segunda-feira, 21 de novembro de 2011

E o Tio Suamy chorou...



A CAUSA DO MEU CHORO 


E no meu lugar qualquer um chorava. Fui convidado para ir à aula da saudade da turma 2011 do JBC e, lá após minha chegada, os alunos apresentaram um vídeo que questionava por que os professores do Terceirão ficavam felizes com o sucesso dos alunos do projeto nos concursos de universidades e na vida. Eu, que já me afastei de tudo, e que fiz votos de não interferir, não falar mais nada, eximir-me de qualquer palpite sobre a escola, me encontrei emocionado, com apenas uma resposta: a de ser um natural educador, alguém que a vida toda só aprendeu a fazer isso.
O problema é que na última quinta feira, fui convidado por técnicos da escola a participar de reunião que deliberaria  a forma como seria escolhido o Conselho Escolar e, se definida, no momento subseqüente poderia ocorrer a apresentação dos membros na mesma reunião. Ocorreu um descontrole de alguns dos presentes, os ânimos se exaltaram e teve inicio uma grande demonstração de falta de bom senso por parte de muitos presentes, a ponto de gente apresentar semblante desfigurado, outros até precisarem de maior atenção por questões de saúde. O certo é que o tempo fechou e o objetivo da reunião não aconteceu.
Após as conversas finais, na sala da supervisão escolar, quando já me despedia dos funcionários, alguém que sempre tratei bem, respeitei e até defendi em passado não tão distante, estranhamente apresentando um humor estranho, desacatou-me, me perguntou se eu “aceitaria óleo de peroba para passar no rosto, que eu governava a escola de fora, que controlava tudo de fora”.
Confesso que não respondi naquele momento nada, até porque sei que “quando um não quer: dois não brigam”, mas sai mundo a fora bastante pensativo. E por que pensativo? Porque passei  8 anos trabalhando no JBC, reconheço minhas limitações mas, nada tenho a ver com o processo eleitoral para gestores escolares, visto que o mesmo foi deflagrado pelo governo do estado, as regras não foram discutidas pelas comunidades escolares.
Compreendi então, que a reunião não teve um desfecho razoável, devido a que todos os servidores estão nervosos, desconfiados com tudo e com todos, porém, por que o ataque a minha pessoa?  Porque eu sou o responsável direto junto com um conjunto de profissionais (e essa pessoa com certeza não está no meio desses), pelo sucesso de mais de 1000 (mil) alunos que adentraram nas universidades federais e, mais de 1500 (um mil e quinhentas) vagas públicas via Pro Uni, todas em nível superior.  Existe, um cordial respeito à minha pessoa, de forma cidadã, humana e racional, não pelo fato de ser o ex diretor, mas pelo meu passado. Ao contrário do comentado eu não tenho apenas a “ficha limpa”, tenho a vida limpa.  Não tem como apagar o que eu fiz e, felizmente “contra resultados não existem argumentos”, qual é o meu pecado afinal? O que faço de mal? Por que hostilidades à minha pessoa?
Uma coisa meus caros, tenham certeza: dificilmente alguém que trabalhou corretamente, cumpriu o Regimento Escolar, que fez o esforço necessário e apresentou produção dentro da lei tem algo contra o tio Suamy e, quando alguém se manifesta contrário desconfie, pois a possibilidade desse ser um dos revoltados do sistema, que é infeliz por ser professor, que joga pedra da cruz pra frente até em passarinhos, é com certeza das maiores.  
Tenho certeza que pratiquei boas ações, me empenhei com as condições que tinha para fazer a melhor gestão possível para funcionários e principalmente para os alunos. Tenho recebido da maioria das pessoas manifestações elogiosas, de apreço e até de saudosismo por parte deles.
A demonstração foi de ódio, de mágoa, de insatisfação pela existência de minha pessoa, que talvez até, não deveria ter nascido (meu caso), na mesma tarde a professora já tinha perguntado o que eu tinha ido fazer no JBC, e com elegância respondi que tinha ido participar da reunião.
Quero informar que sou servidor do quadro do Estado de Rondônia, à disposição da Secretaria de Estado da Educação, lotado no JBC, que tenho uma folha de serviço  a esse ente federado,  momentaneamente, não tenho nenhum interesse em retornar à direção nem do JBC, nem de escola estadual nenhuma, mas informo que enquanto funcionário desfrutarei de meu direito cidadão, de entrar na escola, participar de reuniões se convidado, jamais praticarei motim contra qualquer diretor escolar, pois não fui contratado para isso e, que no caso do JBC,  o diretor pode  ser qualquer um, respeitarei sua gestão e trabalharei com muito afinco para que tenha bons resultados, pois acredito que boas gestões, ocorrem mesmo não sendo “apenas eu dirigindo” ou alguém que eu simpatize e, que o beneficiado tem que ser sempre o aluno.
Foi por isso, que recebendo o “afago carinhoso” do vídeo dos alunos, na aula da saudade, chorei, e compreendam, na condição que o “monstro” chorou, “qualquer um chorava”, porque no JBC, quem deveria afagar respeitar, tratar bem, trabalhar para ampliar os “laços de camaradagem”, semeia o ódio e, quem supostamente não possui ainda a tal formação superior é de onde vem o afago, a mão amiga, o reconhecimento, enfim a demonstração de racionalidade, foi por isso que chorei, e como chorar me fez bem, deixou meu espírito entendendo que simplesmente “as rosas não falam, simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de [...]”, e que como diz o ditado, “aqueles que estão aí  atrapalhando meu caminho passarão, e eu passarinho”. Agora que o choro e a emoção me fizeram bem, não resta a menor dúvida e, se fosse preciso chorava de novo. AMÉM.

Suamy Lacerda, é prof. de História.

3 comentários:

Anônimo disse...

SUAMY, É BOM VELO DE DE VOLTA. OQUE OCORREU NA REUNIAO DO CONSELHO ESCOLAAR FOI UMA CLARA DEMONSTRAÇÃO DE DESCONTROLE DAS DUAS CHAPAS DA OPOSIÇÃO PARA VENCER AS ELEIÇÕES NO GRITO; ELES ESTAO JUNTOS PRA DERRUBAR TUDO O QUE O SR. E OUTROS PROFESSORES CONTRUIRAM NOS ULTIMOS ANOS;
E PARABÉNS PELA HOMENAGEM. VC MERECE.

MICHELY

Anônimo disse...

SUAMY, TÁ PEGANDO.

Anônimo disse...

Que no JBC os ânimos sempre se exaltam quando o assunto é votação, nem que seja tomar conta da carrocinha de pipoca, é fato. Não discordo sobre a animosidade do local e aposto minha cara à tapa se os metade dos integrantes dessas chapas querem apenas o bem-estar dos alunos e o desenvolvimento da instituição. Não nego que o senhor tenha sido um dos melhores, senão o melhor gestor que o JBC já teve, ainda que bastante político. No entanto, tive muita vontade de rir, na parte em que o senhor escreveu que "...alguém que trabalhou corretamente, cumpriu o Regimento Escolar, que fez o esforço necessário e apresentou produção dentro da lei tem algo contra o tio Suamy." Discordo, meu caro. Durante o tempo que o senhor foi diretor, o senhor esqueceu que um dia poderia voltar a professorar, embora cansasse os nossos ouvidos dizendo que tinha consciência disso. No entanto, vi seu lado déspota, quando o JBC, que desde o seu 'mandato' nunca aderiu à greve dos profissionais da educação em peso, a maior parte dos professores decidiu apoiar à greve, depois das cenas grotescas de pancadaria na frente do palácio do Governo. Enquanto os funcionários eram contra à greve, o senhor sorria e dizia que era apenas o diretor e que não poderia ir contra o direito de greve. Mas a situação mudou a partir desse dia, não foi? Todo mundo decidiu aderir, menos meia dúzia de professores que estavam muito bem, já que não cumpriam (e até hoje também não) a carga horária integral de 40 horas do estado. Lembro, 'tio Suamy', do senhor ficar com o rosto desfigurado pela cólera e proferir palavras de ameaças aos funcionários, principalmente aos emergenciais e probatórios, que não podiam nem sequer dar sua opinião. Também recordo de quando o senhor tentou agredir o professor Manoel Antônio, que sempre foi a favor do senhor, mas no primeiro momento que suas ideias divergiram, o senhor tentou agredi-lo tanto verbalmente quanto fisicamente, e que este, enquanto o senhor o chamava para briga, tentava acalmar os ânimos. No instante em que tudo isso aconteceu, o senhor saiu e anunciou aos alunos alarmados do lado de fora, que os professores tentaram agredi-lo. Foi nesse momento, professor, que toda minha admiração pelo senhor caiu por terra. Principalmente a partir do momento em que o senhor descontou as suas mágoas nos emergenciais que eram a favor da greve, escrevendo relatórios mentirosos, desmerecendo o trabalho deles. Um foi até demitido, lembra? Foi graças à boa vontade do professor Aluizio que ele foi readmitido e conduzido à outra escola. Em outras palavras, caro professor, não tente misturar uma coisa com a outra. O senhor pode até manipular a cabecinha dos alunos que acham que o senhor é um herói, pois me lembro muito bem que o senhor sempre usou deles para jogá-los contra os professores, quando seu posto de diretor estava ameaçado. Sou testemunha que já vi o senhor dizer-lhes que se saísse do JBC, o terceirão acabaria, como se fosse um projeto que somento o senhor o mantivesse. O Terceirão agora é da comunidade, caro professor, e aconteça o que acontecer, ao longo desses oito anos, criou forças para se manter firme da tentativa dos governantes o sabotarem a fim de manter a hegemonia das escolas particulares. Não se preocupe, o senhor não será esquecido. Mas por favor, poupe-nos dos seus comentários chorosos, como se o senhor fosse um santo.