sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

FLU: aposentados e humilhados

FLU: aposentados e humilhados

 

Professor Nazareno*


            O Fluminense do Rio de Janeiro protagonizou mais uma triste vergonha para o já falido futebol brasileiro. Perdeu de quatro a zero para o Manchester City da Inglaterra pela última decisão do Campeonato Mundial de Clubes da FIFA, edição de 2023. Jogando praticamente com um time reserva, já que seus principais jogadores estão lesionados, o poderoso time inglês aplicou uma solene goleada nos tricolores cariocas que vai ficar marcada para sempre na história do futebol. Se o norueguês Haaland, os belgas Jérémy Doku e Kevin De Bruyne tivessem atuado na partida, a goleada teria sido, com certeza, muito mais expressiva e humilhante. Uns seis ou oito a zero. O fraco time do Brasil apenas olhou os habilidosos atletas do time inglês jogarem. Não criou, não marcou, não fez gol, não atacou e nem se defendeu. Foram dois gols no primeiro e dois gols no segundo tempo.

            Com vários jogadores do elenco já passando da idade de se aposentar do futebol, o Fluminense fez igual a tantos outros times do país que também protagonizaram outras vergonhas na disputa deste campeonato como o Grêmio de Porto Alegre, o Flamengo do Rio de Janeiro e o Palmeiras de São Paulo. Todos eles derrotados recentemente pelo imponente futebol jogado na Europa, que está desbancando há tempos o fraco futebol praticado no Brasil. Já virou rotina um jogador jovem e revelado em clubes brasileiros, como o Endrick do Palmeiras, por exemplo, ir jogar na Europa e depois de muito tempo, já bem velho e acabado, voltar para atuar no futebol do Brasil como se fosse um salvador da pátria. É o caso de Marcelo com 35 anos e de Felipe Melo com 40 anos, ambos do Flu. Eles já jogaram muito bem, mas quando eram jovens. Hoje deviam era estar aposentados.

            Para se ter uma ideia, Fábio, o bom goleiro do Fluminense, tem 43 anos. E o time carioca tem uma série de outros jogadores já desgastados pelo tempo. Enquanto isso, os times europeus desfilam jovens com 17, 18 anos em campo. Não há o que se discutir: um jovem na flor da idade tem muito mais fôlego e preparo físico para fazer belas jogadas e belos gols do que cidadãos que já passaram dos trinta anos. Por isso, o argentino Julián Álvarez, de apenas 23 anos, meteu logo dois gols nos brasileiros. Teve um gol contra e outro de Foden, também de 23 anos. E esse Manchester City nem é o melhor time da Inglaterra na atualidade. Nem da Inglaterra nem da Europa, que tem hoje verdadeiras academias de futebol como o Bayern de Munique, O PSG de Paris, o Barcelona e o Real Madrid da Espanha. O técnico do time da Inglaterra é Pep Guardiola, o melhor do mundo.

            Já o técnico do time brasileiro é um tal de Fernando Diniz, que também treina a fraca seleção do Brasil. Aliás, é muito difícil o time canarinho ir para a próxima Copa do Mundo de 2026. Nas eliminatórias está no sexto lugar. E talvez só vai se classificar por que são sete vagas num grupo de dez equipes. Perdeu para a Colômbia, perdeu para o Uruguai, perdeu para a Argentina e empatou em casa com a Venezuela. É um milagre quando a seleção do Brasil ganha da Bolívia ou do Paraguai. Já o jogo pelo mundial de Clubes estava até enfadonho de se assistir. Só um time jogava, atacava, dava espetáculo e fazia gols. O outro só se defendia e dava chutões. O Manchester City deu um passeio no Fluminense, cujos jogadores ficavam apenas olhando como os europeus jogam o bom futebol. Mas não é só o Fluminense do Rio que é ruim. Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Vasco e muitos outros não são nem fichinha perto dos ricos e poderosos times europeus.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

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