terça-feira, 7 de outubro de 2025

Tarcísio “enterra” o bolsonarismo

Tarcísio “enterra” o bolsonarismo

 

Professor Nazareno*

 

            Tarcísio de Freitas é um político carioca, mas no momento governa o Estado de São Paulo. É atualmente um cidadão da extrema-direita reacionária e bolsonarista de carteirinha. Talvez por isso, seus métodos e suas falas parecem ser iguais ao de seu guru, o “Mito” Jair Bolsonaro, ex-presidente que está inelegível e que recentemente foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a mais de 27 anos de cadeia por tentativa de golpe de Estado. Todos os seus asseclas e cúmplices na fracassada empreitada também foram condenados e todos devem, antes do final do ano, serem presos. Durante a pandemia da Covid-19, o ex-presidente debochou dos milhares de mortos pela doença, imitou pessoas com falta de ar e disse a icônica frase: “eu não sou coveiro” quando um seu seguidor falou que os mortos pela doença já estavam superando os números da China.

            Com o seu negacionismo inconsequente e leviano, Bolsonaro pode ter sido o maior responsável pela propagação da doença em nosso país e também pela morte de mais de 700 mil cidadãos brasileiros ao negar a compra da vacina. Até agora, nada pagou por esta tragédia anunciada. E pior: deixou seguidores. Com o problema da intoxicação pelo Metanol no Brasil de 2025, principalmente na cidade de São Paulo, onde mais de 15 mortes já foram registradas, Tarcísio de Freiras, o insensível governador bolsonarista, deu uma entrevista e disse a seguinte monstruosidade: “no dia em que começarem a falsificar a Coca-Cola eu vou me preocupar”. Ou seja, ele não está preocupado com os, até agora, 15 mortos e mais de 200 intoxicados. Tarcísio de Freitas quer se candidatar à Presidência da República usando os mesmos métodos do ex-presidente, já derrotado no voto em 2022.

            Cansados da polarização na política, os eleitores brasileiros, de um modo geral, derrotaram Jair Bolsonaro nas urnas e esperam, a partir disso, que os futuros governantes fiquem longe da maléfica dicotomia ideológica direita X esquerda e governem para o bem de todos. Jair Bolsonaro não perdeu para o Lula em 2022. Ele perdeu para ele mesmo. Perdeu para a sua arrogância e para a insensibilidade que demonstrou com os governados. Condenado, dificilmente será preso e encarcerado. Hoje ele está em prisão domiciliar gozando de todos os privilégios em sua mansão com direito a todo o conforto que um ex-presidente pode usufruir. E ainda se fala que ele estaria sendo torturado. Só que essa “tortura” permite que ele tenha ar-condicionado até nos banheiros, banhos de piscina, segurança armada, comidas no iFood, televisão com mil canais e até colchão ortopédico.

            A monstruosidade da fala do governador de São Paulo sobre os mortos pelo uso do Metanol pode ter dado o tiro de misericórdia no bolsonarismo mau, arrogante e negacionista, assim como a possível aproximação dos presidentes Donald Trump e Lula em recente telefonema entre os dois mandatários. O excelente discurso do presidente do Brasil na última abertura da Assembleia Geral da ONU parece que também jogou um balde de água fria nas pretensões da extrema-direita reacionária em governar o Brasil pelos próximos quatro anos. Isso para não falar na aprovação na Câmara dos Deputados da PEC da Blindagem também jocosamente conhecida como a PEC da Bandidagem, em que a extrema-direita, com a ajuda de 12 votos de parlamentares petistas, votou em massa para aprovar a excrescência política. Meio milhão saíram às ruas e enterraram qualquer manobra. O Brasil não vai para a esquerda como muitos pensam. Só quer ética.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Porto Velho sem parabéns!

Porto Velho sem parabéns!

 

Professor Nazareno*

 

            Hoje, dia 2 de outubro, Porto Velho, a eterna e inabitável “Capital de Roraima”, está incrivelmente completando 111 anos de existência. Apesar das festas programadas, não há absolutamente nada para se comemorar na cidade mais porca, fedida, imunda e sebosa do Brasil. Dentre as 27 capitais do país, a “cidade das hidrelétricas” ostenta o último lugar em saneamento básico e em água tratada. Aqui se convive com menos de três por cento de esgotos sanitários e menos de 40 % de água encanada. Com mais de um século de sujeira e de desorganização, o lugar é uma curva de rio que nem de longe pode ser comparado a algumas cidades localizadas no sul e no sudeste do Brasil. A “capital do descaso” sempre foi mal administrada e por isso apresenta deficiências em quase todos os setores urbanos. Nunca, nenhum prefeito lhe deu ou lhe fez qualquer uma benfeitoria.

Só que além de suja, esquecida, distante, pobre e lodosa, Porto Velho também é muito brega. Seria, afinal de contas, uma cidade do “Brasil do Norte”, como disse Paulo Bilynskyj, deputado federal bolsonarista pelo PL de São Paulo. Ideologicamente é uma cidade estranha, totalmente fora de contexto, pois quase 70 por cento de seus eleitores apesar de serem pobres e miseráveis, são da extrema-direita que só elegem candidatos conservadores e reacionários. Aqui não há festa do padroeiro e as comemorações festivas acontecem geralmente fora de época. Agora mesmo, o dia 2 de outubro terá o feriado adiado para o dia seguinte somente por ser uma sexta-feira. Até as próprias autoridades locais muitas vezes não se interessam muito pela data de criação do município. O 4 de janeiro, por exemplo, que é uma data do Estado, já foi mudado várias vezes. Um absurdo!

O mesmo acontece como o arraial Flor do Maracujá. Uma festa junina sem santo, mal feita, sem nenhum sentido e que nunca teve data certa para acontecer na cidade. A breguice crônica de Porto Velho está também nas festas que a cidade tenta promover. Para esses 111 anos de aniversário estão dizendo que a Maria Fumaça, uma locomotiva velha, obsoleta, cheia de ferrugem, imprestável e ultrapassada vai dar o ar da graça. A festa matuta terá também um bolo com 111 metros de tamanho. Quanta criatividade, meu Deus! Quanta inovação na “cidade sebenta!. A breguice porto-velhense só não é maior do que a apresentação de uma cantora que foi escolhida a dedo para divertir a todos com suas músicas igualmente bregas e cafonas. Teremos festa na roça de novo. Deve ser a festa de aniversário mais bizarra já vista. Roberto, Caetano, Gil, Chico nunca viriam aqui.

Fala-se que o governo Lula, por meio do PAC 2, estará mandando mais de 200 milhões de reais para arrumar a cidade. Tomara que o prefeito “influencer” Léo Moraes faça alguma coisa com toda essa grana. Espera-se que ele construa pelo menos alguns centímetros a mais de saneamento básico e aumente um pouco o número de pessoas beneficiadas com água tratada. Em Porto Velho quase ninguém bebe água da torneira, coisa até normal em muitas outras cidades do país. Mauro Nazif fez um inesquecível Natal com pneus velhos envergonhando a todos os munícipes. Hildon Chaves disse que ia beijar, abraçar e acariciar a cidade. Não teve coragem. Já o atual prefeito, praticamente se elegeu por que “dançou” numa poça de lama lá na rua Guaporé com a Rio de Janeiro antes das eleições. Porto Velho é uma prostituta velha e abandonada, uma capital sem eira nem beira, uma currutela fedida. Parabéns, nada! Meus pêsames! Pena de seus moradores!

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.