Foto: Pedro Bentes do G1/RO
Injustiça com a
Energisa
Professor
Nazareno*
A Aneel, Agência
Nacional de Energia Elétrica, cometeu uma das maiores injustiças contra a
Energisa, a companhia de eletricidade de Rondônia, ao não conceder um “pequeno reajuste extra” de pelo menos
20% nas contas de energia elétrica dos consumidores do Estado a vigorar a
partir do próximo mês de fevereiro de 2020. Vítima de uma feroz, injusta e sórdida
campanha difamatória capitaneada principalmente pela classe política
rondoniense, a empresa “tem feito das
tripas coração” para atender, sempre dentro da lei, aos seus consumidores.
A Ceron foi privatizada com a aceitação, a permissão e a anuência de toda a
classe política do Estado, mas a Energisa “tem
comido o pão que o diabo amassou” nas mãos dessa mesma gente, dos mesmos
políticos, que hoje dizem solenemente estar defendendo a população contra os
desmandos da empresa.
Não adianta
esses políticos, muitos deles cheios de más intenções, espernear agora e fazer “charminho” só para encher de esperanças
e impressionar os seus incautos eleitores. O aumento pode não ter vindo agora,
mas virá depois em dobro, diluído mês a mês. É só uma questão de tempo. E ninguém
vai reclamar. A Energisa é uma empresa capitalista baseada no lucro de seus donos.
Não assumiu a antiga Ceron nem colocou dinheiro na “jogada” para levar prejuízo, pois quem faz proselitismo político e
caridade social com o chapéu alheio são os políticos e algumas vezes o próprio
Estado. E todos sabiam disto. Todos os políticos de Rondônia, que agora dizem
estar insatisfeitos com a situação, também sabiam. Então eles venderam a velha
Ceron a “preço de banana” para que
todos nós tivéssemos diminuição nas contas de energia? “Me engana que eu gosto”.
Além
do mais, muitos rondonienses não sabem o que é o Capitalismo selvagem. Por
isso, saem por aí irresponsavelmente defendendo privatizações “a torto e a direito”. Achavam eles que
os “gatos” a que muitos já estavam
acostumados não teriam consequência nenhuma. A Energisa “botou no toco” e vai criminalizar um a um os ladrões da companhia. Só
tem energia em casa quem pode. Várias centrais de ar condicionado, máquinas de
lavar e outros luxos consomem muito. E ainda tem gente que se orgulha de ter colocado
um “gato”. É óbvio que os excessos de
ambos os lados têm que ser apurados, judicializados e punidos. Simples assim.
Piada pronta: “Rondônia conquistou uma
vitória, o resultado foi positivo”, falaram alguns políticos sem admitir
que foram eles próprios que entregaram a Ceron “de mãos beijadas” para os forâneos.
Diferente
do povo catalão, do povo basco ou dos curdos, que lutam como loucos e dão a
vida e o sangue pela sua autodeterminação, os rondonienses entregaram sem nenhuma
luta todas as suas riquezas para quem é de fora. Agora estão reclamando. É
tarde. Deviam ter pensado antes. Entregaram o Beron, entregaram a Ceron,
entregaram o rio Madeira com a sua exuberante natureza e as suas lindas
cachoeiras, entregaram a floresta amazônica para o agronegócio tocar fogo nas
nossas matas. “Todo o lucro para quem é
de fora e nada para os nativos” é o mantra mais conhecido em Rondônia. Capitalismo
e privatização são sinônimos disso que estamos vendo. E um aviso para os mais
tolos: o nome da companhia de energia daqui é ENERGISA. Ela quer lucro e tudo
fará para tê-lo. Se fosse uma empresa de cunho social mudaria o nome para Centrais
Elétricas Irmã Dulce ou Madre Teresa de Calcutá. E por que não a estatizam de
novo?
*É Professor em Porto Velho.
Um comentário:
Todos os exessos devem ser combatidos, aumentos no valor da energia etc. Mas principalmente, textos comunistas.
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