Governo
100% de excelência
Professor
Nazareno*
Não existe nem nunca existiu em toda
a história da humanidade! Nem de direita, nem de esquerda, nem da
extrema-direita, monarquista, anarquista, teísta, vegano, ateu, republicano,
capitalista, socialista, comunista, ditadura ou democracia. Um governo com
total e irrestrita aceitação popular só poderá existir mesmo nos mais remotos e
fictícios contos de literatura. Mas não há como negar que mesmo nesses tempos
modernos, há alguns governos que são sinônimos de grande simpatia das pessoas
enquanto há outros que são odiados pela maioria da população governada. No
Brasil, desde o longínquo 1500, nunca tivemos um governo que agradasse à
maioria do iletrado e burro povo que sempre habitou esta nação. Nosso país tem
523 anos e desses pelo menos 201 como uma nação independente. Aqui nunca
tivemos um só governo que tivesse o total apoio popular.
Países como Suécia, Finlândia,
Noruega, Dinamarca, Alemanha e Nova Zelândia têm, vez ou outra, governos de
grande aceitação popular. São países desenvolvidos e muito mais civilizados do
que o Brasil, por exemplo. Lá, a maioria dos políticos não representa apenas a
elite endinheirada e rica do país como acontece por aqui. Eles estão
preocupados com toda a população, principalmente aquelas pessoas menos
privilegiadas financeiramente. Em Rondônia, e também no resto do país, os
políticos, de um modo geral, trabalham contra o povo que os elege. Um exemplo
assustador foi o caso absurdo na ALE/RO neste ano de 2023 quando um deputado
estadual, a serviço dos empresários, tentou aniquilar direitos da comunidade
portadora de deficiências físicas. E num governo de excelência, geralmente a
imprensa não se vende vergonhosamente aos políticos ricos.
O pobre e longínquo Estado de Rondônia hoje
está isolado e quase sem voos comerciais. Enquanto isso, a classe política
local, beneficiada com várias passagens aéreas grátis, só olha e pouco ou nada
faz para resolver o problema. Porto Velho nunca teve um bom hospital de pronto
socorro, mas os políticos sempre se reelegem depois de, todo ano de eleições,
prometerem “mundos e fundos” para os idiotas eleitores. O velho “açougue”
João Paulo Segundo é a única tábua de salvação para os pobres e miseráveis
pacientes rondonianos. A abastada elite nacional, que explora o país sem dó nem
piedade, se orgulha de dizer que o “ogronegócio” está bombando.
Isso em detrimento dos mais de 30 milhões de pobres e miseráveis que passam
fome. A fila do osso é uma realidade que nunca acabou. Gente revirando lixo em
busca de comida também. Em qualquer governo.
E quem governa, qualquer que seja a sua cor
partidária ou ideológica, tem que trabalhar para promover o bem-estar social de
seus governados. Precisa melhorar a vida das pessoas. Durante a pandemia, Jair
Bolsonaro boicotou a vinda de vacinas e foi o responsável direto pela morte de
mais de 700 mil brasileiros. Mas hoje para muitas pessoas e puxa-sacos ele é um
deus. Lula, eleito com mais de 60 milhões de votos, é a terceira vez que nos governa,
mas os pobres não saem da miséria e da desgraça em que sempre viveram. O PT e
as esquerdas entendem que governar é dar esmolas. Os governos de excelência
sempre investiram em bons sistemas de Educação para o seu povo e sempre se
guiaram pelo sistema democrático com justiça social. No Brasil os poderosos
sempre mandaram nos governantes. Bolsonaro, Temer, Dilma, Lula, FHC, Sarney,
Collor sempre “comeram” na mão dos poderosos. Por isso, até sem “excelência”
eles governam. E mal.
*Foi Professor em Porto Velho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário