Vacina contra o
“Bozo”
Professor
Nazareno*
A Covid-19 avança sem tréguas pelo
Brasil. Antes mesmo de encerrar a primeira onda da pandemia, nosso país já enfrenta
a segunda onda, que está sendo mais forte e mais devastadora. São quase 180 mil
mortes, sete milhões de infectados e os números não param de crescer. Os
hospitais voltaram a ficar lotados em todos os Estados e as vagas de UTI
praticamente já não existem mais. As eleições em dois turnos, que reuniram
milhares e até milhões de participantes e principalmente o negacionismo de
algumas autoridades, assim como a relutância de muitas pessoas em não obedecer
ao distanciamento social fizeram a doença crescer de forma alarmante. Já
infectado pelo vírus, o presidente do país faz pouco caso, debocha dos doentes e
mortos e em nada contribui para diminuir o sofrimento de milhões de seus cidadãos.
Merecemos isso?
Para todo o Brasil e os brasileiros,
de um modo geral, Jair Bolsonaro e os bolsonaristas são uma praga muito pior do
que o Coronavírus. É a pior de todas as doenças já vistas. Não há vírus pior do
que ele e seus seguidores. Mesmo assim, o “Bozo”
não vai cair tão cedo. Dificilmente sairá da presidência da República. A cada
frase desastrada, a cada chacota, a cada deboche parece que ele se fortalece
ainda mais. E por quê? O poder que o colocou onde está é o que lhe segura firme
e forte e também lhe garante a governabilidade. A direita brasileira está se
beneficiando com “o passar da boiada”.
Nunca na História deste país, a elite se beneficiou tanto como agora. Por isso,
o Bolsonaro não só terminará o seu mandato como tem sérias chances de se
reeleger e também de fazer seu sucessor lá no distante ano 2026. Isso, apesar
das últimas eleições.
Enquanto isso, líderes de países
civilizados como Inglaterra, Rússia e Alemanha, por exemplo, já iniciaram a
vacinação em massa de seus cidadãos. A seriedade é tanta no mundo desenvolvido
que no Reino Unido não foi a Rainha e seu esposo os primeiros a serem
vacinados. Na Rússia o prestigiado Instituto Gamaleya de Moscou já assegurou
que tem vacina para todos os cidadãos do país. França, Estados Unidos, Itália,
China, Canadá, Portugal dentre outras nações já estão preparadas para começar a
imunização de cada habitante de seus países. No Brasil, o “Bozo” não só politizou a vacina como está em briga constante com o
governador de São Paulo. João Doria, que também faz uso político da vacina e se
diz inimigo político do presidente, afirma que a partir de janeiro próximo começará
a imunização de todos os paulistas. O resto do Brasil só olha.
E num fim de mundo como Porto Velho
e Rondônia? Aqui não há a menor perspectiva de tão cedo vacinar a população.
Muitas mortes ainda serão contabilizadas. Vacinar um milhão e oitocentos mil
matutos rondonienses custaria, na melhor das hipóteses, mais de 36 milhões de
reais. Dinheiro que as autoridades daqui dizem que não existe. A incompetência,
o pouco caso e a má vontade dos nossos governantes jamais serão cobrados em
tempo algum. Temos que esperar a boa vontade do Governo Federal se quisermos
ter acesso a qualquer tipo de imunização e não se sabe para quando. Enquanto
isso, o “Tonhão” nos espera. Já
imunizados para a doença, Marcos Rocha e Bolsonaro “não estão nem aí” para o restante da população. “Se tiver vacina, tudo bem. Se não tiver, tudo bem também”. Deve ser o raciocínio deles.
Bom seria que o povão se conscientizasse e se vacinasse contra esse tipo de
gente nas próximas eleições.
*Foi
Professor em Porto Velho.
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