Brasil:
vergonha olímpica
Professor
Nazareno*
Terminaram
as Olimpíadas de Paris/2024. Ainda bem: eu já não conseguia mais ver tanto
fracasso dos atletas brasileiros nos jogos e disputas. Em praticamente todos os
esportes em que competiram, a frustração e a derrota já certa dos nossos
atletas era uma triste rotina. Com somente 20 medalhas conquistadas, sendo
apenas três de ouro, o Brasil ficou numa ridícula posição na classificação
geral dos jogos olímpicos atrás de países sem nenhuma tradição e de população bem
minúscula como Irlanda, Suécia, Nova Zelândia, Quênia e Hungria. Só empatamos
com Irã, Geórgia, Bulgária e Ucrânia (um país que está em guerra há quase três
anos). Ficamos atrás até de um tal Uzbequistão. Alguém sabe por acaso onde fica
essa nação de nome exótico? O Brasil fracassou em tudo. Foi um fiasco total nas
competições. Devia não participar mais de Olimpíadas nem de Copa do Mundo.
Aliás, na última
Copa de que participou lá no Catar em 2022, foi eliminado precocemente nos
pênaltis pela fraca seleção da Croácia. Uma vergonha e tanto! Uma humilhação. O
hoje frágil futebol brasileiro sequer foi classificado para competir em Paris e
dessa forma nos poupou de morrer de tanta raiva e de vergonha. Os fracos
jogadores de futebol de campo foram até bons conosco, pois nos pouparam de ver mais
vexames. E provavelmente também não vão se classificar para a próxima Copa do
Mundo na América do Norte. Os poucos cidadãos do nosso país que tiveram
paciência e tempo suficientes para ver o Brasil competindo “quebraram a
cara” com tanta frustração e tantas derrotas. Na verdade, o cidadão
comum deste país só entende mesmo, e muito pouco, de futebol. Deve ser por isso
que não quis perder tempo vendo as competições na televisão. Um saco!
O futebol feminino ganhou “uma prata que vale ouro”. As outras medalhas: uma foi da
desconhecidíssima lutadora de judô Bia Souza. Mulher, negra e pobre ela foi uma
heroína e desbancou a elite branca, machista e rica. Já o ouro de Rebeca
Andrade pode ter sido uma espécie de “bonificação” da ginasta americana
Simone Biles, sua amiga. Rebeca, também mulher, negra e pobre teve competência
para ganhar outras medalhas e assim o fez. Porém, a brasileira ainda está muito
longe do nível de uma Simone Biles ou da premiadíssima Nádia Comaneci da
Romênia em Montreal e Moscou. O outro ouro foi no vôlei de praia. Mesmo assim,
os atletas tupiniquins são uns heróis desconhecidos que praticamente não têm
patrocinadores. Por isso, cada medalha conquistada é um milagre. Diferente dos
atletas de países ricos, que têm no esporte e na escola a redenção dos jovens.
As nossas escolas
não treinam os seus alunos para esporte nenhum. A iniciativa privada
praticamente só dá patrocínio se o atleta ganhar antes medalhas olímpicas. Por
isso, é comum ver em Porto Velho, por exemplo, atletas pedindo esmolas em
sinais de trânsito para participar de competições em outros lugares. Deve ser
assim também em outras cidades e estados do Brasil. Mas o presidente Lula do PT
teve uma “grande ideia”: dispensou os 27,5% que a Receita Federal queria
taxar nos raros prêmios recebidos pelos pobres atletas. Lula não é uma
maravilha de pessoa? O handball falhou, o vôlei de quadra feminino falhou, o
vôlei de quadra masculino foi eliminado, o boxe só apanhou, o Isaquias Queiroz
não ganhou o ouro, a natação foi péssima e no basquete fomos arrasados pelos
Estados Unidos. O Brasil só triunfa mesmo é na corrupção, na desigualdade
social, na habilidade de tocar fogo na Amazônia e na fome. Já o brasileiro só é
bom em dar golpes.
. *Foi Professor em Porto Velho.
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