segunda-feira, 31 de maio de 2021

Quem financia Bolsonaro?

Quem financia Bolsonaro?

 

Professor Nazareno*

 

            Na História do Brasil, depois do ano 1930, pelo menos a cada 30 anos em média, aparece um idiota para presidir o país. O primeiro desses tantãs foi Getúlio Vargas. Um ditador feroz que golpeou as instituições democráticas em 1937 e tempos depois vergonhosamente se alinhou ao Nazismo. Em 1960 foi a vez de Jânio Quadros e suas maluquices. E já sabemos como tudo terminou: o macabro golpe militar de 1964. Em 1990 já na redemocratização, foi Fernando Collor o pateta da vez. Era conhecido como “o caçador de marajás”. E mais recentemente a partir de 2019, Bolsonaro governa os brasileiros. Eleito com a mesma rompante dos imbecis “salvadores da Pátria” que o antecederam, o “Mito” como é conhecido, ainda não se deu conta de que foi eleito. A única coisa que une os quatro pacóvios são as estruturas que financiam suas aventuras.

            Além de serem representantes da direita ou da extrema-direita conservadora e reacionária, Vargas, Jânio, Collor e Bolsonaro sempre tiveram e têm em comum uma legião vergonhosa de seguidores e bajuladores que os mantêm no poder. Todos foram eleitos com um “discurso novo” que de novo nada tinha. À exceção de Vargas, todos os outros foram eleitos prometendo “mundos e fundos” para o país. E em todos os casos praticamente “deram com os burros n’água”, pois não passavam do que eram: ilusões momentâneas de um povo enganado, iludido e cego por mudanças que nunca viriam. Vargas deu um tiro no peito, Jânio renunciou, Collor foi cassado e o povo, sem escolaridade nem conhecimentos da política, continuava sua saga em busca do herói da vez. Desacreditado por 13 anos de um governo esquerdista e ladrão, buscou o “novo”.

Só que esse novo mais uma vez tinha as mesmas “manhas” e “métodos” de todos os outros governos anteriores e bastou a pandemia do Coronavírus para mostrar a real face do governo “Bozo” e da extrema-direita: cruéis, incompetentes e insanos. Mas dificilmente o atual staff cairá. Ele é sustentado pela mesma elite infame que sempre sustentou todos os outros governos que lhe deu guarida. A riqueza do país sempre é direcionada para os mais ricos e poderosos. E os pobres no Brasil que continuem sonhando com dias melhores. Independente de quem esteja no poder, os ricos continuam sempre mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, abandonados e desassistidos. Muitos políticos “apoiam” esses presidentes apátridas, desumanos, genocidas e insensíveis apenas por conveniência. Idiotizado, o povo nada percebe disto.

É muito difícil que Jair Bolsonaro tenha hoje os mesmos 57 milhões de votos que o elegeram presidente do Brasil em 2018. Patinando nas pesquisas e com a popularidade cada dia mais em queda, se as eleições fossem hoje é possível que nem no segundo turno ele estaria. Mas isto não assusta nem um pouco seus financiadores e a sua legião de puxa-sacos. Se houver a necessidade de trocá-lo por outro qualquer, a elite “entrega os anéis para preservar os dedos” e tudo continua como sempre foi. Assim, Jair Bolsonaro, o quarto idiota a nos governar, que se cuide. Parte da mídia reacionária e muitos dos seus fanáticos seguidores, aqueles que dançavam eufóricos nos sinais de trânsito, estão arrependidos e muitos já não o veem mais como “Mito” nem como salvador da Pátria. Se o “Bozo” cair, como caíram todos os outros mentecaptos, os financiadores migram para outro candidato. A nossa riqueza não pode mudar de classe.

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

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