EUA:
o começo da derrocada
Professor
Nazareno*
Modéstia
à parte, eu tenho o privilégio de conhecer muitos países do mundo. Da Europa ao
Oriente Médio, dos países andinos à África, eu já visitei muitas nações. Mas
nunca fui aos Estados Unidos. Nem pretendo ir. Parafraseado Martin Luther King,
digo que “I have a dream: to never visit the United States of América”.
Ou seja, não quero jamais em toda a vida que me resta visitar aquele país. E o
motivo é simples: os EUA são um império do mal. Bem diferente da Europa e até mesmo
da América Latina, o país “mais rico e poderoso” do mundo sempre foi uma
farsa. Construiu seu poder e riqueza explorando países mais pobres e
escravizando outros povos. Apesar de Pearl Harbour, nas guerras mundiais,
travadas bem longe do seu território, saiu vitorioso por que explorou depois as
nações envolvidas no conflito. E agora com Trump as coisas pioraram.
A
rigor, nos Estados Unidos não tem nada que desperte o interesse turístico.
Quase tudo lá é cópia (e mal feita) do que tem na Europa e em outros países.
Nunca entendi por que tantos brasileiros sonham em ir para lá. O dólar é bem
menos valorizado do que o euro, a libra esterlina, o franco suíço e até mais
fraco do que algumas moedas de países do Oriente Médio, por exemplo. No país de
George Washington não tem sequer um sistema público de saúde como o nosso SUS.
Durante a pandemia da Covid-19 o número de pessoas infectadas e mortas pelo
vírus assassino foi o maior do mundo. Diversidade, oportunidade e liberdade são
coisas boas, mas isso tem em pelo menos 180 outros países do mundo também. Lá
existe a pena de morte e um flagrante desrespeito aos direitos humanos. Os
Estados Unidos estão em derrocada, falindo e ninguém quer admitir o óbvio.
Donald
Trump mandou invadir o Capitólio e assim sacaneou com a democracia americana
quando perdeu as eleições para Joe Biden, mas a justiça e o sistema americanos
não conseguiram puni-lo como o STF faz por aqui com Bolsonaro e seus seguidores
golpistas. O atual governo dos EUA trata os imigrantes como assassinos,
criminosos, pessoas sem nenhuma categoria. Esquece que ele próprio, o Trump, é
descendente de imigrantes que no passado entraram ilegalmente no país. Como
esquecer os horrores da guerra do Vietnã? Como se esquecer das ditaduras
militares arquitetadas, financiadas e implantadas pelos Estados Unidos em toda
a América Latina nas décadas de 60 e 70 do século passado? Foram os
norte-americanos, enfim, que semearam o terror e o fascismo neste continente. Foram
as armas deles que devastaram a Palestina e muitos outros países.
Por
tudo isso é que eles sofreram o 11 de setembro de 2001. Aquilo foi uma tacada
de mestre. O mal, dentro de sua casa, sendo humilhado pelo próprio mal. Agora,
o capitalismo decadente quer peitar o comunismo chinês e já começou perdendo. A
empresa chinesa de tecnologia DeepSeek deu, num só dia, um prejuízo de mais de
um trilhão de dólares aos arrogantes e prepotentes norte-americanos. O PIB da
China comunista deve ultrapassar o dos Estados Unidos daqui a cinco anos. Os
yankees estão falindo à vista grossa, é fato. E ainda querem construir um muro
na fronteira com o México. “Se a cocaína que os mexicanos mandam para lá for
interrompida por dois meses, serão os próprios americanos que derrubarão esse
muro” é uma piada que corre nas redes sociais. E só lideram o mundo em três
coisas: número de cidadãos presos, número de adultos que creem em
anjos e em gastos com defesa. Como adorar um país tão decadente como
esse?
*Foi Professor em Porto
Velho.
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