Marcos Rocha, um
líder na COP26
Professor
Nazareno*
Marcos Rocha, o
“coronel bolsonarista” e atual
governador de Rondônia, fez história na recente conferência do clima em Glasgow
na Escócia. O mandatário rondoniense participou da cúpula “em grande estilo” junto com alguns de seus melhores assessores e
mostrou ao mundo civilizado que Rondônia, a até então desconhecida e afastada
unidade da federação no Brasil, não é um lugar para amadores e merece, assim
como ele próprio, destaque absoluto entre as grandes potências mundiais. Desinibido
e carismático, Rocha impressionou a todos com a sua capacidade ímpar de liderar
as nações rumo a um mundo melhor e mais habitável no futuro. A ascensão deste político
ao estrelato maior no disputadíssimo cenário mundial começou com o seu
excelente e forte discurso, em inglês, para uma plateia de quase 200 líderes
mundiais ali reunidos.
Defensor intransigente do meio
ambiente, da floresta amazônica e dos povos originários, o eminente governador começou
falando sobre a sua pouca idade, porém salientando que na Amazônia há vestígios
de que povos vivem ali há pelo menos seis mil anos. Foi aplaudido de pé e com
muita atenção pelos presentes. A seguir, enfatizou com muita sabedoria que
todos nós devemos ouvir as estrelas, a lua, o
vento, os animais e as árvores. Ou seja, devemos estar submissos à natureza e
respeitá-la sempre. E para delírio de todos prosseguiu: “hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios
estão morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra está
falando”. Marcos Rocha nos disse ainda com muita convicção que os humanos
não têm mais tempo. “O momento é agora!
Não em 2030 ou 2050”, ensinou.
A
cada palavra do notório mandatário rondoniense, a plateia, e o mundo inteiro, se
entusiasmavam ainda mais. Rocha advertiu também em sua fala que
precisamos tomar outro caminho com muitas mudanças
corajosas e globais. Falou com eloquência e conhecimento de causa sobre a
necessidade de se frear as “emissões de
palavras mentirosas e irresponsáveis e a poluição de palavras vazias” e
corajosamente concluiu mostrando a todos ali presentes que “é necessário sempre acreditar que o sonho é
possível. Que a nossa utopia seja um futuro na Terra”. Desde que esse “coronel bolsonarista” assumiu o poder,
Rondônia mudou em tudo. Praticamente não há mais fumaça por aqui durante os
verões. A paz reina no campo. Os pobres têm assistência. A produção só aumenta.
Rondônia não tem desigualdade social. O povo camponês é feliz.
Durante
a pandemia da Covid-19 em Rondônia, por exemplo, Marcos Rocha mostrou todo o
seu valor: condenou o negacionismo e o tratamento precoce e por isso, salvou
muitas vidas no Estado. Sem corrupção em seu governo e “antenado” sempre com a defesa intransigente da natureza, ele só tem
preocupações em salvar o planeta da derrocada final. Dando entrevistas em
vários idiomas, nosso governador foi aplaudido durante quase uma hora no seu “fictício” discurso na COP26. Depois de
Jorge Teixeira, o coronel que é o “deus
de Rondônia”, não há outro mandatário tão carismático quanto esse coronel
Rocha. Duas coisas, no entanto, precisam ser melhor esclarecidas: por que Rocha
não deu ao inteligente e popular presidente Jair Bolsonaro o protagonismo
durante essa cúpula do clima? Quanto será que o contribuinte de Rondônia pagou
em diárias para ele e seus assessores representarem tão bem o nosso Estado lá na
Escócia?
*Foi Professor em Porto Velho.
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