terça-feira, 1 de outubro de 2013

99 anos na antessala do inferno



99 anos na antessala do inferno

Professor Nazareno*

            Porto Velho está completando 99 anos de fundação. E não é uma data para festas nem para alegrias, infelizmente. Também não é implicação minha falar mal mais uma vez deste lugar onde resido há mais de 30 anos, pagando impostos e criando meus filhos. A realidade fala por si só. Com quase 500 mil habitantes e uma área superior à Bélgica, esta cidade apresenta, segundo o Instituto Trata Brasil, uma das piores qualidades de vida dentre as capitais brasileiras. Entre os municípios do país acima de 300 mil habitantes, ficamos em último lugar quando o assunto é água tratada e saneamento básico. E o problema não é a pouca idade como muitos afirmam. Maringá, no interior do Paraná, tem pouco mais de 50 anos e desponta como uma das melhores cidades do Brasil. Caxias do Sul na Serra Gaúcha e Uberlândia em Minas Gerais, idem.
     Viver em Porto Velho sempre foi um desafio para quem aqui nasceu e também para quem decidiu aqui morar. No inverno (chuva), é lama em todas as ruas e recantos da cidade. No verão, a poeira, associada à fumaça das queimadas, é a nossa companheira inseparável. A situação é tão ruim que um dos atuais vereadores chegou a dizer que “em Porto Velho, que está abandonada pela atual administração, é um pé na lama e poeira no olho”.  Na verdade, esta capital sempre esteve abandonada pelo Poder Público desde a sua fundação. E já começou de forma errada: quando se perceberam as dificuldades para atracar as embarcações na cachoeira de Santo Antônio, onde está o marco zero da cidade, decidiu-se imediatamente mudar de local. Porto Velho ironicamente era para ter-se desenvolvido onde hoje é um cemitério, o “Tonhão”.
     Suja, fedida, sem saneamento básico, sem água tratada, sem planejamento urbano, sem arborização, sem praças, sem recantos de lazer, violenta e pontilhada de lixo nas ruas perde feio até para Porto Príncipe, capital do Haiti, que foi devastada por um terremoto. Ficamos atrás também de muitas cidades da África subsaariana quando o tema é IDH e qualidade de vida. E não é difícil perceber o que há por trás deste caos. Nós habitantes temos muito pouco zelo pela nossa cidade. Não reciclamos o nosso lixo nem colaboramos com nada. Isso associado a uma penca histórica de políticos ruins, ladrões e incompetentes que sempre estiveram à frente de tudo.  O atual Prefeito, está há nove meses no Poder e até agora praticamente não deu o ar da graça e não fala nada. “É como se não tivéssemos ninguém nos administrando”, é o que se ouve com frequência.
    Lamento que muitos moradores se enfureçam com estas declarações, mas se trata da mais pura verdade. A revista Época quando denunciou o fato foi infantilmente criticada. E geralmente quando alguém levanta a voz para denunciar as mazelas, o falatório é geral. Sentimento telúrico, bobo e infantil não resolve problemas. Parece até que muitas pessoas aceitam viver no lixo e na imundície característicos da cidade. A minha saída daqui, como muitos querem, não vai mudar em nada esta triste situação. É preciso identificar o problema na sua origem e cobrar providências dos responsáveis, mas parece que nos faltam coragem e visão política. A Câmara de Vereadores, por exemplo, poderia ser mais cobrada pelos eleitores. Concluir obras inacabadas como os viadutos, a ponte sobre o Madeira, a rodoviária nova ou a construção de um hospital de pronto-socorro decente, dentre outras benfeitorias, são mais urgentes do que sentimentos toscos que não levam a nada. Nosso comodismo não permite que se deem os parabéns a Porto Velho. Só os pêsames mesmo. Eu já não aguento mais as alagações, os buracos nas ruas, a poeira, a escuridão e o trânsito infernal. Será que nada disso vai mudar um dia? Como posso me orgulhar de morar numa das antessalas do inferno?




*É Professor em Porto Velho.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Marco Feliciano: nosso Governador?



Marco Feliciano: nosso Governador?


Professor Nazareno*

        Por enquanto são apenas boatos na área da política, mas se como diz o velho ditado popular “onde há fumaça, há fogo”, as possibilidades de o pastor evangélico do PSC paulista e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano, disputar as eleições em 2014 para Governador do Estado de Rondônia podem ser levadas mais a sério. Essa hipótese foi levantada na semana passada quando o eminente pastor esteve em Ariquemes onde pregou para fiéis e se reuniu com políticos de seu partido. Rondônia só pode ser um lugar abençoado por Deus: morando há mais de três décadas em terras karipunas, quando “cheguei puxando uma cachorrinha e hoje sou um homem rico”, nunca entendi por que este Estado tem tanta sorte assim na área da política. Aqui, sai um governador bom e entra outro melhor ainda. Deve ser por causa das muitas qualidades do povo rondoniense, pois pessoas com ancestralidade, honestas, politizadas e inteligentes só podem mesmo saber escolher corretamente seus líderes.
        Se como eminência parda de Jesus e representante supremo de Deus na terra esse “incontestável guia” nunca nos decepcionou, certamente como Governador de Rondônia o seu sucesso seria maior ainda. A vitória dele para nos governar será também a vitória de cada um dos homens e mulheres aqui nascidos ou que escolheram “de coração” estas terras para viver. Homem santo, probo, honesto, competente, inteligente, democrata e guiado por Deus, o Todo Poderoso, Feliciano é uma combinação de sagacidade, inteligência, jovialidade, liderança, dentre outras tantas qualidades. Devemos torcer pela sua vitória, pois de agora em diante Rondônia seria notícia diária no cenário nacional. Por ser muito coerente e justo nas suas ações, a comunidade LGBT daqui e tantas outras minorias locais já devem estar festejando a eleição deste guru. Não se sabe ainda, caso ele seja mesmo eleito, como seria a parada do orgulho gay, mas certamente e para o bem de todos, a Expovel e o Flor do Maracujá seriam extintos.
            Para a alegria e deleite dos irmãos evangélicos e milhares de eleitores e fãs espalhados pelos quatro cantos de Rondônia, Feliciano e seus secretários rasgariam de imediato a Constituição estadual e governariam usando apenas a Bíblia. “Céus de Rondônia” seria cantado em ritmo gospel. Igrejas e casas de orações seriam criadas em cada esquina. E como os “irmãos em Cristo” não gostam de riqueza nem são apegados ao dinheiro, a corrupção do Estado seria eliminada por si só. Por serem muito cultos, politizados e pregarem abertamente a dialética em suas ações cotidianas, os seguidores do novo governo comandariam as escolas, o ensino superior, a arte, a música, a poesia e a cultura. Jovens lendo salmos e capítulos pelas praças seria o máximo. O apego aos valores familiares, à tradição cristã e à propriedade seria estimulado. E por terem quase as mesmas aspirações e também para incentivar e praticar os ideais democráticos, os “irmãos católicos” até que poderiam participar “preventivamente” do novo governo.
         Se este “grande líder” aceitar mesmo se candidatar ao Governo de Rondônia e for eleito, nosso Estado dará um fenomenal salto de qualidade. E quem sabe, teríamos num futuro próximo um Presidente da República saído do nosso meio. Rondônia progrediria uns três séculos em ciência, conhecimento, pesquisas, informações, e tecnologia. Além do mais, a mistura de política com religião tem demonstrado ser algo muito bem aceito pela comunidade internacional e pelos povos de um modo geral. Com suas sociedades harmônicas e vivendo em perfeita paz social, atualmente Egito e Síria são exemplos claros desta excelente combinação. O maior problema, no entanto, ficaria por conta do pobre eleitor de Rondônia: no meio de tantos políticos bons, trabalhadores e honestos existentes por aqui, como escolher corretamente mais um dentre eles? No novo governo, a Câmara de Vereadores de Porto Velho e a Assembleia Legislativa do Estado, por exemplo, seriam as guardiãs da moral, da decência, da honestidade e dos bons costumes. Deus só pode ter nascido em Rondônia mesmo.


*É Professor em Porto Velho.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

“O mensalão nunca existiu”



“O mensalão nunca existiu”

Professor Nazareno*

          O voto do Ministro Celso de Mello do STF, que deu mais uma chance de defesa aos políticos envolvidos no escândalo do mensalão, mostrou ao país o que todo mundo já sabia: o inventado esquema montado pelo PT para a compra de apoio para o Governo Federal durante o primeiro mandato do presidente Lula jamais existiu. O Supremo Tribunal Federal, maior instância de poder no país, não se curvou em momento algum diante dos argumentos dos advogados de defesa dos envolvidos. O nosso egrégio Tribunal soube de forma democrática e independente ouvir o clamor das ruas. O mensalão, ou mentirão, como disse sabiamente a ex-senadora Fátima Cleide, uma espécie de Margareth Thatcher de Rondônia, foi algo inventado pelas elites nacionais por “pura inveja” do sucesso obtido pelo PT ao governar o país em todas as esferas. Ainda não entendi por que este partido não foi indicado para receber um prêmio Nobel pelas grandes contribuições que deu ao nosso país e ao sofrido e explorado povo daqui.
            Depois desta cívica decisão do Supremo, não há como não sentir orgulho de ser brasileiro. Por isso, o que mais se veem ultimamente pelas ruas do país são pessoas comuns usando espontaneamente roupas verdes e amarelas e entoando o hino nacional além de tecerem comentários elogiosos ao PT, Partido dos Trabalhadores. Alegres e satisfeitas, as pessoas se confraternizam e mostram a todos os grandes feitos do “Partido dos Companheiros”. José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, Lula, Dilma além de tantos outros heróis petistas reinventaram a maneira de se fazer política em nosso país. Acabaram com a pobreza preservando os pobres, redistribuíram a renda nacional, transformaram o Brasil num grande canteiro de obras com o PAC, Programa de Aceleração do Crescimento e também conquistaram a confiança internacional. Embargos infringentes são temas rotineiros discutidos com clareza e conhecimento por todos os militantes e milhões de simpatizantes deste verdadeiro “Partido do Povo”.
            Em Rondônia e em Porto Velho, o PT também fez história. Hoje até já sentimos saudades da administração de Roberto Sobrinho, o JK da Amazônia. Mauro Nazif só não está trabalhando porque não há mais nada para se fazer por aqui. Sobrinho e seus assessores fizeram de tudo pela nossa cidade. O PT transformou a capital de Rondônia num dos melhores lugares do mundo para se viver. Nem aqui nem no Brasil este glorioso partido jamais se envolveu em maracutaias ou corrupção. É talvez uma das poucas organizações partidárias que sempre se pautou pela ética e pela honestidade. O PT sempre teve um projeto de governo para o país e por isso sua inteligente, heroica e politizada militância nunca mediu esforços para ajudar a “governar bem para todos”. E como o povo de Rondônia tem ancestralidade e inteligência de sobra deve reconduzir ao poder, nas próximas eleições, todos os estadistas do PT. Isso se os atuais integrantes da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal daqui não forem escolhidos antes.
          Confesso publicamente que um dos meus maiores desgostos na política é nunca ter ajudado esse grande e honroso partido. Juro que quase fui às lágrimas quando alguns dos ministros do Supremo, a exemplo do Ricardo Lewandowski, pronunciavam em suas contundentes, incisivas e persuasivas retóricas jurídicas, os nomes sagrados dos vários integrantes do PT. O ex-presidente Lula disse certa vez que o mensalão não existiu. Claro que não. Ele está certo. E se por acaso existiu, ele não sabia de nada. Por isso, tenho quase a certeza de que Lula será o nosso próximo presidente para dar continuidade à grande e importante administração da companheira Dilma Rousseff. A elite brasileira odeia o PT e a recíproca é também verdadeira. Já pensou na emoção se este partido nos governar durante os próximos 100 anos? Eu só não consegui entender o porquê de o também ministro do STF Gilmar Mendes ter afirmado publicamente que o Supremo não era um tribunal para ficar assando pizza e nem um tribunal bolivariano.



*É Professor em Porto Velho.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Os EUA deviam bombardear Rondônia



Os EUA deviam bombardear Rondônia


Professor Nazareno*

          Em discurso feito recentemente, Barack Obama admitiu que os Estados Unidos vão atacar a Síria em represália ao fato de o governo sírio, liderado por Bashar al-Assad, ter usado armas químicas contra a sua população na guerra civil que varre aquele país do Oriente Médio. Serviços de inteligência ocidentais afirmam que mais de 1420 pessoas morreram vítimas desses ataques. Cerca de 450 delas eram crianças. O Protocolo de Genebra de 1925, do qual os sírios são signatários, proíbe o uso deste tipo de armas em qualquer situação. Matar civis inocentes numa guerra ou mesmo em tempos de paz é uma atrocidade sem limites que deve ser punida sob todos os aspectos. Rondônia e o Brasil não estão em guerra, mas aqui já morreram e morrem todo dia muito mais crianças e civis inocentes do que em qualquer guerra conhecida. O mundo dito civilizado ficaria estarrecido se conhecesse a carnificina daqui: nossos hospitais são verdadeiros campos de extermínios.
        E a corrupção desenfreada e sem controle em nosso Estado e no país inteiro é a responsável por este genocídio. Sabe-se, por exemplo, quanto em dinheiro, alguns deputados da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, em pouco mais de trinta anos desta casa, já roubaram, já desviaram? E na Câmara de Vereadores de Porto Velho, tem-se notícia do quanto já foi surrupiado durante os quase cem anos de sua existência? Dinheiro público, sendo desviado para o bolso de ladrões, políticos desonestos que quase sempre ficam impunes. Quando se desvia verba pública, muitas pessoas, preferencialmente as que são pobres, morrem em filas de hospitais, sem médicos, sem atendimentos, sem remédios e sem esperanças. A corrupção daqui é muito pior do que as armas químicas usadas na Síria e mata muito mais pessoas só que de forma lenta, silenciosa e cruel. E o pior: com a total aceitação das próprias vítimas.
        São incontáveis, em Rondônia, as operações “caça corruptos” da Polícia Federal e que quase sempre dão em nada: Operação Dominó, Operação Termópilas, Operação Vórtice, Operação Endemia, Operação Apocalipse, Operação Hygeia dentre tantas outras. Quanto recurso foi desviado do Erário nestas operações que seria empregado em hospitais, escolas, segurança e infraestrutura? Quantas mortes a falta desse dinheiro causou? Quanto sofrimento foi imposto ao povo daqui? Por isso, os Estados Unidos deviam bombardear alguns alvos em Porto Velho e Rondônia para estancar esta sangria. Acabando a corrupção, diminuiria grande parte desse sofrimento. Mísseis Tomahawk deveriam ser lançados contra os infames prédios da Avenida Major Amarantes com Pinheiro Machado e Duque de Caxias bem no centro de Porto Velho e também na Avenida Calama com Rua Belém no Bairro da Embratel. O mundo deveria saber o que acontece em terras karipunas e tomar providências. Por que justiça só lá na Síria?
       Há inúmeros outros alvos em Porto Velho e também em Rondônia que deviam receber a visita dos Tomahawk americanos, só que, por enquanto, devem ser poupados: a incompetência de muitos administradores também tem matado muitos inocentes além de causar dor e sofrimento. Armas químicas, corrupção, desmandos e incompetência administrativa são pragas que deviam ser combatidas com a mesma tenacidade. E como os Estados Unidos se consideram “a palmatória do mundo”, poderiam começar a agir imediatamente. Se a Síria, que é acusada de matar numa guerra algumas centenas de inocentes, será punida, então devia ser iminente um ataque a Rondônia, cujas autoridades têm matado muito mais gente e de forma mais cruel e desumana. O problema é o preço destes mísseis: cerca de um milhão de dólares a unidade. Destruir estes malditos prédios gastando tanto dinheiro assim é desperdício. É acender vela para defunto ruim. Tinha que ser com paus e pedras mesmo. Mas cadê a coragem? Aceitamos tudo calados e nem sequer saímos às ruas. E nas próximas eleições, o povo daqui, que se orgulha de ter ancestralidade, reelegerá todos eles para nos administrar.



*É Professor em Porto Velho.

sábado, 31 de agosto de 2013

“Programa Mais Povo”



“Programa Mais Povo”


Professor Nazareno*

            A vinda de médicos estrangeiros para o Brasil atraídos pelo ‘Programa Mais Médicos’ criado pelo Governo do PT está dando o que falar. Espremidos contra a parede, muitos médicos brasileiros se posicionaram contra o programa e em alguns casos estão até hostilizando os profissionais de fora numa atitude xenófoba e irracional. Se mais esta “jogada” do partido dos mensaleiros der certo, certamente serão criados mais outros programas no Brasil. Já se fala no ‘Programa Mais Professores’ visando suprir a demanda por professores de Matemática, Química, Física e outras disciplinas em que estão faltando educadores. Como para muita gente é bastante salutar trazer novas experiências e profissionais para atuar em nosso país, seria bastante pertinente que o Governo Federal criasse e incentivasse também o ‘Programa Mais Povo’ para que pudéssemos conviver de agora em diante com outras mentalidades.
            Como grande parte do povo brasileiro é chinfrim, ridículo, tosco, alienado e totalmente sem noção sobre direitos e deveres cívicos, com o novo povo aprenderíamos imediatamente a escolher de forma consciente e séria os nossos representantes durante as muitas eleições que são realizadas no país. Tenho certeza de que várias outras pessoas do mundo gostariam de vir morar no Brasil não só para a substituição pura e simples da população que aqui reside, mas principalmente para nos ensinar muitas coisas úteis que sempre fizemos com amadorismo. Claro que não seria igual àqueles deslocamentos em massa de populações como fez Stalin na extinta União Soviética. Povos estrangeiros viriam “de boa vontade” residir entre nós e nos ensinariam, por exemplo, como votar e também como se comportar dentro de uma nação de verdade. Educação, civismo, obediência e cavalheirismo seriam coisas normais entre nós.
No Brasil, já há precedentes: a chegada de imigrantes ao sul do país em séculos passados trouxe bons resultados. Não há como negar que italianos, japoneses, alemães dentre outras nacionalidades deram um grande impulso àquela região. Muito mais resistentes ao frio do que os brasileiros comuns, os novos moradores contribuiriam com a cultura, língua, culinária, dança, folclore além de outras importantes atividades da vida nacional. Nesse aspecto, Rondônia já saiu na frente e por isso a chegada de bolivianos e haitianos entre nós deve ser vista de forma positiva. Só que o povo de Rondônia não pode ser substituído, pois sempre soube escolher corretamente os seus líderes, nunca elegeu “tranqueiras” e por isso, devia ganhar um Prêmio Nobel e ter o reconhecimento internacional. “Somos até capa da Veja”. Um povo que escolhe políticos dessa marca só prova que é herói, tem ancestralidade e muito respeito pelos seus descendentes.
Além do mais, com o ‘Programa Mais Povo’ mostraríamos a Lima Barreto que o Brasil tem povo e não público como muita gente ainda pensa. Conviver com pessoas de “cultura superior” a nossa, só nos faria bem. Como seria bom mandar para o Congresso Nacional, para a Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia e para a Câmara de Vereadores de Porto Velho somente pessoas honestas. O problema é que muita gente poderia não se adaptar aos novos tempos. A situação ficaria tão boa que o lodaçal e o esgoto fétido e cheio de pus que emanam dos Poderes Legislativos locais e nacionais e também dos partidos políticos não mais incomodariam os que ainda se consideram honestos.  O Governo do PT, com o seu "plano de poder", devia criar imediatamente este e mais outros programas para ajudar o tão sofrido povo brasileiro. O maior problema, no entanto, seria confundir os novos moradores com empregadas domésticas (ou então com reles professores). Numa friagem, por exemplo, que tipo de vinho eles iriam degustar por aqui?



*É Professor em Porto Velho.