quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Escola João Bento da Costa faz História, de novo, no ENEM

Escola João Bento da Costa faz História, de novo, no ENEM

         Após a divulgação pelo INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, dos resultados do ENEM/2013 por escolas, a alegria tomou conta de professores, alunos e funcionários da Escola Estadual Professor João Bento da Costa localizada na zona sul de Porto Velho. O motivo de tanta euforia foram as excelentes notas conseguidas por esta instituição pública de ensino no Exame Nacional do Ensino Médio do ano passado. Com quase 500 alunos participando daquelas provas, um recorde estadual, o JBC não só fez História como também elevou ao topo máximo o nome do Estado de Rondônia nos cenários regional e nacional. “Infelizmente o Estado de Rondônia, principalmente na área política e administrativa, nos últimos anos, só tem dado desgosto e vergonha para os seus habitantes, as incontáveis operações policiais neste Estado associadas à corrupção e à roubalheira nos faz perder a vontade de viver e trabalhar dignamente aqui”, afirmou um professor do Projeto Terceirão da escola, que não quis se identificar. “Esse resultado conseguido pelos dedicados alunos desta instituição de ensino demonstra que há coisas neste Estado que dão certo e por isso deveriam ser reconhecidas. E é dessa forma, usando a competência, o trabalho sério, a disciplina, a dedicação e o compromisso, que a Escola João Bento da Costa dá a sua contribuição para limpar o nome deste Estado”, concluiu o educador.
            As notas do Colégio João Bento da Costa são realmente envaidecedoras em todos os sentidos. Com uma média superior aos 514 pontos nas provas objetivas e 574 na prova de Redação, o JBC ficou em primeiro lugar no Estado de Rondônia dentre todas as escolas estaduais e em toda a região Norte do país, esta escola da zona Sul de Porto Velho ficou em terceiro lugar nesta modalidade de ensino perdendo apenas para o Colégio Militar da Polícia Militar do Estado do Amazonas e para a Escola Estadual de Tempo Integral Marcantonio Vilaça II, ambas de Manaus, respectivamente com as notas 537 e 535. No ENEM de 2013, o João Bento desbancou escolas estaduais de estados tradicionais da Federação como o Pará, Mato Grosso, Maranhão, Sergipe e Paraíba. Vários professores do Projeto Terceirão da Escola João Bento da Costa foram unânimes em afirmar que estas notas são o resultado de muita dedicação, trabalho e compromisso e que poderiam ser bem maiores que ainda assim não seria nenhuma surpresa. “Ainda temos muito a conquistar, estas notas estão muito baixas se levarmos em consideração as notas obtidas por escolas estaduais de Estados como São Paulo, Minhas Gerais e Rio de Janeiro”, afirmou a professora Soniamar Salin de Redação e Língua Portuguesa do Projeto Terceirão da Escola João Bento da Costa.
            O Diretor da Escola, professor Chiquinho Lopes, foi categórico ao afirmar que o sucesso da escola é um esforço conjunto de todos os envolvidos no processo educacional do estabelecimento de ensino. “Do mais humilde funcionário, passando pelo pessoal de Secretaria, Supervisão, Orientação Educacional e por todos os professores e alunos das séries iniciais do Ensino Médio e, obviamente, pelos professores e alunos do Projeto Terceirão desta escola, todos são os grandes responsáveis por este sucesso”, disse o Diretor, que acabou de ser reeleito para um mandato de mais três anos à frente desta unidade de educação. Vários professores afirmaram que o ensino ministrado no João Bento em nada se diferencia das tradicionais escolas particulares de Porto Velho. Aliás, em termos de nota do ENEM, percebe-se que o JBC está parelho com as melhores escolas particulares da cidade tendo inclusive superado algumas delas. Realmente, as notas da escola se parecem e muito com as notas das melhores escolas particulares de Porto Velho, basta se verificarem as relações divulgadas pelo INEP.
Se a nossa escola proporcionasse um turno integral para os seus alunos, sem demagogia e sem propagandas político-partidárias no processo, certamente ninguém nos batia neste Estado e seríamos uma das melhores escolas do país”, afirmou convicta uma das alunas que estudou na equipe de 2013 da escola. Do ponto de visto da estrutura física, no entanto, a escola JBC em nada se diferencia de outras escolas públicas de Rondônia e mesmo do Brasil. Há muita sujeira, esgotos a céu aberto, carteiras quebradas, aparelhos de ar condicionados defeituosos, calor insuportável, banheiros imundos que mais se parecem os banheiros da rodoviária da cidade. O grande diferencial, entretanto, são os professores compromissados com os bons resultados e principalmente a garra dos alunos que chegam ao terceiro ano. “Aqui nós cobramos muito dos nossos alunos, pois sabemos que eles têm muito a dar, pois não se faz uma escola boa na base da conversa mole e do jeitinho”, afirmou o Professor de Redação. “Até o horário aqui é rigoroso. Aluno que chega atrasado 1 minuto apenas, é advertido, não entra em sala de aula e nem faz prova, só depois e com justificativas pertinentes”, concluiu.
O professor de Redação afirmou ainda que as notas obtidas pelo João Bento são realmente muito baixas observando-se outras realidades em Rondônia e no Brasil. “Todas as nossas escolas públicas deveriam ser de tempo integral, o Poder Público deveria junto com a população incentivar e reaparelhar melhor todas as escolas públicas”, disse. O professor também mostrou a sua preocupação com as outras escolas públicas de Rondônia: “se a melhor escola teve esta nota, é de se imaginar como não é o ensino na pior escola”, concluiu.
O potencial dos professores do João Bento parece realmente fazer o grande diferencial em favor da escola. Neyzinho, professor de Matemática e Mestre com estudos de pós-graduação e especialização na França, sempre reconheceu a potencialidade dos seus alunos. “Aqui, temos alunos de excelente qualidade que se forem realmente trabalhados produzirão grandes resultados”, afirmou um dos melhores professores de Matemática de Rondônia. Carlos Moreira, poeta de primeira linha, vários livros publicados e professor de Literatura do Projeto Terceirão também concorda com o professor Ney. O João Bento da Costa conta também com outros grandes nomes na área da educação em Rondônia como o Professor de História Walfredo Tadeu, um dos melhores do Estado, Arimatéia Dantas de Geografia, Thalles Gomes, Russimeire, Geane, Mônica de Química, Doralice de Inglês, Vagson, Adriana, a vice-diretora e coordenadora do Projeto, Elizabet Lima da Silva, dentre tantos outros. Mas não são eles que estão de parabéns. É Porto Velho, é Rondônia, é a educação pública deste Estado. São, enfim, os pais e os alunos do Projeto Terceirão do Colégio João Bento da Costa de Porto Velho: uma escola pública que sempre deu certo.

7 comentários:

Jaqueline disse...

Sou da turma de 2008 dessa escola e o senhor mais do que ninguém sabe que se não fosse a equipe,digo,os PROFESSORES do terceirão,nada disso aconteceria.O senhor mesmo é prova de que esse trabalho não existe nas primeiras series do ensino médio,entao não faça média professor,o senhor sabe muito bem que chegávamos com defasagem total no terceirão de conteúdo,nao tínhamos vicio de leitura,não sabíamos ler,escrever e só fomos aprender isso com educadores de verdade do terceirão.Experimente trocar,coloque no terceirão os professores de primeiro e segundo ano e vamos ver se tem esse resultado? Esse diretor aí me deu aula no primeiro ano e só enrolava,faltava mais que ia,e agora de forma "categórica" diz que o resultado é de todos.Deixamos de ser hipócritas,sabemos que sem esse povo do terceirão(na época me deram aula o tadeu,o senhor,o ari,a russi,a mônica,a Dora,o Ney,o Decio,tinha outros de manhã que eu não conhecia).Sei que agora aumentou essa turma,mas essa escola não é nada sem a equipe do terceirão,pois se dependêssemos dos outros estaríamos F..... e, o senhor sabe disso. Parabéns a essa turma.

Pablo disse...

Desa vez não entendi se é ironia ou se o senhor está satisfeito com essa notinha (514).Para um crítico como o senhor,essa notinha é pouco para educação de qualidade não acha?

Carlos André disse...

Papo furado,essa escola só tem nome porque os professores do classe A trabalham no terceirão lá,o resto da escola é uma bagunça,uma sujeira.Minha irmã estuda lá e dá até pena dela.Se tivessem uma equipe tão "competente" assim,porque será que o que ela menos teve esse ano foi aula? Deixe pra cantarem vitoria com notas acima de 700,menos que isso é lorota pra qualquer escola que diz ser "boa"

Joel disse...

Concordo com o Carlos,essa escola só funciona por causa dos professores do Classe A,se não como eles justificariam as notas do classe A ,que convenhamos, não é lá essas coisas também pelo valor que cobra nas mensalidades e cursinhos.Se são os mesmos professores,pelo que recebem deveriam fazer muito mais e nada mais que obrigação.Para quem se julga tão competente,uma nota abaixo de 600 é insuficiente para professores que dizem ter mestrado.

Antônio de Souza Alencar disse...

Joel e Carlos André, é verdade que a nota do Colégio João Bento não foi lá essas coisas. Mas, com todo o respeito, ficou em terceiro lugar entre as escolas estaduais de toda a região Norte do Brasil e primeiro lugar no Estado. E isso é motivo, sim, para comemorações. Ou vocês gostariam que Rondônia fosse somente lembrada com os escândalos de corrupção, roubos e prisão de políticos? O sucesso incomoda a muita gente e vocês se parecem muito incomodados. Deviam se envergonhar dessa posição mesquinha, fascista e egoísta. Tenho dois filhos que estudaram naquela escola e hoje estão na UNIR. Um deles se forma em 2015 e só tenho a agradecer aqueles heróis professores que conseguem se sobressair no meio de tanta incompetência e inveja. O que impede de outras escolas de Porto Velho terem professores gabaritados como estes do João Bento? Isso é proibido? Por que outras escolas de Rondônia não fazem o que o JBC faz?

Deivisson disse...

Nada a ver.Todos sabem que essa escola é só aparência e esse terceiro ano só funciona pq os professores do Classe A estão lá.Essa "mediazinha" é resultado de uma educação ainda medíocre em nosso Estado que se contenta com pouco e prevalece a corrupção.Só não entendi professor Nazareno que sempre foi consciente e crítico se está ironizando ou falando sério que está feliz com essa nota.Não acha pouco pra quem diz que os professores têm mestrado?kkk

Nelson Souza disse...

PARABENS À TODOS OS ENVOLVIDOS NESSE PROJETO.QUE O BOM DEUS LHES MOTIVE CADA VEZ MAIS.É A NOSSA LUZ NO FIM DO TÚNEL.