Porto
Velho sem parabéns!
Professor
Nazareno*
Hoje, dia 2 de outubro, Porto
Velho, a eterna e inabitável “Capital de Roraima”, está incrivelmente
completando 111 anos de existência. Apesar das festas programadas, não há absolutamente
nada para se comemorar na cidade mais porca, fedida, imunda e sebosa do Brasil.
Dentre as 27 capitais do país, a “cidade das hidrelétricas” ostenta o
último lugar em saneamento básico e em água tratada. Aqui se convive com menos
de três por cento de esgotos sanitários e menos de 40 % de água encanada. Com
mais de um século de sujeira e de desorganização, o lugar é uma curva de rio
que nem de longe pode ser comparado a algumas cidades localizadas no sul e no
sudeste do Brasil. A “capital do descaso” sempre foi mal
administrada e por isso apresenta deficiências em quase todos os setores
urbanos. Nunca, nenhum prefeito lhe deu ou lhe fez qualquer uma benfeitoria.
Só que além de
suja, esquecida, distante, pobre e lodosa, Porto Velho também é muito brega. Seria,
afinal de contas, uma cidade do “Brasil do Norte”, como
disse Paulo Bilynskyj, deputado federal bolsonarista pelo PL de São Paulo.
Ideologicamente é uma cidade estranha, totalmente fora de contexto, pois quase
70 por cento de seus eleitores apesar de serem pobres e miseráveis, são da
extrema-direita que só elegem candidatos conservadores e reacionários. Aqui não
há festa do padroeiro e as comemorações festivas acontecem geralmente fora de
época. Agora mesmo, o dia 2 de outubro terá o feriado adiado para o dia
seguinte somente por ser uma sexta-feira. Até as próprias autoridades locais muitas
vezes não se interessam muito pela data de criação do município. O 4 de
janeiro, por exemplo, que é uma data do Estado, já foi mudado várias vezes. Um
absurdo!
O mesmo acontece
como o arraial Flor do Maracujá. Uma festa junina sem santo, mal feita, sem
nenhum sentido e que nunca teve data certa para acontecer na cidade. A breguice
crônica de Porto Velho está também nas festas que a cidade tenta promover. Para
esses 111 anos de aniversário estão dizendo que a Maria Fumaça, uma locomotiva
velha, obsoleta, cheia de ferrugem, imprestável e ultrapassada vai dar o ar da
graça. A festa matuta terá também um bolo com 111 metros de tamanho. Quanta
criatividade, meu Deus! Quanta inovação na “cidade sebenta!”.
A breguice porto-velhense só não é maior do que a apresentação de uma cantora que
foi escolhida a dedo para divertir a todos com suas músicas igualmente bregas e
cafonas. Teremos festa na roça de novo. Deve ser a festa de aniversário mais
bizarra já vista. Roberto, Caetano, Gil, Chico nunca viriam aqui.
Fala-se que o
governo Lula, por meio do PAC 2, estará mandando mais de 200 milhões de reais
para arrumar a cidade. Tomara que o prefeito “influencer” Léo
Moraes faça alguma coisa com toda essa grana. Espera-se que ele construa pelo
menos alguns centímetros a mais de saneamento básico e aumente um pouco o
número de pessoas beneficiadas com água tratada. Em Porto Velho quase ninguém
bebe água da torneira, coisa até normal em muitas outras cidades do país. Mauro
Nazif fez um inesquecível Natal com pneus velhos envergonhando a todos os
munícipes. Hildon Chaves disse que ia beijar, abraçar e acariciar a cidade. Não
teve coragem. Já o atual prefeito, praticamente se elegeu por que “dançou”
numa poça de lama lá na rua Guaporé com a Rio de Janeiro antes das eleições.
Porto Velho é uma prostituta velha e abandonada, uma capital sem eira nem
beira, uma currutela fedida. Parabéns, nada! Meus pêsames! Pena de seus
moradores!
*Foi Professor em Porto
Velho.
2 comentários:
Uma lástima
Putzzzz!
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