A
Palestina sem anjos
Professor
Nazareno*
Durante
a Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas estavam assassinando os judeus, o
mundo inteiro praticamente se calou diante daquela infame carnificina. Hitler e
seus asseclas mataram mais de seis milhões de hebreus no Holocausto. Vários
campos de extermínio em massa foram criados pelos alemães com o objetivo único
de exterminar o maior número possível de pessoas. O Gueto de Varsóvia, os campos
de concentração de Treblinka, Auschwitz-Birkenau, Sobibor, Dachau e tantos outros mostraram
ao mundo o horror nazista. Tempos macabros, cruéis e terríveis que muita gente
acreditava que não voltariam mais a assustar a Humanidade. Ledo engano! Esses
tempos não só voltaram como também mostraram uma força ainda maior do que nos
tempos do Nazismo. Estamos falando da Faixa de Gaza em Israel. O algoz de hoje
são os judeus. Os palestinos, vítimas.
A única
coisa que o povo judeu aprendeu com os nazistas foram os métodos de exterminar inocentes.
O que Israel faz hoje com os palestinos é muito pior do que aquilo que os
nazistas fizeram com eles, os judeus. Nem Hitler bombardeou guetos. Só que na Segunda Guerra, entre os algozes havia anjos que salvavam gente. E hoje toda
a Palestina está desprovida desses anjos salvadores. Irena Sendler, por
exemplo, foi o “Anjo de Varsóvia”. Essa assistente social polonesa foi uma ativista dos direitos humanos durante
aqueles tempos sombrios, tendo contribuído para salvar mais de 2.500 vidas ao
conseguir que várias famílias escondessem filhos de judeus no seio do seu lar e levava alimentos, roupas e medicamentos às pessoas confinadas ao gueto, com risco da própria vida. Indicada algumas vezes, Irena
deveria ter ganhado o Nobel da Paz. Mas ela foi esquecida.
Para matar o
maior número possível de judeus inocentes em seus campos da morte, Hitler
mandava cortar a água, os combustíveis, medicamentos, comida e também proibia
a entrada de qualquer alimento nesses guetos. Seu desejo abjeto era exterminar
todos dessa religião. Assim, os judeus eram proibidos de sair daquele lugar
amaldiçoado. Famílias inteiras eram confinadas numa mesma casa. Outro anjo muito
reconhecido foi Oskar Schindler. Industrial alemão, filiado ao partido Nazista,
Schindler salvou da morte certa mais de 1.200 judeus que ele empregava em suas
fábricas de esmalte e munições. Teve até um anjo do Brasil: Aracy
M. de Carvalho Guimarães Rosa. Esposa do famoso escritor. E os pastores franceses
André Trocmé, Edouard Theis, diretor de uma escola e o Roger Darcissac. Todos
eles salvaram muitos judeus das mãos dos nazistas assassinos.
Outro anjo bom: Nicholas Winton,
que salvou 669 crianças judias dos horrores
do Holocausto. O “Schindler
britânico” conseguiu resgatar crianças que seriam levadas aos campos de
concentração, porém, jamais se considerou um herói. A relação de anjos que
salvaram judeus da morte é muito grande. Mas na Palestina ocupada pelos judeus
não há anjos nem querubins. Ninguém se arrisca a salvar da morte nenhum
palestino. Por isso, Israel “desce a lenha”. Os judeus hoje estraçalham
crianças inocentes, matam mulheres, matam recém-nascidos, velhos e destroem casas
e famílias inteiras. Até agora são quase seis mil criancinhas mortas pelas
bombas assassinas dos judeus. E o mundo inteiro aplaude esse outro Holocausto.
Dizem que Israel tem todo o direto de se defender. Não interessa como. Estados Unidos e Europa fornecem até armas
para os judeus fazerem o serviço sujo. Os militantes do Hamas, que são chamados
de terroristas, mataram covardemente 1400 israelenses só que os judeus mataram
até agora dez vezes mais gente. E também com requintes de crueldade. Nazistas
de ontem, são os judeus de hoje?
*Foi Professor em Porto Velho.
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