quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Rondônia, minha paixão!


Rondônia, minha paixão!

Professor Nazareno*

            Nasci em Londrina, a rica e progressista cidade do Norte do Paraná. Tenho mais de 50 anos, sou profissional liberal e sempre disse para todo mundo que me conhece que sou um “rondoniense de coração”. Cheguei por aqui com os meus pais ainda na década de 1980 quando este Estado era território. Consegui um bom emprego no governo e estudei numa dessas escolas públicas da cidade mesmo. Prestei o vestibular naquela época na UEL, a boa Universidade Estadual de Londrina, onde com muito orgulho me formei e depois fiz cursos de pós-graduação e mestrado. O governo do Estado de Rondônia sempre me dispensava para que eu pudesse estudar. Meu pai ganhou do antigo governador Jorge Teixeira um pedaço de terra no interior, onde junto com meus irmãos recomeçamos a vida. Nada foi fácil para nós que começamos do zero.
            Sou casado, claro, com uma legítima paranaense e temos dois lindos filhos. Minha esposa é filha de imigrantes ucranianos que vieram para o Brasil em meados do século passado e se instalaram na região cafeeira do Paraná. Quando tive que me mudar para a Amazônia, prometi a ela que um dia voltaria para nos unirmos. Promessa feita, promessa cumprida! Nosso casamento foi na linda catedral de Londrina, paróquia Sagrado Coração de Jesus. Nossos filhos, apesar de morar e já trabalharem em Porto Velho, nasceram em Londrina no Hospital Mater Dei, uma excelente instituição de saúde ligada à Irmandade Santa Casa de Londrina. Durante a gestação, esperávamos até o oitavo mês. Confesso que morria de medo de ver meus descendentes nascerem em terras tão distantes de suas tradições. Além disso, a medicina em Londrina nem se fala!
            Dentro de casa sempre fizemos questão, eu e minha esposa, de falar com os meninos usando o sotaque característico do Paraná. Apesar de ser mais bonito, nos dava a sensação de que estávamos mais próximos dos nossos ancestrais. Desde que aqui chegamos sempre fiz questão de viajar à “terra das araucárias” pelo menos duas vezes ao ano. Não dá para esquecer o friozinho do meio do ano. Sempre tiramos as férias no final do ano mesmo. Então Natal e Ano Novo tem que ser no Jardim Lindoia, zona leste da “Capital do Café”. Meu time de coração sempre foi o Londrina E. Clube, o Tubarão. Nunca perdi um só jogo de uma das melhores equipes de futebol do interior do Brasil. Quando cheguei aqui, ficava desesperado quando tinha jogo e não conseguia sintonizar uma emissora de rádio do Paraná a fim de acompanhar os jogos do meu time preferido.
            Estou muito perto de me aposentar. E não vejo a hora de chegar este dia tão esperado. E quando isto finalmente acontecer, volto com os meus filhos e toda a família para Londrina, claro, onde já comprei um lindo apartamento no Jardim Coliseu na zona norte da cidade. Minha esposa comenta diariamente sobre “a sua volta ao lar” e conta eufórica os dias. Deve ser um sonho mesmo viver de rendas, num lugar aprazível, tranquilo, desenvolvido e com muita disposição esperar a chegada dos netos. Rever os amigos de infância, saborear a deliciosa culinária ucraniana e conversar sobre assuntos importantes não tem preço. Aqui, deixo alguns conhecidos que fiz e a tristeza de ter sempre que vir visitar a sepultura de meu pai que fez questão de ser enterrado por estas bandas. Mas Rondônia e Porto Velho são lugares excelentes e maravilhosos para se viver. Nasci e cresci em Londrina, mas há como negar que meu coração é rondoniense?




*É Professor em Porto Velho.

2 comentários:

Bento disse...

É O VELHO PROFESSOR LAZARENTO. DEPOIS DE ANOS FALANDO MAL DA TERRA QUE PERMITIU QUE ELE ATÉ COMPRASSE UM LINDO APARTAMENTO EM LONDRINA. VAI EMBORA PARA PASSARGADAS, VAI, MAS SE PREPARA PORQUE LÁ VOCE NÃO VAI SER REI. ESSA OPORUNIDADE SÓ RONDONIA SOFRIDA E BATALHADORA QUE VOCE CHAMA DE ROUBONIA, TE DEU. VAI EMBORA E LIVRA NOSSO POVO DA AMARGURA DE TEUS COMENTÁRIOS SEMPRE NOCIVOS. DEIXE ENFIM NOSSA RONDONIA EM PAZ. E NÓS QUE FICAMOS EM RONDONIA, NOS LIVRAMOS DE UM COMENTARISTA AZEDO, MAL AGRADECIDO PELO QUE ESSA BOA TERRA LHE PROPORCIONOU E A SEUS FAMILIARES. VAI E NOS LIVRA DESSES SEUS COMENTÁRIOS RETROGRADOS. PRECISAMOS DE GENTE QUE CONSTRUA UMA RONDONIA MELHOR NÃO DE CRITICOS AZEDOS E RECALCADOS.

Anônimo disse...

É... ironia é uma linguagem que poucos entendem. O professor não está falando dele. Leia com atenção e veja de quem ele está falando.