segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Rondonha e a santa vacina

Rondonha e a santa vacina



Professor Nazareno*

 

            A insólita e desprezível província rondoniana em solo brasileiro também está sofrendo por causa da pandemia do novo Coronavírus. Porém, aqui a realidade é muito diferente de outros Estados e países do mundo. Temos uma excelente classe política que realmente se preocupa com os seus governados. Por causa das últimas eleições os números de mortes e internações por Covid-19 dispararam e estão quase sem controle. O próprio governador de Rondônia e a sua esposa estão infectados pela doença e internados em um hospital da capital. A situação só não está pior porque os políticos e as autoridades estão trabalhando como loucos para amenizar a caótica situação. Ninguém daqui que contraiu o vírus foi buscar tratamento fora do Estado. Todos, por solidariedade, foram tratados em clínicas e hospitais locais para dar maior credibilidade.

            A Câmara de Vereadores, a Assembleia Legislativa do Estado, prefeituras municipais, Tribunais, Ministérios Públicos e outras repartições oficiais buscam incessantemente condições para ajudar a enfrentar o “vírus assassino”. Por isso, a vacina para os quase dois milhões de cidadãos rondonienses é apenas uma questão de tempo, todos sabemos disto. O prefeito da capital, Dr. Hildon Chaves, por exemplo, não se cansa de viajar a Brasília e a outros centros mais desenvolvidos do país para buscar o que seria a “salvação” de seus comandados. Fala-se até que as inúmeras viagens que ele sempre faz ao exterior são para se certificar de que Rondônia e sua capital Porto Velho teriam prioridades dos laboratórios mundiais quando o imunizante estivesse pronto. Sua amizade com o governador do Estado e o secretário de saúde é impar e só traz o bem.

            “As nossas autoridades trazerem a vacina para enfrentar a pandemia é uma questão de honra e de apreço pelo nosso povo”, é o mantra em que todos os rondonienses e porto-velhenses acreditam. O frenesi das autoridades para conseguir a vacina é tão grande que nem se ouve falar mais dos 50 milhões que o TCE teria doado para reerguer um novo “açougue” na capital. O problema maior da vacina contra a Covid-19, no entanto, é que Rondônia tem quase 60 por cento de “bolsomínions” em sua gente. E se todos virarem jacarés, como será administrado o Estado? Será que esses novos crocodilos não irão proliferar sem controle pelas valas imundas que cortam a capital de Rondônia? Deve ser por isso que a prefeitura municipal está cortando todas as árvores frondosas que margeiam ruas e avenidas. A Sema nega veementemente o fato.

Há relatos de que a Unir, a Universidade São Lucas, a Fimca e outras universidades locais estariam colocando seus reconhecidos laboratórios para fabricar qualquer tipo de imunizante. Todos estão empenhados em salvar o maior número possível de pessoas. Principalmente as que têm título de eleitor. Viver em Rondonha em tempos de pandemia é “outro patamar”. Empatia messiânica: fala-se que as muitas autoridades daqui que se contaminaram com o Coronavírus só não foram para o sistema público de saúde, o mesmo sistema que eles administram, porque queriam que sobrassem vagas para os mais pobres. Outro problema é que falam por aí que a nova vacina tem o chip da “Besta Fera” e quem tomá-la será monitorado pelo país que a fabricou. Um horror ser monitorado pela Alemanha, Estados Unidos ou Inglaterra. Há pressa por aqui para se ver as ruas sendo infestadas de répteis crocodilianos. Vacina, já!

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

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