Uma
retrospectiva venturosa
Professor
Nazareno*
O
ano de 2023 ficará marcado para sempre nos corações e mentes dos cidadãos
rondonienses. Foi talvez o melhor ano para quem mora por aqui, principalmente
em Porto Velho, a capital do Estado. Só coisas boas aconteceram. A felicidade é
visível no rosto de cada pessoa. Uma espécie de paraíso com coelhinhos
saltitantes e borboletas azuis é a impressão que se tem quando se fala de
Rondônia e de sua gente. Na área da política, por exemplo, os bons
representantes do povo se esmeraram em trabalhar pela sociedade. No início do
ainda corrente ano, quando alguém da prefeitura municipal da capital, imbuído
de más intenções e tristes presságios tentou aumentar o valor do IPTU, o
perfeito e os seus amigos vereadores prontamente intervieram e não permitiram
jamais que nós pagássemos nenhum aumento. O povo venceu por causa de sua
consciente classe política.
Mas
se engana quem pensa que por causa desse pequeno incidente o prefeito não quis
mais trabalhar pelo povo. Pelo contrário! A prefeitura logo transformou as ruas
de Porto Velho num imenso canteiro de obras. Asfalto, arborização e ampliação da
rede de esgotos foi o que mais se viu por estas bandas. De menos de 2,4% de saneamento
básico no início de 2023, a capital das “sentinelas avançadas” pulou para
quase três por cento de ruas e casas com esgotos no final do ano. O aeroporto
da cidade foi o que mais trouxe alegrias para os rondonienses durante o ano que
encerra. Os políticos daqui, como sempre, sensíveis ao sofrimento da população
por causa da diminuição da oferta de voos, lutaram de forma hercúlea para
resolver o impasse. Hoje, antes mesmo de se encerrar o ano, o “aeroporto
internacional” de Porto Velho já está operando no máximo de sua capacidade.
Foi
durante 2023 que a lendária e histórica praça da Estrada de Ferro
Madeira-Mamoré teve o seu apogeu. Juntamente com o moderníssimo porto rampeando
lá na beira do rio Madeira, só trazem alegrias e comodidades para o povo
ribeirinho. Nossa gente merecia uma praça e um moderno porto de primeiro mundo
como aqueles. Na área da administração estadual, os esforços para a recuperação
da BR-319 são visíveis. Agora, sim! Rondônia enfrentará um desenvolvimento
nunca visto antes. Tudo são flores nas terras de Rondon. Por isso, uma bandeira
de Israel foi colocada no CPA só para mostrar a importância que este Estado tem
frente à realidade mundial. E agora, com a BR-319 recuperada e o rio Madeira
cheio de dragas de garimpos, Rondônia vai desbancar até Mataraca na Paraíba.
Somos, com orgulho, mais de 60% de eleitores somente da direita.
Com
tantas coisas boas acontecendo em Rondônia, é compreensível que até a
mídia local tenha tido reflexos. E dos bons! Imparcial, dinâmica, independente e
muito inteligente, o jornalismo rondoniense devia ter ganhado muitos prêmios em
2023. Prêmio Esso, Prêmio Pulitzer, Prêmio Jabuti de reportagem, Prêmio Cláudio
Abramo, dentre tantos outros, deveriam ter sido distribuídos aos “jornalistas”
daqui, onde se preza a informação sem nenhum tipo de censura. E até a “inteligência”
da polícia rondoniense se destacou neste ano. Foi no lacônico incêndio da
Estátua da Liberdade da Havan. “Os incendiários foram só dois sujeitos em
uma moto”. Foi em 2023 que os
ex-governadores voltaram a receber os seus proventos vitalícios, o rio Madeira
começou a morrer, a UNIR continuou sem restaurante e sem hospital
universitários e a Banda do Vai Quem Quer desfilou sem sujar a cidade. Nem
alagação houve em Porto Velho. Deviam congelar 2023.
*Foi
Professor em Porto Velho.
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