Rondônia para
otários
Professor
Nazareno*
Calama, a
bucólica vilazinha do Madeira já tem médico. Não só médico, mas uma equipe
completa com dentista, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista e vários outros
profissionais da saúde. Remédio na sua unidade de atendimento é o que não
falta. Tem também laboratórios para detectar malária e tem soro antiofídico
para resolver imediatamente todos os acidentes com cobras peçonhentas. Imaginem
que tem até um lindo e funcional porto rampeado. O cemitério da vila foi todo
cercado com um muro de dois metros de altura e construíram lá no alto São José um
lindo campo de pouso para atender às emergências. Essa rotina de progresso e
desenvolvimento também é vista em outras localidades do baixo Madeira como São Carlos
e Nazaré bem como em todos os distritos da BR 364. Os 52 municípios do Estado
também desfrutam dessas benesses.
Em Rondônia, a
rotina de progresso e desenvolvimento é uma realidade a olhos vistos. Porto
Velho, a outrora imunda e suja capital do Estado, é uma espécie de jardim
encantado com flores, praças, recantos de lazer, saneamento básico, água
tratada, mobilidade urbana e quase zero de violência. A ponte do rio Madeira
não é mais escura à noite. Turistas se encantam com o brilho das luzes
refletindo nas águas turvas do rio. A rodoviária da capital é um deslumbre só.
Banheiros higiênicos, funcionários sorridentes e bom atendimento com ônibus
sempre chegando e saindo no horário certo. Pontualidade é a rotina sempre a ser
seguida naquele limpo e aconchegante ambiente. Igarapés cheirosos e cristalinos
cortam as ruas sempre floridas e cheias de crianças brincando. Porto Velho é um
paraíso com coelhinhos saltitantes e borboletas azuis.
O “açougue” João Paulo Segundo é uma
referência em vários tipos de doença. Cientistas do MIT e da Universidade de
Oxford, por exemplo, lhe fazem visitas rotineiras para aprender com os médicos
que ali trabalham como prestar excelentes atendimentos e como salvar tantas
vidas de pessoas humildes e carentes. A Unir, Universidade de Rondônia, já
conta com um lindo e enorme hospital universitário. Formandos em Medicina,
muitos alunos dali ensinam a seus colegas estrangeiros como erradicar várias
doenças. O aeroporto local faz voos regulares para a Europa e os Estados
Unidos. O porto do Cai N’água é uma espécie de ajuntamento de turistas e
viajantes. De Cabixi a Calama, de Machadinho do Oeste a Extrema o que se
observa é o respeito à natureza aliado à produção de grãos com esforços em prol
dos mais pobres.
Rondônia é uma
potência que salvará o mundo, afirmam muitos especialistas. A cultura em
expansão mostra a riqueza do Estado. O acanhado estádio Aluízio Ferreira foi
todo reformulado e hoje tem capacidade para mais de 30 mil torcedores sentados
confortavelmente. O ginásio Cláudio Coutinho recebe semanalmente jogos de todas
as modalidades esportivas. Anitta e Rafinha Bastos já fazem suas apresentações
artísticas em Porto Velho sem risco de xenofobismo barato. As nossas
hidrelétricas fornecem energia abundante para alavancar o progresso do país. A
educação no Estado é de tempo integral e as escolas são verdadeiros
laboratórios de novas ideias e de pesquisas em todas as áreas do saber. O
governo do Estado e a Prefeitura de Porto Velho não têm mais um só funcionário
comissionado em seus quadros e a capital já desbanca em IDH qualquer cidade
europeia. Acordem, otários! Já começou a campanha eleitoral por aqui.
*É
Professor em Porto Velho.
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