A Cloroquina me
salvou
Professor
Nazareno*
Não entendi
ainda o porquê de tanta discussão em torno de um medicamento milagroso como a
Cloroquina. Eu, o Professor Nazareno, já fui salvo pelo menos duas vezes por
esta droga abençoada. A primeira vez foi em 1988. Fui pescar na boca do rio
Machado em Calama e lá contraí uma malária terrível. Duas cruzes de Vivax foi
o diagnóstico que recebi. Fui tratado na
época com 10 comprimidos de Cloroquina associados a 20 comprimidos de
Primaquina. “Foi tiro e queda”. A malária
sumiu com febre e tudo. Já a segunda vez que este “santo remédio” me salvou foi no ano 2000, ou seja, doze anos
depois. Estava em Curitiba e uma segunda malária Vivax me consumia por dentro
quando médicos do Cemetro de Manaus prescreveram-me o medicamento. Devia tomar
10 cápsulas em três dias seguidos. De novo fui salvo. Nada sinto até hoje.
Alguns dos poucos leitores meus têm
hoje o desprazer de ler meus textos só por causa dessas doses de Cloroquina que
tomei. Claro que algumas outras pessoas dizem também que foram as orações que
elas fizeram para que eu escapasse. Já
pensou Deus, o Todo Poderoso, sair do céu só para me salvar? Ou eu sou muito
importante ou é esse Deus que não tem importância nenhuma. Mas na dúvida, dei
total crédito aos dois tratamentos. Por isso, fico chateado quando falam mal da
Cloroquina e também das rezas, fé e orações.
Lembro-me de que na época tomei um remédio para vermes e outros
parasitas. Deve ter sido a Ivermectina mesmo. Outro remédio santo, mas indicado
para lombrigas. Para um vírus como esse Coronavírus, em tese, não há remédios.
Somente vacina. E essa, se depender dos governos que temos, ainda demora.
Como eu não sou médico, não indico
esses dois medicamentos para ninguém. O meu organismo certamente é diferente do
de outros pacientes e reage também de forma diferente quando submetido a
determinados tratamentos. Só que quase cem por cento dos médicos indicam
Cloroquina para malária e Ivermectina para vermes e lombrigas. Aliás, a
Cloroquina, que também é indicada para artrite reumatoide e Lúpus, tem reações
adversas muito fortes em determinadas organismos. Associada a outras drogas,
pode atacar em algumas pacientes o sistema hepático podendo causar hepatite,
problemas renais, perda de pele, de cabelo e até síndrome de Stevens &
Johnson. Foi o meu caso. Agora ser tratado com fé, reza e orações aí é outro
departamento que só os padres, pastores, fiéis e outros seguidores, fanáticos
ou não, vão poder explicar melhor.
Prescrever remédios sem eficácia
comprovada é de uma irresponsabilidade sem tamanho. Não só pode levar pessoas à
morte como também causar sérios transtornos a determinados organismos. Mas isso
é coisa do gado, seguidor do Bolsonaro. Tratamento precoce para um vírus também
não existe. A OMS e muitas farmacêuticas de fama mundial não recomendam e
afirmam que não há nenhuma comprovação da eficácia de droga alguma contra o
Coronavírus. Até agora, só a vacina mesmo. Coisa que o governo federal do
Brasil demorou um ano para conseguir comprar as primeiras doses levando à morte
muitos cidadãos do país. Além do mais, já são mais de três milhões de mortos no
mundo com 141 milhões de infectados pelo vírus. No Brasil, se aproxima de 400
mil óbitos com quase 14 milhões de infectados. E por que o mundo civilizado não
usou até agora esse tratamento precoce? É que só os tolos confundem malária com
Coronavírus.
*Foi
Professor em Porto Velho.
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