Lula:
um alívio planetário
Professor
Nazareno*
A
vitória de Lula e do PT nas eleições presidenciais do Brasil foi comemorada no
mundo inteiro. Não foi apenas uma vitória política de um simples partido ou de
uma tendência ideológica mais progressista. Guardadas as devidas proporções, o
mundo e principalmente o Brasil inteiro respiraram aliviados com a derrota de
Jair Messias Bolsonaro e de tudo de ruim que ele e seus fanáticos seguidores
sempre representaram. Assim como a derrota de Donald Trump nos Estados Unidos,
o planeta todo respirou muito mais tranquilo com a saída de Bolsonaro do
Planalto. Mal educado e grosso, o mandatário brasileiro ainda não reconheceu a
sua retumbante derrota passadas mais de 40 horas do pleito que o devastou. Já o
Biden, presidente dos EUA, confirmou a vitória do Lula uns 40 minutos depois da
confirmação pelo TSE do sucesso do petista. Um recorde.
Avesso
aos bons costumes e à boa educação, Bolsonaro demorou quase 40 dias para
reconhecer a vitória do atual presidente norte-americano. A demora em entender
que perdeu as eleições no Brasil para a esquerda pode estar no fato de ser uma
reação dele para “melar o jogo” e não sair facilmente do poder. Aliás,
como fez o seu ídolo lá nos Estados Unidos. Por aqui, inconformados com a
humilhante derrota que sofreram nas urnas, muitos caminhoneiros bloquearam as
estradas do país pedindo um golpe militar e a consequente anulação das
eleições. Talvez insuflados pelo presidente e também pelos bolsonaristas mais
exaltados, esses trabalhadores mostram ao mundo a sua intolerância e o seu
pouco ou nenhum apreço pela democracia. Precisam respeitar as leis e entender
as regras do jogo. Por isso, o bolsonarismo sem o Bolsonaro pode desaparecer
para sempre.
O
mundo civilizado assim como grande parte dos brasileiros ainda estão com muito
medo do Bolsonaro e do bolsonarismo mais radical. Acuado e calado, o infeliz
pode usar essa paralisação absurda dos caminhoneiros para ser o “presidente
do caos” e dessa maneira dar um golpe na nossa frágil democracia.
Engana-se, no entanto, quem pensa que o aprendiz de miliciano e genocida está
em silêncio: inconformado com a derrota, faz muito barulho ao não condenar os atos
antidemocráticos como esse de alguns caminhoneiros. A verdade é que a partir de
agora, dos generais aos soldados rasos, dos marechais e almirantes até os
brigadeiros, todos deverão bater continência para o ex-metalúrgico que muitos
chamaram de ladrão. Lula, diferente do Bolsonaro, tem o respeito do mundo
inteiro. Da China ao Índico. Dos EUA à Europa. Da América Latina à África.
Agindo
assim, Jair Bolsonaro tem que ser varrido da política para sempre. Ele tem sido
um terrível mal para o Brasil e também para boa parte do mundo, que o odeia. O seu
negacionismo da ciência, o atraso das vacinas contra a Covid-19, a falta de
oxigênio em Manaus, a falta de boas maneiras, o descaso, o ódio e também as suas
infames, toscas, cruéis e desrespeitosas declarações debochando dos quase 700
mil mortos pela pandemia no Brasil são uma prova cabal de sua malignidade, da
falta de humanidade e do seu desumano e insensível caráter. O deputado André
Janones, por exemplo, o acusa de ter insuflado a atual greve dos caminhoneiros.
Por isso, grande parte dos eleitores que votaram em Lula não o fizeram por
apoiar o petista, mas simplesmente para se livrar do Bolsonaro e de sua
agressiva forma de agir. O mundo festejou sua derrota. Bolsonaro se vai, mas
infelizmente sua marca ainda ficará por um bom tempo entre os seus seguidores.
*Foi Professor em Porto
Velho.
2 comentários:
Nota 10 Para essa redação!
Show!!
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