sábado, 12 de fevereiro de 2022

Outra vergonha, verdão?

Outra vergonha, Verdão?

 

Professor Nazareno*

 

          O time de futebol S. E. Palmeiras de São Paulo consegue, em menos de dois anos, proporcionar duas vergonhas aos seus fanáticos torcedores e também ao Brasil. Na disputa do Mundial de Clubes de 2020 perdeu feio ainda na semifinal para o desconhecido Tigres do México e sequer foi à decisão contra o forte Bayern de Munique da Alemanha, que acabou ganhando aquele campeonato. Este ano, pelo mesmo Mundial de Clubes 2021, ganhou na marra a partida semifinal contra o fraco e desconhecido time do Al Ahly do Egito e na partida final foi dominado e derrotado pelo poderosíssimo time do Chelsea de Londres. Ajudado pela FIFA, que coloca os times sul-americano e europeu já na semifinal do torneio sem ter que disputar outras partidas antes, o Palmeiras, mesmo descansado, foi um fiasco total à frente do forte time inglês.

        O jogo foi até monótono de se ver. O Palmeiras foi dominado do começo ao fim. Os ingleses terminaram a partida com 71 por cento de posse de bola contra apenas 29 por cento dos alviverdes. Por isso, o Chelsea também levou vantagem no número de passes certos. Foram 689 contra 214 dos brasileiros. Um massacre dentro de campo, portanto. O gol do Palmeiras só saiu por causa de um brasileiro, Thiago Silva, que na área pôs a mão na bola talvez com o intuito de ajudar seus fracos compatriotas. Quando ganhou do Flamengo pela final da Libertadores, o goleiro do Palmeiras disse que só venceu o rubro-negro por causa de Deus. Agora, parece que descobriu o óbvio: o Todo Poderoso não torce por time nenhum. E só ganha uma partida aquela equipe que treina mais e é mais forte na partida. Assim, o Chelsea deu um show de bola dentro de campo.

O futebol do Brasil já não é mais o mesmo faz tempo. Por isso, os torcedores canarinhos devem já ir botando as “barbas de molho”.  O Palmeiras de hoje pode ser o Brasil no Catar em novembro deste ano na próxima Copa do Mundo: um fiasco total. O Brasil já foi uma potência no futebol. Não é mais. Caminhamos solenemente para sermos a periferia desse esporte no mundo. São os times da Europa agora que dominam o bom futebol. O Brasil pode até ser muito bom, mas enfrentando seleções como a Bolívia, o Paraguai e a Venezuela. Assim como o pobre Palmeiras, que faz um “piseiro” terrível quando enfrenta o Novorizontino, o Água Santa ou a Inter de Limeira. Os “blues” de Londres mostraram como se joga um futebol de Primeiro Mundo, um futebol de time vencedor, um futebol perfeito. Dominaram a partida e ganharam na hora certa.

É muita petulância um time do Brasil ou até a seleção do país querer ganhar  uma partida ou um campeonato de futebol jogando contra uma equipe do mundo civilizado e desenvolvido. Por lá quase não há corrupção, o dinheiro é farto e o respeito aos craques é uma coisa invejável. O jogador belga Lukaku, por exemplo, atacante do Chelsea, fala pelo menos oito idiomas e leva uma vida decente. Isso sem falar na excelente qualidade de vida na Europa. Praticamente todo jogador brasileiro hoje sonha em jogar no velho continente. Ou mesmo até no futebol árabe. Eles geralmente andam à vontade nas ruas das grandes cidades, seus filhos têm acesso a uma boa educação, a mobilidade urbana e a um excelente IDH. Bem diferente do Brasil com suas inúmeras torcidas organizadas e também violentas. Juro que até tentei torcer pelo Palmeiras, mas quando iniciou o jogo vi logo que era um “Genus”. E o “porco” continua sem mundial.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

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