Uma nação de
abestados
Professor
Nazareno*
Há mais de meio
século que o Brasil figura entre as dez maiores economias do mundo com um PIB
quase igual ao de potências reconhecidas como Itália, Canadá, Reino Unido,
França e Coreia do Sul. Há pouco tempo, chegamos ao sexto lugar dentre os países
mais ricos do planeta. No entanto, toda esta riqueza é gerada a partir do setor
primário. Exportações de commodities pelo agronegócio e a extração de finitos
recursos da natureza sempre turbinaram a nossa produção de bens. Porém, com
mais de 210 milhões de habitantes, temos uma das piores qualidades de vida,
mesmo que o nosso IDH não seja tão baixo assim. São raros os brasileiros que
desfrutam dessa riqueza. A nossa monstruosa desigualdade social coloca na mesma
nação milionários e miseráveis, reeditando assim a clássica definição de “Casa Grande & Senzala” de Gilberto
Freyre.
Entretanto o mais surreal do Brasil
são os brasileiros. Mistura insólita de brancos, negros e índios tem-se por
aqui um dos povos mais abestados de que se tem notícia. Por isso, quase tudo
neste país é motivo para essa gente sem nenhum “pedigree” ficar de boca aberta ou então comemorando a sua própria
desgraça e a felicidade alheia. Sem nenhum prêmio Nobel conquistado ou qualquer
outra honraria internacional de renome como o Oscar, por exemplo, os
brasileiros antes até que saíam às ruas, mas somente para comemorar títulos no
futebol, coisa que hoje já não se faz tão frequentemente devido ao fracasso de
seus clubes e da própria seleção nacional. Com a pandemia do Coronavírus, a
cruel realidade obviamente bateu com força na porta dos estúpidos “brazucas”. Já somos os vice-campeões em
número de mortos e infectados.
Mas é na política, no entanto, que
muitos dos brasileiros mostram a sua maior estupidez e imbecilidade. Em 2018
pelo menos 57 milhões de cidadãos votaram em Jair Bolsonaro, o atual presidente
do país, que é uma espécie de aprendiz do Fascismo e das práticas
antidemocráticas. Grosso, estúpido e sem nenhum conhecimento da realidade que o
cerca ele ainda é adorado por grande parte dos seus eleitores. Já outros 47
milhões de “ineptos” votaram em
Fernando Haddad, uma espécie de “poste”
do PT e de Lula, um ex-presidente sem nenhuma expressão, rústico,
semianalfabeto e que abriu os cofres públicos para amigos, empreiteiros e toda
a sorte de corruptos e ladrões do Erário. Mas no próximo ano, os dois
candidatos idolatrados, que polarizam a discussão política, são justamente Lula
e Bolsonaro. Ou seja, é a reedição de tudo o que não presta no país.
De um modo geral, os brasileiros são
mesmo um povo tosco e abestado em sua grande maioria, e que sequer conhece a
sua própria realidade. Muitos falam mal da Rede Globo, por exemplo, mas saíram
às ruas para comemorar o final do BBB. Uma tal de Julieta ganhou 1,5 milhão de
reais e muitos paraibanos arreganharam os dentes de tanta felicidade. O “Bozo” inaugurou uma ponte lá nos confins
do mundo para deleite de rondonienses e acrianos, que ainda acreditam em
duendes, dia das mães, Natal, Deus e Papai Noel. Devido à má condução do país
durante a pandemia da Covid-19, foi criada uma CPI no Senado para investigar só
os erros do governo e não para tentar diminuir o grande número de mortos.
Muitos brasileiros ficarão mais felizes se o presidente for punido e não se
conseguirem trazer mais vacinas e mais insumos para combater o vírus. Patetas, ficamos à espera de vacinas
produzidas em outras nações de um povo mais útil.
*Foi
Professor em Porto Velho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário