E
o Oscar foi para: Lula e o PT!
Professor
Nazareno*
O
filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” do cineasta Walter
Salles ganhou o Oscar de melhor filme internacional na edição de 2025. Mas quem
de fato faturou com a propaganda e a disseminação das ideias contidas na obra
cinematográfica foi o presidente Lula e o PT, Partido dos Trabalhadores. A obra
do cineasta brasileiro estrelada por Fernanda Torres no papel principal e por
Selton Mello no papel de Rubens Paiva teve três indicações para a estatueta
dourada e mostra a crueldade que a ditadura militar do Brasil fazia com os seus
oposicionistas. Entre os anos de 1964 e 1985 nosso país viveu dias de chumbo. A
infame e assassina ditadura militar que se instalou no Brasil entre os anos de
1964 e 1985 cassou mandatos, perseguiu, torturou, exilou e assassinou vários
cidadãos que ousaram lhe fazer oposição. Salles mostrou ao mundo a crueldade,
que ficou impune.
Mesmo
fazendo atualmente no Brasil um governo “meia-boca”, Lula
e o PT faturaram alto com o filme. Isso porque a esquerda brasileira sempre
denunciou as perseguições que aquele governo ditatorial impôs a todos os que
lhe faziam oposição. Lula é oriundo dos sindicatos do ABC paulista e foi lá que
fundou, no início da década de 1980, o PT, partido que já acumulou quase cinco
mandatos só na Presidência da República. Uma ironia que o Oscar, uma
instituição dos EUA, tenha propagado, mais de meio século depois, os horrores e
o terror praticados por um governo de terceiro mundo que eles, os norte-americanos,
apoiavam. Mais do que isso: Walter Salles é um exímio cineasta oriundo da elite
rica que sempre teve acesso a quase toda a riqueza do país. É um dos herdeiros
do Banco Itaú/Unibanco, um dos maiores conglomerados financeiros daqui.
Uma
piada que corre solta nas redes sociais diz que “metade dos brasileiros deve
a Walter Salles o primeiro Oscar ganho pelo cinema brasileiro. Já a outra
metade deve a Walter Salles por causa do Itaú/Unibanco”. O filme é
sensacional e merece ser visto tanto por esquerdistas como por direitistas e
reacionários, pois “quem conhece a História jamais vai repeti-la”.
O então deputado federal Rubens Paiva, já cassado na época pela tosca e sórdida
ditadura militar, foi convidado a prestar depoimento no temido DOI-CODI do Rio
de Janeiro. Torturado e morto barbaramente nas dependências daquele maldito
órgão, o jovem deputado nunca mais voltou para o seio de sua família. Somente
25 anos depois, o Estado deu um atestado de óbito mostrando a realidade. A
película mostra a saga histórica de sua brava esposa, Eunice Paiva, para criar todos
os cinco filhos do casal.
Um
desses filhos é o escritor Marcelo Rubens Paiva, que escreveu o livro “Ainda
Estou Aqui” e que deu origem a esse filme ganhador do Oscar. Walter
Salles dedicou a estatueta à garra e à tenacidade de Eunice Paiva e também as
duas outras mulheres que a representaram no filme: Fernanda Torres e sua mãe
Fernanda Montenegro. Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os
bolsonaristas estavam, claro, torcendo contra a indicação desse Oscar. Mas
quebraram a cara. Aliás, a obra pode acelerar os processos que ainda tramitam
na Justiça do Brasil para punir exemplarmente os assassinos de Rubens Paiva.
Esse filme só se equipara à fita argentina “A História Oficial”
de 1986, que ganhou um Oscar e mostra em detalhes a guerra suja que nossos
hermanos também fizeram contra o seu povo. Raúl Alfonsín faturou alto, assim
como Lula e o PT. A arte, o cinema e o Oscar têm que incomodar mesmo os
fascistas. Ditadura por aqui nunca mais!
*Foi Professor em Porto
Velho.
Um comentário:
Ditadura, somente idiotas e ditadores que a defende.
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