A
extrema-direita é escrota!
Professor
Nazareno*
Quase
todas as atuais ideologias políticas são maléficas, mas dentre todas elas, a
extrema-direita é a mais escrota e abjeta de todas. Ultraconservadora por
essência, essa tendência política tem demonstrado ser também contrária a muitos
dos princípios democráticos que norteiam grande parte dos países do mundo.
Donald Trump nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro no Brasil, Javier Milei na
Argentina, Victor Orbán na Hungria, Giorgia Meloni na Itália, Marine Le Pen na
França, são hoje os maiores representantes dessa doutrina. Eles fazem de tudo
para chegar ao poder e também para não largar o “osso” depois que
governam suas respectivas sociedades. Pelo menos no Brasil e nos Estados Unidos
foi assim. Bolsonaro “teria” sofrido em 2018 uma facada meses antes de
se eleger presidente do país. O Trump também teve seu “atentado” lá nos
EUA em 2024.
Ambos,
Bolsonaro e Trump, relutaram em deixar seus respectivos cargos depois que foram
derrotados no voto. Não reconheceram o fracasso nas urnas, criticaram todo o
processo eleitoral, não participaram da cerimônia de posse dos seus sucessores,
criaram confusões e pior, incitaram golpes de Estado para se perpetuarem no
poder. Nos Estados Unidos foi no dia 6 de janeiro de 2021, no Brasil foi no dia
8 de janeiro de 2023. Donald Trump instigou seus apoiadores a invadir a sede do
Capitólio para que a casa legislativa não reconhecesse a sua derrota. Já
Bolsonaro usou alguns dos seus mais fanáticos apoiadores para depredar as
instalações dos três poderes em Brasília. Isso depois de fazê-los acampar em
frente aos quartéis de todo o país por mais de dois meses seguidos. E Bolsonaro
praticamente só foi eleito por que sofreu esse atentado à faca antes das
eleições.
Muita
gente no Brasil disse abertamente que não houve nenhum sinistro contra Jair
Bolsonaro. “Tudo não passou de pura encenação só para turbinar a sua
eleição, que acabou de fato acontecendo”, dizia-se na época. “Uma facada
sem sangue é impossível”, falavam outros. Segundo esse raciocínio, pode ser
que a extrema-direita de Donald Trump e seus assessores também tenha encenado o
atentado lá nos Estados Unidos. Trump e Bolsonaro são “amigos” de
ideologia. Sendo que o brasileiro, claro, é quem lambe as botas e também baba o
saco do norte-americano. Trump está enrolado com a Justiça dos Estados Unidos e
pode até ser condenado e preso. Por isso, um atentado “fake”, como o do Brasil,
seria capaz de turbinar qualquer campanha política. Além do mais, poucos sabem
do que essa gente é capaz. Espera-se que o FBI chegue à verdade real na América.
A
extrema-direita é, na maioria dos casos, fascista, retrógrada, conservadora, “coxinha”,
reacionária, desprezível, infame, exploradora, abjeta, má, antiambiental,
hipócrita, odiosa, negacionista, terraplanista, capitalista, escrota e
maquiavélica. E é óbvio que as muitas outras ideologias políticas são terríveis
também. A esquerda e a extrema-esquerda, por exemplo, também fazem das suas. Principalmente
aqui no Brasil. Porém, sacrificar e arriscar a vida de alguns de seus líderes somente
para chegar ao poder, não passaria pela cabeça de pessoas civilizadas. Esses fatos,
tanto nos Estados Unidos como no Brasil, são lamentáveis sob todos os pontos de
vista e remetem esses dois países à categoria de “repúblicas bananeiras”
em pleno século XXI. Tanto lá quanto aqui, tudo tem que ser devidamente
investigado, apurado e todos os responsáveis devem ser presos, julgados e punidos.
A democracia, sem ódio nem violência, sempre é o melhor caminho.
*Foi Professor em Porto
Velho.
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