sábado, 7 de novembro de 2009

Nenhum de nós é falso, hipócrita ou mascarado. Ou somos?


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A Hipocrisia entre nós

Por Apedeuta (Pessoa sem instrução, ignorante*)
        
       A hipocrisia é o principal pilar da sociedade. Sem ela, a sociedade rui, cai, desaparece. A hipocrisia é fundamental para tornar possível a sociabilidade. Desde as pequenas mentiras para escapar de um convite indesejado até ao comportamento dissimulado que o senso comum espera ver reproduzido. Quem foge aos padrões é no mínimo “estranho”, "esquisito”,"aloprado","ingrato","depressivo"ou“revoltado”. 
   Neste contexto, a sinceridade se torna absolutamente incompatível com qualquer tipo de relacionamento, social ou afetivo. Uma pessoa é sincera quando “se exprime sem artifício nem intenção de enganar ou de disfarçar o seu pensamento ou sentimento” (Dicionário Houaiss). Imagine como se tornaria insustentável qualquer relacionamento se jamais disfarçássemos nossos pensamentos ou sentimentos? Dizer que a nossa beldade está acima do peso, que a roupa que nossa irmã escolheu para sair é ridícula, que a namorada do nosso amigo é uma vadia, que o nosso colega do trabalho é um semi-analfabeto ignorante, e que não suportamos olhar para a cara daquele vizinho que sempre nos dá “bom dia”.
        Para viver em sociedade é preciso dissimular e ocultar cada um dos sentimentos e pensamentos que possam vir a ser inconvenientes. A sinceridade é tida comumente como uma qualidade apreciada nas pessoas, mas é uma grande mentira. É a falsidade a qualidade indispensável nas pessoas. A sinceridade é um defeito incompatível com a vida em sociedade que deve ser eliminado, ou pelo menos controlado, pela nossa Inteligência Emocional.
          IE é aquela habilidade que faz com que você seja aquela pessoa super-agradável, super-feliz, que está sempre de bem com a vida, que gosta de todo mundo, que nunca reclama de nada e não tem senso crítico. Uma habilidade nata em todas as pessoas falsas, e extremamente útil para a vida em sociedade. Alguém poderia perguntar: “Mas as pessoas falsas não são desprezadas e tem um baixo status social?”. Sim e não. A falsidade é a qualidade mais valiosa para a vida em sociedade, desde que ela não seja percebida como tal. O hipócrita nunca pode ser descoberto em sua essência. A falsidade deve sempre simular sinceridade. Se a falsidade for descoberta, a máscara da persona criada cai, e a capacidade de sociabilização será drasticamente reduzida. Afinal, pessoas falsas não são de confiança…
           O senso comum exalta a sinceridade e condena a falsidade, mas na vida prática, os efeitos da sinceridade são extremamente negativos e os efeitos da falsidade são extremamente positivos. A forma de equilibrar essa equação é fazer com que pessoas acreditem em sua falsidade. Mentiras sinceras me interessam, me interessam… Você precisa ser falso a ponto de fazer com que todos acreditem que você é sincero, maximizando assim todas as qualidades que você não tem, mas finge ter, e ocultando todos os seus defeitos, se tornando assim aquele cara super-gente-boa que todo mundo gosta.
          Costumo dizer que as qualidades das pessoas são irrelevantes. Toda qualidade é obviamente uma coisa boa e desejável, senão não seria uma qualidade… Claro que conhecer as qualidades também é importante caso elas sejam ocultas ou não tão aparentes, mas o fundamental a se conhecer nas pessoas são os seus defeitos. Só podemos dizer que gostamos realmente de uma pessoa quando a conhecemos a ponto de saber quais são os seus defeitos. Somente quando conhecemos os defeitos de uma pessoa temos a oportunidade de considerá-la na completude do seu ser, podendo assim emitir uma opinião favorável ou não a respeito dela. Como são respeitáveis as pessoas que não conhecemos bem. H. L. Mencken (Salvo engano)
        O excessivo apego às aparências e idolatria não assumida, à hipocrisia, pode ter diversas explicações, mas acredito que todas estejam relacionadas ao medo e à intolerância às verdades inconvenientes e a facilidade em aderir às versões mais populares e às simplificações vulgares do senso comum. É muito mais confortável agir como gado seguindo a manada do que ser um indivíduo autônomo que faz questão de se posicionar quando discorda de algo.
            Longe de fazer um juízo moral sobre a conduta existencial de cada um, o que mais vale aqui é pensar os modelos que a sociedade nos obriga a seguir e a conveniência de aderir ou não a eles. É preciso pensar no tipo de relacionamento que pretendemos estabelecer com as outras pessoas. Ele vai ser baseado na agradável hipocrisia das aparências, ou nas muitas vezes desagradável sinceridade da nossa essência? Façam suas escolhas.


*Não sei de quem é este texto que “circula” pela Internet

4 comentários:

Anônimo disse...

mais parece uma defesa...
uma espécie de "salva pele"...
mas isso não influi. acredite!
quem lê, infelizmente, não vai entender...

Joice Brandão disse...

Eu entendi.

Valdemar Neto disse...

Eu entendi. [2]

Anônimo disse...

Texto mais idiota, algum hipócrita e falso com certeza o escreveu.