Rondonha e a santa vacina
Professor
Nazareno*
A insólita e
desprezível província rondoniana em solo brasileiro também está sofrendo por
causa da pandemia do novo Coronavírus. Porém, aqui a realidade é muito
diferente de outros Estados e países do mundo. Temos uma excelente classe
política que realmente se preocupa com os seus governados. Por causa das
últimas eleições os números de mortes e internações por Covid-19 dispararam e
estão quase sem controle. O próprio governador de Rondônia e a sua esposa estão
infectados pela doença e internados em um hospital da capital. A situação só
não está pior porque os políticos e as autoridades estão trabalhando como
loucos para amenizar a caótica situação. Ninguém daqui que contraiu o vírus foi
buscar tratamento fora do Estado. Todos, por solidariedade, foram tratados em
clínicas e hospitais locais para dar maior credibilidade.
A Câmara de Vereadores, a Assembleia
Legislativa do Estado, prefeituras municipais, Tribunais, Ministérios Públicos
e outras repartições oficiais buscam incessantemente condições para ajudar a
enfrentar o “vírus assassino”. Por
isso, a vacina para os quase dois milhões de cidadãos rondonienses é apenas uma
questão de tempo, todos sabemos disto. O prefeito da capital, Dr. Hildon
Chaves, por exemplo, não se cansa de viajar a Brasília e a outros centros mais
desenvolvidos do país para buscar o que seria a “salvação” de seus comandados. Fala-se até que as inúmeras viagens
que ele sempre faz ao exterior são para se certificar de que Rondônia e sua
capital Porto Velho teriam prioridades dos laboratórios mundiais quando o
imunizante estivesse pronto. Sua amizade com o governador do Estado e o
secretário de saúde é impar e só traz o bem.
“As
nossas autoridades trazerem a vacina para enfrentar a pandemia é uma questão de
honra e de apreço pelo nosso povo”, é o mantra em que todos os rondonienses
e porto-velhenses acreditam. O frenesi das autoridades para conseguir a vacina
é tão grande que nem se ouve falar mais dos 50 milhões que o TCE teria doado
para reerguer um novo “açougue” na
capital. O problema maior da vacina contra a Covid-19, no entanto, é que
Rondônia tem quase 60 por cento de “bolsomínions”
em sua gente. E se todos virarem jacarés, como será administrado o Estado? Será
que esses novos crocodilos não irão proliferar sem controle pelas valas imundas
que cortam a capital de Rondônia? Deve ser por isso que a prefeitura municipal
está cortando todas as árvores frondosas que margeiam ruas e avenidas. A Sema
nega veementemente o fato.
Há relatos de
que a Unir, a Universidade São Lucas, a Fimca e outras universidades locais estariam
colocando seus reconhecidos laboratórios para fabricar qualquer tipo de
imunizante. Todos estão empenhados em salvar o maior número possível de
pessoas. Principalmente as que têm título de eleitor. Viver em Rondonha em
tempos de pandemia é “outro patamar”.
Empatia messiânica: fala-se que as muitas autoridades daqui que se contaminaram
com o Coronavírus só não foram para o sistema público de saúde, o mesmo sistema
que eles administram, porque queriam que sobrassem vagas para os mais pobres.
Outro problema é que falam por aí que a nova vacina tem o chip da “Besta Fera” e quem tomá-la será
monitorado pelo país que a fabricou. Um horror ser monitorado pela Alemanha,
Estados Unidos ou Inglaterra. Há pressa por aqui para se ver as ruas sendo
infestadas de répteis crocodilianos. Vacina, já!
*Foi
Professor em Porto Velho.
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