domingo, 24 de maio de 2015

Povo, o maior inimigo do Brasil




Povo, o maior inimigo do Brasil

Professor Nazareno*

            Toda nação tem que ter povo, óbvio, caso contrário não seria uma nação. E não é diferente com o Brasil. Somos mais de 204 milhões de pessoas que formam a quinta maior população de um país em todo o planeta. Em número de habitantes ficamos atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. Temos uma taxa de crescimento populacional grande se comparar com alguns países desenvolvidos. São quase três milhões de novos indivíduos que nascem todos os anos por aqui. O problema é a qualidade desses novos cidadãos, pois geralmente essa taxa de nascimento se observa em lugares pobres, violentos e miseráveis nos rincões do país. Sem leitura de mundo e sem estudos, os pobres do Brasil geralmente se multiplicam numa velocidade espantosa quase sem controle, enquanto nas classes mais abastadas esse crescimento é quase nulo.
            Acredita-se que em torno de oitenta por cento dessa população, ou seja, mais de 160 milhões de pessoas, não tenham informações, estudos, leitura de mundo, nem conhecimentos suficientes para formar uma nação de verdade. É uma enorme massa de manobra estéril, burra e sem futuro que equivale a duas vezes a população de toda a Alemanha ou a mais de três vezes os habitantes da França. E esse povo precisa vestir e come pelo menos três vezes ao dia. Produz pouco e mal, depende geralmente das benesses do Poder Público e quase não contribui para o desenvolvimento do país. E o pior: a maioria dessa gente é eleitor e vota invariavelmente em todas as eleições. Com este sofrível nível de consciência política e social dá para se imaginar o tipo de político que eles escolhem a cada dois anos para comandar os destinos da nação. Estamos fritos.
            Porém, engana-se quem pensa que nossos pobres escolheram ser assim. Eles são vítimas e consequência direta das políticas econômicas e sociais criadas pela elite que sempre mandou e desmandou neste país. Não investir em educação de qualidade, por exemplo, é uma decisão absurda que os ricos sempre mantiveram ativa para não formar cidadãos conscientes e críticos. Por isso, é fácil entender por que uma nação com uma enorme população como a que temos nunca ganhou sequer um Prêmio Nobel. A Argentina, nossa vizinha e rival, já ganhou cinco vezes essa comenda com uma população que é apenas 20 por cento da nossa. O Brasil nunca se destacou em nada e se não fosse a boa produção de commodities que temos, seríamos ultrapassados até pelas nações miseráveis da África subsaariana. Até no futebol já somos um fracasso global.
            Mas o Brasil tem jeito? Tem, sim. Basta começar a investir hoje nas crianças abaixo de cinco anos dando-lhes escolas públicas de boa qualidade, com tempo integral, professores sérios e comprometidos, orientação adequada, formação humana com valores e bons conhecimentos, além de toda a assistência social, esportiva, psicológica e econômica. Mas tem que ser abaixo dos cinco anos, pois aos seis um garoto já sabe se benzer demonstrando já estar contaminado pelo veneno da religião e do preconceito. Aos sete já sabe mentir e aos oito demora duas horas no banheiro quando vai tomar banho. Crianças puras e sensatas com uma educação coerente e comprometida formarão uma nação igualmente pura. Quase todos nós acima dos cinco anos, pouco ou nada contribuiremos para o nosso país no futuro. Com esse povo que temos, o Brasil nunca prestou nem prestará, mas mudando-o nada impede que seja uma nação bem melhor.




*É Professor em Porto Velho.

6 comentários:

João Carlos disse...

Até que em alguns textos voltados às questões regionais, o articulista tem certa razão, mas esse de hoje sobre os pobres do país, além da superficialidade com que o autor analisa e observa a temática, as "verdades" verticais que escreve são de extremo mau gosto, além do teor nitidamente racista. A questão vai muito além da educação de "qualidade" e nos remete a uma análise macroeconômica a partir da formação colonial portuguesa do século XVI. O latifúndio e a concentração de riqueza secular são causas indubitáveis da maior parte dos problemas citados nas bobagens que o articulista escreve neste artigo. Portanto, como analista histórico, o Nazareno é um mediano professor de português. Melhor realinhar sua metralhadora de ingratidões à querida Porto Velho que por sinal te alimenta e te aguenta até hoje!

Welton disse...

DESPEITO DECLARADO! INFELIZMENTE, PROFESSOR, NESSE PAÍS, A IGNORÂNCIA IMPERA QUASE NA SUA TOTALIDADE, RAZÃO NA QUAL A VERDADE DÓI. O INTERNAUTA QUE TE ROTULA, CERTAMENTE FAZ PARTE DA MASSA DE MANOBRA QUE REINA NESSE PAÍS DE TERCEIRO MUNDO OU MESMO SE BENEFICIA DESSE SISTEMA, É O QUE NOS LEVA A ENTENDER DIANTE DA ALIENAÇÃO DECLARADA. CONCORDO PLENAMENTE COM A SUA COLOCAÇÃO, EXCELENTE TEXTO.

Caio disse...

O Brasil é o 15º do mundo no ranking de investimento em educação, o que mostra a desinformação do professor. Enquanto a Coreia do Sul com um orçamento de aproximadamente 15% inferior ao nosso é a 2º no ranking de qualidade da educação. Mas o nobre professor prefere jogar a culpa nos educandos e não nos educadores e formuladores de política educacional. Nosso governo acho péssimo, entretanto, parece que essa culpa não necessariamente seja toda dele. http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/os-gastos-do-brasil-com-educacao-em-relacao-ao-mund

Anônimo disse...

"Professores sérios e comprometidos" !!! Como ser um professor sério e comprometido sendo desvalorizado da forma que os professores são? Na minha opinião os professores tem que estudar, passar em outro concurso público por aí, ser realizado financeiramente e profissionalmente. Sair dessa profissão desvalorizada, humilhante. Hoje em dia quem está estudando para ser professor ou está cego ou não estudou o suficiente para entrar num curso de classe alta, que traga um futuro financeiro e uma vida de qualidade. E não me venha com demagogia dizendo que é professor por amar essa profissão, que gosta de ser professor, que não sabe fazer outra coisa e tudo mais.

Paulão da Silva disse...

HUM...SEI NAO NAZA....ESSE DISCURSO TA CHEIRANDO A FUNDAMENTALISMO......ASSIM VC NÃO ENTRA NOS EUA NEM NO COLO DO MICKEY....KKKKK....ERA SÓ O QUE ME FALTAVA UM PROFESSOR DE ESCOLA PUBLICA DELIRANDO....ACORDA DOIDO.

Mineirinho, uai! disse...

Fessor, bença! Esse round o Paulão perde! Se políticos lerem esse artigo amanhã lançam projeto para que essas crianças abaixo de 5 anos votem – aí, sim, vai ter um dinheirinho de esmola prá eles. Como já deram para as ´criancinhas´ eleitores de 16 e 17 aninhos ( podem matar, podem roubar ´gut gut´ !! Titio deputado e titio senador te dão colinho e proteção!! ) Quem acredita no Brasil país do futuro levanta a mão!!!