quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O que é DEMOCRACIA?


Venezuela: a democracia 'rabo-de-cabra'

*Professor Nazareno

A recente eleição em forma de referendo que aconteceu na Venezuela para confirmar a vontade do seu líder maior Hugo Chávez deu ao mundo a falsa impressão de que há, de fato, no nosso vizinho, um regime de plena democracia. Realmente, mais de 54 por cento dos eleitores venezuelanos decidiram nesta oportunidade por algumas mudanças na Constituição do país que garantem entre outras coisas a possibilidade de reeleição ilimitada a todos os ocupantes de cargos populares, da Presidência da República para baixo, abrindo caminho para uma terceira eleição consecutiva, um novo período de seis anos, do atual presidente que já avisou que será candidato em 2012.
Vivendo um anacronismo político remanescente da extinta Guerra Fria, a Venezuela de Chávez ganhou notoriedade nos cenários político e econômico do mundo globalizado devido às constantes altas nos preços do petróleo, produto que os venezuelanos têm com uma certa abundância na região do rio Orinoco e faz do país um dos grandes produtores mundiais colocando-os como participantes da OPEP, o poderoso cartel mundial do qual fazem parte países como Irã, Iraque, Arábia Saudita, etc. O estrelismo de Hugo Chávez também se deve, em parte, à briga de retóricas que travou com o impopular ex-Presidente George W. Bush dos Estados Unidos.
Segundo o dicionário Aurélio, Democracia é a doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição equitativa do poder, ou seja, regime de governo que se caracteriza, em essência, pela liberdade do ato eleitoral, pela divisão dos poderes e pelo controle da autoridade. Em resumo, democracia é também a rotatividade do poder, o alto grau de consciência do eleitorado, a independência entre os poderes constituídos e principalmente o fortalecimento das instituições democráticas de qualquer país e não apenas a pura e simples realização de eleições.
Se a Venezuela, ou qualquer outro país do mundo, possui todos estes ingredientes na sua sociedade e na sua maneira de fazer política, trata-se evidentemente de uma país democrático. Caso contrário, ainda tem muito o que aprender nesta área. Por isso, não se pode dizer que o Brasil, por exemplo, com a relutância de alguns maus políticos em insistir no terceiro mandato para o atual Presidente Lula, após promover mudanças constitucionais, também não possa cair na tentação de solapar e estuprar a nossa jovem democracia.
Por isso, democracia é um regime extremamente importante para qualquer sociedade ocidental. E deve ser exercida na sua plenitude para o bem-estar e o conforto de todos. Não existe democracia relativa, como queriam nossos militares durante a famigerada ditadura militar, nem meia democracia como quer Chávez e os seus asseclas. Assim como também não pode existir democracia plena com corrupção e compra de votos que têm sido exemplos mais do que corriqueiros nos meios políticos brasileiros.

*É professor em Porto Velho

Com a palavra os erros absurdos


Numa escola pública do Brasil, ano de 2006, foi pedido para que os alunos da 3ª série do Ensino Médio fizessem uma Redação sobre o tema abaixo. Quase 90% dos textos escritos foram reprovados com nota ZERO. A seguir reproduzimos apenas três deles.

Tema: “Eu sou favorável (ou contrário) à possível adoção do sistema de cotas para ingresso na Universidade pública”. Por quê?

Texto 1
A possivel adoção do sistema de cotas para ingresso na Universidade pública. Certamente o Brasil e o campeão em desigualdade e dados mostram que de 22 milhões de brasileiros, 63% são negros e 53 milhões são pobres e todos tem o direito de fazer uma faculdade, por quê não e justo uma pessoa por ser negra e de baixa renda não poder fazer uma faculdade, por os brancos não querem se mistura com negros, todos sim merecem ingressa na universidade pública. Entretanto e injusto ser jugado por a cor, e pouca as universidades brasileira tem jeito para que isto mude, a maioria se calar diante deste problema, onde as prejudicados são os negros, índios e os pobres. (SIC)

Texto 2
O sistema de cotas favorece índios, negros e escolas búblicas nas universidade desfavorecer pessoas que não enquadram no perfil de cotas que tipo de preconceito a escondido por tras sistema de cotas se e para diminui discriminação so faz almeta mais devemos mostra para sociedade que não somos diferentes que todos somos iguais. não precisamos de sistema de cotas por que a educação e para todos que entra numa universidade. (SIC)

Texto 3
A possível emplatação dos sistema de cotas no Brasil que caso sejá colocado em vígor vai beneficiar estudantes da rede pública brasileira, negros e índios, encaminhando - os a engreçar nas universidades públicas brasileiras. Entretanto, está não e a possível solução para resolver os problemas abordados a rede de ensino superior e médio do Brasil. Com a emplatação da comunidade em geral. É necessário investimentos na área da educação para capacitar ma – is pessoas a terem uma oportunidade de engreçamento em uma universidade sem se julgar a grande desigualdade social existente no Brasil, todavia com a melhoria da educação brasileira possivelmente a comunidade poderá disputar sua vaga em prou de seu esforço e sua capacidade em busca de seu futuro profissional. (SIC)*

* SIC, expressão latina que significa “assim mesmo”, por mais absurdo que possa parecer. “Dessa forma mesmo, desse jeito mesmo”. “Está escrito assim”. Agora respondam bem rápido: de quem é a culpa por esta tragédia da educação pública brasileira? Dos pais? Dos professores? Da escola? Do sistema de Educação? Do Governo? Dos próprios alunos? Da sociedade? Da Seduc (Secretaria de Estado da Educação)? Do Papa? Aproveite o tema (possível adoção do sistema de cotas para ingresso na universidade pública) e desenvolva, você mesmo, uma redação (estilo Unir) mostrando a sua posição em relação ao que foi proposto.

TEMA: A possível adoção do sistema de cotas para ingresso na universidade pública brasileira vem sendo debatida em vários congressos e reuniões pelo país já há algum tempo. Produza um pequeno texto dissertativo comentando sobre a possibilidade de se adotar este sistema no Brasil. Aponte, se possível, pontos positivos e negativos.

Agora, vamos ver outro texto sobre o mesmo assunto (este sim, de nível bem diferente)

Adotar o sistema de cotas para o ingresso de alunos nas universidades públicas brasileiras em benefício, até então, dos negros, indígenas e alunos oriundos da escola pública, é a maneira cogitada para corrigir injustiças no sistema educacional do Brasil, tal como o descaso de mais de 500 anos de diferenças sociais e raciais que assolam o país. É provável que se esse projeto de lei for aprovado, ocorrerá a democratização do ensino superior, o que será muito benéfico para a sociedade.

Entretanto, agindo dessa forma ataca-se o efeito e não a causa do problema. Isso porque não seria “enchendo” as universidades de negros que a discriminação social e a racial iriam acabar; ao contrário, poderia até comprometer a qualidade de ensino superior, afinal, na maioria dos casos estes negros, indígenas e alunos da escola pública não tiveram ensinos fundamental e médio de qualidade, transferindo essa deficiência para o ensino superior e como consequência formam-se profissionais desqualificados que dificilmente serão absorvidos no mercado de trabalho, o que poderá comprometer a economia do país.

Assim, acredita-se que a melhor saída para ao menos minimizar essas desigualdades é investindo maciçamente na qualidade do ensino público principalmente, através da construção de escolas, ampliação e manutenção das já existentes e viabilizar recursos para que os professores possam desenvolver seus trabalhos com êxito, e também a capacitação dos mesmos.

Com isso, possivelmente os estudantes das diversas classes sociais e etnias, disputarão vagas em condições de igualdade com qualquer outro aluno sem haver a necessidade de adotar tais cotas.

Pesquisa sobre Educação no site 'G1' da Globo

Pesquisa:
Brasil longe das metas de educação

Publicada em 18/02/2009 às 00h25m

Demétrio Weber



BRASÍLIA - Em 22 das 27 capitais brasileiras, incluindo Brasília, os alunos de escolas públicas não atingiram as metas de aprendizagem de língua portuguesa na 4ª série do ensino fundamental. Os dados são de 2007 e foram divulgados ontem pelo Movimento Todos pela Educação, organização não-governamental que reúne empresários, gestores e entidades educacionais.

Além de não atingir a meta estabelecida para 2007, que levava em conta o desempenho dos alunos em 2005, o Rio ainda piorou nesse período. Em 2005, 33,05% dos alunos demonstraram nível de conhecimento de português adequado à série. Em 2007, o percentual caiu para 29,07%. A meta era 35,46%. As únicas capitais que atingiram as metas foram: Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Recife (PE), Florianópolis (SC) e Boa Vista (RR).

Em matemática, todas as redes municipais atingiram suas metas. Isso não significa, porém, que a maioria dos alunos esteja aprendendo. Em Macapá (AP), somente 8,52% dos estudantes sabiam os conteúdos esperados. No Rio, o percentual era de 23,20%. O melhor resultado foi o de Curitiba, com 35,26%.

Na 8 série do ensino fundamental, a proporção de alunos com aprendizagem adequada é ainda menor. Em Macapá, somente 2,55% dos concluintes do ensino fundamental dominavam o conteúdo adequado à série em matemática. Campo Grande tinha o maior percentual: $18,74%. Ou seja, em todas as capitais, menos de um quinto dos alunos aprendeu o que deveria. No Rio, foram apenas 12,07%.

O presidente-executivo do Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos, considerou os resultados preocupantes. Ele disse que as metas para cada cidade levam em conta o desempenho de 2005 e vão até 2022.

- Estas primeiras metas são bastante modestas. Mesmo assim, no caso da 4 série em português, só foram alcançadas por cinco capitais - diz Mozart.

Ele afirmou estar chocado com a realidade de Macapá, lamentando que o Norte e o Nordeste, de modo geral, tenham médias mais baixas do que o resto do país.

- É um pouco a cara do Brasil. Existem vários Brasis e isso se reflete na educação - diz.

Campo Grande também teve o melhor desempenho na 8 série em português: 25,80% dos alunos atingiram as notas esperadas. No Rio, foram 20,82%. Apenas Belém, com 12,01%, não atingiu a meta nessa série.

O Todos pela Educação analisou os resultados da Prova Brasil, teste de leitura e matemática aplicado pelo Ministério da Educação na rede pública urbana, em escolas com turmas de pelo menos 20 alunos.

(http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2009/02/17/brasil-longe-das-metas-de-educacao-754467438.asp)

Quem é contra a Educação?

A situação educacional brasileira é trágica. Poucos discordam dessa constatação. Muito poucos se perguntam por que isso é tão ruinoso e, ainda, por que é tão mais desastroso agora. A primeira e mais óbvia resposta seria: porque estamos privando uma enorme fatia da nossa população dos conhecimentos mínimos necessários para uma vida engajada, consciente, livre e produtiva. Mas basta notar que os cruzamentos de nossas grandes cidades se tornaram abrigos ou espetáculos circenses dos marginalizados para entender que qualquer apelo à solidariedade humana está fadado ao fracasso neste país cordial. Apesar da resistência que educadores e pedagogos têm à intromissão de economistas, empresários e afins em seu território, é neles que se encontrará a revolução educacional de que o país necessita. Porque esses grupos conseguem deixar de tratar a educação unicamente como um fim em si mesma para entender que ela tem um papel vital – e urgente – a cumprir no desenvolvimento do Brasil. Essas vozes dizem e dirão o que a sociedade precisa ouvir: com o nosso sistema educacional atual, estamos condenados ao atraso eterno. Se a fraternidade não o convence a cuidar de nossa educação, faça-o por interesse próprio, portanto.
É impossível a um país desenvolver-se no século XXI quando sua população ainda não resolveu problemas do século XIX. A comparação não é exagerada. Ainda não conseguimos ensinar nossas crianças a ler e a escrever, coisa que outros países já fazem há mais de 100 anos. O resultado final é termos só 26% de nossa população de 15 a 64 anos plenamente alfabetizada. A má qualidade do sistema – e não a falta de vagas – faz com que só 20% de nossos jovens cheguem à educação superior. Países como Coréia do Sul, Finlândia, Estados Unidos e Noruega já passaram dos 80% – quatro vezes mais, portanto. Os outros países desenvolvidos têm taxas próximas de 60%. Chile, Argentina e Uruguai estão na casa dos 40%. A China assusta ainda mais: foi de 6% em 1998 para quase 20% agora.
Essa comparação não é uma competição de vaidades, mas o indicador de uma capacidade fundamental de uma nação: produção de cérebros. Cérebro, hoje, é o patrimônio mais valioso que um país pode ter. Essa é a mudança fundamental que vem redesenhando o mundo e para a qual o Brasil ainda não acordou: a riqueza das nações não está em sua terra, seu clima, seus recursos naturais ou minerais. Em sua maioria, esses fatores já cumpriram seu papel. Hoje e daqui para a frente o progresso se dará pelo aumento de produtividade, pela geração de bens de alto valor agregado. O aumento de produtividade só vem com melhor instrução, com treinamento adequado, pelo desenvolvimento de novas tecnologias. A raiz de todos esses fenômenos é uma só: educação.
Nossas carências nessa área e seus impactos socioeconômicos se tornarão mais aparentes e agudos nas próximas décadas, mas já são visíveis. Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam o Brasil em 49º lugar em termos de produtividade – são necessários quatro trabalhadores brasileiros para produzir o mesmo que um americano. Estar mal posicionado é esperado para um país subdesenvolvido. O preocupante é estarmos piorando de um ano para o outro, como mostra a pesquisa da OIT. Dados do IBGE do ano passado indicam que mesmo dentro do Brasil estamos retrocedendo: a participação de indústrias de alta concentração tecnológica diminuiu sua participação no PIB no período de 2000 a 2003.
Os negacionistas empedernidos dirão que o Brasil está mal, mas que sempre foi assim. Que sempre estivemos distantes, tecnologicamente, dos países desenvolvidos e que, mesmo assim, conseguimos taxas invejáveis de crescimento econômico no século passado. Que, eliminados os problemas de juros, câmbio e infra-estrutura, o gigante adormecido acordará e tornar-se-á a potência com que todos sonhamos.
Infelizmente, não é verdade. O descompasso de qualificação entre o Brasil e os países de renda média e alta aumentou enormemente nas últimas décadas. Porque esses países perceberam a importância do capital humano e se esforçaram para massificar o conhecimento em seu nível mais alto, o universitário. De 1980 a 2000, por exemplo, a Malásia aumentou seu número de matrícula universitária em 539%, a Coréia em 429%, Portugal em 368%, o Chile em 202% e a média dos países da OCDE em 146%. O Brasil? Só 45%. É muito em termos absolutos, mas muito pouco ante o que acontece no resto do mundo. Vamos ficando para trás. E, em um período de enormes e rápidos avanços, cada etapa perdida torna a tarefa de equiparação exponencialmente mais difícil. Se persistirem as tendências recentes, em breve não estaremos batalhando pelo acesso ao Primeiro Mundo, mas, sim, para nos mantermos no estágio de subdesenvolvimento atual. Nas décadas de 70 e 80, fomos ultrapassados pelos Tigres Asiáticos. Nos anos 90 e atualmente, assistimos inertes ao forte crescimento de China, Índia, Chile e Europa Oriental. Onde estaremos daqui a vinte anos? Competindo com a África? Gabando-nos de que nosso maravilhoso solo é mais rico que o da Antártica?
Essa perspectiva sombria não diz respeito apenas à posição internacional do Brasil. Os efeitos são igualmente sentidos em nosso bem-estar interno, no dia-a-dia de todos. Estudos que analisam os fatores determinantes da desigualdade de renda brasileira, essa nossa chaga vergonhosa, são unânimes ao apontar a causa, que é disparada a mais importante: desigualdade educacional. Ela sozinha explica de 40% a 50% de nossa desigualdade de renda, enquanto outros fatores comumente apontados como vilões – diferenças de gênero, raça, região geográfica e ocupação – não aparecem com mais de 10% cada um.
Essas desigualdades de renda e educação, por sua vez, alimentam aquele que talvez seja hoje o maior pesadelo dos habitantes das grandes cidades: a violência. Estudos quantitativos nessa área começam a ser feitos no Brasil. Nos EUA, onde a literatura é mais robusta, os resultados são claros: o aumento de escolaridade – especialmente completar a high school, o ensino médio – tem impacto significativo sobre a redução da criminalidade. Uma pesquisa estimou que um aumento de 1% da taxa nacional de conclusão do ensino médio causaria 400 homicídios e 8.000 agressões a menos por ano, gerando uma economia de 1,4 bilhão de dólares. Um ano adicional de escolaridade traria uma diminuição de 30% de homicídios e agressões, 20% de roubo de veículos e 6% de furto de domicílios. Os autores do estudo concluíram que se obteria maior redução da criminalidade investindo na expansão da escola secundária do que na da força policial.
O filme Notícias de uma Guerra Particular traduz a frieza desses números para a realidade brasileira com uma pungência inescapável. Ao perguntar a jovens membros do tráfico de drogas o porquê de sua opção pelo crime, o diretor João Moreira Salles ouve alguns dizer não querer repetir a trajetória de seus pais e avós, que trabalharam de sol a sol por décadas por salários miseráveis, terminando a vida na mesma precariedade em que vieram ao mundo. O fato não justifica nem desculpa o crime, mas representa uma realidade. Só que, diferentemente do palavrório de alguns, os trabalhadores brasileiros não ganham pouco por ser vítimas de uma elite branca e má, mas por ser pouco produtivos. São assim porque a escola falhou com eles. Enquanto ela continuar como está, tendemos a seguir sendo um país irrelevante para o mundo e desalentador para os brasileiros

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Os erros nos Cadernos "Credeal"


Sou o Professor José do Nazareno de Porto Velho - Rondônia e estou trabalhando um texto em sala de aula sobre a fabricante de cadernos Credeal sob o título: " Cadernos Credeal trazem erros grosseiros em suas capas."
Há uma capa que mostra uma foto do encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Só que escreve: Encontro das águas do rio Negro e Solimões. Coloca a palavra 'rio' no singular, admitindo que só existe um rio cujo nome é Negro e Solimões. Um absurdo, um erro primário de Concordância Nominal já que havia duas possibilidades para se escrever esta frase de forma correta: 1 - Deixar a palavra rio no singular e acrescentar 'e do' antes do nome Solimões. 2- Colocar a palavra 'rios' no plural.
Há outro erro, em outra capa, também primário e inadmissível: diz que o Arquipélago das Anavilhanas fica no rio Amazonas. Erro imperdoável. As Anavilhanas, maior arquipélago fluvial do mundo, fica no rio Negro bem acima da cidade de Manaus, capital do Estado brasileiro do Amazonas (informação óbvia, mas se tratando da Credeal é bom ser correto, pois alguém desta empresa pode não saber). O engraçado é que a foto na capa do caderno mostra as águas do rio Negro que são escuras enquanto as águas do rio Solimões são barrentas (chamadas por aqui de águas brancas).
É possível também perceber um terceiro erro em mais outra capa: a Ilha do Marajó é uma ilha flúvio-marinha, isto é, localiza-se em um rio (o Amazonas, na verdade, em sua foz, e o Oceano Atlântico) e na citada capa afirma que é apenas no rio Amazonas. Erro grosseiro, portanto.
Comprei os dois cadernos e estou fazendo 'a propaganda' junto aos meus alunos, dos erros cometidos por quem não poderia errar, pois está se dirigindo a alunos. Já pensou o impacto negativo toda vez que 'o incauto' que comprou estes cadernos com erros vai levar sempre que for usar estes "materiais pedagógicos?"
E o pior é que o número de telefone que aparece na capa (0 800 704 1366) nunca atende. Será que é algum telefone da Europa ou de outro país? É possível, pois para ter tantos erros sobre a nossa Geografia...


Carta de um juiz de Direito ao Ziraldo e Jaguar


Juiz de Espumoso (RS) escreve a Ziraldo e Jaguar, comentando a aprovação da indenização e da aposentadoria em dobro paga pela Nação aos humoristas, que 'sofreram muito' por terem sido presos durante uma semana na época da ditadura militar brasileira, como represália pelas críticas que eles mesmos publicaram em 'O PASQUIM', na ocasião.
Prezados Ziraldo e Jaguar:
Eu fui fã número 1 do PASQUIM (em seguida saberão por quê). Por isto me sinto traído pela atitude de vocês (Ziraldo e Jaguar). Vocês, recebendo essa indenização milionária, fizeram exatamente aquilo que criticavam na época: o enriquecimento fácil e sem causa emergente da e na estrutura ditatorial. Na verdade, vocês se projetaram com a Ditadura. Vocês se sustiveram da Ditadura. Vocês se divertiram com a Ditadura. Está bem, vocês sofreram com a Ditadura, mas, exceto aquela semana na cadeia - que parece não foi tão sofrida assim - nada que uma entrevista regada a uísque e gargalhadas na semana seguinte não pudesse reparar. A cada investida da Ditadura vocês se fortaleciam e a tiragem seguinte do jornal aumentava consideravelmente.


Receber um milhão de reais e picos por causa daquela semana, convenhamos, é um exagero, principalmente quando se considera que o salário mínimo no Brasil é de R$ 480,00 por mês... Vocês não podem argumentar que a Ditadura acabou com o jornal. Seria a mais pura mentira, se é que a mentira pode ser pura. O 'O Pasquim' acabou porque vocês se perderam. O Pasquim acabou nos estertores da Ditadura porque vocês ficaram sem o motor principal de seu sucesso, a própria Ditadura. Vocês se encantaram com a nova ordem e com a possibilidade de a Esquerda dominar este país que não souberam mais fazer humor. Tanto que mais tarde voltaram de Bundas - há não muitos anos - e de bunda caíram porque foram pernósticos e pedantes. Vocês só sabiam fazer uma coisa: criticar a Ditadura e não seriam o que são sem ela. Eu vi o nº 1 de 'O Pasquim' num tempo em que não tinha dinheiro para adquiri-lo. Mais tarde, estudante em Florianópolis, passei a comprá-lo toda semana na rua Felipe Schmidt, próximo à rua 7 de Setembro, numa banca em que um rapaz chamado, se não me engano Vilmar, reservava um exemplar para mim. Eu pagava no fim do mês. Formado em Direito, em 1976 fui para Taió. Lá assinei o jornal que não chegava na papelaria do meu amigo Horst. Em 1981 vim para o Rio Grande do Sul e morando, inicialmen|e, em Iraí, continuei assinante.
Em fins de 1982 fui promovido para Espumoso e sempre assinante.. Eu tenho o nº 500 de O Pasquim, aquele que foi apreendido nas bancas e que os assinantes receberam... Nessa época, não sei se lembram, o jornal reduziu drasticamente seu número de folhas. Era a crise. Era um arremedo do que fora, mas ainda assim conservava alguma verve. A Ditadura estava saindo pelas portas dos fundos e vocês pelas portas da frente, famosos e aplaudidos. Vocês lançaram uma campanha de assinaturas. Eu fui a campo e consegui cinco ou seis. Em Espumoso! Imaginei que se cada assinante conseguisse cinco assinaturas, ajudaria muito. Eu era Juiz de Direito. Convenhamos: não fica bem a um Juiz sair vendendo assinatura de jornal. Mas fiz isto com o único interesse de ajudar o Pasquim a se manter. Na verdade, as assinaturas foram vendidas a amigos advogados aos quais explanei a origem, natureza e linha editorial do jornal. Uns cinco ou seis adquiriram assinaturas anuais. No máximo dois meses depois todos paramos de receber o jornal, que saiu de circulação. O Pasquim deu o calote... Eu fiquei com cara de tacho e, como se diz por aqui, mais vexado que guri cagado. Sofri constrangimento por causa de vocês. Devo pedir indenização por isto?
Não. Esqueçam! Mas agora que vocês estão milionários, procurem nos seus registros e devolvam o dinheiro dos assinantes de Espumoso que pagaram e não receberam a assinatura integral. Naquele tempo vocês não tinham como fazê-lo. Agora têm. Paguem proporcionalmente, mas com juros e correção monetária, como manda a lei. Caso contrário, além de traidores, serei obrigado a considerá-los também caloteiros.'
Ilton Dellandrea
Juiz de Direito
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Além da indenização milionária a dupla passa a colaborar com o déficit da previdência, pois como o Lula, passam a receber aposentadoria em dobro do limite estabelecido para quem contribuiu por 35 anos! Além do mais, os que contribuiram por 35 anos não têm direito ao reajuste integral da aposentadoria. Este episódio das indenizações milionárias aos jornalistas do Pasquim é só mais um da série de escândalos em cascata que o País produz.
Parece que está em nosso DNA o ataque despudorado aos cofres públicos, a concepção que o dinheiro público não é de todos, mas 'de ninguém', e que 'aos amigos' tudo... aos inimigos, a justiça.


ACRESCENTO:

Tudo limpinho, sem pagar Imposto de Renda

DOZE CONSELHOS PARA TER UM ENFARTO FELIZ


DOZE CONSELHOS PARA TER UM ENFARTO FELIZ

Dr. Ernesto Artur - Cardiologista

        Quando publiquei estes conselhos 'amigos-da-onça' em meu site, recebi uma enxurrada de e-mails, até mesmo do exterior, dizendo que isto lhes serviu de alerta, pois muitos estavam adotando esse tipo de vida inconscientemente.

1. Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.

2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.

3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.

4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.

5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.

6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.

7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.

8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro. (e ferro , enferruja!!. .rs)

9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.

10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo.

11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis.

Repita para si: Eu não perco tempo com bobagens.

OS ATAQUES DE CORAÇÃO

    Uma nota importante sobre os ataques cardíacos. Há outros sintomas de ataques cardíacos, além da dor no braço esquerdo (direito). Há também, como sintomas vulgares, uma dor intensa no queixo, assim como náuseas e suores abundantes.

    Pode-se não sentir nunca uma primeira dor no peito, durante um ataque cardíaco. 60% das pessoas que tiveram um ataque cardíaco enquanto dormiam, não se levantaram. Mas a dor no peito, pode acordá-lo dum sono profundo.

    Se assim for, dissolva imediatamente duas Aspirinas na boca e engula-as com um bocadinho de água. Ligue para Emergência (193 ou 190) e diga ''ataque cardíaco'' e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se numa cadeira ou sofá e force uma tosse, sim forçar a tosse pois ela fará o coração pegar no tranco; tussa de dois em dois segundos, até chegar o socorro..NÃO SE DEITE !!!!

    Um cardiologista disse que, se cada pessoa que receber este mail, o enviar a 10 pessoas, pode ter a certeza de que se salvará pelo menos uma vida!

Atenção Calouros!


AS VERDADES SOBRE A FACULDADE


E O PIOR QUE É A MAIS PURA VERDADE, VOCÊ QUE É OU FOI,
VAI ENTENDER DO QUE ESTOU FALANDO, SE NÃO É AINDA VAI SABER
QUANDO FOR...)

COISAS QUE VOCÊ DEVE SABER ANTES DE ENTRAR NA
FACULDADE:

1. Não importa o quão tarde é a sua primeira aula, você vai dormir durante ela;
2. Você vai mudar completamente e nem vai notar;
3. Você pode amar várias pessoas de maneiras diferentes;
4. Alunos de faculdade também jogam aviões de papel durante as aulas;
5. Se você assistir às aulas calçado, todo mundo vai perguntar por que
você foi tão chique para a faculdade;
6. Cada relógio no prédio mostra um horário diferente;
7. Se você era inteligente no colegial... azar o seu!
8. Não importa tudo o que você prometeu quando passou no vestibular, você
vai às festas da faculdade,mesmo que sejam na noite anterior à prova final;
9. Você pode saber toda a matéria e ir mal na prova;
10. Você po de saber nada da matéria e tirar dez na prova;
11. A sua casa é um ótimo lugar para se visitar;
12. A maior parte da educação é adquirida fora das aulas;
13. Se você nunca bebeu, vai beber;
14. Se você nunca fumou, vai fumar;
15. Se você nunca transou, vai transar;
16. Se você não fizer nada disto durante a faculdade, não fará nunca mais na vida, a não ser que você faça uma nova faculdade;
17. Você vai se tornar uma daquelas pessoas que seus pais falaram para você não se meter com elas;
18. Psicologia é, na verdade, biologia;
19. Biologia é, na verdade química.
20. Química é, na verdade física;
21. Física é na verdade matemática;
22. Ou seja, que mesmo depois de estudar anos, você não vai saber nada;
23. Que sentir depressão, solidão e tristeza são frescuras de quem não tem
o que fazer;
24. Que você sempre vai prometer que no próximo semestre você vai estudar
mais, festar menos, mas sempre acontecerá o contrário;
25. As únicas coisas que compensam na faculdade são os amigos que você
fará lá;
26. Não verá a hora de terminar a faculdade;
27. E quando terminar, perceberá que foi a melhor época de toda a sua vida.

QUANDO A FACULDADE TERMINA OS SINAIS DE QUE VOCÊ NÃO
ESTÁ MAIS NA FACULDADE ACONTECEM QUANDO:

1. Fazer sexo em cama de solteiro é um absurdo;
2. Há mais comida do que cerveja na sua geladeira;
3. 6:00 h da manhã é quando você acorda, e não quando vai dormir;
4. Você escuta a sua música preferida num elevador;
5. Você carrega um guarda-chuva e dá a maior importância para a previsão
do tempo;
6. Seus amigos se casam e se divorciam ao invés de ficarem e terminarem;
7. Suas férias caem de 130 para 15 dias por ano;
8. Calça jeans e camiseta não são mais consideradas vestimenta;
9. É você que chama a polícia porque a mulecada do vizinho não sabe como
abaixar o som;
10. Você não sabe mais que horas os auto-lanches fecham;
11. Dormir no sofá te dá uma puta dor nas costas;
12. Você não tira mais aquele cochilo do meio-dia as 6 da tarde durante a semana;
13. Você a vai farmácia comprar um remédio para a dor de cabeça e
anti-ácidos ao invés de camisinhas e testes de gravidez;
14. Você come as comidas do café da manhã na hora do café da manhã;
15. Em mais de 90% do tempo em que você passa em frente a um computador
você está trabalhando de verdade;
16. Você não bebe mais sozinho em casa antes de sair para economizar
dinheiro antes da noitada;
17. E o mais importante.... Você não tem tempo nem se quer de ler este
e-mail e aproveitar para passá-lo para seus velhos amigos, para que eles
lembrem que também estão velhos e os bons tempos da faculadade já eram.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

“Quem semeia ventos...”


“Quem semeia ventos...”

Professor Nazareno*

             
            Edifícios em chama. Pessoas mortas às dezenas e espalhadas pelo chão. Sangue escorrendo no meio das ruas. Gritos de pânico. Horror instalado. Bombeiros, médicos e equipes de resgates às carreiras. Um frenesi. Não. Não é Nova Iorque nem Setembro de 2001. O horror a que nos referimos é a cidade portuária de Haiphong no golfo de Tonquin, verão de 1967, no Vietnã do Norte. Kragujevac, cidade de quase 200 mil habitantes encravada na República da Sérvia, atual República Federal da Iugoslávia. Aviões da OTAN, a aliança militar ocidental capitaneada pelos Estados Unidos, despejam toneladas de bombas produzindo tanto horror às pessoas quanto o pesadelo de Haiphong no distante Vietnã. Os mísseis balísticos completam o serviço aniquilando e mutilando milhares de pessoas. Civis inocentes na sua grande maioria. Também não era Nova Iorque nem a mesma data acima mencionada.
            Nem é preciso falar do Iraque dominado e até hoje ocupado. Da Líbia ou do massacre ao povo palestino. Quem não se lembra das criancinhas vietnamitas sendo queimadas vivas com gás Napalm? E até para nós sobrou. Foi durante o regime dos generais de 64 quando aquele país apoiou os golpistas. É difícil hoje no mundo moderno quem não tenha sido vítima do tacão ianque. Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial são exemplos claros da falta de bons sentimentos da nação americana em relação ao resto do mundo. Por isso, esse Pearl Harbour moderno não aconteceu por acaso. E tudo indica que não foi obra só de terroristas internacionais. É sabido que o mal por si só se destrói. Timothy MacVeigh, cidadão norte-americano, mandou pelos ares há seis anos um edifício inteiro cheio de pessoas em Oklahoma City. Seita de lunáticos é o que não falta nos EUA. Os seus filmes não ensinam outra coisa senão destruição em massa. O feitiço agora está virando contra o feiticeiro.
      A catástrofe está sendo festejada com muita euforia e estardalhaço na Palestina, na Iugoslávia, no Iraque, Irã, etc. Mesmo no Brasil, tradicional cupincha dos interesses norte-americanos, não há como negar um friozinho no pé da barriga. A outrora inexpugnável, indestrutível e invencível arrogância do povo e governo americanos foi ferida de morte. Eles terão que engolir seu orgulho e sua empáfia durante um bom tempo. Quem sabe se a paz e o equilíbrio no mundo não dependam de ações tão lamentáveis como esta?
          Que ninguém se iluda. A retórica burlesca do pouco inteligente presidente George W. Bush de que terá retaliação não passa de uma reles pantomima apenas para consumo interno. Tudo isto não pode servir de pretexto para novas empreitadas nem para justificar novos massacres, invasões e agressões pelos “boinas–azuis” mundo afora. É apenas uma conseqüência do que plantaram neste mundo durante tantos anos o governo e o povo norte-americanos. Não se pode esperar muito de uma sociedade composta na sua maioria por ladrões, prostitutas e viciados em drogas. O World Trade Center é agora a Stalingrado dos nazistas. Cai o mito da invencibilidade americana. Eles podem ser derrotados. Como a camarilha de Hitler foi varrida da face da terra.

 
*É Professor em Porto Velho.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Cazuza foi um ídolo ou um marginal?

Cazuza 0 X 10 Psicóloga


É ...DEVIAM COLOCAR ISSO NUM OUTDOOR LÁ NA PRAÇA CAZUZA , NO LEBLON ...

Psicóloga x Cazuza !

Estas verdades precisam ser retransmitidas para todas as FAMÍLIAS!

Uma psicóloga que assistiu ao filme Cazuza, escreveu o seguinte texto:

- 'Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora. As pessoas estão cultivando ídolos errados.

Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível.

Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado. No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.

São esses pais que devemos ter como exemplo?

Cazuza só começou a gravar pois o pai era diretor de uma grande gravadora.

Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante.

Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.

Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.

Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria?

Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.

Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido ..

Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem NÃO quando necessário?

Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor .

Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser 'amigo'

de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre.'

Karla Christine
Psicóloga Clínica

Leu ? Concorda com a psicóloga?

Então faça a sua parte e divulgue.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Alguém ainda se lembra do AI 5?


Quatro décadas do AI 5: a ideologia do nada


Professor Nazareno*

Há exatos quarenta anos, os militares brasileiros mostram ao mundo a sua face mais brutal e desumana: foi durante o governo de Arthur da Costa e Silva - 15 de março de 1967 a 31 de agosto de 1969 - que o país conheceu o mais cruel de seus Atos Institucionais. O Ato Institucional Nº 5, ou simplesmente AI 5, que entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968, era o mais abrangente e autoritário de todos os outros atos institucionais, e na prática revogou os dispositivos constitucionais de 67, além de reforçar os poderes discricionários do regime militar. O Ato vigorou até 31 de dezembro de 1978.
Foi a partir deste ato que os ‘milicos’ começam de fato ‘a fazer a festa’ sobre os poucos opositores e a cercear toda e qualquer possibilidade de reação da tímida oposição do país. Era o início dos “anos de chumbo” da cruel e covarde Ditadura Militar que se abateu sobre a nação até meados da década de 1980. E o pior de tudo é que toda esta perseguição, afronta, desrespeito, assassinatos, torturas, falta de lógica foram cometidos em nome de uma pseudo Segurança Nacional e não serviu para muita coisa. A exemplo dos assassinos nazistas, os nossos militares estupraram e brutalizaram a consciência nacional em busca do nada.
Realmente: defendendo os princípios do capitalismo selvagem capitaneados pelos Estados Unidos, a Ditadura Militar no Brasil torturou e assassinou pacatos cidadãos para proibir dentre outras coisas, por exemplo, que o PCB (Partido Comunista Brasileiro) não tivesse sua legalidade e nem participasse da política nacional. Não conseguiram, pois hoje em dia não só o ‘partidão’, mas tantas outras siglas similares fazem parte do jogo político atual e o mundo ainda não se acabou por causa disto. Os militares brasileiros se especializaram em fazer o que mais sabem: censurar revistas de mulher pelada e torturar cidadãos indefesos.
Muitos ainda crêem que o pesadelo fardado já acabou e faz parte do nosso passado. Mas é sempre bom lembrar que a elite que sustentou ‘os gorilas da caserna’ é quase a mesma que ainda dá as cartas no jogo político e econômico do nosso país. E muito provavelmente ainda reina dentro dos nossos quartéis a mentalidade golpista, tacanha e retrógrada que incentivou os militares na aventura tresloucada de 1964 e da decretação do AI- 5. Em Porto Velho, recentemente, o episódio da tomada do terreno do nosso teatro pela soldadesca da Brigada de Infantaria e Selva, numa ridícula missão de ópera-bufa, é um exemplo disto.
Alguém deveria ensinar aos nossos militares que defender a Segurança Nacional seria não ter permitido que os bolivianos tivessem invadido as nossas refinarias de Petróleo ou então vigiar melhor as nossas fronteiras, que mais se parecem um queijo suíço, e dessa forma evitar a entrada clandestina de armas e drogas. Por tudo isso, não há absolutamente a menor possibilidade de se lembrar de forma cômoda neste 13 de dezembro de que há quarenta anos tivemos nossas consciências invadidas e fomos levados ao limbo. A imagem do país ficou manchada internacionalmente durante um bom tempo para absolutamente nada.

*É professor em Porto Velho – profnazareno@hotmail.com

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Quem Matou “O Matador” ou Cada Um No Seu Quadrado

Carlos Moreira
caixadesilencio@gmail.com


Houve um tempo em que textos e autores eram caçados e proibidos, colocados numa lista negra e considerados abjetos, como se pudessem provocar loucura e outras doenças, ou por serem satânicos, ou ainda por representar uma crítica a nada velha e boa Tradição, Família e Propriedade. Não. Eu não estou falando da Idade Média ou da Reforma, que disputaram entre si em termos de requinte de crueldade. Nem do nazifascismo, fogueira nem um pouco santa de tudo o que fosse contrário ao seu purismo. Nem do regime militar brasileiro e sua burra censura (existe censura inteligente?), calando os “cálices”, as flores e os tropicalismos desta nação multicolor. Estou falando de hoje, do Estado de Rondônia e da censura explícita que o livro “O Matador” (Patrícia Melo, Companhia das Letras) acaba de sofrer.
Em resumo: o livro havia sido indicado à lista do Vestibular Unir deste ano, sugerido por professores gabaritados do departamento de Letras. Foi divulgado em edital, comprado e lido por centenas de candidatos ou leitores curiosos, comentado e resenhado por professores. Até aí tudo certo, a carruagem passava bem entre os cães que ladram, ou dormem. Mas eis que alguns e-mails (meia-dúzia, senão menos) são enviados à Instituição criticando a indicação da obra. Até aí tudo certo, a literatura sempre gerou críticas, a polêmica é sua essência, e o livro está aí para isso mesmo, gerar discussão e reflexão. Mas, de repente, deu tudo errado. Numa ação (ação?) de completa covardia intelectual, parte da Reitoria, sem sequer consultar professores, Departamento ou Colegiado, cede à pressão desta massa anônima e medieval e simplesmente retira o livro de sua lista, abrindo um precedente absurdo e perigoso: a censura sai de seu casulo, estamos de novo sob suas asas.
Não sei o que outros professores e autores pensam a respeito, não sei se a editora ou a autora irão se pronunciar sobre o caso, e ignoro o que tem a dizer a respeito a Anistia Internacional, Ong’s de liberdade de expressão ou o Vaticano. Não sei. Mas penso que perdemos um espaço ao obscurantismo, um espaço valioso conquistado realmente a duras penas, durante séculos, e que se nós, leitores autores estudantes professores intelectuais, enfim, gente com o maldito vício de pensar, não enfrentarmos essa corrente, estaremos literalmente abdicando de pelo menos trezentos anos de luta pelo pensamento livre, pela universidade livre e pela liberdade artística e intelectual. Estaremos voltando não a passos largos, mas aos pulos, a uma idade média de índex e fogueiras (hoje metamorfoseadas ou não em processos e mandatos), a uma fase de cegueira sem a menor chance de atingirmos o glamour do barroco.
Quero levantar apenas algumas questões. Primeiro: os estabanados autores das críticas leram o livro, leram de fato o livro todo, até à última página? Segundo: o compreenderam, compreenderam a idéia central e as outras mensagens, subliminares? Terceiro: entendem realmente alguma coisa de literatura, ou seja, são leitores de verdade, críticos, ou têm alguma formação na área ou consultaram alguém da área antes de acenderem as tochas e começarem a sua divertida (e pervertida: Freud e Groddeck explicam) caça às bruxas? As mesmas perguntas valem para aqueles que, dentro da Universidade, abriram mão de sua responsabilidade intelectual, permitindo que uma opinião pública infundada e localizada interferisse no processo acadêmico e ferisse a própria autonomia da Universidade. Quem indicará a próxima lista de livros, a Opus Dei ou um congresso de teólogos?
Pingos nos iis: o livro “O Matador” é uma narrativa urbana, pós-moderna, de linha hiper-realista, que trata explicitamente de dois pontos: 1) a violência urbana, em especial a banalização dessa violência e a formação de milícias armadas, tema aliás bastante atual, e 2) as raízes da violência, do mal em si, no ser humano, a relatividade dos conceitos e o que nos faz “maus” ou nos leva a cometer violências de qualquer espécie mesmo que estejamos abarrotados de boas intenções. Em nenhum momento o livro faz apologia à violência, em momento algum acena com a ambigüidade da complacência, que oculta sempre a megalomania daqueles que se sentem no poder de perdoar. Deixa apenas que o leitor sinta e reflita o ser humano e sua violência, e a que conseqüências esse caminho conduz. Basta ver o desfecho do livro para se perceber isso. Além do mais, se a violência e o sexo não podem mais ser objeto de leitura e discussão, que não se leia mais, por exemplo, o velho testamento, repleto que está de sodomias e atrocidades (basta reler a história de Sodoma e Gomorra, ou como o povo escolhido se relacionava com as nações vizinhas).
Quanto à linguagem do livro, é preciso relembrar o conceito de verossimilhança, tão caro a todos os tipos de realismo. Significa, trocando em miúdos, representar “a vida como ela é”, ou como eu a vejo sem fantasias nem idealizações românticas (o que esse povo leu não ultrapassou “A Moreninha”?). Ou seja, se o narrador do romance é um sujeito desequilibrado, envolvido com drogas e suburbano, que não representa em nada a exceção à regra de seu contexto social de injustiças e marginalizações, como querer que ele seja “lírico”, fale um português castiço, ou cheio de metáforas, ambigüidades, ironias e pleonasmos? Mais que isso: por que considerar apenas esta linguagem como “poética”, “literária”, “admirável”? Abaixo os puristas! Todas as palavras cabem na literatura, ela é um espaço de possibilidades, o mundo do possível em que o paternal “Não Pode” perde completamente o sentido. Senão, vamos precisar banir, censurar, cortar, queimar, a seguinte lista, que faço às pressas e de memória: Catulo, Safo, metade das cantigas medievais, metade de Shakespeare, Jonh Dohne, Gregório de Matos, Bocage, Voltaire, Montesquieu, todo Marquês de Sade (claro!), Baudelaire, Rimbaud, Isidore Ducasse e, chegando ao querido século XX, James Joyce, Eliot, Augusto dos Anjos, Mário de Andrade, Fernando Pessoa (aquele desbocado do Álvaro de Campos...), Drummond, Maiakovski, Jorge Amado, José Saramago (como não?), Hilda Hilst, Leminski, Waly Salomão, sem contar com os novos trovadores, tão livres e criativos. Ou seja: vamos reduzir a prosa e a poesia a uma insípida, inodora e incolor... catequese.
Isso em se tratando apenas da linguagem, porque se incluirmos os temas, as cenas e as psicologias das personagens teremos de voltar a um período pré-linguístico, em que, não podendo usar as palavras (e os palavrões) para expressar nosso ser, grunhíamos e fuçávamos e estrugíamos como animais que somos. Aliás, voltar no tempo é um ideal da maioria dessas almas pudicas de pretensa moralidade que, com a desculpa de proteger a Moral e os Bons Costumes, oculta na verdade sua profunda ignorância e recalque. E explica porque tantos hoje são capazes de pregar contra o uso da camisinha na África sub-saariana, enquanto milhões de pessoas morrem de aids todo ano nessa região. Ou porque gastam tanta energia impedindo pesquisas com células-tronco, o mais promissor avanço da ciência médica no último século e que pode salvar, de fato, muitas vidas. Não sei vocês, mas, para mim, isso é muito mais obsceno que qualquer palavrão que se possa dizer ou inventar.
A ESCOLA QUE OFERTA A EDUCAÇÃO DOS SONHOS

Suamy V.Lacerda de Abreu1


Aquela onde estudantes conscientes de que necessitam estudar para vencer na vida deslocam-se sozinhos para a sala de aula sem que ninguém precise pressioná-los. Aquela onde os professores dirigem-se à sala de aula automaticamente na hora que o sinal toca, preenchem o diário perfeitamente seguindo a ementa e nem precisam de supervisão, também não fazem greve porque são apaixonados pela educação, sacerdotes compromissados com a causa. Não existem alunos pelos corredores e nem se pensa em evasão escolar como falam os Conselhos Tutelares. Evasão Interna é zero e a retenção é abaixo de 15% como deseja o MEC para justificar os recursos recebidos junto a UNESCO. Pois bem, essa escola não existe, e ela passou a ser vislumbrada apenas por pessoas que desconhecem a realidade da educação no Brasil, despreparados para sequer entender que a situação das escolas principalmente as públicas não dependem de seus gestores, nem de seus mantenedores sejam municipais ou estaduais e sim da necessidade de uma revisão urgente na legislação civil brasileira. Como pensar escola produtiva nos dias atuais com a existência dos valores legais que não correspondem a valores morais? Como continuar lutando com forças externas à escola como órgãos de justiça e empresas que repassam suas obrigações para os gestores escolares? Como fazer, pais entenderem que a escola é uma instituição formal e não um clube de passeio, espaço para namoro de seus filhos ou o depósito onde se deixam seres humanos para passar o dia ? Como conscientizar as familias que PROFESSOR é um título e que não se trata de babá de filho de ninguém? Como conversar com pais que querem filhos aprovados a qualquer custo não importando se os mesmos possuem os conhecimentos necessários à aprovação ou não? Se o estudante passa no vestibular é “superdotado”. Se não passa é “coitado”, e a causa do fracasso é o fato de ter estudado em “escola pública”. E ainda tem pais dizendo:”quero matricular meu filho numa escola boa”. Existe?
Ainda hoje, grande número de pessoas não vêm na escola um espaço capaz de ajudá-los a absorver os conhecimentos necessários a suas sobrevivências e, ainda tem “imbeciotas” (fusão de imbecil + idiota) que afirmam estar atrás de certificados, como se o certificado respondesse uma prova de concurso vestibular. Somente o pseudo-professor não compreende que essa criança ou jovem que agora está a sua frente futuramente poderá ser seu médico, advogado ou até mesmo o facínora que vai assaltá-lo. A maioria dos políticos que hoje exercem mandatos foram “educados” por alguns professores que talvez não tenham levado seu trabalho a sério, quiçá seja essa a causa da situação chegar onde chegou. Enquanto a Lei de Gerson imperar neste país estaremos fadados a continuar convivendo com Escolas Públicas improdutivas onde, o aluno brinca de aprender (quer apenas passar de ano para satisfazer aos pais), os professores brincam de dar aulas, supervisores querem controlar a qualidade das aulas através dos diários de classe ora, isso é fracasso puro pois, quando um professor quer, encapa os diários com bordados e rosas, entra na sala de aula, preenche tudo como manda o figurino e vai jogar baralho com os alunos, e os bobos ainda afirmam, “- o tio fulano é legal, ele nem aperta a gente”. Qualquer idiota sabe que os alunos não aprendem nada com “professor bonzinho”, só aprendem com os estigmatizados como “ruins”, que fazem cobrança das tarefas propostas, enfim aqueles que apertam o parafuso até cuspir a rosca. Para que possamos sonhar com uma escola que produza, é necessário uma transformação na forma como se pensa e se faz educação.
As escolas já estão sobrecarregadas com suas obrigações legais, não suportam mais receber pressões externas de órgãos que inclusive nada tem a ver com o seu funcionamento. Nos dias atuais, instituições criam projetos piratas e querem implantar nas escolas, afirmando tratar-se de interesse social, na realidade não possuem a formula nem para suas instituições, é a descoberta da América, o que incomoda é ser 516 anos após Colombo. Primeiro precisamos mudar enquanto sociedade se não quisermos ser vitimados pelo processo. Porém, tudo isso inicia na escola e por enquanto estamos longe de alcançar o modelo sonhado! Quem ler favor esquecer a ilha JBC. AMÉM.

1 Suamy V. Lacerda de Abreu - Professor de História - Diretor – J.B.C.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Redações do professor Nazareno (Educação X Corrupção)

Tema: “O Brasil tem um dos piores sistemas de educação do mundo. A média de escolaridade de um trabalhador brasileiro é inferior a cinco anos enquanto nos países desenvolvidos ultrapassa os 12 anos. As nossas escolas, principalmente do setor público, estão em petição de miséria, caindo aos pedaços. Os governos, em geral, nunca investiram o que deviam para educar a população que por sua vez também quase nunca cobra ou fiscaliza as verbas destinadas a este fim. Os professores, mal remunerados, parecem estar desmotivados e quase sempre se mostram sem compromisso com as futuras gerações gerando um círculo vicioso onde todos perdem.” Produza um texto dissertativo, redação estilo ENEM, cujo tema seja:
Educação: o caminho mais provável para resolver os eternos problemas do Brasil

Sugestão de texto (estilo ENEM) para este tema:

Educação, base para o progresso de qualquer país

Observando-se o quadro dos países de Primeiro Mundo, das principais potências econômicas da atualidade, percebe-se quase sempre que o índice de analfabetismo é insignificante ou próximo de zero.Grande parte destas nações conseguiu resolver alguns dos seus problemas apostando nos seus sistemas de educação.
O Brasil, considerado país emergente, nunca deu a devida importância para este vital setor. E mesmo figurando entre as principais economias do planeta, o nosso país ostenta posições vergonhosas quando o item é qualidade de vida de seus habitantes. As nossas autoridades e a população em geral parece que não conseguiram ainda perceber o valor da educação e a sua importância para o nosso desenvolvimento.
A Coréia do Sul e o Japão são exemplos, dentre outros, de países arrasados em guerras recentes que valorizaram o ensino e emergiram no século vinte e um como verdadeiras potências. Estas nações de economia fortemente industrializada e de amplo domínio tecnológico, têm nas suas escolas de qualidade a base de suas economias e o motivo para terem um dos melhores padrões de vida da atualidade.
A falta de uma boa escolaridade para a nossa população tem reflexos na sociedade como um todo. As instituições públicas funcionam mal. Há corrupção demasiada na política, colapsos em vários setores e comprometimento total da infraestrutura do país. Sem uma educação de qualidade, o nosso povo padece de uma crônica falta de soluções para problemas que parecem simples.
O Governo e a população brasileira em geral precisam priorizar a educação de maneira urgente. Num mundo globalizado fica muito difícil vencer as barreiras impostas por quem detém o conhecimento já que a riqueza de um país hoje se conta pelo número de habitantes que têm acesso a uma educação de qualidade e não mais pelos recursos naturais existentes. Mestrados, doutorados e PHDs são o ouro que temos em escassez.
Professor Nazareno

Outro tema:

TEMA: “A sociedade não é vítima, mas autora. Somos responsáveis pelos políticos em geral, pelos homens públicos que aí estão”. Marco Aurélio de Mello, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral. A corrupção nos meios políticos do Brasil tem gerado uma imagem negativa para o país mundo afora. Diariamente, a mídia noticia casos e mais casos de escândalos e desvios de verbas públicas. As operações da Polícia Federal brasileira têm nomes para todos os gostos. O Brasil perde milhões com esta prática já rotineira Política no Brasil virou sinônimo de casuísmo e enriquecimento ilícito. Produza uma redação tradicional, texto dissertativo-argumentativo, (mínimo de 15 linhas e 04 parágrafos, estilo ENEM), cujo tema seja:
A corrupção na política brasileira empobrece o país e acentua as desigualdades sociais.
Observações: O seu texto deve ter apresentação, desenvolvimento e conclusão. Use a experiência adquirida durante toda a sua vida para desenvolver o tema. Não se esqueça de sugerir algo para resolver ou amenizar o problema proposto. Dê um título para a sua redação.

Sugestão de texto (estilo ENEM) para este tema:

Democracia Corrupta, Política de Poucos

O Brasil é uma das maiores democracias do mundo. São mais de 130 milhões de eleitores que a cada dois anos participam de eleições para a escolha de seus governantes. Do Presidente da República até o mais humilde vereador, todos têm que passar pela aprovação do eleitorado.
No entanto, o brasileiro, de um modo geral, não gosta da política nem dos políticos. Não é difícil para o nosso cidadão eleitor associar prática política com roubalheira, enriquecimento ilícito, desmandos, desvios de verbas, tráfico de influência e toda a sorte de ladroagem.
Ressalte-se ainda que a corrupção na política deve existir em todos os países do mundo. Mas o que diferencia a nossa das outras talvez seja a impunidade, por falta de uma legislação pertinente, e a pouca ou nenhuma fiscalização de quem elege esses políticos corruptos.
Por isso, parte dos recursos públicos necessários para promover os investimentos sociais de que a população carente tanto necessita são vergonhosamente desviados por estas autoridades travestidas de bandidos, acentuando desta forma o abismo social entre pobres e ricos e empobrecendo o país como um todo.
Desse modo, não basta apenas criar mais leis para punir os corruptos. É necessário que o eleitor seja mais exigente na hora de votar e se conscientize de que cada centavo desviado fará falta na melhoria da sua qualidade de vida. Afinal, somos responsáveis, eleitores e eleitos, pela construção de um Brasil melhor. E livre desta praga: a corrupção.
Professor Nazareno

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Os países mais ricos do mundo em 2007


Os 30 maiores PIBs do Mundo em 2007 / População


1 - Estados Unidos (US$ 13, 244 trilhões) - 294 milhões de habitantes

2 - Japão (US$ 4, 367 trilhões) - 129 milhões de habitantes


3- Alemanha (US$ 2, 897 trilhões) – 83 milhões de habitantes


4 - China (US$ 2, 630 trilhão) – 1, 358 bilhões de habitantes


5 - Reino Unido (US$ 2, 373 trilhões) – 61 milhões de habitantes


6 - França (US$ 2, 231 trilhões) – 62 milhões de habitantes


7 - Itália (US$ 1, 852 trilhão) – 58 milhões de habitantes


8 - Canadá (US$ 1, 269 trilhão) – 33 milhões de habitantes


9 - Espanha (US$ 1, 225 trilhão) – 43 milhões de habitantes


10- Brasil (US$ 1,067 trilhões) – 187 milhões de habitantes


11 - Rússia (US$ 979 bilhões) – 148 milhões de habitantes


12 - Coréia do Sul (US$ 888 bilhões) – 49 milhões de habitantes


13 - Índia (US$ 886 bilhões) – 1, 102 bilhões de habitantes


14 - México (US$ 840 bilhões) – 108 milhões de habitantes


15 - Austrália (US$ 754 bilhões) – 23 milhões de habitantes


16 - Holanda (US$ 663 bilhões) - 17 milhões de habitantes


17 - Bélgica (US$ 393 bilhões) – 12 milhões de habitantes


18 - Turquia (US$ 392 bilhões) – 75 milhões de habitantes


19 - Suécia (US$ 385 bilhões) – 9 milhões de habitantes


20 - Suíça (US$ 377 bilhões) – 8 milhões de habitantes


21 - Indonésia (US$ 364 bilhões) – 226 milhões de habitantes


22 - Taiwan (Formosa) (US$ 355 bilhões) – 24 milhões de habitantes


23 - Arábia Saudita (US$ 348 bilhões) – 26 milhões de habitantes


24 - Polônia (US$ 338 bilhões) – 39 milhões de habitantes


25 - Noruega (US$ 335 bilhões) – 5 milhões de habitantes


26 - Áustria (US$ 321 bilhões) – 9 milhões de habitantes


27 - Grécia (US$ 307 bilhões) – 12 milhões de habitantes


28 - Dinamarca (US$ 276 bilhões) – 6 milhões de habitantes


29 - África do Sul (US$ 255 bilhões) – 47 milhões de habitantes


30 - Irlanda( Eire) (US$ 222 bilhões) – 3,8 milhões de habitantes


Fonte: Wikipédia/FMI

OBS: Se considerarmos a União Européia como um só país, o Brasil sobe para a 6ª posição. Isto chega ser vergonhoso levando em consideração o nosso IDH. É preciso observar também que esta lista pode sofrer alterações quase que mensais. Depende do valor do dólar em cada moeda, do crescimento anual de cada nação e de outros vários fatores.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Olha os nomes engraçados

Fazendo arte na Certidão de Nascimento
Sou formado em Medicina há 7 anos, e minha carreira me proporcionou contato com as mais variadas e indescritíveis figuras e situações. Vim de família de classe média, e começar a trabalhar com todas as parcelas da população é um choque de cultura inigualável.
Vê-se de tudo. Muitas das situações não podem ser descritas aqui, causariam conflitos éticos em uma profissão onde o sigilo médico impera. Porém, este capítulo da Medicina que abordo agora é aberto a todos. E engraçadíssimo, por sinal.
Apesar de Portugal nos ter fornecido estoque inesgotável de piadas sobre seus habitantes, se vivêssemos sob as leis de lá, este artigo não seria escrito. Estou me referindo ao rigor português ao escolher o nome da criança recém-nata, pois lá existe uma lista de nomes possíveis.
Mas isto aqui é Brasil. O brasileiro é um povo criativo, e resolve fazer arte até na hora de batizar seus filhos. Apresento a vocês, uma coletânea feita com colegas meus de profissão, principalmente os pediatras, dos nomes mais bizarros e engraçados vistos em consultórios, maternidades e afins. Afinal, todo mundo tem que passar pelo médico um dia.
Vamos brincar de dar nomes bizarros para nossos filhos! Afinal, eles não podem reclamar mesmo.
- Valdisnei : Um clássico. Homenagem ao grande Walt Disney.
- Usnavi : Filho de um fanático por navios americanos, que apresentam a inscrição U.S. NAVY
- Adolfo Dias : Nada demais. O problema foi a doença do paciente. Impotência. Um predestinado.
- Kaelisson Bruno : Homenagem ao grupo KLB (Kiko, Leandro e Bruno)
- Caso famoso em Recife : Xerox (pai), Fotocópia (filha mais velha) e Autenticada (filha mais nova)
- Merdalina : Pois é. Tem de tudo
- Maiquel Edy Marfy : Seria Michael + Eddie Murphy ?
- Maycom Géquiçom : Sem comentários
- Urinoldo Alequissandro : O médico que atendia este garoto o encaminhou para outro colega. Não conseguia parar de rir ao associar o garoto com um urinol.
- Kevinson Junior : O nome do pai era Rafael
- Caralhecilda : Ninguém chamava a paciente gritando. Por que será ?
- Um Dois Três de Oliveira Quatro : Esse é famoso. É um agricultor potiguar.
- Tospericagerja : Um clássico, homenagem do pai aos craques da Copa de 70 : TOStão, PElé, RIvelino, CArlos Alberto, GERson, JAirzinho.
- Jean Claude Van Dame da Silva : Um magrinho raquítico
- Boniclaide : Bonnie and Clyde
- Erripóter : A mãe não se chamava J.K Rowling
- Kalifornia Drim dos Santos e Roliude dos Santos : Irmãos provindos de uma comunidade hippie
- Darkson Stick Nick da Silva : Venceu um concurso promovido pelos médicos -> O pior nome !
- Harlei David Son : Born to be wild !
- Laion, Pantro e Xitara : Geração Thundercats
- Uilikit e Uiliket : Gêmeos também da geração acima
- Bilidudilei e Jimibradilei da Silva : Irmãos
- Letisgo : Outro clássico. Let´s go, em versão tupiniquim. Duro era gritar o nome para chamar para a consulta.
- Railander da Silva : Esse sofreu um corte, para sua sorte, não foi a sua cabeça que foi cortada.
- Heman Eduardo : A pronúncia é He-man! Pelos poderes de Grayskull!! Acreditem ou não, sua irmã se chamava She-Ra.
- Bruno : Filho mais velho. Até aí nada, o problema foi quando o mais novo nasceu, e foi batizado de… Marrone.
- Pir : Pronúncia PI-ERRE.
- Ellen Geoáite : Homenagem a uma escritora americana chamada Ellen G. White.
- Eneaotil : Era mais fácil chamar de NÃO.
- Darzã : O pai era fanho e o cara do cartório não entendeu quando ele disse Tarzan.
- Kwysswyla : Uma proeza, só uma vogal ! Leia-se Quíssila.
Romy Schneider. Tá, eu sei que você não conhece. Foi uma diva do cinema há uns 50 anos trás…
- Romixinaide : Homenagem a Romy Schneider
- Shaite : Nosso velejador Robert Scheidt também merece homenagem
- Madeinusa : Exótico? Apenas a expressão MADE IN USA, junta.
- Mikarraquinem : Criança que adorava correr do banho.
- Free William da Silva : Free Willy legendado.
- Mijardenia e Merdamercia : Irmãs, carinhosamente chamadas de Mimi e Memé.
- Tayla Nayla, Taxla Naxla, Tarla Narla : Irmãs cuja mãe aguardava a quarta filha, que seria batizada de… Taola Naola.
Levanta a mão aí quem também era fã de Tartarugas Ninja!
- Michelângelo : Seria uma homenagem bonita ao pintor renascentista ? Nada, era a tartaruga ninja mesmo.
- Leidi Dai : Nem precisa tecla SAP
- João Lenão : Beatle tupiniquim
- Magaiver : Esse com certeza tinha uma mãe que tomava pílula e um pai vasectomizado que estava usando camisinha no dia. E mesmo assim nasceu.
- Orange, Blue e Yellow : Família arco-íris
- Justdoit : A Nike fazendo a cabeça do povão
- Aga Esterna : Essa era uma jóia! Literalmente.
- Mari Onete : Ao contrário do que se pensa, foi sozinha à consulta.
- Delícia Cremosa : Devem ter levado o pote de margarina pro cartório.
- Jedai : Que a força esteja com você.
- Inri : Isso mesmo. Jesus de Nazaré Rei dos Judeus.
- Rudegulete e Claiver : 2 irmãos, uma dupla de ataque poderosa (Ruud Gullit e Kluivert)
- Ulton : Ao chamar a criança, o médico foi corrigido pela mãe : U-Eli-Ton. Tem que pronunciar o L
- Istiveonder da Silva : Ao contrário do cantor, esse enxergava bem.
- Uiliam Bone : Futuro apresentador do Jornal Nacional
- Silvester Estalone : Diz o médico que pediu um autógrafo.
- Hyrum : Pronuncia “Airon”. Questionado, o pai disse que era homenagem ao Iron Maiden.
- Frankstein Junior : O pai se chamava João da Silva.
Como será que posso fazer pra demonstrar minha paixão pelo esporte e minha estupidez simultaneamente?
- Kung Fu José e Kung Fu João : Gêmeos.
- Myqueimausi : Deve ser filho do Valdisnei
- Miquetiçon : Segundo a mãe, pronuncia-se… Mike Tyson.
- (Homenagem ao ex-piloto francês de F1 Patrick Tambay) -> Patrick Itambé da Silva
- Dois irmãos : Villejack Jeans e Cachemire Bouquet… Eita propaganda
- Hotidogson : Nem o cachorro quente escapa da homenagem
- Milquesheiqueson : Qual era o sabor ?
- Brucili Benedito da Silva : Mais um homenageado, Bruce Lee
- Abias Corpus da Silva : Esse nunca iria preso.
Brasil, país da criatividade!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

DEU NA VEJA (Que vergonha!)

Educação

E a gente ainda goza dos americanos...

Em matéria de conhecimentos geográficos, os brasileiros são de uma ignorância que não está no mapa

O Brasil tem quatro mecanismos federais de avaliação do ensino: o Saeb, o Enade, o Enem e a Prova Brasil, todos de padrão internacional. A cada vez que se divulga um de seus resultados, uma torrente de más notícias sobre a educação é despejada pelos jornais. Mas nenhum desses testes jamais captou um dado tão alarmante quanto o que surge da pesquisa Pulso Brasil, do instituto Ipsos, que acaba de sair do forno. Os pesquisadores abriram um mapa-múndi na frente dos entrevistados (1 000 pessoas, em setenta municípios das nove regiões metropolitanas) e lhes pediram que indicassem onde ficava o Brasil. Somente metade acertou. É isso mesmo: o levantamento mostra que 50% dos brasileiros não sabem localizar o país no mapa. Houve os que chutaram as respostas. Vieram desse grupo disparates de corar de vergonha. Para 2%, o Brasil fica na Argentina. Um porcentual pouco maior acha que o país se localiza na África – a dúvida é se no Chade ou na República Democrática do Congo. Outros 29% nem tentaram responder.

A pesquisa do Ipsos tem a força de um soco na boca do estômago nacional. Quase 10% dos entrevistados que passaram por uma faculdade (tendo completado ou não o curso) não sabem que o Brasil se localiza na América do Sul. Esse porcentual sobe para 30% entre os que fizeram o ensino médio (estágio em que um aluno deveria ter estudado geografia durante pelo menos seis anos) e aumenta para 50% entre os que iniciaram o ensino fundamental. Ignorar uma informação tão simples é o equivalente, em matemática, a não saber adicionar 2 mais 2.

Previsivelmente, o desconhecimento em relação aos outros países é ainda maior. Só 18% dos brasileiros conseguem identificar os Estados Unidos e apenas 3% localizam corretamente a França. Quanto à Argentina, tão citada em piadas futebolísticas, 84% nem sequer desconfiam de que faz fronteira com o Brasil. Esse tipo de informação está longe de ser uma "cultura inútil". A ignorância do mapa-múndi impede que se entendam as relações de poder entre os países e compromete o aprendizado de história, entre outras disciplinas. "O estudante que não decifra o mapa-múndi não reconhece o mundo concreto que o cerca. É simples assim", resume a secretária de Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro. O dado irônico é que os brasileiros atribuem aos americanos uma grande ignorância em matéria de geografia. Gostam de dizer, em tom gaiato, que os gringos não têm a mínima idéia de como se divide o planeta. Não é bem assim. A mais recente pesquisa sobre o assunto mostrou que 86% dos americanos sabem exatamente onde fica seu país, 81% reconhecem o México, 54% a França e 47% a Argentina. Eles dão um banho, convenhamos. A péssima qualidade dos professores está na base dessa vergonha, agravada pela falta de mapas nas escolas. Acrescente-se a falta de instrução familiar e pronto: está formado o ambiente propício para criar gerações de brasileiros que exibem uma ignorância que não está no mapa. Nunca antes neste país: e não se trata do Chade ou da República Democrática do Congo.

"A idéia de que a escola particular brasileira é boa e protege seus alunos das deficiências da escola pública é falsa. Nossas escolas particulares são apenas menos ruins do que as públicas – mas, se comparadas às escolas de outros países ou a um nível ideal de qualidade, certamente ficam muito distantes”
Revista VEJA, novembro de 2007.

Direitos humanos para Humanos direitos

Carta enviada de uma mãe para outra mãe em São Paulo, após assistir ao noticiário na Televisão:

De mãe para mãe,


Vi seu protesto contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra FEBEM no interior do Estado. Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência. Vi também a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas outras mães vivem a mesma situação que você, e contam com o apoio de Comissões Pastorais, órgãos e entidades de defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc. Eu também sou mãe e, assim, posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro. Enorme é a distância que me separa do meu filho. Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família. Felizmente conto com o meu esposo que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual. Olhe, você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo-locadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite. No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo... Ah! Ia me esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu? Que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da FEBEM. No cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante destas 'Entidades' que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto e talvez me indicar 'Os meus direitos’!' '

domingo, 22 de junho de 2008

Texto do professor Nazareno publicado no blog do Reinaldo Azevedo da Revista Veja



A Serpente e o 11 de Setembro

* Professor Nazareno

O dia 11 de setembro está vergonhosamente se incorporando em definitivo à História de vários países do mundo. No Brasil, a mídia tem dado mais destaque a essa data do que ao nosso 7 de setembro. Por medo ou puxa-saquismo o nosso presidente invocou o Protocolo do Rio, uma jurássica convenção que previa mobilização geral de todos os países das Américas em caso de um dos seus membros ser atacado. Esquecido das aulas de História, FHC nada falou sobre a falta de mobilização regional durante a Guerra da Malvinas quando a Inglaterra, ajudada pelos Estados Unidos, massacrou a Argentina. Puxar saco e adular a grande potência militar-imperialista do Norte tornou-se rotina. A revista Veja, que se autodenomina como uma das mais lidas do mundo, transformou-se em porta-voz da Casa Branca. Os nossos noticiários defendem de forma cabal as agressões ianques mundo afora. Mal as torres ruíram, nossas casas foram invadidas por dramalhões tendenciosos que apontavam os norte-americanos como as grandes vítimas do terrorismo internacional. Osama Bin Laden, o Antônio Conselheiro das Arábias, conheceu o inferno quando foi acusado sem provas de ser o mentor do ataque. Se verdadeiramente culpado, a maior potência do mundo já teria rompido a proteção e tinha chegado ao seu paradeiro.

Mas não havia nem completado um ano do episódio do World Trade Center que os EUA estavam tramando junto com os seus aliados ingleses a invasão do Iraque. As autoridades norte-americanas acenam com a possibilidade de invadir aquele país soberano com ou sem o aval do Conselho de Segurança da ONU. E o objetivo é claro: tirar Saddam Hussein do poder a qualquer custo. E por quê? Afirmam os agressores que “o tirano de Bagdá” estaria fabricando armas de destruição em massa e planeja um ataque à América. Essa visão delirante e messiânica de Washington e Londres serve apenas para encobrir o óbvio: não existe guerra que não seja movida por interesses puramente econômicos. O Iraque detém a segunda maior reserva de petróleo do planeta sendo apenas superado pela Arábia Saudita. E como americanos e ingleses não exploram (ainda) essa imensa riqueza devido à Guerra do Golfo, a hora de cravar as unhas nesta veia aberta chegou.

Apesar da sua notória estupidez geográfica, política e histórica, o presidente George W. Bush sabe muito bem fazer afagos na poderosa indústria bélica dos Estados Unidos. Uma guerra por ano supre os interesses dos belicistas americanos. Resolvido o incômodo com Saddam, os olhos do grande ofídio podem se voltar contra a Colômbia, Cuba ou mesmo o Brasil (com a Amazônia e tudo). A ALCA nada mais é do que o ovo da serpente. Bem adubado, o terreno enganoso do livre comércio entre os países das Américas pode ser a ponta do iceberg para uma futura dominação das nações amazônicas com suas incalculáveis riquezas. Embora hoje os EUA não dêem bola para a ecologia, o delírio preservacionista pode servir muito bem como pano de fundo para ratificar agressões que venhamos a sofrer.

Recusando-se a participar dos atuais debates sobre a questão ambiental, atacando países soberanos, promovendo massacres em nações miseráveis como Afeganistão, Somália e Sudão, intervindo na Iugoslávia, matando civis inocentes com o estúpido embargo contra Cuba e Iraque e emoldurando a História Geral com Hiroxima e Nagasaki, a Guerra da Coréia com seus 3 milhões de mortos e o genocídio no Vietnam com quase um milhão de vítimas fatais, os EUA mostram ao mundo o porquê do 11 de setembro de 2001 e não deixam quaisquer dúvidas de quem são os verdadeiros vilões da atualidade. Mas é na própria História onde reside o último fio de esperança: nunca houve um único império que não tenha sucumbido após o apogeu. O Romano, o Babilônico, o Otomano, O Persa não são nem sombra do que ostentaram no passado. E o World Trade Center, o outrora símbolo da empáfia e arrogância americanas, já virou cinzas indicando um possível ‘começo do fim’. Assim, o 11 de setembro não foi o dia que marcou nem marcará a História. Apenas mostrou ao mundo a verdade inequívoca do ditado popular: aqui se faz aqui se paga.

*profnazareno@hotmail.com - Leciona no Colégio João Bento da Costa em Porto Velho

sexta-feira, 20 de junho de 2008

As competências na redação do ENEM

Na redação, o participante deve demonstrar domínio das mesmas competências apresentadas para a prova objetiva. Mas elas são propostas de uma forma especial.

1. Demonstrar domínio da língua culta: você deve usar a norma-padrão da língua portuguesa, que é o registro adequado para um texto formal como a dissertação. Serão examinadas concordância das palavras, regência, pontuação, flexão, ortografia e acentuação gráfica. Domínio da língua culta: é a aplicação correta das normas gramaticais aprendidas durante a formação da vida escolar, como pontuação e concordância verbal. Neste item também é avaliada a capacidade de utilização de palavras ligadas ao tema proposto na prova.

2. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos de várias áreas do conhecimento para desenvolver um tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo: para construir seu texto, você pode buscar informações em todas as áreas do conhecimento, desde que não fuja da proposta. Feita a seleção de dados, é hora de construir relações entre os conceitos, interpretá-los e, assim, montar sua dissertação. Compreensão do tema: um dos pontos mais importantes de uma redação. Muitos alunos perdem nota porque o texto não corresponde à proposta apresentada. "Por isso, é importante manter-se atualizado. Escrever sobre algo sem ter o mínimo conhecimento é desastroso".

3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista: o que conta não é a quantidade de informações, mas a qualidade. Você deve buscar informações em seu repertório de conhecimento e só usar o que é interessante para abordar o tema. Organizar informações e argumentos: é preciso saber organizar as idéias, apresentando uma interpretação dissertativa relacionada ao tema. Excesso de informação ao longo do texto torna a leitura cansativa e mostra falta de capacidade de argumentação.

4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos lingüísticos necessários para a construção da argumentação (uso da linguagem): esta competência se relaciona à defesa do seu ponto de vista de forma articulada, baseado em argumentos fortes e consistentes. Correta aplicação da lógica: coerência nos argumentos é fundamental. Reforce o estudo de advérbios e conjunções, palavras conhecidas como de coesão textual. Estes elementos fazem a ligação adequada entre os diversos termos de uma frase e entre os parágrafos.

5. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, demonstrando respeito aos direitos (e valores) humanos: você deve pensar em propostas inteligentes para lidar com o tema abordado e apresentá-las de forma clara e convincente. O foco principal é o respeito aos valores humanos. Construir uma proposta de solução para o problema: a argumentação deve ter como objetivo apresentar possíveis soluções para uma questão abordada pelo tema. A utilização correta de opiniões, argumentos, informações e dados ao longo do desenvolvimento dão subsídios para a elaboração da conclusão.

Mães muito más.

O texto abaixo foi entregue pelo professor de Ética e Cidadania da escola Objetivo/Americana, Sr. Roberto Candelori, a todos os alunos da sala de aula, para que entregassem a seus pais. A única condição solicitada pelo mesmo foi de que cada aluno ficasse ao lado dos pais até que terminassem a leitura.

O texto, a seguir transcrito, foi publicado recentemente por ocasião da morte estúpida de Tarcila Gusmão e Maria Eduarda Dourado, ambas de 16 anos, em Maracaípe – Porto de Galinhas. Depois de 13 dias desaparecidas, as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana. A tragédia abalou a opinião pública e o crime permanece sem resposta.

Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:

- Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
- Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar”.
- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
- Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
- Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
- Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:

“Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo... As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata! Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar). Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência. - Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime”.

FOI TUDO POR CAUSA DELA!
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como minha mãe foi. EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!

Aquelas que já são mães, que não se culpem, e aquelas que serão, que isso sirva de alerta!