quarta-feira, 4 de março de 2020

A Cidade da Cultura


A Cidade da Cultura


Professor Nazareno*

           
Porto Velho é mesmo uma cidade abençoada e de ventura. Com pouco mais de 500 mil habitantes, a capital dos rondonienses acaba de ganhar das autoridades mais uma grande construção: trata-se do Centro de Convenções Cidade da Cultura. Uma obra extraordinária que custará nada menos do que 14 milhões e meio de reais em recursos repassados pelo Ministério do Turismo e pelo Governo do Estado. A obra futurística já começou e será erguida orgulhosamente no Parque dos Tanques na zona norte da cidade. O canteiro de obras está a todo vapor e a primeira parte desse “projeto de ouro” será entregue aos porto-velhenses logo em breve. Construção extremamente importante para a realidade da sofrida cidade, o “Centro Cultural” além de desafogar o Palácio Teatro das Artes também trará muito mais comodidade e conforto para os moradores.
A ordem de serviço foi assinada pelo governador Marcos Rocha em dezembro do ano passado e imediatamente já começaram os serviços da primeira etapa, que compreende uma arquibancada para mais de dez mil pessoas, seis salas destinadas à escola de artes, quatro bares, dois auditórios com capacidades para 200 e 400 pessoas respectivamente, seis banheiros, rampas de acessibilidades, sistema de proteção contra descargas atmosféricas, área pavimentada de 35 mil metros e estacionamento para quase trezentos veículos. “Porto Velho realmente estava precisando de uma obra como esta”, é a impressão que todos têm. Segundo um técnico da Sejucel, “tudo está correndo conforme o previsto e a conclusão dessa etapa será no meio do ano que vem, quando iniciará a segunda etapa e a parte final do projeto”. Porto Velho, cidade de muita sorte.
Engana-se, no entanto, quem pensa que Porto Velho terá somente este suntuoso prédio. O “Palácio dos Fóruns” na Avenida Pinheiro Machado, por exemplo, é um deslumbre só. Aqui temos também muitas outras obras de destaque nacional como o moderníssimo CPA, que abriga a nata do funcionalismo público estadual e a indispensável Assembleia Legislativa, além de muitos outros prédios e repartições que são o orgulho de Rondônia. As autoridades daqui, de um modo geral, não medem esforços para brindar o povo com comodidade e alento. As atividades culturais de Porto Velho e de Rondônia já não cabiam mais nos poucos lugares que temos para mostrar a “explosão” de nossa arte e do nosso ousado talento. Banda do Vai Quem Quer, blocos carnavalescos, Expovel, Flor do Maracujá, Flor do Cacto, tudo agora terá o seu lugar.
A sorte do povo de Porto Velho é que esta “construção abençoada” veio no tempo e na hora certa, já que a cidade não apresenta nenhum ponto de alagamento ou outro problema qualquer e por isso não há, no momento, nenhuma necessidade de maiores investimentos em infraestrutura sanitária como rede de esgotos, saneamento básico ou mesmo água tratada. Em tempos de Coronavírus e de outras epidemias como a dengue, a malária, ataques de lombrigas e fome na periferia, a função dos governantes é buscar sempre o melhor para os seus governados. Nossa capacidade de atenuar estes contratempos é ímpar. Parabéns, prefeito Hildon Chaves! Parabéns, governador Marcos Rocha! Porto Velho e Rondônia estão de parabéns. A nossa capital já conta com estrutura mais do que suficiente para encarar “qualquer epidemia” e “qualquer outro problema que vier”. Fato: viver em Porto Velho e em Rondônia é outro patamar, mano!



*Foi Professor em Porto Velho.

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