Madonna
fez um show divino!
Professor
Nazareno*
Não
assisti ao megashow da cantora Madonna nas areias de Copacabana no Rio de
Janeiro. Não sou muito adepto do tipo de músicas que ela canta. Gosto mais de
música clássica como as de Vivaldi, Bach ou Beethoven. Por isso, jamais iria a
uma apresentação dela. Mas reconheço que a mesma é uma megaestrela mundial que
merece todos os elogios. E por isso respeito a sua grande e memorável
performance. Respeito os seus fãs e admiradores. No Rio de Janeiro, a popstar
norte-americana colocou quase dois milhões de pessoas para dançarem seus
animados hits. Fato inédito em um país ainda dividido pela surreal política.
Nem Lula e o seu PT muito menos o Bolsonaro com a sua trupe conservadora
conseguirão hoje mobilizar tanta gente. Aliás, o colossal fracasso das
comemorações do último dia 1° de maio foi uma prova cabal dessa inequívoca
realidade.
Do
lado dos conservadores da extrema-direita raivosa o retumbante fracasso de
mobilizar pessoas também é visível. Jair Bolsonaro, que está inelegível e na
iminência de ser preso e condenado, sentiu o baque. A ala mais religiosa e
reacionária do Brasil também percebeu o seu frágil poder de mobilização se for
comparada com Madonna. O inelegível estava em Manaus durante o megashow no Rio
e parece que “adoeceu” ao perceber o sucesso do megaevento. As cenas
divulgadas direto das areias de Copacabana certamente abalaram o sistema
nervoso do falso “Mito”. Ficou mais do que provado que Madonna é que é o
verdadeiro mito. E mundial. O ataque de erisipela que fez o “Bozo”
voltar ao Rio de Janeiro em uma UTI no ar pode ter sido o efeito colateral mais
visível do show de Madonna. Para desespero de muitos, a Globo retransmitiu tudo
ao vivo para todo o país.
A
cantora norte-americana é tão importante que “com um pé nas costas”, com
as mãos amarradas e sem falar ou entender uma única palavra em Português ela
inebriou, emocionou e levou ao delírio multidões espalhadas pelo país inteiro.
Os invejosos de direita quase morrem de desgosto. Inventaram que foi dinheiro
público que trouxe a artista ao Brasil. Mas foi a Heineken e o banco Itaú que patrocinaram
todo o espetáculo. No palco, Madonna teve como protagonistas drag-queens,
pretos, pretas, lésbicas e gays. O público foi à loucura quando as cantoras Pabllo
Vittar e Anitta contracenaram com a popstar. O megashow recuperou também o real
valor da bandeira brasileira. Fazia tempo que a nossa bandeira festejava o
amor. E quase todos eles vestidos com a gloriosa camisa amarela da seleção
brasileira de futebol. Um deslumbre que pode levar muitos ao enfarte.
O
inesquecível e divino show também entronizou Chico Mendes, Marina Silva, Erika
Hilton e Cazuza como os verdadeiros mitos de todo o povo brasileiro. Demonstrou
inequivocamente que “se o show foi imoral, satânico” como muitos
afirmaram, então por que assistiram a ele? Pelo que se sabe ninguém foi
obrigado a isso. Nada de censurar nenhum show. Nem gospel, nem ateu, nem de
Madonna, nem de outro cantor. O Brasil precisa de muitas outras pessoas como a
Madonna e não de Lula ou de Bolsonaro. Ela transmite alegria e descontração.
Nada de PT, de PL, de Patriotas ou de outra agremiação política. Nada de
políticos escroques que só servem para roubar e explorar o povo sofrido sem lhe
dar alegrias nem esperanças. Todos devem se confraternizar em prol da paz e da
esperança. Nada de dividir pela política uma sociedade tão sofrida como a
nossa. Quando será que ela vai voltar de novo a nossos palcos? Se Jesus é
popstar, Madonna também é!
*Foi Professor em Porto
Velho.
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