quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Bozo: governo antivacinas

Bozo: governo antivacinas

 

Professor Nazareno*

 

            O Bolsonarismo talvez não seja sinônimo de burrice nem de estupidez coletiva. Muito menos se pode acreditar que os eleitores do “Mito” sejam um conjunto maciço de pessoas desprovidas de conhecimento mínimo. Existem muitas exceções, claro. Porém, a mensagem que se passa todo dia é que esse atual governo do Brasil é um grupo só de gente sem a menor capacidade de raciocínio lógico. De início, os bolsonaristas mais radicais pregavam a teoria de que a Terra é plana. E até davam palestras sobre isso. O capitão, formado em Educação Física, e fruto só do conhecimento da caserna, não é um indivíduo em quem se possa acreditar. Talvez esse sujeito jamais em toda a sua vida tenha lido um único livro. Limitado em conhecimentos, coerência, intelecto e em vários outros aspectos simples da vida cotidiana, Bolsonaro só exala estupidez quando fala.

            A cultura do atraso e do obscurantismo de Bolsonaro e dos bolsonaristas é tanta que o mesmo foi eleito se baseando no anticomunismo, na negação do socialismo e nos aspectos da já ultrapassada Guerra Fria. O “Bozo” a todo instante tenta jogar o Brasil no caminho da Idade Média e do atraso e por isso ele é ridicularizado mundo afora. O lado triste de tudo isso é que grande parte da população brasileira, assim como o presidente e seus doentes seguidores, não tem leitura de mundo nem informações. Assim, eles tentam a todo o momento negar a ciência e o conhecimento. Durante esta pandemia, por exemplo, as bizarrices vindas das “hostes bolsonaristas” são de fazer tremer qualquer um ser humano que tenha o mínimo de discernimento. Tratamento precoce, quebra do isolamento social e negação do vírus viraram a rotina perversa deles. Reles trogloditas!

            Até a vacina contra a Covid-19, criada pelos mais conceituados laboratórios e cientistas do mundo, é alvo dos bolsonaristas. Nunca, jamais na vivência deste país se questionou tanto a eficácia de um imunizante como agora. Mas são muitos destes “negacionistas de ocasião” que estão furando a fila para tomar esse antivírus. Até a mãe do próprio presidente tomou a vacina chinesa para se livrar da ameaça fatal. Ou seja, Cloroquina e Ivermectina para os seguidores do “Mito” e vacina para a sua gente. Nenhum dos medicamentos “prescritos” por ele tem qualquer indicação científica de que podem deter tal ameaça. Bolsonaro, que não é médico nem tem nenhuma formação na área, enganou e fez de trouxas muitos de seus eleitores. Ele e seu inútil ministro da Saúde deviam ser denunciados ao Tribunal Internacional de Haia por crimes hediondos.

            A situação é tão estranha que a deputada federal capixaba Soraya Manato, bolsonarista de carteirinha, que ainda defende o “tratamento precoce” para combater o Coronavírus e criticava ferozmente a Coronavac, tomou a “vacina chinesa” meio que às escondidas de seu eleitorado. Por quê? Muito triste: apesar de todas estas bravatas de Jair Bolsonaro e de seus seguidores, ele não cairá tão cedo. Aliás, ele nem cairá e pode até terminar o seu mandato tranquilamente.  O Centrão, bloco de políticos malfeitores, que ele atacava com “unhas e dentes” durante a campanha eleitoral, defende-o a todo custo e não quer, por enquanto, escorraçá-lo do poder. Bolsonaro, seus adeptos e todos que os defendem podem significar um atraso sem precedentes em nossa História. Precisaremos de muito tempo para voltar ao que éramos antes de tudo isso. O governo antivacinas deixou de comprar quantos milhões de doses? E quantas mortes já causou?

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

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