segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Só o comunismo salva o Brasil

Só o comunismo salva o Brasil

 

Professor Nazareno*

 

            O Brasil é um país capitalista desde que o conhecemos. É uma nação muito rica, pois há mais de meio século está entre as dez maiores potências econômicas do mundo e hoje é um dos maiores produtores de alimentos que se conhece. Tem as maiores extensões de terras agricultáveis dentre todos os países e mais de vinte por cento de toda a água doce do planeta. Tem mais de sete mil quilômetros só de litoral. Mas apesar de ser muito rico, o Brasil tem uma população extremamente pobre. Já chegou recentemente a ter mais de 30 milhões de famintos. A fila do osso em Cuiabá/MT e as cenas de pessoas revirando caminhões de lixo em Fortaleza e em várias outras cidades, à procura de comida, já viraram realidade entre nós. O capitalismo, portanto, não resolveu os problemas do nosso país. Dessa forma, não é nenhum absurdo dizer que por aqui esse regime nunca deu certo.

            O capitalismo é um regime diabólico que cria as guerras, as crises econômicas, a má distribuição de renda, a matança de seres humanos, a violência urbana, a destruição do meio ambiente, enfim, a exploração do homem pelo homem. E provoca também a eclosão de todas as doenças mentais causadas pela injustiça social. Esse regime maldito só deu certo para menos de um por cento dos brasileiros. Já o comunismo, como foi definido por Marx, é um regime próspero e justo. O comunismo é um sistema ideológico, político, filosófico, social e econômico cujo objetivo é a criação de uma sociedade sem injustiças sociais, com igualdade, com todo mundo feliz e vivendo sob a orientação do espírito fraterno, da comunhão, da aceitação do outro. No comunismo a propriedade dos meios de produção é comum a todos. E não há o Estado, as classes sociais nem o dinheiro.

            Se o Brasil fosse um país comunista, a felicidade reinaria por aqui. Não haveria tanta fome, injustiças sociais, desigualdade de renda e nem exploração de humanos. Tudo era dividido pela população. Não haveria pobreza nem riqueza em excesso. Não existiriam bancos, empresas gigantescas, fábricas, latifúndios, conglomerados de um só dono. Tudo seria do Estado e repartido em prol do bem comum. Um paraíso! Nada de censura, de golpes de Estado, de tortura a oposicionistas. Nada de DOI-CODI nem de polícia ou Forças Armadas a serviço de governos. Tudo estatal e para o bem do povo. Por isso, nunca houve um país comunista em toda a História. Cuba, URSS, Coreia do Norte, China, Venezuela, Nicarágua, dentre tantos outros, nunca foram países comunistas. São só ditaduras cruéis de partido único com uma elite rica no poder e o povo passando fome.

            Lula diz que é da esquerda, mas não é. Se fosse, já teria implantado o comunismo no Brasil e teria estatizado tudo e distribuído em benefício de toda a população sofredora, que trabalha para produzir as riquezas existentes. Se Lula e o PT fossem realmente progressistas, o salário mínimo do Brasil não seria a miséria que é, a nossa bandeira já seria vermelha e o nosso hino nacional seria a “Internacional Socialista” e nada de “Ouviram do Ipiranga...”. Além do mais, Jesus Cristo foi um comunista. Deus também é comunista. O comunismo é a comunhão, a fraternidade, a compaixão, o amor pelo irmão. Jesus expulsou os vendilhões do templo. E hoje talvez não admitiria muitas dessas igrejas neoevangélicas que geralmente se baseiam no dinheiro, no lucro. Comunismo com religião, com trabalho, com democracia e com a participação de todos na construção do bem comum. Só o comunismo salvaria o Brasil de suas mazelas históricas. Mas quando?

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

2 comentários:

Aprenda Redação disse...

Amanda C. Corrêa
Resposta à crítica ao capitalismo e à defesa do comunismo O debate sobre os sistemas econômicos é complexo e exige uma análise criteriosa dos fatos históricos e dos dados concretos. O Brasil, de facto, é um país de grande riqueza natural, sendo um dos maiores produtores de alimentos do mundo e possuindo vastos recursos hídricos e terras agricultáveis. No entanto, a existência de desigualdade social e pobreza não pode ser atribuída exclusivamente ao capitalismo, mas sim a um conjunto de fatores, incluindo a má gestão dos recursos públicos, a corrupção, a ineficiência estatal e questões estruturais históricas. O Capitalismo e Seus Resultados no Brasil e no Mundo O Brasil adota um sistema capitalista, mas com fortes traços de intervencionismo estatal e burocracia excessiva, o que muitas vezes compromete o pleno desenvolvimento econômico. Diferente do que foi afirmado, o capitalismo já demonstrou, em diversas nações, ser um sistema eficaz para reduzir a pobreza e melhorar a qualidade de vida. Exemplos incluem: • Coreia do Sul: Nos anos 1950, era um país tão pobre quanto algumas nações africanas.

Aprenda Redação disse...

ONTINUAÇÃO (Amanda C. Corrêa) Com uma economia de mercado e investimentos em educação e tecnologia, tornou-se uma potência econômica, elevando drasticamente a renda per capita e o bem-estar da população. • Singapura: Pequeno território sem grandes recursos naturais, que apostou na economia de mercado, na abertura ao comércio global e na inovação, alcançando um dos mais altos PIBs per capita do mundo. • Chile: Após reformas econômicas na década de 1980, reduziu significativamente a pobreza e se tornou um dos países mais desenvolvidos da América Latina. Já no Brasil, problemas como a alta carga tributária, a burocracia excessiva e a falta de um ambiente de negócios favorável impedem um crescimento econômico mais robusto, dificultando a distribuição de riqueza. A desigualdade, portanto, não é um problema inerente ao capitalismo, mas sim à maneira como ele é aplicado e regulado. Os Problemas das Experiências Socialistas/Comunistas A ideia de que "se o Brasil fosse comunista, a felicidade reinaria" ignora os exemplos históricos de países que tentaram implementar o comunismo e resultaram em crises econômicas, autoritarismo e miséria generalizada: • União Soviética (URSS): A estatização completa da economia gerou escassez de bens básicos, repressão política e uma das maiores crises humanitárias do século XX. Milhões de pessoas morreram de fome na Ucrânia (Holodomor) e em outras regiões do bloco soviético. • China de Mao Tsé-Tung: Durante o "Grande Salto para Frente", milhões morreram de fome devido à centralização estatal da produção agrícola. A China só conseguiu prosperar após reformas de abertura econômica no final dos anos 1970, adotando elementos de mercado. • Coreia do Norte x Coreia do Sul: Ambos os países tinham contextos semelhantes no início dos anos 1950, mas a Coreia do Norte adotou um sistema centralizado, resultando em miséria extrema e repressão, enquanto a Coreia do Sul prosperou com uma economia de mercado. • Cuba: Após décadas de comunismo, enfrenta dificuldades econômicas severas, com racionamento de alimentos e fuga em massa da população em busca de melhores condições de vida. Comunismo e Democracia: Uma Contradição Na teoria, o comunismo propõe um mundo sem classes e sem Estado, onde todos vivem em harmonia. No entanto, todas as tentativas históricas de implantação desse modelo resultaram em regimes autoritários, sem liberdade de expressão e sem alternância de poder. Em contrapartida, as nações mais livres e democráticas do mundo são capitalistas, como os países escandinavos, Canadá, Austrália, Alemanha e Estados Unidos. Conclusão O capitalismo não é perfeito e apresenta desafios, como a necessidade de políticas públicas para reduzir desigualdades. No entanto, ele já provou ser o sistema mais eficiente para gerar inovação, reduzir a pobreza e melhorar a qualidade de vida. O comunismo, por outro lado, nunca conseguiu ser implementado sem que levasse a regimes autoritários e crises econômicas severas. A prosperidade não se alcança eliminando a propriedade privada ou estatizando tudo, mas sim com políticas que incentivem o crescimento econômico, a liberdade de mercado e a justiça social. Portanto, dizer que "o comunismo salvaria o Brasil" ignora as evidências históricas e as consequências de experiências reais. O caminho para um país mais justo não está na estatização da economia, mas na combinação de um capitalismo eficiente, políticas públicas bem estruturadas e instituições sólidas.