sábado, 30 de abril de 2011

E nós, somos chiques ou BREGAS?


SER CHIQUE SEMPRE

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje. A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas. Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano. O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida. Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras. Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio. Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta. Chique mesmo é parar na faixa de pedestre É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua. Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos. Chique mesmo é não se exceder jamais. Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir. Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor. É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção a sua companhia. Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios. Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite! Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, saber sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final, vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia. Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem. Porque no final das contas, chique mesmo é ser feliz! Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas amor e fé nos tornam humanos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.

Autor desconhecido

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cazuza foi tudo isto mesmo? Quem são os nossos heróis?



Cazuza, um idiota morto...

Psicóloga x Cazuza!


Esta mensagem precisa ser retransmitida para todas as FAMÍLIAS!
Uma psicóloga que escreveu corajosamente algumas verdades.

Uma psicóloga que assistiu ao filme escreveu o seguinte texto:

            Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora... As pessoas estão cultivando ídolos errados... Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível. Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado. No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta. São esses pais que devemos ter como exemplo?
Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora..
Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante. Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.
Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas, fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.  Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria? Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.
Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi conseqüência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissessem NÃO quando necessário?
            Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor. Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar... Não se preocupem em ser 'amigo' de seus filhos... Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre.


Karla Christine

Psicóloga Clínica

sábado, 23 de abril de 2011

Você apostaria em qual João?



"João Paulo devia imitar João Bento"


Professor Nazareno*


            Em Rondônia existem dois "Joãos". Poderiam ser apenas dois sujeitos despercebidos no cenário da cidade. Eles ficam localizados na capital do Estado e estão separados por aproximadamente três quilômetros de distância. O primeiro João está na Avenida Jatuarana, bairro Jardim Eldorado e o outro está na Avenida Campos Sales, bairro Nova Floresta ambos na zona sul de Porto Velho. O João Bento é conhecido pela suas boas qualidades, "filho" muito novo, com aproximadamente treze anos, faz propagandas grátis para os governos e o outro é o João Paulo Segundo, um pouco mais velho. Os dois são oriundos do mesmo pai e por isso sustentados e mantidos por ele: o Estado de Rondônia. Tornaram-se muito conhecidos ultimamente pelas suas atribuições.
            O "menino" mais novo deveria ser o orgulho da família. Tem sido há quase uma década o exemplo que todo pai gostaria de ter e de seguir. É a melhor escola pública do Brasil, até que se prove o contrário, em matéria de aprovação nos vestibulares em instituições de ensino superior. Seu sucesso está se espalhando pelo país afora. Somente neste ano, quase duas centenas de alunos do Projeto Terceirão foram mandados para cursar uma universidade. Do Rio Grande do Sul ao Piauí, do Acre ao Rio de Janeiro há alunos do JBC aprovados nos mais variados tipos de vestibulares, Prouni e SISU. Na Unir, os números do João Bento também impressionam pela grande quantidade. A procura pelo seu ensino de excelência contagia e cresce anualmente no Estado inteiro.
            O outro João, filho problemático, tem dado só dor de cabeça para o seu pai. Com mais de vinte anos de existência, já foi até apelidado de "Açougue", passou pela mão de vários governos sem que nenhum deles tenha resolvido seu problema e mais recentemente o Brasil inteiro soube da sua existência através das lentes da toda poderosa Rede Globo. Dizem os mais incautos que essa emissora de televisão, que não é santa, operou um verdadeiro milagre, e por isso o "João dos problemas" está até melhorando a sua conduta. "Mas é tudo mentira, falácias". Açougue ou não, a verdade é que a falência da saúde pública em nosso Estado sempre nos envergonhou e manchou por anos a fio o nome de Rondônia sem que nenhuma providência séria fosse tomada.
            Todos sabem que o "João que dá certo" enfrenta muitos problemas, mas não desiste. Salas de aula sujas e extremamente quentes, sem ventilação, paredes sem pintura e caindo aos pedaços, falta de todo tipo de estrutura são rotinas enfrentadas diariamente por quase quatro mil alunos e professores que estão lá diariamente. Quem sabe se a "emissora de televisão milagreira" aparecesse as coisas iriam melhorar. Como santo de casa não opera milagre, tinha que ser a matriz e não a filial. Mas parte da mídia parece não gostar muito deste João. Talvez seja porque ele dá certo. Alguns sites de notícias até que gentilmente lhe dão espaço como o Rondonioaovivo, Rondonotícias e RondoniaInFoco de Cacoal, interior do Estado. Outros preferem noticiar as briguinhas políticas na Assembléia Legislativa ou a reação "heróica" de  alguns rondonienses quando alguém lhes chama de feios, e em qual capítulo está a novela da transposição dos servidores para o quadro federal. Noticiam até a rotina dantesca do "João de lá".
            O pior é que um João é que deveria ser o outro João: o Estado paga uma fortuna de salários a um médico e se esquece do professor que sempre viveu à míngua com um salário de fome. Uma sociedade que não prioriza o ensino e a educação não pode ter um futuro promissor, todo mundo sabe disto. O novo Governo já acenou com a possibilidade de ajudar o "João da educação" e tem demonstrado boa vontade, mas os outros irmãos não querem copiar o exemplo que dá certo. Se a Escola João Bento da Costa e o Hospital João Paulo Segundo tivessem ações numa Bolsa de Valores, em qual se devia investir, qual o João que dava mais lucros? Comparações à parte, o fato é que toda a população devia participar e cobrar garra das autoridades no sentido de melhorar a sua qualidade de vida. Todos os políticos são eleitos para isso. Resolver os problemas de qualquer “João” é atacar a desigualdade social que corrói o nosso país e ainda não nasceu governo disposto a isso. Investimentos em educação de excelência é o caminho mais seguro para se resolver quase todos os problemas que temos. Gastam-se milhões com porcaria de carnaval, cultura de massa e outras besteiras e se esquecem de investir no lugar certo. Sem isso, o jeito é "um João copiar o bom exemplo do outro João".



É Professor em Porto Velho.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Por que a mídia daqui não publica isto?



Vontade de vencer: 600 alunos do JBC "ralando" em pleno feriado.

I Simulado/2011 da Escola João Bento da Costa

Feriado nacional, dia 21 de abril de 2011, quinta-feira da Semana Santa e as atividades pedagógicas na Escola João Bento da Costa não foram interrompidas. Mais de 600 alunos do Projeto Terceirão das turmas da manhã e da tarde, num total de 19 salas de aula, participaram do primeiro simulado visando à prova do ENEM que deve ser realizada no final deste ano letivo em todo o território nacional. Às oito horas em ponto deu-se início à resolução de 100 questões de múltipla escolha englobando as quatro áreas do conhecimento cobradas nas provas do ENEM. Todos os alunos regularmente matriculados na terceira série do Ensino Médio desta escola e que vão prestar exames para ingresso no curso superior a partir do próximo ano, participaram efetivamente deste primeiro teste. Os portões da escola foram fechados rigorosamente às oito horas em ponto e desta vez apenas um único aluno chegou atrasado e não pôde participar do evento. “Aqui agimos como num vestibular de verdade”, afirmou a professora Elizabeth de Lima Cândido, vice-diretora do Estabelecimento de Ensino. “O nosso treinamento deve começar cedo e também tem de ser levado a sério”, afirmou a educadora. Cada um dos alunos colaborou com um quilo de alimento não perecível para poder participar das provas. Todo esse alimento será destino a entidades carentes da capital. Mais de meia tonelada foi o total arrecadado e que vai fazer a alegria de muita gente, avaliou a professora Beth.
O professor Francisco Rodrigues Lopes, o Chiquinho, diretor da escola, junto com toda a equipe de coordenadores do João Bento foi o responsável pela logística deste primeiro empreendimento. “O sucesso deste simulado deve ser creditado a toda a equipe da escola que envolve professores, coordenadores, psicólogos, orientadores educacionais e supervisoras escolares,” informou o diretor. O número de cópias ultrapassou as 23 mil e todos os esforços foram envidados para que cada etapa saísse dentro do estabelecido. “Embora a SEDUC, Secretaria de Estado da Educação, conceda todo o material necessário, ainda assim há dificuldades operacionais para que possamos realizar a contento esta tarefa”, disse o professor Francisco. Até o final deste ano letivo serão realizados pelo menos mais quatro simulados deste. “Os nossos alunos quando chegam para fazer o ENEM ou qualquer outro concurso vestibular, já estão preparados e no ponto de concorrer em igualdade de condições com os alunos da escola particular a uma tão sonhada vaga na universidade”, concluiu o educador. E os números do Colégio João Bento não mentem: só no ano letivo de 2010 foram quase 300 alunos aprovados pelo ENEM, no vestibular da Unir e em várias outras universidades do país afora. Só em Medicina foram pelo menos 05 alunos aprovados contando aí os que foram matriculados no ano letivo e os remanescentes. Números impressionantes que fazem desta escola pública um exemplo a ser seguido. Todos os professores do JBC são unânimes em afirmar que a escola João Bento é a Rondônia que dá certo. É o Brasil que dá certo. “Apesar das imensas dificuldades que temos no aspecto de infra-estrutura da escola, a qualidade de ensino daqui faz a diferença”, concluiu uma professora que participa do Projeto Terceirão. Mesmo sendo feriado, a maioria dos professores das séries iniciais fez questão de participar e ajudar na fiscalização das provas. “O sucesso do Colégio João Bento da Costa é também o nosso sucesso e por isso temos o compromisso com todos os alunos do Ensino Médio desta escola, com a comunidade, os pais e principalmente com a educação de qualidade que é ministrada aqui”, informou um professor da escola que estava ajudando na fiscalização das provas.

sábado, 16 de abril de 2011

Será que nós somos feios mesmo?


Negrito
Adônis não é rondoniense - Por Ricardo Augusto

Ah o brasil. Adoro esse país, se me permitem o comentário. É um dos poucos lugares onde falar o que pensa pode levar alguém à cadeia. Aparentemente, mentir ou omitir opiniões parece ser regra nesse país, e tais conceitos estão tão enraizados em nossa cultura que até nossos representantes possuem tais qualidades. Essa linha de pensamento é tão presente que afetou até nossas leis.
Nosso ordenamento jurídico, assim como os nossos representantes, é uma graça. A constituição é um exemplo disso, senão vejamos:
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
Pra quem não entendeu, o parágrafo 1º do artigo 220 da magna carta nos diz que podemos falar o que pensamos desde que não sejam feridos os princípios constitucionais e que não sejam esquecidas todas as firulas ideológicas que tornam nossa lei maior tão bela no papel. O rol de incisos segue:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
Após toda esta aula de direito (me perdoem, detesto a teoria e fico feliz que existam aqueles que toleram o estudo dela, pois se dependesse de mim não haveria progresso na área), eu me pergunto: é a liberdade de expressão em nosso país tão absoluta quanto os entusiastas da constituição de 88 afirmam?
Provavelmente não. O politicamente correto é regra aqui. Não posso falar nada de cunho racista, por exemplo, nem posso encorajar o terrorismo, entre outras coisas. Não que eu tenha pretensões de realizar uma seleção étnica (porque se falar “limpeza” serei sumariamente processado) ou pretenda explodir a assembléia legislativa, mas o que se pretende verificar aqui é que a liberdade de expressão brasileira é relativa.
Compare-se a constituição dos Estados Unidos: a primeira emenda, que é o dispositivo principal que rege o freedom of speech, diz que é permitida ao cidadão americano a livre expressão de todo e qualquer tipo de idéia. Simples assim. In verbis, temos o seguinte:
Congress shall make no law respecting an establishment of religion, or prohibiting the free exercise thereof; or abridging the freedom of speech, or of the press; or the right of the people peaceably to assemble, and to petition the Government for a redress of grievances.
Adotada em Dezembro de 1791, em tradução livre a emenda diz o seguinte:
“O Congresso não legislará no sentido de estabelecer uma religião, ou proibindo o livre exercício dos cultos; ou cerceando a liberdade de palavra, ou de imprensa, ou o direito do povo de se reunir pacificamente, e de dirigir ao Governo petições para a reparação de seus agravos.”
A liberdade de expressão e da escolha da religião é levada bastante a sério pelos americanos. Nas prisões, por exemplo, é obrigatório ter exemplares de todos os tipos de livros sagrados, desde bíblias cristãs até livros satânicos e manifestos de seitas neonazistas. Cultos e ideologias consideradas moralmente ofensivas também podem ser livremente discutidas, desde que não coloquem ninguém em risco real.
Não sei se o grau de desenvolvimento dos Estados Unidos tem algo a ver com a liberdade que eles têm de expressar o que pensam, mas posso garantir que me acharia retrógrado, quase um Neandertal, e teria vergonha se precisasse dizer a um americano que várias pessoas quiseram processar um artista de stand-up comedy por conta de uma piada. Naquelas terras fazer graça dos outros é absolutamente normal. Chris rock, comediante negro, fez sucesso e fortuna com um esquete de nome “as diferenças entre negros e pretos”. Outro humorista, Jeff Dunham, dedica em todos os shows um ato inteiro a um personagem mexicano, que faz piada do fato de ser um imigrante, e a um islâmico, que é terrorista.
As idiossincrasias que cada região tem é o que nos torna engraçados entre si. Seja o gaúcho homossexual, o nordestino cabeça-chata, os amapaenses que não existem, os cariocas malandros e tantos outros estereótipos, a graça da piada é a diferença. No brasil, esse tipo de humor seria automaticamente banido, moralmente e juridicamente. É bem possível que ainda não tenhamos a maturidade cultural suficiente para entender que uma piada é só uma piada, e não um insulto a toda nossa árvore genealógica.
Assim, graças as nossas mentes fechadas, nós ficamos garoteando com todos que falam mal de nossa gente, a exemplo do caso Rafinha Bastos versus Rondônia. Muito embora ele não tenha insultado uma raça em si, alguns alegam que ele ofendeu a honra dos rondonienses, ou seja, causou um dano moral a quem quer que tenha se ofendido. Detalhes jurídicos a parte, eu indago: Porque não podemos ser os feios? Que mal há nisso? Quantas vezes ouvi piadas de pessoas que estavam em aeroportos e sabiam que estavam na fila que ia para porto velho por conta da ‘beleza’ das pessoas? Sejamos francos, se Euclides da Cunha vivesse nas nossas terras, falaria coisa muito pior, a começar pela nossa mistura racial (eu, por exemplo, tenho sangue indígena, negro e branco).
Dar atenção a esse tipo de evento não é inteligente. É voltar aos tempos de colégio e esquecer que somos adultos. Não sigam o exemplo do nosso querido presidente da ordem dos advogados, não por conta das piadas sobre a sua profissão (que me renderiam processos, certamente), mas por uma questão de maturidade. Neste caso concreto, a constituição federal serve de escudo apenas para os oportunistas de plantão ou os que se ofendem com tudo. Deixemos de lado tudo isso, afinal de contas, todos sabem que o apelido que pega é aquele que nos irrita.
E aos que se sentiram genuinamente ofendidos, um lembrete: Rondônia não é terra de Adônis.

*bacharel, ocasionalmente dá aulas, raramente é técnico, e adepto da filosofia de que a sagacidade vence a inteligência, a exemplo do cantor tom Zé e a capa do disco “todos os olhos”

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Quem é o Filho do Madeira? Quem quer me calar?



Será que “calaram” o Professor Nazareno? – Filho do Madeira*

Alinhar ao centro
Não sou do tipo preconceituoso, mas há certo tempo não vejo na mídia eletrônica daqui os textos do referido professor. Não que eu goste deles ou sinta tanta saudade assim. Aliás, odeio a sua escrita. Nunca me identifiquei com qualquer palavra escrita pelo mesmo. Não aprecio suas opiniões. Acho-as retrógradas, provocantes, encrenqueiras e totalmente fora de contexto.
Admito, no entanto, ter lido algumas de suas provocações. Dei-lhe a oportunidade de ver uns três textos seus. Mas do que isso, poderia me viciar. Poderia me “emputecer”, poderia me sentir humilhado e agredido. Mas nunca lhe fiz este favor. Sua verve nunca me convenceu. Ignorei o óbvio. Prá que dar importância a quem não tem? Jair Bolsonaro cresceu a semana passada justamente por isso. Opiniões ridículas crescem na importância indevida que lhes dão.
Conheço o dito cujo: pessoa boa, de idéias ruins. Sou rondoniense e refuto suas idéias não por isto, mas porque a indignação burra e míope dos que aqui nasceram deram-lhe o que ele queria e esperava: fama. Ainda que passageira e sem sentido, já que o diabo também tem fama, mas mora no inferno.
Dar-lhe razão não me dói. Sei que inferno é este em que ele me colocou. Num lugar melhor do que este (e há muitos, brasil e mundo afora), sua opinião seria ignorada, suas palavras ácidas e pestilentas seriam descartadas. Fora do brasil, seria simplesmente ignorado. Não teria vez. Seria um São João Batista pregando no deserto. Uma poeira ao vento, e só.
Nesta rondônia absurda, frágil, contagiada e infestada pela síndrome do vira-latas mais pulguento e sarnento que se conhece, suas idéias prosperaram e incomodaram. Falam da cultura daqui, ele a ataca. Falam dos “zeróis” daqui, ele não os vê. Falam das coisas boas que há aqui. Ele não acredita. O pôr-do-sol que só há aqui, ele nunca viu.
Do progresso das usinas, ele sempre duvidou. Do comodismo beiradeiro, ele riu e se aproveitou. Da ausência de comida típica, ele tripudiou. Com a falta de amor a uma rondônia casta e pura, ele brincou. Numa porto velho limpa, organizada e sem catinga, ele certamente nunca morou. Colecionou fotos de bichos mortos pelas valas e avenidas.
Vi que a minha terra não tem importância nenhuma, pois dar importância a quem não tem nos faz também sem importância. Rebater opiniões simplórias e sem sentido, nos faz também assim: ridículos, óbvios e rondonienses. E foi isso que sempre fizemos ao ler um texto assinado pelo “mestre danado”, o “Mainardi Karipuna”.
Mas matar-lhe fisicamente de nada adiantaria em nosso calvário diário. Tomar-lhe o emprego e nos condenar à dificuldade também de nada adiantará. Ele deve gostar de roberto sobrinho, o prefeito esperto dos viadutos inacabados. Ele deve gostar do confúcio, o governador dos pequenos reajustes. Gosta também da rebelião nas usinas. Calou-se até na chacina de Realengo. O brasil e rondônia estão melhor? Falará nas próximas queimadas por causa da sua assumida rinite alérgica?
As opiniões dele, porto velho e rondônia são o que ele mesmo sempre disse: a excrescência do nada. O que é excrescência? Mas que incomodou cupins, minhocas e toupeiras todos têm certeza. Devia ser-lhe dado espaço na mídia eletrônica mais uma vez. Muitos textos seriam criados para rebater os dele. E todos os leitores ganhariam outro ringue para ver a briga de opiniões. Só mesmo de opiniões. Nunca foi um anjo pornográfico, mas alguém que sente dificuldades de caminhar entre os humanos...
De Basinho a Sílvio Santos, do meu ex-professor Emanoel a Nelson Townes, de Rubens Nascimento a um tal de Jorge Santos, de Danilo Soares a Costa Brazil e de tantos que pregaram a censura contra ele: será que todos agora estão respirando aliviados? E se a opinião burra, tosca e ultrapassada dele voltar? O que faremos? Como calá-lo? Volte a escrever, professor Nazareno. Quero ver o prazer do seu vômito. Só pelo vômito mesmo. Ouvi dizer que o senhor era um “troll” abusado. Prove.

*Leitor assíduo de textos da internet, ex-aluno, rondoniense nativo, beiradeiro, troll, e apreciador das boas coisas da vida.

Texto retirado do site www.rondoniainfoco.com.br