segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

“Quem semeia ventos...”


“Quem semeia ventos...”

Professor Nazareno*

             
            Edifícios em chama. Pessoas mortas às dezenas e espalhadas pelo chão. Sangue escorrendo no meio das ruas. Gritos de pânico. Horror instalado. Bombeiros, médicos e equipes de resgates às carreiras. Um frenesi. Não. Não é Nova Iorque nem Setembro de 2001. O horror a que nos referimos é a cidade portuária de Haiphong no golfo de Tonquin, verão de 1967, no Vietnã do Norte. Kragujevac, cidade de quase 200 mil habitantes encravada na República da Sérvia, atual República Federal da Iugoslávia. Aviões da OTAN, a aliança militar ocidental capitaneada pelos Estados Unidos, despejam toneladas de bombas produzindo tanto horror às pessoas quanto o pesadelo de Haiphong no distante Vietnã. Os mísseis balísticos completam o serviço aniquilando e mutilando milhares de pessoas. Civis inocentes na sua grande maioria. Também não era Nova Iorque nem a mesma data acima mencionada.
            Nem é preciso falar do Iraque dominado e até hoje ocupado. Da Líbia ou do massacre ao povo palestino. Quem não se lembra das criancinhas vietnamitas sendo queimadas vivas com gás Napalm? E até para nós sobrou. Foi durante o regime dos generais de 64 quando aquele país apoiou os golpistas. É difícil hoje no mundo moderno quem não tenha sido vítima do tacão ianque. Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial são exemplos claros da falta de bons sentimentos da nação americana em relação ao resto do mundo. Por isso, esse Pearl Harbour moderno não aconteceu por acaso. E tudo indica que não foi obra só de terroristas internacionais. É sabido que o mal por si só se destrói. Timothy MacVeigh, cidadão norte-americano, mandou pelos ares há seis anos um edifício inteiro cheio de pessoas em Oklahoma City. Seita de lunáticos é o que não falta nos EUA. Os seus filmes não ensinam outra coisa senão destruição em massa. O feitiço agora está virando contra o feiticeiro.
      A catástrofe está sendo festejada com muita euforia e estardalhaço na Palestina, na Iugoslávia, no Iraque, Irã, etc. Mesmo no Brasil, tradicional cupincha dos interesses norte-americanos, não há como negar um friozinho no pé da barriga. A outrora inexpugnável, indestrutível e invencível arrogância do povo e governo americanos foi ferida de morte. Eles terão que engolir seu orgulho e sua empáfia durante um bom tempo. Quem sabe se a paz e o equilíbrio no mundo não dependam de ações tão lamentáveis como esta?
          Que ninguém se iluda. A retórica burlesca do pouco inteligente presidente George W. Bush de que terá retaliação não passa de uma reles pantomima apenas para consumo interno. Tudo isto não pode servir de pretexto para novas empreitadas nem para justificar novos massacres, invasões e agressões pelos “boinas–azuis” mundo afora. É apenas uma conseqüência do que plantaram neste mundo durante tantos anos o governo e o povo norte-americanos. Não se pode esperar muito de uma sociedade composta na sua maioria por ladrões, prostitutas e viciados em drogas. O World Trade Center é agora a Stalingrado dos nazistas. Cai o mito da invencibilidade americana. Eles podem ser derrotados. Como a camarilha de Hitler foi varrida da face da terra.

 
*É Professor em Porto Velho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Podemos notar que a eleçao do Presidente Barrack Housen Obama nao foi por acaso ,nunca sera,mas tambem nao devemos sonhar que o atual presidente vai se bozinho um pais so e potencia se consiguir impor nos outros paises a sua forma de governar,mas sera que Barrack sera tao odiado como Bush,esperamos que nao que ele como o primeiro presidente negro do EUA faça diferente,escute,veja,converse,nao so mande sua imensa frota belica e destrua outro polvo que tem seus costumes e seus direitos