quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quem é rico? Quem é pobre?


O Rico e o Pobre no Brasil


Professor Nazareno*


O Brasil é um país pobre, já os Estados Unidos são um país rico. A Europa tem vários países ricos e nenhum pobre. Antes, nós éramos do Terceiro Mundo, hoje somos emergentes, mas ainda pobres ou com muitos pobres. Quase todo mundo sabe as principais diferenças entre pobres e ricos. Rondônia, por exemplo, é um estado pobre, já São Paulo é um estado rico. Existem muitos estados ricos no Brasil. Mas as diferenças entre pobres e ricos em nosso país são bem maiores do que pensamos. Pobre quase sempre é analfabeto e geralmente estuda em escola pública. Ao contrário do rico, que tem à disposição a escola particular. Pobre paga para estudar em faculdade, rico estuda em Universidade Federal. Cursos de pobre geralmente são aqueles que oferecem muitas vagas e poucas oportunidades no mercado de trabalho. Curso de rico é aquele cujo mercado ainda não está saturado e paga muito bem ao profissional recém formado. Rico fala Inglês ou Espanhol, pobre nem o Português sabe falar direito. Rico dança ballet, pobre dança "Boi" e ainda acha que é cultura.

Pobre sonha com a casa própria, rico mora em flat e paga condomínio. Cozinha de pobre tem liquidificador com saia bordada, cachorro de louça na porta (ou verdadeiro no quintal) e paredes decoradas com pássaros, também de louça, grandes, médios e pequenos. Rico tem computador de última geração, televisão de plasma ou LED e carro importado, já o miserável do pobre anda de ônibus e vai à Lan House se não quiser ser chamado de excluído digital. Pobre vota no Governo, rico faz oposição. Rico tem leitura de mundo, pobre nem ler sabe. É óbvio que pobre vai ao Arraial Flor do Maracujá, Expovel e carnaval fora de época, rico vai ao teatro e ganha dinheiro com a Expovel. Avião é transporte de rico enquanto ônibus serve aos sem dinheiro. Ricos são eleitos e pobres são eleitores. A democracia, quando convém, é defendida pelos ricos enquanto os pobres “choram um olho e lagrimam o outro” por uma ditadura. Resumindo: pobre é ditador, rico é democrata. Rico vota por ter consciência política, pobre vota por uma cesta básica.

Rico é ateu, judeu ou católico, já pobre é macumbeiro ou segue a religião dos outros. Música clássica é ouvida pelo rico enquanto pagode, pelo pobre. O SBT é uma emissora de televisão direcionada aos pobres enquanto a Discovey Channel, CNN e Globo News satisfazem o telespectador endinheirado. Pobre vai à feira de bairro, rico ao Shopping Center. Claro que se entende por que Orkut, MSN, Lap Top, Twitter e Blog são palavras comuns a quem tem posses enquanto o favelado nem tem palavras para designar estas coisas. Rico consome droga que geralmente é vendida pelo pobre. Doença de pobre é dengue, diarréia, curuba ou malária. Rico pega gripe suína (Influenza H1n1) quando está de férias em Buenos Aires ou na Europa e procura tratamento nos hospitais conveniados com os mais caros planos de saúde ou mesmo fora do Estado. Pobre vai ao Hospital de Base ou João Paulo Segundo e ainda fica feliz se consegue uma ficha para ser atendido dois meses depois num posto de saúde da Prefeitura ou do Governo do Estado.

O rico quando entra na política é para triplicar a sua fortuna. Pobre nem político consegue ser. Acredita-se que mais de 80 por cento dos eleitores brasileiros são pobres e por isso mesmo mantêm os outros 20 por cento como reféns de suas estúpidas escolhas. Enquanto o rico é sempre bem votado, o pobre nem votar sabe. Na atual conjuntura da nossa política, precisa dizer quem é ficha limpa e quem é ficha suja? Bairro ou prédio de rico tem nome em francês: "maison". Pobre mora em estância, invasão ou favela. Cidadão rico com muitos filhos é excêntrico, pobre é idiota mesmo. Tênis é o esporte favorito da elite. Pobre pratica esporte? Por isto o nosso país é o que é. Enquanto o Brasil for povoado por esta gentinha “chinfrim” e sem nenhum “pedegree”, seremos a escória do mundo, a terra onde tudo é possível, a nação do absurdo. Um país periférico e habitado por “jecas”. No entanto, eu já vi muitos pobres que agem como se ricos fossem e muitos ricos que têm a mania de agir como pobres. Já me disseram que eu sou da classe média, casta social aonde muitos pobres querem chegar e de onde muitos ricos não deveriam ter saído.


*Leciona em Porto Velho.

14 comentários:

Paulo Araújo da Silva disse...

Boa professor, o Sr deveria mandar esse texto pra Dilma, pra ela refletir, pois, afinal, eles conseguiram diminuir a pobreza como ninguém, só não sei aonde!!!! Ahh deve ter sido lá no condomínio dela.

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Josemar Freire Botelho disse...

Texto muito preconceituoso e cheio de discriminações inaceitáveis. Seria muito mais conveniente explicar as razões que fazem com que o Brasil e o nosso estado tenham tantos pobres em seus territórios já que são lugares onde a riqueza é abundante. Ainda acho que esta desigualdade social é em parte culpa nossa que nada ou quase nada fazemos para corrigi-la.É como diz a música: o rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre. É o nosso Brasil infelizmente.

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Francisco Campos disse...

Esse é o Nazareno que eu conheço: escritor de textos simplistas, com generalizações burras. Há quem aprecie esse tipo de texto... mas fazer o quê? Com a ascensão de Dilma, entramos na Era da Mediocridade (mark III)...

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Gilson disse...

Caro professor, se não estou enganado, uma vez li um artigo seu dizendo que não mais publicaria artigos, será que estou enganado? Mesmo assim, reolvi tecer alguns comentários sobre seu artigo. Para iniciar os Estados Unidos não são um país rico, os Estados Unidos é um país rico, conjugação errada do verbo ser, o senhor está se referindo apenas a um país. Creio que devemos respeitar a cultura de um povo, o amazônida dança "boi", ele não copia o modismo ditado por países ou culturas ditas de rico. O senhor como afirmou em seu texto pertence a classe média, mas é pobre de alma e espírito. O que tenho notado é o que senhor gosta mesmo é de aparecer e tem gente que adora esses seus textos. Existem diversas maneiras de se fazer uma comparação entre classes sociais e o senhor a fez pela forma mais errônea, menosprezando a maioria dos brasileiros de uma maneira muito preconceituosa. Reflita sobre os seus conceitos e procure não ofender as pessoas que são digna de respeito.

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Ronaldo Vilar disse...

Gilson, os Estados Unidos são vários estados, que apesar de fazerem parte de um país. Tem suas leis distintas. Então a colocação "são" está bem conjugada se levarmos em conta este fator, uma vez que não está errado.

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Gilson disse...

Será se o professor Nazareno já foi na Albânia, Romênia e até mesmo na Hungria. Diga lá. (nenhum pobre)

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Ronaldo Vilar disse...

Se colocando (na voz de terceiros)na classe média professor? Pode ser até irônia. Mas como disse Oscar Wilde "Poderemos mudar nosso entorno, mas sempre teremos a mesma natureza." Por essa lógica, nós todos, pobre seremos até a morte. Inclusive tu.

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Jore Santos disse...

CONCORDO COM VC, GILSON. TODA VEZ QUE ESSE CARA FAZ UM ARTIGO ELE MENOSPREZA AS TRADIÇÕES E CULTURAS DOS POVOS DAQUI. O QUE ME REVOLTA É QUE UNS "PANACAS" AINDA O PARABENIZAM, MESMO SENDO HUMILHADOS, UMA VEZ QUE FAZEMOS PARTE DA CULTURA QUE ESSE IMBECIL REBAIXA.

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Patrícia disse...

Ninguém pode reclamar de nada, pois o governo Lula teve 80% de aprovação (bom ou ótimo) não foi??Todo mundo tá feliz então.Agora, aguentem a Dilma por mais 4 anos...ela já está mostrando suas garrinhas.

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Raimundo Soares de Lima Neto disse...

Caros leitores, é com muita satisfação que pela primeira vez tenho a honra de comentar um texto escrito pelo magnífico professor,é óbvio que não aceitamos a verdade nua e crua como ele redige, porém, devo dizer que mais uma vez ele está certo ao se referir a população como pobres, culturalmente políticos,sendo assim, absolvamos essas críticas para um melhor entendimento político, e um dia, não tão distante, percebermos que o poder, infelizmente, nos pertence a cada dois anos, cabe a nós utilizarmos corretamente.

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Onofro Mariano da Silva disse...

sou pobre classe média, adoro pobre e ser pobre, somos nós que movimentamos a economia do mundo,imagine se todos fossem ricos, quem iria limpar os banheiros, trabalhar no sol para construir uma estrada etc.Num pais capitalista como o nosso, as várias classes sociais têm que viverem em harmonia, pois uma depende da outra.

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Alecsandro da Silva Gondim disse...

caro Sr professor o importante é ser feliz com dignidade fé e amor.eu sou pobre e falo para o senhor que essa é a melhor vida que existe não a distinção entre rico e pobre e mais ainda a morte vem para todos sem distinção de credo ou origem social (econômica ).seu texto é péssimo como professor. por mais que respeito suas opiniões mas o Sr deveria escrever algo de melhor pois acredito se não foce o pobre sitiante ( caipira ) que dança boi como o sr fala ou ainda não tem formação alguma ser um excluído na era digital e toma uma cachaça no fim das tarde não teria comida em seu prato professor ou um leite para o sr tomar .


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J. Viana disse...

Moral da história? É. Eu li esse texto todo esperando uma conclusão digna de um professor tratado como referência na cidade e a minha sensação foi de frustração. Fazer comparações entre um rico e um pobre qualquer pessoa "chinfrim", como o professor se refere pode fazer. Eu aprendi que ao fazer uma crítica é bom que se apresente uma solução, coisa que eu não vi. Portanto, tenha propósito antes de publicar outro artigo para que não seja tão frustrante e desagradável de ler como este.

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Anônimo disse...

O texto está despido de raízes históricas e tenta fazer graça com algo extremamente sério que é a questão da pobreza. Grosso modo, existe situações deploráveis no Brasil pela concentração de renda desmedida imposta desde a colônia até os dias de hoje. Evidente que, para redistribui-la e elevá-la em niveis aceitáves, alguem vai ter de enfrentar os pouqíssimos afortunados do Brasil, ou seja, ditribuir renda significa tirar de quem tem em excesso e repassar aos menos favorecidos. Para isso, precisa-se alguém de muita coragem e esse alguém ainda não mostrou a face. Certamente vai enfrentar uma ressistência atroz de uma elite viciada nas benevolências do arcaísmo histórico e os resquícios do colonialismos nos impõe deslavadamente todos os dias. Pra não se desiludir com o atraso brasileiros somente dançando a divertida música do boi, indubitavelmente mais alegre, festiva e sensual do que o barulhento rock americano e seus similares.
PROF. DIOGO TOBIAS FILHO