O mundo está de
joelhos
Professor
Nazareno*
Por causa da
crise do Coronavírus, o mundo inteiro está de joelhos. E não é para rezar ou
pedir algo. Os prejuízos já são incalculáveis. As nações mais ricas do mundo
estão vivendo o horror com números cada vez maiores de infectados, doentes e
mortos. O número de óbitos pela atual pandemia do Covid-19 pode até superar algumas
guerras. Sem saídas, governos pedem ajuda ao mundo. A Rússia enviou para a
Itália aviões com médicos e equipamentos. Cuba também mandou um grande número
de profissionais de saúde como enfermeiros e clínicos. A Espanha está em
desespero. Nos Estados Unidos se anuncia o Armagedon com cada vez mais
infectados. O território americano pode se tornar brevemente o novo epicentro
da catástrofe. Bolsas caem no mundo inteiro. No Brasil, o horror apenas se
anuncia. E dias tenebrosos já são esperados em nosso país.
As Olimpíadas de
Tóquio foram adiadas por pelo menos um ano. O caos está presente no mundo
inteiro. Cidades estão vazias. A quarentena de cidadãos e o toque de recolher
são medidas cada vez mais incentivadas. Mas apesar desse cenário sinistro e
aterrador, muitas pessoas não mudaram suas rotinas. O cara que “está presidente”
do Brasil, por exemplo, continua falando suas tolices e bravatas. Ele e muitos
dos seus fiéis seguidores continuam fazendo declarações absurdas como de
costume. Os petistas e outros oposicionistas continuam com suas imbecilidades e
sendo aplaudidos pelos seus seguidores. Muitos candidatos para as próximas
eleições estão se aproveitando do momento e já fazendo as suas campanhas sem
nenhum problema. Todos indiferentes ao avanço aterrador do vírus mortal. Os
golpes continuam na internet. Os ladrões nem aí...
Fazer campanhas
eleitorais numa crise dessas é o suprassumo da sacanagem e da falta de bom
senso. Políticos malditos que não respeitam sua gente, seus eleitores. Muitos só
pensam em si mesmos. As fakenews são outra desgraça. Elas mostram situações que
não existem só pelo prazer de se espalhar desnecessariamente o pânico numa
população já assustada pelo caos que estamos vivendo. A falta de bom senso
parece divertir os canalhas. Muitas religiões também se aproveitam do pânico
alheio. Aliás, essa sempre foi a sua característica maior: dominar os incautos
pelo medo e pelo terror. Alguns líderes religiosos se aproveitam da caótica
situação, claro, para auferir sempre mais lucros e poder para as suas Igrejas.
Nessas horas caóticas, todos deviam se unir para enfrentar o inimigo comum. O
vírus não tem ideologia nem nenhuma crença.
Religião,
política e ideologia à parte, esse vírus pode ser apenas uma “singela” resposta da natureza às
agressões que sempre sofreu por parte do “bicho
homem”. Por que se desmata tanto e se
toca fogo na Amazônia todos os anos? Por que a Banda do Vai Quem Quer produz
tanto lixo nas ruas de Porto Velho quando desfila? Por que os oceanos e mares
estão tão poluídos? Por que o uso de tantos agrotóxicos e pesticidas nas
lavouras? Esse vírus deve ser uma resposta a tudo isso. Não é à toa que hoje a
poluição na China e em algumas regiões da Europa diminuíram aos níveis de 20 ou
30 anos atrás. As ruas de várias metrópoles do mundo quase não têm mais
monóxido de carbono ou de dióxido de enxofre dentre outros gases letais. O Covid-19
ironicamente está fazendo a natureza respirar mais um pouco. A busca incessante
pelo lucro e a ganância acima de tudo têm que ser repensados diante dessa atual
hecatombe. Senão, o vírus pode piorar.
*Foi
Professor em Porto Velho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário