quarta-feira, 31 de março de 2021

O “Bozo” manda no país?



O “Bozo manda no país?

 

Professor Nazareno*

 

            Jair Messias Bolsonaro ou simplesmente “Bozo” é, claro, o atual presidente do Brasil. Foi eleito com quase 58 milhões de votos em 2018. Só que nunca governou como deveria. Desde que assumiu o mandato sempre criou encrencas em todos os setores onde se mete. Eivado de ódio e de vingança, tentou a todo o momento fazer com que o país entrasse numa espécie de túnel do tempo em que se condenava o comunismo, os países comunistas e exaltava a Ditadura Militar como tendo sido uma das melhores coisas que aconteceram ao Brasil. Expulso das Forças Armadas por insubordinação e por terrorismo, Bolsonaro exerceu por quase 30 anos o cargo de deputado federal. Parlamentar fraco, ineficaz, apagado e sem nenhuma notoriedade, ficou mais conhecido pelas bravatas e pelas monstruosidades que falava no Parlamento.

            Admirador e fã do torturador Carlos Brilhante Ustra, Bolsonaro emplacou em seu fraco e desacreditado governo uma penca de militares incompetentes que enfraqueceram ainda mais a sua apagada administração. Com medo de sofrer um impeachment no Congresso Nacional, aliou-se ao Centrão, um bloco de parlamentares corruptos, fisiologistas e malandros. Acuado, tornou-se refém desses parlamentares, que são de fato os que mandam no país. O Centrão troca os ministros do “Bozo” como quem troca de roupa. Como o Bolsonaro não manda mais em nada devia pedir para sair. Eduardo Pazuello ministro da Saúde e Ernesto Araújo ministro das Relações Exteriores são dois claros exemplos de que o atual presidente é apenas uma mera figura decorativa no Palácio do Planalto. Sem popularidade, sem prestígio e poder, não manda em nada.

            Se analisarmos apenas dois setores da vida pública nacional, perceberemos o que é de fato esse governo: a condução do país na pandemia do Coronavírus e também a questão da economia. Nem precisaremos falar sobre o meio ambiente, tema do qual o Brasil é um pária internacional com as queimadas anuais na Amazônia e no Cerrado. O nosso país infelizmente é hoje o epicentro mundial da Covid-19 com mais de três mil mortos por dia e uma cifra astronômica de mais de 12 milhões de infectados com mais de 315 mil vidas ceifadas pelo vírus. Negacionista e muito pouco eficaz no combate à pandemia, Bolsonaro ainda insiste na prescrição de remédios sem nenhuma comprovação científica para deter o Coronavírus. Já está no quarto ministro da Saúde e a atual situação caótica do país faz com que os brasileiros sejam evitados no exterior.

            A inflação galopante já ameaça voltar. O gás de cozinha, a gasolina, a carne e os gêneros de primeira necessidade não param de subir. Basta ir a um supermercado e sentir na pele a incompetência desse governo de extrema-direita. O número de famintos explodiu no país e hoje está perto dos trinta milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. De sétima economia do mundo, o Brasil já é hoje a décima segunda se medirmos o seu PIB. Sem saída para as crises que cria no dia a dia, Bolsonaro ensaia golpe nas instituições, faz ameaças à democracia, diz que troca ministros, insinua que vai decretar estado de sítio, golpeia as Forças Armadas ao demitir os ministros militares, convoca para reunir, reúne para convocar e o país seguindo no caminho do caos. Sem vacinas para se imunizar contra a Covid-19, por total incompetência do seu governo genocida, os brasileiros morrem como insetos. Bolsonaro e o Centrão: unidos pelo caos.

 

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.


domingo, 28 de março de 2021

Fúnebre comédia rondoniana


Fúnebre comédia rondoniana

 

Professor Nazareno*

 

Rondônia é uma desgraça só. Sempre foi. Desde os extintos territórios do Guaporé e de Rondônia até a maldita transformação em Estado, a mais “nova estrela no azul da União”, a desventura é companheira das hoje poucas mais de um milhão e oitocentas mil desafortunadas pessoas que tiveram o supremo azar de ter nascido aqui ou que escolheram isso aqui para morar e viver. Em tempos de bonança, se é que já houve, apresentava só desgraça, infortúnios e desmantelos. Em raríssimos tempos de honestidades sempre esteve carcomida pela corrupção e pela roubalheira dos muitos maus políticos que aqui aportaram e melhoraram de vida, mas não melhoraram a vida dos rondonienses. Nem a de ninguém. Já em tempos de pandemia do Coronavírus, o inferno para cá mandou uma de suas filiais. Agora, Rondônia ou leva fim ou implode.

Nesta pandemia terrível, eu não teria coragem e dizer que Rondônia é uma porcaria. É muito pior, mesmo sabendo que sempre foi a latrina do Brasil. Somos a segunda pior dentre todas as unidades da federação em vacinação. Ganhamos só do Pará. E nunca saberemos quantas doses de vacina vêm para cá e nem quantas virão. Parece que não temos políticos atuantes, fato, aliás, a que já estamos acostumados desde sempre. Rondônia toda vida foi levada a pagode pelo resto do país. Os rondonienses acreditam, por exemplo, que um gaúcho de coração foi o maior defensor deste pedaço de Brasil. Dentre todos os Estados do país, recebemos sempre o menor número de vacinas para imunizar nossa gente. Parece até que não temos deputados federais nem senadores que lutam para salvar o povo que pelo menos os elegeu para nos representar.

Como se não bastasse esta desgraça da falta de atuação da classe política para tentar debelar o Coronavírus, um de nossos ex-governadores envergonha mundialmente o Estado prescrevendo fumaça e maçaricos de solda elétrica para curar a Covid-19. Não sou rondoniense e nem quero ser e com esta bizarrice rondoniana certamente nesta hora teria muita vergonha de dizer que vivo aqui. O atual governador do Estado está omisso diante do caos. Pouco ou nada fez até agora para salvar a vida dos seus iludidos e tolos governados. É apenas fã do “Bozo”, outro ineficaz. Nunca o vi se lamentar pelos muitos mortos do vírus letal. Pressionado pelo prefeito da capital, também prometeu muitas vacinas para imunizar os beiradeiros aqui nascidos. Só que até agora, nada de imunizantes. Os rondonienses estão jogados à própria sorte. Se escapar um será milagre.

O prefeito da capital, que neste pior momento da pandemia está desaparecido da cidade (Maldivas?), nos calou por um mês com as prometidas 400 mil doses de vacinas que viriam da AstraZeneca/Oxford, mas que estão para serem bloqueadas pela União Europeia. Já o fraco e “perdido” governador do Estado nos prometeu um milhão de doses da vacina russa Sputnik V, ainda não aprovada pela ANVISA. Tomara que nos próximos dias estes imunizantes prometidos com toda a pompa e astúcia desembarquem em terras karipunas. Caso contrário, estaremos todos perdidos e seremos facilmente devorados pelo Coronavírus. O “Tonhão” será pequeno para receber tantos defuntos. O jeito é o secretário de Saúde de Rondônia, para agradar ao governador do Estado e ao presidente da República, continuar com a sua teimosia em prescrever “tratamento precoce” para um vírus. Em Rondônia é tudo “em fim”. Assim diz seu feio e tosco hino.

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.


domingo, 21 de março de 2021

Caos: Genocida x Ladrão

Caos: Genocida x Ladrão

 

Professor Nazareno*

 

            Serra Leoa é um país muito pobre e miserável da África subsaariana. Grande parte de sua população não tem acesso a boas escolas nem aos bens de consumo de primeira necessidade. Apesar de ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo e de ter abundância de recursos naturais, a miserável nação ainda tem um grande contingente de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza e passa fome. A enorme desigualdade social é a marca daquele lugar inóspito. O país é cortado por estradas esburacadas, a infraestrutura é decadente e nas maiores cidades a violência sem controle é uma constante. A corrupção nas províncias é normal e na política, a formação de sucessivos governos hostis mostra o grau de instabilidade em que a população vive. Serra Leoa tem uma frágil democracia e ameaças de golpe militar são bem frequentes.

            A pandemia da Covid-19 infelizmente chegou ao país de forma avassaladora e hoje Serra Leoa é o epicentro da catástrofe com um número recorde de infectados e mortos. Desde o início, o atual governo sempre negou a existência do vírus e o presidente “botou na cabeça” que existiam remédios para combater o mal. Sem nenhum conhecimento da medicina, o irresponsável do mandatário maior prescreveu esses medicamentos sem nenhuma serventia e praticamente obrigou os governadores das províncias a fazer o mesmo. Não só envenenou parte da população como abriu caminho para a ação nefasta do vírus. Pior: não comprou vacinas dos grandes laboratórios mundiais quando lhe foram oferecidas causando dessa forma mortes e mais mortes entre a sua ignorante gente. A oposição o acusa de genocida e faz ameaças de impeachment.

            O pior é que a oposição do país sempre foi totalmente desorganizada e tem hoje num dos ex-presidentes a sua única chance de derrotar o “genocida” nas urnas. Só que este cidadão é um notório ladrão e demonstrou isso quando cumpriu no passado recente dois mandatos como chefe da nação. Ele aparelhou o Estado e nomeou só corruptos e desonestos para os postos chave de sua administração. O país foi roubado e explorado como nunca na sua gestão. Muitos políticos desonestos enriqueceram. Havia ladrões em todas as esferas do poder. Foi julgado e condenado, mas de forma injusta e totalmente errada. O juiz que comandou os processos contra ele é um escroque e também desonesto que usou as prerrogativas da Justiça para subir na carreira. Em Serra Leoa, a corrupção, o roubo e os desvios estão entranhados em todas as esferas de poder. E todos roubam.

            Porém, a maioria da burra população está dividida e, de coração, igualmente ama os dois políticos: o atual presidente de Serra Leoa é um genocida, um monstro, um semianalfabeto, um desqualificado, um psicopata, um pequi roído, irresponsável, mau-caráter, escroto, boçal, inapto, estúpido, celerado, maligno, criminoso, embuste, fracassado, desequilibrado, incapaz, sádico, burro, mau, louco, asqueroso, atroz, carrasco, parasita, cafajeste que ri das muitas mortes pela pandemia e mesmo assim tem o apoio de quase 30 por cento da população. Já o ex-presidente, que também tem igual aceitação do povo, é um corrupto, ladrão, analfabeto, cachaceiro, usurpador, grogue, desonesto, bandido, vigarista, trapaceiro, subornável, vendível, incorreto, sujo, gatuno, tratante, desleal, malandro, venal, indecente, corrompível, imoral, devasso, degenerado, viciado. O problema de Serra Leoa são os políticos, mas o povo também tem sua culpa.

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

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quinta-feira, 18 de março de 2021

A censura “bolsonarista”

A censura “bolsonarista

 

Professor Nazareno*

 

            É claro que não estamos no Irã, na Arábia Saudita nem na Coreia do Norte. Não se deve estar também numa republiqueta de bananas nem num país miserável da África Subsaariana. Estamos no Brasil, que apesar das evidências, vive um regime democrático desde o fim da Ditadura Militar em 1985. Seria normal se pensar que “nestas paragens do poente” a censura já faz parte do passado. Ledo engano. O cerceamento às liberdades democráticas e à liberdade de pensamento nunca deixou de existir. Em certos lugares, por exemplo, a censura pode não existir na Constituição, nos compêndios, códigos de conduta e em algumas repartições públicas. Mas dentro de várias redações de muitos sites “informativos” é o “pau que rola”. O ataque por grana aos entes públicos mais endinheirados como prefeituras, assembleia legislativa e governo do Estado é a rotina.

            Muitas vezes eivados pela falta de competência na arte de informar, alguns “jornalistazinhos de fundo de quintal vergonhosamente colocam suas “empresas” à disposição de determinados órgãos públicos. Assim, agem como nos tempos da escravidão quando o antigo capitão-do-mato, mesmo sendo negro, perseguia, maltratava, torturava e até matava seus irmãos de cor em troca de algumas reles moedas. A adulação, o lamber de botas e a puxação de saco ao patrão branco e rico era algo até normal para esses ex-escravos. A diferença é que o dinheiro que pagava àquele era particular. Já o dinheiro que é pago hoje ao moderno “capitão-capanga” pode ser público. O que seria uma excrescência inaceitável. Ninguém pagaria do próprio bolso pelo silêncio dessa gente. Maus políticos se confraternizam todo ano com a mídia venal.

            Dentro de uma redação de jornal, de rádio ou de um site de notícias qualquer, nesses tempos modernos e cheios de ética, deve ser a coisa mais normal do mundo uma possível conversa do “dono” com os seus funcionários: “Atenção, chegou mais um texto daquele colaborador (ou de outro qualquer colunista). Leiam com bastante atenção cada palavra, pois se falar MAL da Assembleia Legislativa, do prefeito, de determinado deputado, senador ou então do governador, não pode ser divulgado”. Também muito estranha seria a conversa de um político com algum subordinado seu: “pergunte ao fulano de tal, dono do jornal, do site ou da rádio quanto ele quer para falar bem da nossa gestão. Acerte o preço, condições e formas de pagamento”. Estas vozes podem ser tão atuais quanto à Covid-19. E falam mal do “Bozo”, mas se vendem.

            Um jornalista amigo meu me disse que a pior censura é a autocensura, pois enquanto aquela era determinada por razões políticas e ideológicas, esta é determinada pela ambição, pela falta de vergonha e respeito pela profissão. Aquela era uma política de Estado e de governo. Esta é uma decisão de uma só pessoa: o meu patrão. A censura da Ditadura Militar, por exemplo, podia ser driblada pela inteligência, era ilegal, era denunciada e tinha data marcada para acabar. Como de fato acabou. Já a censura de hoje é somente imoral e não acabará nunca. Inteligência neste caso não vale nada, apenas o puxa-saquismo e o vil metal. Como fica o caráter de um “jornalista” que sabe que está se vendendo, sendo corrupto e fazendo algo errado, indecente, antiético e dessa forma contribuindo para a piora da sociedade onde vive? São “putas” dignas só de pena e nojo mesmo. Já pensou se houvesse julgamentos para esses tipos de crimes morais e éticos?

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.




quarta-feira, 17 de março de 2021

E o “Bozo” vai renunciar...

E o “Bozo” vai renunciar...

 

Professor Nazareno*

 

Finalmente, depois de tanto tempo, uma notícia alvissareira para grande parte do Brasil e dos brasileiros: o presidente da República vai renunciar. Diante da catástrofe ocasionada pela pandemia da Covid-19 com quase 300 mil mortes, sem vacinas, sem hospitais, sem médicos, sem remédios, sem UTI’S e sem nenhuma esperança de dias melhores, não restou outra alternativa para o fraco governo de Jair Bolsonaro e de seus desastrados ministros senão a saída definitiva do comando da nação. No entanto, o “Bozo” fará um pronunciamento aos seus governados para explicar as razões desta sua grande e patriótica decisão. Agora, sem o medo dos “panelaços” tão comuns que se verificavam toda vez que ele tentava falar alguma coisa em cadeia de rádio e televisão. Outros dizem que o discurso do ex-presidiário Lula teria influenciado o atual presidente.

Bolsonaro, enfim, para a alegria geral, reconheceu estar à frente de um governo que não funciona. Eleito de supetão e sem saber o porquê, o ex-capitão foi um fracasso atrás do outro à frente do palácio do Planalto. Ele e todos os seus ministros militares. Sem papas na língua, grosso e sem educação, espezinhou o quanto pôde os coitados dos brasileiros que perderam seus entes queridos durante a terrível pandemia que assola o país. Sem nenhuma coordenação nacional e negando a existência do vírus o tempo todo, o “arremedo de presidente” incentivou aglomerações, criticou o isolamento social, prescreveu placebo para os incautos e desinformados, debochou dos mortos e praticamente só “acordou” para a realidade depois que Lula discursou. Mas já era muito tarde. Não tinha mais popularidade e o número de mortos beirava os 300 mil cidadãos.

Deixo o poder, mas espero que o senhor Lula da Silva faça o mesmo também, ou seja, ele não pode querer ocupar mais uma vez a presidência do país”. Disse laconicamente o “Bozo”. E continuou: “nunca entendi porque fizeram tanta pressão contra mim, já que prometi vacinar todo o povo brasileiro em cinco ou dez anos”. Dizendo que quer estancar o sofrimento nacional, Bolsonaro sai do poder junto com o seu vice Hamilton Mourão. Arthur Lira assume e também renuncia. O presidente do Senado faz a mesma coisa. Luiz Fux convoca novas eleições. Só será candidato aquele que demonstrar ter iniciativas para amenizar todos os problemas do país, que já foi a sexta maior potência econômica do mundo. Nada de ideologias ridículas e toscas que só prejudicam o povo e a nação. Forças Armadas, instituição de Estado, garantem o pleito.

Num gesto que seria explicado depois, o ex-presidente Lula também desiste de sua candidatura. “Já governei o país por duas vezes e agora só me comprometo a ajudar, dentro do possível, o futuro mandatário da nação”, disse conformado o ex-metalúrgico. Terraplanistas, socialistas, milicianos, sem-terra, sem-teto, universitários, médicos, indígenas, quilombolas, professores, empresários, advogados, favelados, milionários, jornalistas e todas as classes sociais, irmanadas e confiantes no futuro promissor do país, gravam comerciais em apoio aos novos mandatários da nação. Vacinação em massa, educação de qualidade, fim da desigualdade social e da fome, pleno emprego para todos, são aspirações agora do povo unido. E nada de neutralidade. Neutralidade é omissão e omissão é covardia. O Brasil tem homens e homens que podem tirar o país desse marasmo, dessa injustiça, dessa agonia. Terceira via, sem caos!

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.