quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

A Palestina sem anjos

A Palestina sem anjos

 

Professor Nazareno*

 

            Durante a Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas estavam assassinando os judeus, o mundo inteiro praticamente se calou diante daquela infame carnificina. Hitler e seus asseclas mataram mais de seis milhões de hebreus no Holocausto. Vários campos de extermínio em massa foram criados pelos alemães com o objetivo único de exterminar o maior número possível de pessoas. O Gueto de Varsóvia, os campos de concentração de Treblinka, Auschwitz-Birkenau, Sobibor, Dachau e tantos outros mostraram ao mundo o horror nazista. Tempos macabros, cruéis e terríveis que muita gente acreditava que não voltariam mais a assustar a Humanidade. Ledo engano! Esses tempos não só voltaram como também mostraram uma força ainda maior do que nos tempos do Nazismo. Estamos falando da Faixa de Gaza em Israel. O algoz de hoje são os judeus. Os palestinos, vítimas.

            A única coisa que o povo judeu aprendeu com os nazistas foram os métodos de exterminar inocentes. O que Israel faz hoje com os palestinos é muito pior do que aquilo que os nazistas fizeram com eles, os judeus. Nem Hitler bombardeou guetos. Só que na Segunda Guerra, entre os algozes havia anjos que salvavam gente. E hoje toda a Palestina está desprovida desses anjos salvadores. Irena Sendler, por exemplo, foi o “Anjo de Varsóvia”. Essa assistente social polonesa foi uma ativista dos direitos humanos durante aqueles tempos sombrios, tendo contribuído para salvar mais de 2.500 vidas ao conseguir que várias famílias escondessem filhos de judeus no seio do seu lar e levava alimentos, roupas e medicamentos às pessoas confinadas ao gueto, com risco da própria vida. Indicada algumas vezes, Irena deveria ter ganhado o Nobel da Paz. Mas ela foi esquecida.

            Para matar o maior número possível de judeus inocentes em seus campos da morte, Hitler mandava cortar a água, os combustíveis, medicamentos, comida e também proibia a entrada de qualquer alimento nesses guetos. Seu desejo abjeto era exterminar todos dessa religião. Assim, os judeus eram proibidos de sair daquele lugar amaldiçoado. Famílias inteiras eram confinadas numa mesma casa. Outro anjo muito reconhecido foi Oskar Schindler. Industrial alemão, filiado ao partido Nazista, Schindler salvou da morte certa mais de 1.200 judeus que ele empregava em suas fábricas de esmalte e munições. Teve até um anjo do Brasil: Aracy M. de Carvalho Guimarães Rosa. Esposa do famoso escritor. E os pastores franceses André Trocmé, Edouard Theis, diretor de uma escola e o Roger Darcissac. Todos eles salvaram muitos judeus das mãos dos nazistas assassinos.

Outro anjo bom: Nicholas Winton, que salvou 669 crianças judias dos horrores do Holocausto. O “Schindler britânico” conseguiu resgatar crianças que seriam levadas aos campos de concentração, porém, jamais se considerou um herói. A relação de anjos que salvaram judeus da morte é muito grande. Mas na Palestina ocupada pelos judeus não há anjos nem querubins. Ninguém se arrisca a salvar da morte nenhum palestino. Por isso, Israel “desce a lenha”. Os judeus hoje estraçalham crianças inocentes, matam mulheres, matam recém-nascidos, velhos e destroem casas e famílias inteiras. Até agora são quase seis mil criancinhas mortas pelas bombas assassinas dos judeus. E o mundo inteiro aplaude esse outro Holocausto. Dizem que Israel tem todo o direto de se defender. Não interessa como.  Estados Unidos e Europa fornecem até armas para os judeus fazerem o serviço sujo. Os militantes do Hamas, que são chamados de terroristas, mataram covardemente 1400 israelenses só que os judeus mataram até agora dez vezes mais gente. E também com requintes de crueldade. Nazistas de ontem, são os judeus de hoje?

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

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