater. Outra desgraça talvez até pior do que uma guerra e também provocada pela mão humana é essa seca em plena Amazônia. Para vencer uma guerra é preciso ter disciplina e ordem. Coisas que não temos.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Crise aérea: não vá à Justiça!

Crise aérea: não vá à Justiça!

 

Professor Nazareno*

 

            Havia naquela província subdesenvolvida e incivilizada praticamente um só aeroporto para atender as pessoas que precisassem viajar para outros pontos do país. Só que a procura por voos para as cidades civilizadas era muito pequena e por isso as maiores companhias aéreas, talvez prevendo prejuízos, decidiram retirar e cancelar a maioria dos seus voos. Além do mais, algumas dessas companhias alegavam que havia muitas demandas judiciais contra elas naquele insólito lugar. E não tardou para que “soluções mágicas” aparecessem de imediato: com o cancelamento de voos, exige-se que as pessoas retirem as suas reclamações e de quebra aumenta-se o valor das passagens, uma vez que a procura por viagens fica superior à oferta de aeronaves. Isso sem falar que a apagada classe política pode aparecer de repente como a “salvadora da pátria” para sanar o caos.

            Assim, todos ganham com a incomum manobra. As empresas aéreas têm quase todas as suas reclamações retiradas na Justiça, a classe política local vira a heroína do povo e todo mundo daquele atrasado rincão volta a viajar de avião saindo direto da capital da província sem precisar viajar cinco dias de barco ou 24 horas de ônibus para embarcar em outra cidade ou Estado vizinho. Dessa forma, se a partir de agora o seu voo atrasar cinco, seis ou até mesmo dez ou doze horas não vá à Justiça. Aceite tudo calado! Caso contrário, a sua cidade ou até mesmo o Estado podem ficar isolados para sempre. Se por acaso você ficar sem uma conexão, fique resignado em nome da estrita possibilidade de “avião para todos”. E se por qualquer motivo você se sentir injustiçado, explorado, rebaixado, nada de buscar reparos na Justiça comum. Seja paciente, ria e pense nos outros.

            O que custa uma pessoa simples, quando quer viajar, ser infringida, desrespeitada, desconsiderada, violada, desvalorizada, ridicularizada, diminuída, pisada, menosprezada, aviltada e arrasada por uma empresa aérea? Tudo passa, inclusive esses sentimentos toscos. Não te deram comida nem hospedagem numa cidade estranha por que o seu voo foi cancelado? Aguente o tranco e acredite que tudo vai dar certo depois. Nada de tentar buscar os seus direitos nos tribunais. E se você tem alguma demanda judicial contra qualquer empresa aérea, desista logo. Se seu parente morreu por que não chegou a tempo para ser tratado em um outro Estado, nada de estresse ou de picuinhas. Lembre-se: “todo mundo tem que morrer um dia mesmo”. Não há tragédia maior do que uma cidade inteira ou um Estado ficar sem voos regulares em seus aeroportos. Fato: deve-se é evitar o pior.

            Não busque nunca os seus direitos mais elementares caso se sinta abusado algum dia. Pense sempre nos lucros que as empresas aéreas podem perder. Essa busca pode ser prejudicial à comunidade inteira, pois apesar da morosidade, a Justiça até que às vezes funciona. Há bons advogados que ganham muitas demandas. Por isso, se as suas férias foram “estragadas”, relaxe! No próximo ano haverá outras férias. O seu tratamento fora de domicílio, TFD, está com problemas de logística nos raros voos disponíveis? Sossegue, vá à rezadeira que talvez o problema seja resolvido por aqui mesmo. Voo atrasado é progresso. Afinal viajar de avião não é para todo mundo nos confins do mundo. Mas já há sinalizações de que os voos na província atrasada vão voltar ao normal. Os seus políticos são supimpa, mano! Todo final de ano aumenta a procura de pessoas que vão pegar praia e fazer fotos para as redes sociais. Só se vê bondade nessas empresas aéreas!

 

 


*Foi Professor em Porto Velho.


 

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

E Porto Velho ganha presentes


E Porto Velho ganha presentes


Professor Nazareno*

           

Porto Velho, a currutela fedida e eterna capital de Roraima, está de parabéns. São 109 anos de pura carniça, lodaçal e esgotos a céu aberto. Desde a época do velho Pimentel, figura inventada que ninguém sabe quem foi nem onde morou, que a cidade ostenta um dos piores índices de qualidade de vida, IDH, dentre as maiores cidades do país. Já com o Major Fernando Guapindaia que o sujo, esmo e abandonado lugar lutava para ser uma cidade habitável com o mínimo de civilidade. Como uma velha prostituta explorada e abandonada, o arremedo de cidade sempre foi procurado por muitos, mas nunca foi bem administrado. Só que este ano já ganhou vários presentes e ainda pode ser contemplada com uma série de privilégios que nenhuma outra capital do Brasil já viu. As empresas aéreas GOL, Latam e Azul já iniciaram os bons regalos à cidade como uma homenagem.

O singelo “presente” que as maiores companhias aéreas do país deram a Porto Velho como lembrança de aniversário é de fazer inveja a qualquer outra grande cidade do mundo. E a “capital dos destemidos pioneiros” merece tamanho afago. Em 2023 Porto Velho também ganhou uma rua torta lá pela zona Norte e que será usada para todos os eventos que se realizam por aqui. Da Banda do Vai Quem Quer até a Marcha para Jesus passando pela Expovel, o Sete de Setembro e o Arraial Flor do Maracujá tudo vai ser “mostrado” nesta rua que tem nome bem moderno: rua Santos Dumont. Ela vai facilitar também para que os moradores do bairro Nova Esperança cheguem mais rápido ao aeroporto da cidade quando forem viajar principalmente para o exterior. A capital ainda ganhou mais de 700 quilômetros de asfalto novo. Porém, só o piche mesmo sem esgotos.

Como é mês de outubro, as hidrelétricas do rio Madeira presentearam um rio sequinho, sequinho para os incultos habitantes de Porto Velho. Nunca em toda a história da cidade se viu o velho Madeira neste estado de penúria e caminhando rapidamente para a extinção. “É um grande presente para todos nós, pois aquele rio é muito selvagem e em suas águas caudalosas só tem bichos ferozes” devem pensar muitos dos moradores daqui. Outros complementam: “como este rio nunca serviu para nada mesmo, é bom que se façam roças em seu leito seco. Aumentará a produção agrícola”. A criminosa devastação das árvores da Avenida Tiradentes foi outro mimo que a administração municipal deu à maltratada urbe. Até os portadores de deficiência física quase ganham a retirada de seus empregos. Mas os pecuaristas da cidade vão bamburrar com o aumento no preço da carne.

E como é festa de aniversário, a Assembleia Legislativa do Estado não podia ficar de fora sem dar lembrancinhas para a cidade. Ela aprovou recentemente a criação de uma comissão especial para discutir as atividades garimpeiras no rio Madeira. Já pensou você chegar à beira do rio e, muito encantado, ver mais de mil dragas de garimpo extraindo ouro dali? Os nossos políticos são fenomenais. Porto Velho recebe presentes demais, mano! Todo dia seus habitantes contribuem com a limpeza e a organização da cidade. E outro bom presente que Porto Velho ganhou pelos seus 109 anos tão bem vividos veio do IBGE, que divulgou o resultado do último censo e concluiu: em vez dos esperados 600 mil habitantes, somos 461 mil matutos vivendo num canto só. Somos a quinta maior cidade do Norte. Só que o melhor presente mesmo seria uma enorme estátua de um saco de lixo cheio de tapurus ali na entrada. Por isso, desejo de coração: Parabéns, Porto Velho!

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.