quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Vacinas: “Rondonha” na frente

Vacinas: “Rondonha” na frente

 

Professor Nazareno*

 

            Engana-se quem pensa que "Rondonha" é um fim de mundo sem eira nem beira. É sim, um dos Estados mais progressistas do Brasil. Durante esta terrível pandemia do Coronavírus, por exemplo, a classe política não mede esforços para atender bem o povo daqui. O recém-eleito prefeito de Porto Velho, Dr. Hildon Chaves, deve ter feito “das tripas coração” para conseguir as vacinas para seus munícipes. Com menos de dois milhões de habitantes, a “nova estrela no azul da União” é um lugar abençoado. O governador, coronel Marcos Rocha, é um incansável batalhador e tudo tem feito para salvar cada cidadão rondoniano. Isso sem falar na Câmara de Vereadores de Porto Velho e na briosa Assembleia Legislativa do Estado. Sem esses grandes homens públicos e instituições, todos estaríamos na lona total. Eles já domaram o Coronavírus.

            Rondonha” é de fato um lugar inusitado: por causa dos seus notórios homens públicos e de suas autoridades de renome, praticamente já deve ter vacinas suficientes para imunizar toda a sua gente. Acho que é apenas uma questão de tempo vacinar todos os felizes, acomodados e risonhos habitantes. A competência das nossas autoridades é tão grande que até parece que a matemática nestas “paragens do poente” é diferente. Será que abrimos mão do número de vacinas a que temos direito? Quando o governo federal manda o imunizante para o Estado dos “destemidos pioneiros”, percebe-se que mesmo tendo uma população duas vezes maior do que o vizinho Acre, para aqui veio um número bem menor de doses. Nesta última remessa, segundo o site G1, os acrianos receberam 21,9 mil doses enquanto “Rondonha” recebeu apenas 5,4 mil. Não entendi!

            Ou seja, se a matemática básica ainda não foi mudada, as “atentas” autoridades daqui receberam mais essa remessa a conta-gotas, mas foi o Acre que “ganhou” pelo menos oito vezes mais vacinas do que “Rondonha”. Com 1,8 milhão de habitantes, desta vez nos chegaram pouco mais de cinco mil doses. O Acre, com metade desta população, deveria ter recebido 2,7 mil doses, portanto. Mas levando-se em conta o total de vacinas recebidas pelos acrianos, os alegres rondonianos deveriam ter recebido pelo menos 43,8 mil doses. Só que por aqui foram raras as manifestações de protestos. Até agora, apenas um deputado estadual abriu o bico. O “atuante” secretário de Saúde do Estado e o bolsonarista governador dos rondonienses pelo visto não deram um pio sobre o delicado tema. Deve ser por que em tempos de pandemia é bem melhor ser acriano.

            Porém, o mais pitoresco de tudo isso foi o que aconteceu no Hospital Infantil Cosme e Damião de Porto Velho, a suja e imunda capital de “Rondonha”. Mais de 35 servidores do referido hospital teriam sido vacinados por engano contra a Covid-19 com doses de vacinas de diferentes laboratórios. Em vez de tomarem a segunda dose da Coronavac, os pobres trabalhadores dizem que receberam doses da vacina de Oxford. Se for verdade esse absurdo, “Rondonha” vai virar caso raro no mundo. Só que ninguém gostaria de estar na pele desses dedicados cidadãos vítimas da incompetência pública. E por que “Rondonha” recebe menos vacinas do que outros estados da região Norte? Deve se por que por aqui o vírus não assusta mais ninguém ou então por que as autoridades já compraram os lotes de vacinas que prometeram na última campanha eleitoral. Ou então nossos hospitais estão vazios com muitos leitos vagos. Mas o “Mito” vai resolver isso.

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

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Bozo: governo antivacinas

Bozo: governo antivacinas

 

Professor Nazareno*

 

            O Bolsonarismo talvez não seja sinônimo de burrice nem de estupidez coletiva. Muito menos se pode acreditar que os eleitores do “Mito” sejam um conjunto maciço de pessoas desprovidas de conhecimento mínimo. Existem muitas exceções, claro. Porém, a mensagem que se passa todo dia é que esse atual governo do Brasil é um grupo só de gente sem a menor capacidade de raciocínio lógico. De início, os bolsonaristas mais radicais pregavam a teoria de que a Terra é plana. E até davam palestras sobre isso. O capitão, formado em Educação Física, e fruto só do conhecimento da caserna, não é um indivíduo em quem se possa acreditar. Talvez esse sujeito jamais em toda a sua vida tenha lido um único livro. Limitado em conhecimentos, coerência, intelecto e em vários outros aspectos simples da vida cotidiana, Bolsonaro só exala estupidez quando fala.

            A cultura do atraso e do obscurantismo de Bolsonaro e dos bolsonaristas é tanta que o mesmo foi eleito se baseando no anticomunismo, na negação do socialismo e nos aspectos da já ultrapassada Guerra Fria. O “Bozo” a todo instante tenta jogar o Brasil no caminho da Idade Média e do atraso e por isso ele é ridicularizado mundo afora. O lado triste de tudo isso é que grande parte da população brasileira, assim como o presidente e seus doentes seguidores, não tem leitura de mundo nem informações. Assim, eles tentam a todo o momento negar a ciência e o conhecimento. Durante esta pandemia, por exemplo, as bizarrices vindas das “hostes bolsonaristas” são de fazer tremer qualquer um ser humano que tenha o mínimo de discernimento. Tratamento precoce, quebra do isolamento social e negação do vírus viraram a rotina perversa deles. Reles trogloditas!

            Até a vacina contra a Covid-19, criada pelos mais conceituados laboratórios e cientistas do mundo, é alvo dos bolsonaristas. Nunca, jamais na vivência deste país se questionou tanto a eficácia de um imunizante como agora. Mas são muitos destes “negacionistas de ocasião” que estão furando a fila para tomar esse antivírus. Até a mãe do próprio presidente tomou a vacina chinesa para se livrar da ameaça fatal. Ou seja, Cloroquina e Ivermectina para os seguidores do “Mito” e vacina para a sua gente. Nenhum dos medicamentos “prescritos” por ele tem qualquer indicação científica de que podem deter tal ameaça. Bolsonaro, que não é médico nem tem nenhuma formação na área, enganou e fez de trouxas muitos de seus eleitores. Ele e seu inútil ministro da Saúde deviam ser denunciados ao Tribunal Internacional de Haia por crimes hediondos.

            A situação é tão estranha que a deputada federal capixaba Soraya Manato, bolsonarista de carteirinha, que ainda defende o “tratamento precoce” para combater o Coronavírus e criticava ferozmente a Coronavac, tomou a “vacina chinesa” meio que às escondidas de seu eleitorado. Por quê? Muito triste: apesar de todas estas bravatas de Jair Bolsonaro e de seus seguidores, ele não cairá tão cedo. Aliás, ele nem cairá e pode até terminar o seu mandato tranquilamente.  O Centrão, bloco de políticos malfeitores, que ele atacava com “unhas e dentes” durante a campanha eleitoral, defende-o a todo custo e não quer, por enquanto, escorraçá-lo do poder. Bolsonaro, seus adeptos e todos que os defendem podem significar um atraso sem precedentes em nossa História. Precisaremos de muito tempo para voltar ao que éramos antes de tudo isso. O governo antivacinas deixou de comprar quantos milhões de doses? E quantas mortes já causou?

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Bolsonaro é comunista?

Bolsonaro é comunista?

                                                                                                                            

Professor Nazareno*

 

            O mundo não dá voltas, ele capota. Assim diz um ditado popular. Jair Messias Bolsonaro, um frágil e desconhecido capitão do Exército foi eleito presidente do Brasil em 2018 com um discurso radical, extremamente reacionário, militarista, capitalista, armamentista e insano possível. Mas as bravatas do falido militar duraram pouco. No início do mandato o representante maior dos brasileiros ainda ensaiou algumas sandices para agradar a sua plateia de seguidores. Como todo fascista, pregava o armamento da população, o fechamento do Congresso Nacional, do STF e de outras instituições vitais para o funcionamento da nossa ainda frágil democracia. Era aplaudido efusivamente por suas toscas ações. Durante a pandemia do Coronavírus, incentivou aglomerações, o não uso de máscaras e desdenhou das vacinas que o mundo desenvolvia para deter o caos.

            Porém a sua retórica anticomunista caiu por terra muito antes do esperado. A crise na Petrobras, a estatal brasileira do petróleo, fez o “Mito” engolir a seco todas as suas tolices. A intervenção na estatal mostra que se não seguir as leis de mercado, ele pode destruir e dar mais prejuízos à Petrobras do que o PT e seus asseclas. Bolsonaro, por conveniência, também se aliou ao Centrão, grupo de parlamentares corruptos, fisiologistas, vigaristas, imorais e desonestos, mas que de fato manda e sempre mandou na Câmara dos Deputados. Sem o Centrão, Bolsonaro cai do poder em menos de 24 horas. O presidente e seus tolos seguidores atacavam em suas falas Cuba, Venezuela e outros países “socialistas”. Mas foi a Venezuela de Nicolás Maduro, devido à incompetência do “Mito”, que socorreu Manaus com o oxigênio na crise da Covid-19.

            Bolsonaro não é comunista nem socialista, mas não se pode negar a falta que os médicos cubanos, por exemplo, estão fazendo ao Brasil durante a crise desta terrível pandemia. Defender o “Bozo” com bravatas e palavras chulas parece não ser um bom negócio hoje em dia. O deputado carioca Daniel Silveira que o diga. O fanfarrão, para agradar ao seu “venerado” presidente, atacou o STF em um vídeo desastrado, pregou a volta dos militares e a implantação do AI-5. Foi preso na hora e a Câmara dos Deputados, dominada pelo Centrão, virou-lhe as costas e agora pode lhe cassar o mandato. Reféns das circunstâncias, Bolsonaro e seus filhos não deram um pio sequer para defender o antigo aliado. Sara Winter, outra bolsonarista de primeira hora, também foi abandonada à própria sorte. É que Bolsonaro não é mais bolsonarista. É do Centrão.

            Para a tristeza do Brasil e de todos os brasileiros, Bolsonaro não sabe governar. E tem demonstrado isso no dia-a-dia de seu desastrado governo. Por isso estamos pagando um preço muito alto. O Brasil poderia ter comprado as 70 milhões de doses de vacinas da Pfizer em agosto de 2020. Em dezembro poderia ter vacinado pelo menos 35 milhões de cidadãos. Quantas mortes não poderiam ter sido evitadas por causa disso? Intervindo na Petrobras e em outras instituições, o “Bozo” destrói a estatal e impede o desenvolvimento do país. Mas ao ignorar as leis de mercado, ele se transforma num presidente “estatizante” e completamente avesso às privatizações. Exatamente como Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e outras repúblicas socialistas que eles e os seus puxa-sacos tanto criticavam. Apesar de tudo isso, ele não cairá tão cedo. O Centrão, por enquanto, não deixará. Cairão apenas os seus fieis seguidores e aduladores. Quem diria!

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Deus, o Carnaval e a Covid-19

Deus, o Carnaval e a Covid-19

 

 

 

Professor Nazareno*

 

 

            A estupidez associada à falta de conhecimentos durante esta pandemia do Coronavírus tem levado alguns cidadãos que se dizem religiosos a se superar em ignorância, má vontade, cegueira intelectual e burrice. O indivíduo tem que ser muito ruim de leitura de mundo para associar a Covid-19 com a encenação da morte de Jesus Cristo feita por uma escola de samba do Rio de Janeiro. E é justamente o que muitos oportunistas e desinformados estão fazendo. Fala-se nas redes sociais que Deus ficou muito chateado com um deboche feito no Carnaval por uma agremiação carnavalesca carioca e criou um vírus mundial que até agora já matou mais de 2,4 milhões de pessoas e infectou perto de 110 milhões de habitantes mundo afora. Ou que Ele viu uma afronta na Marcha para Jesus e “bolou” o tal vírus para proibir esta marcha no ano seguinte.

            Se eu tivesse Deus como um caminho a ser seguido ou Nele acreditasse, gostaria que o Mesmo fosse amor, sabedoria, compreensão, paz e justiça. Jamais vingança. Acreditar num ser supremo por medo talvez não seja o caminho mais correto a ser seguido. Pior: além de vingativo, nestas postagens absurdas de alguns idiotas, Deus também foi injusto, pois o Carnaval é apenas no Brasil. O que os outros países do mundo, que nem sabem o que é Carnaval, têm a ver com a folia nas ruas do Brasil? Nada. Absolutamente nada. E por que foram punidos também com a Covid-19? Por isso, qualquer postagem mostrando que Deus castigou o mundo com o Coronavírus por causa do Carnaval carioca é mentirosa, abjeta, infame e também atenta, denigre, insulta e mancha a Sua imagem, já que O apresenta como um ser apenas vingativo e injusto.

            Não dá para acreditar nas tolices que tentam enganar tantos trouxas e otários. A gripe espanhola, por exemplo, foi uma vasta e mortal pandemia que assolou o mundo entre janeiro de 1918 e dezembro de 1920. Infectou mais de 500 milhões de pessoas, quase 25 por cento de toda a população da terra na época, e matou entre 70 e 90 milhões de seres humanos. Alguém saberia dizer qual foi a escola de samba que crucificou Jesus Cristo nas avenidas do Rio de Janeiro no Carnaval de 1917? E a Peste Negra, a pior pandemia de todos os tempos que assolou a terra entre 1347 e 1351, quando dizimou de 70 a 200 milhões de pessoas? Estaria ela também associada a algum castigo de Deus? A praga criou uma série de convulsões religiosas, sociais e econômicas, com efeitos dantescos no curso da História de todo o mundo daquela época. E não havia Carnaval.

            Deus não é contra a folia. Como disse a influencer digital Luciana Oliveira: “Tem que ser muito peidado da cabeça pra dizer que a encenação da morte de Cristo no Carnaval deixou Deus irado a ponto de lançar sobre nós um impacto tão forte. Se for pra acreditar em castigo divino, culpemos a eleição de Bolsonaro, que apoia a tortura dentre outras monstruosidades”. O Carnaval foi cancelado devido à pandemia, logo, qual a lógica de “castigar” uma escola de samba enviando um vírus que já matou milhões de pessoas que nem sabem o que é Carnaval? Por que Ele mataria tantos brasileiros para protestar contra o maior evento cultural do país? A folia movimenta muitos bilhões de reais na nossa economia, gera empregos, aquece o turismo, salva micro e médias empresas. Por que vibrar com o fim disso tudo? Qual seria a razão para justificar essa punição divina? Ele estaria mesmo feliz com o caos? Ora, contem outra!

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Meu querido Bayern!

Meu querido Bayern!

                                                                                                             

                                      Professor Nazareno*         

 

            O FC Bayern, claro, é um time de futebol. Está sediado na cidade de Munique no sul da Alemanha, capital do rico e próspero Estado da Baviera. E é hoje simplesmente o melhor time de futebol do mundo. Jogando com sobras, ganhou pela quarta vez o campeonato mundial de clubes. O adversário foi o Tigres do México, que antes havia derrotado o fracassado time do Palmeiras de São Paulo, Brasil. O clube alemão se impôs em todo o campeonato ao vencer sem maiores problemas as duas partidas que fez. Derrotou o Al Ahly do Egito por 2 x 0 e pela contagem mínima venceu os mexicanos. Já o Palmeiras foi uma vergonha do começo ao fim. Os brasileiros perderam na estreia para o Tigres e no jogo seguinte foram humilhados pelos egípcios quando empatou sem gols durante a partida e foi eliminado nos pênaltis. Festa egípcia.

            Sou torcedor não muito fanático do Bayern de Munique. Dificilmente perco um jogo desta gloriosa equipe. Detesto o futebol insosso e sem nenhuma qualidade que é praticado no Brasil. Torcer pelos times do Brasil é um stress sem fim. Times medíocres, sem craques, sem brilho. Comparar o Bayern de Munique com Palmeiras, Corinthians ou Flamengo, por exemplo, é como ter a diferença entre o céu e o inferno ou entre a água e o vinho. O Brasil já foi a “pátria do futebol” e isso muito antes dos vergonhosos 7 X 1 da Copa de 2014. Eu tive o privilégio de conhecer a estrutura do clube alemão. Em 2012 estive em Munique na Baviera e fiquei encantado de perceber como todas as coisas funcionam por lá. Toda a estrutura em que o Bayern está montado desbanca qualquer seleção nacional do mundo. Por isso, eles ganham campeonatos aos montes.

            E se ousarmos comparar a cidade de Munique com Porto Velho, Manaus, Recife, Rio de Janeiro ou qualquer outra suja, violenta, sem mobilidade urbana e fedorenta cidade do Brasil percebemos que estamos a anos-luz de distância do povo alemão. Na capital da Baviera tudo funciona como num toque de mágica. Do futebol às feiras livres. Das escolas públicas às universidades e hospitais. Do metrô às praças, calçadas e shoppings. Munique é o céu, claro. Porto Velho e as outras cidades do Brasil representam obviamente o inferno com um monte de cão. Mas queremos encarar os organizados europeus. Quando ganhou do Santos por 1 X 0 pela decisão da Taça Libertadores, Felipe Melo, jogador do Palmeiras, chegou a questionar “se o Bayern era tudo isso mesmo”. Repito: o Bayern de Munique teria feito uns dez gols no time daqui.

            E se compararmos Angela Merckel com Jair Bolsonaro, a distância aumenta ainda mais. E a vergonha para os brasileiros também. Merckel é a poderosa, venerada e respeitada chanceler da Alemanha. Admirada no mundo inteiro, é uma mulher simples, que vai fazer suas compras nos supermercados de Berlim todo sábado à tarde. Ela lidera com folga a preferência dos eleitores alemães e está à frente de seu povo liderando-o com sabedoria e tenacidade diante da terrível pandemia do Coronavírus. Jair Bolsonaro, no entanto, é um verme inútil e miserável que continua a envergonhar os brasileiros. Mal concluiu um curso superior enquanto Merckel tem doutorado em Química quântica. Dificilmente alguém vai ver Merckel usando a camisa do poderoso Bayern de Munique enquanto o “Bozo” dispensa quaisquer comentários. Não comparemos futebol e política, mas Jair Bolsonaro é o Palmeiras enquanto a Angela Merckel é o Bayern de Munique.

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Palmeiras, vergonha do Brasil

Palmeiras, vergonha do Brasil

 

Professor Nazareno*

 

                 O Brasil nunca foi nada no cenário internacional. No entanto, foi no futebol que conseguiu ganhar por certo tempo alguma fama e prestígio em cima de outras nações. Lugar sem nenhum futuro, o país tem hoje na destruição do meio ambiente e na negação da pandemia do Coronavírus os carros-chefes de sua fracassada política externa. Ser brasileiro hoje é sinônimo de passar vergonha principalmente quando o assunto é política ou futebol. Na política temos Jair Bolsonaro, talvez o pior presidente da História deste país quando se trata da nossa imagem externa. Grosso, delirante, sem conhecimento de nada, negacionista da ciência e do conhecimento, o “Bozo” se tornou uma espécie de pária internacional que é ridicularizado em todos os países civilizados. No futebol, temos o Palmeiras, um time meia boca de São Paulo que representou o país.

                 Time mequetrefe que sequer lidera o fraquíssimo campeonato brasileiro, a Sociedade Esportiva Palmeiras hoje não é nem a sombra do Palmeiras das décadas de 60 e 70 do século passado quando era conhecido como “A Academia de Futebol”. O time atual perdeu para o desconhecido e fraco time do Tigres do México pelas semifinais do campeonato mundial de clubes e não chegou nem a disputar a final contra o poderoso time do Bayern de Munique da Alemanha, este sim, uma verdadeira academia de futebol. Alguns torcedores mal informados disseram que o Palmeiras estava irreconhecível diante dos mexicanos e por isso teria perdido pela contagem mínima. Conversa fiada. O clube paulista jogou o futebol que sabe jogar: sem vibração, sem toques de bola, sem a postura tática e sem jogadas empolgantes. Por isso perdeu.

                 O Palmeiras até que não é tão ruim assim. O problema é que o futebol evoluiu no mundo inteiro menos no Brasil. Nossos melhores jogadores estão no exterior e só voltam para atuar em nosso país quando já estão em fim de carreira e já sem nenhum brilho nos campos internacionais. Hulk, que jogará a partir de agora no Atlético mineiro, é um dos muitos exemplos. A rigor, o Palmeiras de São Paulo não tem nenhum jogador que seja destaque nem no campeonato brasileiro e nem na Copa do Brasil. Por isso tem que dar graças a Deus não ter sido goleado pelos mexicanos, que são muito bem treinados e têm no atacante francês Gignac um de seus maiores ídolos. Não foi à toa que ele foi o autor do gol que eliminou o “verdinho” desta competição. Mas foi bom para os brasileiros. Já pensou na goleada que sofreria se fosse o Bayern de Munique?

                 A poderosa equipe alemã ganharia desse ridículo Palmeiras facilmente e com certeza faria muito pior do que a Alemanha fez com a fracassada seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014. Podemos ter nos livrado de um vexame maior. O Palmeiras e seus iludidos torcedores têm mesmo é que se contentarem com a disputa de terceiro e quarto lugares. O time é fraco e não pode alimentar esperanças jogando contra verdadeiras equipes, que sabem impor o ritmo do bom futebol jogado dentro do gramado.  Fico imaginando os muitos torcedores do Palmeiras que também devem ter votado no Bolsonaro. São fracassados duas vezes. Impuseram duas vergonhas repetidas a todo o povo brasileiro. Bolsonaro e o Palmeiras são duas desgraças que só trazem vergonha e decepções para todo o sofrido povo deste também fracassado país. Em 2022, podemos nos livrar de um nas urnas. Já o outro ficará nos decepcionando eternamente.

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.


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