“Fora, nazistas toscos!”
Professor
Nazareno*
Eu moro no Brasil,
país de aproximadamente 215 milhões de habitantes. A esmagadora maioria sem
leitura de mundo, sem instrução, sem conhecimentos, sem aceso a uma educação de
qualidade e com pouquíssima visão da realidade. Muitos deles, analfabetos
funcionais, mal compreendem o que conseguem, às duras penas, ler. A maioria não
domina as quatro operações da matemática básica, não fala outro idioma além do
dialeto do Português e não consegue se expressar de forma compreensível em
Língua Portuguesa escrita. Mas muitos deles são eleitores e votam todos os anos
que têm eleições. Por isso, não podem entender, por exemplo, o que foi o
Nazismo, o Fascismo ou qualquer outro “ismo”
da história da humanidade. Nunca ouviram falar do Holocausto, da Ditadura
Militar, da Era Vargas ou de qualquer outro fato já conhecido.
E talvez por
isso mesmo muitas autoridades desse atual “governo
de tontos” estão passando dos limites com suas declarações monstruosas e
absurdas como a do ex-secretário especial da cultura Roberto Alvim. Além de já
ter sido sumariamente demitido, ele deveria ter sido preso por fazer apologia
pública ao Nazismo. Só que no campo da ideologia, o governo Bolsonaro tem sido
um desastre para o Brasil. Um governo que tem feito vergonha para todos nós no
mundo inteiro. Mas isso não é de agora. Desde a campanha eleitoral, o “Bozo” tem-se destacado pelas declarações
absurdas, monstruosas e toscas. E quase toda vez tem sido aplaudido efusivamente
pelos seus semianalfabetos seguidores. O “Mito”
foi homofóbico, misógino, racista, fascista, intolerante, preconceituoso e
mesmo assim foi eleito com 57 milhões de votos.
Ou o “governo do descontrole verbal” e seus
seguidores param imediatamente com estas declarações anômalas ou vai cair mais
cedo do que se espera. O mundo dito civilizado não tolera mais nenhuma
insensatez estúpida. Vivemos, pelo menos no Brasil de hoje, num mundo regido
pela diversidade e não pelo maniqueísmo sem sentido. Um viés de esquerda não se
pode combater com um viés de direita nem vice-versa. Penso aqui: como estão se
sentindo agora muitos dos meus amigos professores de História que votaram nesta
gente? Atacar ideologias, fazer acusações sem provas, disseminar o ódio e
aprofundar ainda mais a divisão ideológica do país tem sido a tônica deste
desgoverno que em vez disso, devia estar preocupado com os problemas mais
graves do país. Os mais de 13 milhões de desempregados hoje querem comida e não
ideologia para viver.
Jair Bolsonaro já
elogiou um notório torturador, o coronel Brilhante Ustra, e foi ovacionado.
Disse abertamente que a Ditadura Militar tinha que ter matado pelos menos umas
30 mil pessoas e recebeu efusivos aplausos e votos. Infelizmente quem aplaude
essas coisas são ainda dois tipos de pessoas: os maus intencionados e os que,
por absoluta ignorância, desconhecem o real perigo com o qual estão flertando.
Infelizmente o pensamento de Roberto Alvim é o mesmo de muitos assessores que
fazem parte deste governo que já foi acusado de ser um “governo de milicianos”. Depois do Nazismo, o mundo também não
tolera as queimadas da Amazônia. E o governo do “Mito” incentiva as duas coisas. Viramos um vilão internacional. A
impressão que se tem é que está faltando ainda muita gente deste “governo de destrambelhados” ainda ser
demitida por causa de suas sandices. O Brasil agradece e o mundo respirará mais
aliviado sem eles.
*Foi
Professor em Porto Velho.
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