quarta-feira, 17 de março de 2021

E o “Bozo” vai renunciar...

E o “Bozo” vai renunciar...

 

Professor Nazareno*

 

Finalmente, depois de tanto tempo, uma notícia alvissareira para grande parte do Brasil e dos brasileiros: o presidente da República vai renunciar. Diante da catástrofe ocasionada pela pandemia da Covid-19 com quase 300 mil mortes, sem vacinas, sem hospitais, sem médicos, sem remédios, sem UTI’S e sem nenhuma esperança de dias melhores, não restou outra alternativa para o fraco governo de Jair Bolsonaro e de seus desastrados ministros senão a saída definitiva do comando da nação. No entanto, o “Bozo” fará um pronunciamento aos seus governados para explicar as razões desta sua grande e patriótica decisão. Agora, sem o medo dos “panelaços” tão comuns que se verificavam toda vez que ele tentava falar alguma coisa em cadeia de rádio e televisão. Outros dizem que o discurso do ex-presidiário Lula teria influenciado o atual presidente.

Bolsonaro, enfim, para a alegria geral, reconheceu estar à frente de um governo que não funciona. Eleito de supetão e sem saber o porquê, o ex-capitão foi um fracasso atrás do outro à frente do palácio do Planalto. Ele e todos os seus ministros militares. Sem papas na língua, grosso e sem educação, espezinhou o quanto pôde os coitados dos brasileiros que perderam seus entes queridos durante a terrível pandemia que assola o país. Sem nenhuma coordenação nacional e negando a existência do vírus o tempo todo, o “arremedo de presidente” incentivou aglomerações, criticou o isolamento social, prescreveu placebo para os incautos e desinformados, debochou dos mortos e praticamente só “acordou” para a realidade depois que Lula discursou. Mas já era muito tarde. Não tinha mais popularidade e o número de mortos beirava os 300 mil cidadãos.

Deixo o poder, mas espero que o senhor Lula da Silva faça o mesmo também, ou seja, ele não pode querer ocupar mais uma vez a presidência do país”. Disse laconicamente o “Bozo”. E continuou: “nunca entendi porque fizeram tanta pressão contra mim, já que prometi vacinar todo o povo brasileiro em cinco ou dez anos”. Dizendo que quer estancar o sofrimento nacional, Bolsonaro sai do poder junto com o seu vice Hamilton Mourão. Arthur Lira assume e também renuncia. O presidente do Senado faz a mesma coisa. Luiz Fux convoca novas eleições. Só será candidato aquele que demonstrar ter iniciativas para amenizar todos os problemas do país, que já foi a sexta maior potência econômica do mundo. Nada de ideologias ridículas e toscas que só prejudicam o povo e a nação. Forças Armadas, instituição de Estado, garantem o pleito.

Num gesto que seria explicado depois, o ex-presidente Lula também desiste de sua candidatura. “Já governei o país por duas vezes e agora só me comprometo a ajudar, dentro do possível, o futuro mandatário da nação”, disse conformado o ex-metalúrgico. Terraplanistas, socialistas, milicianos, sem-terra, sem-teto, universitários, médicos, indígenas, quilombolas, professores, empresários, advogados, favelados, milionários, jornalistas e todas as classes sociais, irmanadas e confiantes no futuro promissor do país, gravam comerciais em apoio aos novos mandatários da nação. Vacinação em massa, educação de qualidade, fim da desigualdade social e da fome, pleno emprego para todos, são aspirações agora do povo unido. E nada de neutralidade. Neutralidade é omissão e omissão é covardia. O Brasil tem homens e homens que podem tirar o país desse marasmo, dessa injustiça, dessa agonia. Terceira via, sem caos!

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

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