Bolsolão, o tratoraço do Bozo
Professor Nazareno*
O presidente Jair Bolsonaro já foi acusado de ser grosso, fascista, beligerante,
truculento, insano, genocida, cruel, sarcástico, dentre tantos outros inúmeros
adjetivos nada abonadores. Agora para desespero de seus ainda muitos puxa-sacos,
já pode ser também chamado de corrupto. Com medo de sofrer um processo de
impeachment, o “Bozo” comprou “a peso de ouro” quase todos os políticos
do Centrão, grupo político composto por deputados federais e senadores,
fisiologistas e corruptos em sua maioria, que se alimenta de verbas públicas. Segundo
denúncias, foram mais de três bilhões de reais de dinheiro público usado para “aliciar” os nobres parlamentares. Essa
grana daria, por exemplo, para dar pelo menos 600 reais de auxílio emergencial
a 5 milhões de brasileiros. Isso sem falar no tanto de vacinas a mais que o
Estado poderia ter adquirido.
O bolsonarismo é uma seita extremista que hospeda o que de pior existe
na sociedade brasileira: o fanático religioso, o militar miliciano, o rico
racista e violento, o pobre ignorante e o homossexual portador da Síndrome de
Estocolmo. E a partir de agora, também o político corrupto do Centrão. Aliás,
onde será que Bolsonaro e os seus seguidores aprenderam a desviar verbas? Deve
ter sido com o PT de Lula, já que é uma espécie de Mensalão. Os “companheiros” tentaram comprar o apoio
de vários deputados federais em 2005 para que as pautas petistas fossem sempre
aprovadas dentro do Congresso Nacional. Mas até agora nenhuma bancada do
Parlamento falou nada sobre o “tratoraço”
do Bolsonaro. O pior é que esse esquema imoral, lesivo à nação e corrupto montado
pelo governo teve um orçamento secreto para a compra de apoio parlamentar.
O jornal O Estadão mostrou que o presidente Bolsonaro deu a um grupo de
deputados e senadores aliados o direito de impor onde seriam aplicados bilhões
de reais, provenientes de uma nova modalidade de emendas. A partir de então
foram comprados tratores e outras máquinas agrícolas com preços faturados em mais
de 250% acima dos valores de referência fixados pelo próprio governo. Se tudo
isso for verdade, não seria corrupção? Claro que é corrupção. E das grandes! É
o famoso toma lá dá cá para satisfazer o governo e as bases eleitorais de
políticos aliados. Com esse “tratoraço”
já podemos chamar Bolsonaro de um presidente corrupto. Mesmo assim, ele não cai
tão cedo, pois nenhum dos mais de cem pedidos de impeachment jamais sairá da
gaveta do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira. E se fosse o PT e a
Dilma Rousseff?
A jornalista Eliane Brum disse que “há
algo que o Brasil já perdeu e vai demorar a recuperar. Com Bolsonaro ou sem ele,
descobrimos que vivemos em um país em que a maioria acha possível votar em um
homem como o ‘Bozo’. Sem nenhum drama de consciência, compactuam com todo o
ódio que ele produz. São cúmplices do desejo de exterminar os que são
diferentes, apreciam as ameaças e os arrotos de poder, exaltam a ignorância e a
brutalidade”. Agora, diante dos fatos e do possível “Mensalão bolsonarista”, temos que também aceitar a corrupção e os
desmandos do Bolsonarismo. E haja dinheiro! Não se veem mais os defensores do “Mito” falarem algo para defender o seu
ícone. Todos eles estão calados diante das evidências de corrupção do chefe. Na
presidência, dizem até que Lula tomava Romanee Conti, um vinho caríssimo. Já o
“Bozo” come é picanha japonesa Wagyu
de 1800 reais o quilo. E nós? Aplaudimo-los!
*Foi Professor em Porto Velho.
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