Meu querido Bayern!
Professor Nazareno*
O FC Bayern, claro, é um time de futebol. Está sediado na cidade de Munique no sul da Alemanha, capital do rico e próspero Estado da Baviera. E é hoje simplesmente o melhor time de futebol do mundo. Jogando com sobras, ganhou pela quarta vez o campeonato mundial de clubes. O adversário foi o Tigres do México, que antes havia derrotado o fracassado time do Palmeiras de São Paulo, Brasil. O clube alemão se impôs em todo o campeonato ao vencer sem maiores problemas as duas partidas que fez. Derrotou o Al Ahly do Egito por 2 x 0 e pela contagem mínima venceu os mexicanos. Já o Palmeiras foi uma vergonha do começo ao fim. Os brasileiros perderam na estreia para o Tigres e no jogo seguinte foram humilhados pelos egípcios quando empatou sem gols durante a partida e foi eliminado nos pênaltis. Festa egípcia.
Sou torcedor não muito fanático do Bayern de Munique. Dificilmente perco um jogo desta gloriosa equipe. Detesto o futebol insosso e sem nenhuma qualidade que é praticado no Brasil. Torcer pelos times do Brasil é um stress sem fim. Times medíocres, sem craques, sem brilho. Comparar o Bayern de Munique com Palmeiras, Corinthians ou Flamengo, por exemplo, é como ter a diferença entre o céu e o inferno ou entre a água e o vinho. O Brasil já foi a “pátria do futebol” e isso muito antes dos vergonhosos 7 X 1 da Copa de 2014. Eu tive o privilégio de conhecer a estrutura do clube alemão. Em 2012 estive em Munique na Baviera e fiquei encantado de perceber como todas as coisas funcionam por lá. Toda a estrutura em que o Bayern está montado desbanca qualquer seleção nacional do mundo. Por isso, eles ganham campeonatos aos montes.
E se ousarmos comparar a cidade de Munique com Porto Velho, Manaus, Recife, Rio de Janeiro ou qualquer outra suja, violenta, sem mobilidade urbana e fedorenta cidade do Brasil percebemos que estamos a anos-luz de distância do povo alemão. Na capital da Baviera tudo funciona como num toque de mágica. Do futebol às feiras livres. Das escolas públicas às universidades e hospitais. Do metrô às praças, calçadas e shoppings. Munique é o céu, claro. Porto Velho e as outras cidades do Brasil representam obviamente o inferno com um monte de cão. Mas queremos encarar os organizados europeus. Quando ganhou do Santos por 1 X 0 pela decisão da Taça Libertadores, Felipe Melo, jogador do Palmeiras, chegou a questionar “se o Bayern era tudo isso mesmo”. Repito: o Bayern de Munique teria feito uns dez gols no time daqui.
E se compararmos Angela Merckel com Jair Bolsonaro, a distância aumenta ainda mais. E a vergonha para os brasileiros também. Merckel é a poderosa, venerada e respeitada chanceler da Alemanha. Admirada no mundo inteiro, é uma mulher simples, que vai fazer suas compras nos supermercados de Berlim todo sábado à tarde. Ela lidera com folga a preferência dos eleitores alemães e está à frente de seu povo liderando-o com sabedoria e tenacidade diante da terrível pandemia do Coronavírus. Jair Bolsonaro, no entanto, é um verme inútil e miserável que continua a envergonhar os brasileiros. Mal concluiu um curso superior enquanto Merckel tem doutorado em Química quântica. Dificilmente alguém vai ver Merckel usando a camisa do poderoso Bayern de Munique enquanto o “Bozo” dispensa quaisquer comentários. Não comparemos futebol e política, mas Jair Bolsonaro é o Palmeiras enquanto a Angela Merckel é o Bayern de Munique.
*Foi Professor em Porto Velho.
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